A Man With a Lion Tatto escrita por kinukos


Capítulo 10
Capítulo Nove - Magic Surprises - Parte II


Notas iniciais do capítulo

*Suspira e começa a tocar o Lepo Lepo no fundo* Desculpa gente, depois desses dias de Carnaval sua autora precisava de uma folga! Mas eu volto e digo que na próxima semana já saí capítulo novo! Essa é a segunda parte da dupla de capítulos que deu 8 mil palavras. Algumas pessoas vão me apedrejar pelo que vai acontecer, mas tudo bem...

Enfim, para comemorar, trago música:

Heart Attack (Cover) - http://www.youtube.com/watch?v=jDELybyZ4oU
Couting Stars (Cover) - http://www.youtube.com/watch?v=vbYB4rddM-8
Demons (Cover) - http://www.youtube.com/watch?v=_JUwcv7dUQI



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— Qual o problema? — Eu perguntei assustado, enquanto ela se levantava e já colocava suas roupas com a ajuda da magia.

— O problema é que ele é um feiticeiro maldito que ajudou a matar meu pai e que precisa ser preso por ter roubado, feito magia negra poderosa e porque ajuda Killian! Quer mais motivos? — Ela disse ironicamente — Vamos atrás dele, eu sei onde ele deve estar — Regina falou seriamente, passando por mim com suas roupas de montaria no frio.

— Tudo bem, vamos lá!

Na floresta...

Apenas o barulho dos cascos de nossos cavalos podiam ser ouvidos, enquanto observávamos atentamente aos redores onde olhos amarelos sinistros de morcegos e corujas nos observavam com curiosidade. Regina, eu e nossos guardas, incluindo Corona, nos dirigíamos para uma pequena cabana no meio da floresta.

— Senhorita, é bem ali — Um guarda apontou, ainda em cima de seu cavalo negro e grande.

— Muito obrigada Carlos, vamos Robin — Regina desceu de Rocinante e me chamou. Eu deixei Silver ao lado de Rocinante, que brincava com meu cavalo, e a segui.

A pequena casa não era muito iluminada, havia muitas teias de aranha e certamente muitos livros de magia negra. Tudo era muito quieto, não havia sinal nenhum do feiticeiro. Rumple devia saber que viríamos ou tinha saído para fazer algo. De repente, ouvimos o barulho de porta de abrindo novamente. Era ele.

— Olá Robin, Regina — Ele nos cumprimentou de seu modo sarcástico habitual — O que fazem na minha humilde residência? Necessitam de algo? Comida? Um copo de água? — Rumple levantava com sua magia um prato de comida, um copo de água e alguns livros ao mesmo tempo.

— Muito engraçado Rumple, mas... Guardas! — Regina chamou, como o planejado.

O feiticeiro os fez cair no chão com alguma magia, não estavam mortos, mas permaneciam apagados e inconscientes.

— Tsk, tsk, tsk — Ele balançou a cabeça em diversão e riu — Você deveria saber que guardas não me seguraram, pequena Regina — Rumple sorriu ironicamente — Mas... Dessa vez, eu me rendo porque quero vencer também. No final, eu acabarei servindo para algo e vocês me agradeceram — Ele levantou as mãos no alto em sinal de redenção.

— Até que enfim, pensei que nunca veria isso. Por que está fazendo isso?

— Logo verá, princesa da noite. Logo verá... — O feiticeiro respondeu em um tom misterioso. Regina e eu se entreolhamos curiosos, mas não questionamos o homem e decidimos levá-lo para o castelo e interrogar ele lá. Pelo menos eles estaria preso, o que fazia Regina e Snow ficarem mais tranquilas.

No castelo...

— Muito bem, diga Rumple. O que Killian está planejando? — Eu me encontrava em frente á sela do homem, que permanecia sentado e apenas se levantou quando terminei minha pergunta. Ele se aproximou perigosamente das selas, que estavam enfeitiçadas para que ele não conseguisse fugir, e começou.

— Maldição.

— O quê? — Eu perguntei sem entender nada.

— Uma maldição, ele se uniu com Malévola e agora irá lançar uma maldição que não pode ser parada. Ele quer mandar vocês para o lugar que você veio, o mundo sem magia. Lá, ele vai ser o que manda e vai fazer o que quer, na hora que quiser. Mas eu posso fazer um acordo com você e podemos impedir a maldição.

— E qual é? — Eu perguntei em um tom sério, mas desesperado por uma resposta.

— Você me solta, eu ajudo vocês a derrotar Killian e todos viveremos em harmonia de novo — Disse ele facilmente.

— E se você estiver mentindo? E qual será o preço? — Eu perguntei sabendo que tudo com ele tinha preço.

— Nada, porque isso vai favorecer ambos de nós. Eu terei o prazer de ver a morte de Killian e logo todos iríamos entrar em um ótimo acordo! — Rumple sorriu — Então? É uma proposta séria e eu não estou mentindo, pois não aguento mais Killian. Tem muita morte sem ele, e com ele... Bem, você sabe — Ele não tinha mais sorriso e parecia totalmente sério.

— Tudo bem, deixe-me conversar com Regina e Snow sobre isso. Você jura por todos desse castelo que é verdade? — Eu perguntei seriamente.

— Sim, juro por todo este mundo. Você pode confiar em mim, não á nenhuma pegadinha dessa vez — Jurou ele.

— Tudo bem, já volto. Permaneça sentado aí, eu preciso discutir isso com as duas.

Mais tarde...

Depois de muitos especularmos e discutirmos sobre se ele merecia mesmo nossa confiança, acabamos reparando que se não tivéssemos a ajuda dele a maldição nos atingiria e acabaríamos indo para meu mundo. Então, com isso em mente, tínhamos que interromper Killian antes que ele lançasse aquela maldição.

Então fomos até a cela de Rumple, onde ele permanecia sentado no local que mandei, e o soltamos. Os guardas ficaram alertas, mas o feiticeiro não demonstrou ser uma ameaça. Ele apenas permaneceu á nossa frente e examinou nossas expressões sérias que esperavam por uma resposta urgente.

— Muito bem, eu irei ajuda-los á derrotar Killian. Mas precisamos de treinamento rigoroso de seus guardas e de todas as pessoas que lutaram. Killian pretende lançar a maldição com Malévola, ela é uma feiticeira e o ensinou como lançar a maldição. Quando, quer dizer, se ele lançar a maldição, iremos ficar sem memória e seremos levados á uma cidade do mundo sem mágica — Explicou ele — Isso levara muitos meses, mesmo assim, ele disse que isso demorara pelo menos nove longos meses. Nós podemos treinar tranquilamente enquanto isso, mas precisamos de Malévola presa.

— E onde ela está? — Minha princesa perguntou.

— Bem, que eu saiba, na Floresta Proibida. E, sim, isso é muito longe daqui. Ao norte para ser exato, onde está um frio de congelar qualquer um. Ela irá ir até o reino de Killian daqui algumas semanas, precisamos impedi-la. Ela vai levar a ele uma coisa que ama muito — Rumple pausou e riu — O pônei dela, ela não queria, mas vai ter que matá-lo.

— Oh, que dó! Eu vou ficar com ele — Regina disse em um tom que me de lembrava Ruby.

— Bem, isso não o impedira de lançar a maldição, mas, caso ele lançar, pode diminuir seu poder e nos ajudar a combatê-la mais facilmente. E eu disse mais e não totalmente facilmente — Ele sublinhou bem o “mais” e continuou — Killian sabe mexer com magia negra agora, o que o torna mais poderoso, mas eu sou bem mais experiente. Junto com Regina e Robin, eu posso derrota-lo. Mas sem o exército não podemos adentrar no castelo de Killian. Ele vai matar alguém que ele ama, o problema é que eu não sem quem. Quem ele amava já está morta á muito tempo — Ele suspirou.

— Quem era? — Perguntei.

— Vamos para sala, lá contarei mais sobre essa história para vocês — Rumple disse em um tom calmo.

— Essa até eu quero ouvir — Disse meu companheiro Corona, que estava sorridente e ansioso para saber mais. Ele era sábio, mas sempre dizia que ninguém poderia ser totalmente sabido. Ele caminhava ao meu lado, enquanto eu andava com Regina abraçada á mim.

Na sala...

— Muito bem, prontos? — Rumple perguntou se sentando em uma cadeira luxuosa ao lado da minha e de Regina. Então continuou: — Bem, vamos começar — Ele suspirou e tossiu para que sua voz ficasse melhor, então começou — Era uma vez...

*Flashback on*

Um homem, para ser exato, um menino de dezenove anos muito bonito. Ele tinha cabelos negros como as sombras, olhos azuis como o céu e usava vestimentas pretas que caracterizavam o local onde morava: O Reino das Sombras.

Ele lembrava seu pai, e tinha um nome de marinheiro por causa de suas origens vindas do mar. Seu nome era Killian, Killian Jones. Aquele garoto nunca havia esperado por se apaixonar por alguém, além do mais, seu pai não desejava isso.

O pai de Killian era um homem poderoso, que tinha ensinado ao filho que o poder mais forte de todos era da escuridão. O menino havia aprendido desde cedo que não podia cair facilmente para nada, ainda mais no amor. Seu pai não parecia gostar realmente de sua mãe, ele estava com aquela mulher para demonstrar poder. Ter uma esposa era um sinal de poder para um rei, sempre será para qualquer homem, pois todos sabem que se não tiverem pelo menos uma gota de amor em sua vida, irão morrer infelizes e sem nenhuma razão para se orgulhar.

No entanto, o garoto queria descobrir como era gostar de alguém. Sentir-se emocionado de ver aquela pessoa depois de tanto tempo de espera para ver sua amada. Queria sentir o desespero de vê-la partir e de, talvez, nunca mais retornar. Apesar de tudo que seu pai havia falado, ele descobriu o amor uma tarde de verão em seu reino.

Na época, o Reino das Sombras era um local mais bonito que hoje. Até havia animais selvagens naturais ali, não apenas carnívoros gigantes como ursos e pumas com dentes e garras afiadas para dilacerar a carne de qualquer um que ameaçasse entrar em seu território, mas cervos e cavalos selvagens ou até mesmo unicórnios.

O nome dela era Milla, e Killian não podia ter pedido uma mulher mais linda. Com aqueles cabelos negros e um corpo esbelto, Milla era uma mulher doce, mas ao mesmo tempo, decidida.

Milla tinha vinte e quatro anos, sendo mais velha que o garoto, mas isso não preocupava nenhum dos dois. Ambos estavam quebrados. Milla havia deixado um parceiro recentemente e Killian queria alguém para completar sua alma.

Tomando coragem, ele chegou perto da árvore em que a mulher permanecia recostada enquanto observava o ambiente.

— O que uma senhorita como você faz sozinha aqui no meio do reino de meu pai?

— Bem, eu... — Ela estava pasma, era o príncipe que falava com ela — Eu...

Killian riu ao ver como ela estava nervosa de falar com um real, todos ficavam daquele jeito. Todos tinham medo da família Jones, pois sabiam que poderiam fazer o que quisessem em seu reino.

— Não precisa ficar tão acanhada com minha presença, eu não sou nenhum anormal. Apenas um príncipe que quer a companhia de uma linda moça como você — Falou ele de uma forma galanteadora.

— Bem, eu me chamo Milla e... Você que passar o tempo comigo? — Milla perguntou curiosa, mas sorridente.

— Sim, você parece ser interessante. Vamos, posso te levar para praia! — Ele disse em um tom animado, Milla sorriu.

— Seria ótimo.

Então, foi assim, os dois passavam o tempo juntos e eram melhores amigos. O pai de Killian não sabia daquela amizade e Killian nunca contara para Milla o que realmente sentia por ela. Mas até que chegou o dia em que os dois acabaram se beijando, e foi mágico. O problema é que foi o último, um morador avistou os dois e avisou o rei.

Furioso, o rei proibiu seu filho de sair do castelo e proibiu de ver Milla. Mas a mulher, decidida por ver sue amor jovem, adentrou o castelo pela noite. Os dois passaram a noite juntos, mas no dia seguinte... Não havia como escapar dos guardas, que desconfiaram e acabaram descobrindo Milla no quarto.

Ela foi convocada á falar com o rei, e ele não poderia ter sido mais direto. Quando ela foi até a sala do trono, o rei já deu sua sentença:

— Mate-a! Se não seguira minhas leis, não ficará aqui! — Ele praticamente rugia como um leão com sua fúria que punha medo até em seus guardas.

Depois de alguns dias era hora da execução de Milla. Killian foi levado e obrigado a ver o seu pai com um sorriso enorme enquanto presenciava a morte de sua amada na frente de seus olhos. Ela mandou um último sorriso, aquele sorriso que apenas ela conseguia ter, e depois... Se foi, para sempre, e um amor que poderia ter durado tanto tempo se esvaiu em apenas segundos de uma lâmina poderosa caindo sobre o pescoço da amada de Killian.

Ele não chorou, aquilo não seria coisa de um Jones se fazer, mas também não deixou de lamentar em sua cabeça. Ele repetia para si mesmo que era tudo culpa dele, que Milla não merecia morrer e que ele havia sentenciado a morte da moça.

Mesmo assim ele não odiou o pai, o garoto pensou que era o merecido, ele foi avisado. Então sue coração se fechou e ele jogou fora a chave que abria ele, a chave dos sentimentos. Com isso, nunca mais foi aberto para ninguém, apenas por mera diversão ele ficava com as mulheres, mas nunca se apaixonou de novo.

Killian então aprendeu que o poder do amor nunca iria vencer o poder da magia negra, o poder do orgulho e do medo. A cima de tudo, nunca iria vencer a escuridão. Então seguiu os passos de seu pai, que morreu em uma guerra que ele tinha causado.

Até hoje, Killian não abriu seu coração para ninguém e quer vingança pelo seu pai. Querendo que o Reino de Diamantes caia e seja totalmente dele, para que logo ele tome posse de toda Fairy Tale Land e a transforme em um mero local escuro e sem harmonia...

*Flash back of*

—... Sem esperança — Rumple terminou sua história, com um olhar triste que ponderava sobre as chamas dançantes de nossa lareira. Ninguém falou nada durante alguns minutos, até que Regina perguntou:

— Milla era algo para você? Como sabe tanto dela?

— Sim, ela era minha noiva. Eu tive um filho com ela, mas aconteceram muitas coisas e tive que abandoná-lo — Ele suspirou tristemente — Eu me arrependo de ter sido um covarde, de não ter ido à guerra e por isso acabei aprendendo a magia negra. Eu queria poder, para mostrar a todos que podia muito bem ser mais que um mero covarde que tinha medo da morte, que tinha abandonado o filho por medo de perder á si próprio — Rumple parecia emocionado, perder um filho deveria ser horrível — Eu me lembro dele, Baelfire, ele deve ser um grande homem agora.

— Onde ele está?

— No mundo de que Robin veio, o mundo sem magia. Eu não sei se ele está bem, apenas sei que deve estar seguro. Eu abri um portal de uma forma inexplicável com o feijão mágico que um gigante havia me dado, mas ele havia falado que já estava podre e não servia para nada. Então acabei jogando no chão da floresta, então ele caiu... — Ele suspirou de novo.

— Então há uma forma de Robin retornar ao mundo dele? — James questionou e Rumple assentiu — Porque não o ajudamos.

— Porque preciso e quero permanecer aqui, não faz nenhum sentido eu voltar agora que sou um príncipe e tenho um amor verdadeiro aqui — Eu sorri para Regina, que se levantou e sentou em meu colo.

— Vão arrumar um quarto vocês — Jeff reclamou, mas se referia mais á Octavia e Jessie do que á nós dois. As duas pareciam ter reparado que gostavam bem mais do que apenas como amigas uma da outra, e então acabaram ficando juntas.

— Cale a boca — Disse a DJ em um tom brincalhão, enquanto trazia sua parceira para mais perto dela e brincava com seu cabelo. Jeff bufou, eu e Regina rimos pela insistência do garoto. Boa tentativa para ele, mas certamente a violoncelista já tinha dona!

— Bem, eu... Onde será meu quarto? — Rumple perguntou.

— Deixe-me levá-lo até lá, fiquem aí vocês — Snow disse sorridente, enquanto levava o homem com pele de crocodilo até seu novo lar.

Me sentia feito, como... Com o trabalho feito! Eu sorri, Regina não entendia porque, mas eu sorri. Minha princesa decidiu ir para o quarto, ela disse que tinha coisas para conversar comigo e, dessa vez, eram sérias.

No quarto...

— O que foi querida?

— Eu... Espera aí... — Ela foi correndo para o banheiro e, dava para ouvir claramente que, ela vomitou. Então voltou e continuou — O que você acha que é isso? — Ela perguntou sarcasticamente.

Eu sentia que poderia desmaiar, ou talvez chamar Corona, ou pular de animação por todo aquele quarto. Mas eu senti que não tinha força para isso, eu estava emocionado demais para isso, e a emoção havia sugado toda minha força para dentro. Eu apenas sorri e Regina deu um sorriso mais largo ainda, e então nos abraçamos.

Algumas lágrimas saíam de meus olhos, enquanto eu abraçava ela alegre pela notícia que eu não esperava. Um pai, eu seria um pai e ela uma mãe. Regina permaneceu abraçada á mim durante dez minutos, que pareceram uma eternidade, mas essa eternidade foi a melhor que qualquer pessoa podia pedir em sua vida.

— Eu vou ser mãe e você vai ser o pai — Ela disse em meio ás lágrimas de alegria — Vai ter os olhos do pai, com certeza, com olhos azuis lindos como do pai — Ela parou e olhou para mim, eu a dei um olhar orgulhoso — Eu espero que, quando esse inferno acabar, nós poderemos ter uma família sem mais guerras ou mortes, apenas uma família real normal.

— Essa é a coisa que eu mais desejo — Sorri e a abracei de novo, embalando seu corpo menor que o meu em um abraço amoroso.

Passamos o tempo conversando sobre nomes. Se fosse uma menina havíamos decidido em chamá-la de Tabitha e se fosse menino...

— Roland — Eu sugeri, era um nome inglês que eu achava bonito. Além do mais, era um nome perfeito para um futuro príncipe que estaríamos colocando no mundo.

— Bom, mas de onde veio?

— É um nome inglês, da Inglaterra vitoriana. Muito usado na época de mil novecentos e onze — Sorri, enquanto acariciava os cabelos negros de Regina.

— Ai Robin — Ela riu — Você ás vezes é tão inteligente, me faz ficar com inveja dessa sua inteligência.

— É que sou muito gênio!

— Oh, se é tão gênio, vou te prender em uma lâmpada — Ela brincou.

— Tá, nem tanto assim! — Ri e suspirei — Só sei que quando isso acabar eu poderei ter uma família feliz e nada mais vai me fazer tão calmo e feliz que isso, viver em paz.

— Eu também meu amor, eu também. Apenas não sei se é certo matar Malévola, como Rumple disse.

— Bem, ela não pode viver amor, se não iria se libertar e a maldição seria completa mais facilmente — Expliquei — É melhor para todos que ela morra, além do mais... Você vai ter um pônei!

— Uh, é verdade! Legal! — Regina disse com um tom de uma criança de cinco anos que iria ser presenteada com seu primeiro cachorro.

— Muito bem, vamos dormir agora. Isso vai ser bom para todos nós — Então eu apaguei as luzes — Boa noite amor e... Pequeno Roland — Eu beijei a barriga de Regina, que riu pelas cócegas provocadas e pelos meus lábios em sua pele.

— Você nem sabe se será um menino.

— Eu não sei, eu tenho certeza — Eu disse, com um último sorriso, me jogando ao lado de Regina e levantando um pouco os lençóis. Ouvi ela rir e depois se aproximar de mim, dando um beijo leve em mim, e depois dormindo tranquilamente com uma respiração calma.

Beijei o topo de sua cabeça e embarquei no sono.

Naquela noite, eu sonhei que Regina havia sido tirada de mim. Killian havia prendido ela, e agora torturava meu amor á minha frente. Ele dizia coisas como “Agora vera o que sofri” e também “Isso é tudo culpa de vocês, ainda mais de você. Você devia ter protegido ela e olha onde ela está agora!”.

Regina estava machucada e permanecia imóvel em sua cadeira de tortura, Killian ria e continuava acusando-me de culpa e me fazendo ficar louco por aquilo, mas tinha que aguentar. Era apenas um sonho, sim, um pesadelo para ser exato e era terrivelmente real. Eu podia sentir a dor de minha princesa, enquanto ela tinha lágrimas e não podia fazer nada.

Eu tentei impedi-lo, mas estava preso por cordas no chão e elas eram fortes. De repente... Tudo acabou e, finalmente, era hora de acordar.

Com suor em minha testa, vi se Regina permanecia segura. E ela estava, enquanto dormia tranquilamente e não acordava com o sol forte de sua irmã vindo da janela.

Ela certamente não era uma pessoa da manhã, a não ser que quisesse fazer algo. Mas hoje ela permanecia ao meu lado, e eu estava feliz por ter acordado. O pesadelo foi bem pior do que os de meus pais, porque eu podia sentir o sofrimento vindo de Regina. E assistir uma pessoa que você ama quase morrer é terrível, mas era só um pesadelo.

Nunca iria acontecer. Certo? Eu desejava que sim, porque se não Killian morreria mais cedo. Eu decidi esfriar minha cabeça indo falar com Corona, que certamente estava acordado desde as cinco da manhã, como o habitual.

No jardim...

Corona permanecia escovando seu grande garanhão, que se parecia com um andaluz. Ele cantarolava alguma música aleatória de sua cabeça, e então eu cheguei sorridente e disse:

— Hey Corona, eu vim aqui falar com o senhor — Eu sorri e ele automaticamente parou de esfregar seu cavalo e se virou para mim com um sorriso.

— Pode falar, sente aqui menino — Ele ofereceu um ramo de feno gordo para eu me sentar, e ele também.

— Eu... Vou ser pai! — Disse animado.

— Parabéns garoto! — Ele bateu de forma companheira em minhas costas.

— É, estou tão animado para saber se vai ser garoto ou menina — Eu disse com um sorriso e Corona riu.

— Oh, você é muito animado! Há longos nove meses pela frente, e além do mais, espero que se casem logo! — Ele brincou — Quero ser o padrinho!

— Sim, certamente, você vai ser — Eu ri — Mas, falando sério, eu tive um sonho... Na verdade um pesadelo, ele tinha Killian nele e Regina também — Suspirei — Ele torturava ela na minha frente enquanto dizia que era tudo culpa minha. Acredita em visões?

— Meu filho, esse mundo é mágico. Tudo pode existir aqui, desde animais que falam até visões de coisas que vão ou podem acontecer se não impedir — Ele sublinhou bem o “ou” e continuou — E eu digo que pode ser um aviso, para que você não de bobeira e acabe deixando Killian pegar Regina.

— Por que ele iria querer ela? Ele não quer matá-la?

— Certamente, mas primeiro quer ter ela com ele. Para ser exato, na cama dele — O senhor balançou a cabeça — Por isso: Cuide dela.

— Você pode ter certeza que vou! Ele não vai colocar as patas sujas dele em cima dela! Não enquanto eu estiver vivo!

— Assim que se fala garoto, mas lembre-se que proteção demais acaba espantando o protegido. Apenas não deixe que Killian a pegue, se não pode dar tchau ao sonho de ser pai ou se casar com ela — Corona tinha um tom conciliador na voz.

— Obrigada Corona, por me avisar e ensinar de novo — Eu agradeci.

— Não á de quer, é para isso que os mais sábios servem e tornam os menos em pessoas mais inteligentes — Ele se levantou, assoviando sua música novamente — Que tal uma corrida? — Ele se virou para mim em um tom desafiador.

— Muito bem, prepare-se para perder!

— Não contaria com isso — Ele montou no cavalo e eu peguei Silver, montando-o — No três... Um... Dois... Três!

Os dois cavalos estavam empatados no início, mas logo eu mudei isso. Silver podia ser mais pesado, mas dava passos bem mais largos que o cavalo de Corona. O cavalo dele deu um relincho, eu não olhei para trás e continuei indo.

Depois de muito mais cavalgar, cheguei ao ponto de partida que era também a linha de chegada.

— E então? Viu? Te venci! — Comemorei, e Silver relinchou animado. Tudo era quieto, o velho não podia estar ali — Corona? — Eu perguntei por ele — Talvez esteja mais para trás do que pensei, vamos espera-lo — Disse eu para Silver, que relinchou em concordância.

Minutos se passaram, dez, vinte, trinta e quarenta. Nada de Corona ou seu cavalo. Então decidi investigar, indo fazer a trilha inteira de novo para ver se o cavalo dele havia se machucado ou algo assim.

Passei pelo rio, as cercas, a pradaria e a pequena fazenda perto de nosso castelo. Então eu cheguei ao ponto onde o cavalo dele havia soltado um alto relincho. Não poderia ter ficado mais horrorizado. Não horrorizado, com raiva? Triste? Com necessidade de vingança? Não sabia, mas eu certamente não esperava por aquilo e ninguém esperava também.

— Corona? Ele morreu...


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