A Sexta Guardiã escrita por Rocker


Capítulo 2
Capítulo 1 - Quem é você?


Notas iniciais do capítulo

Ok, acho que vou colocar o Ctrl C+Ctrl V do pedido de desculpas em todas as fics, mas ok....
Seguinte, povo, eu ia postar semana passada msm, mas eu viajei pra praia, e não deu. Eu até mesmo levei o meu notebook pra lá, pra postar quando estivesse na pousada, mas a net tava tão ruim que o modem nem mesmo ligava!! Mas, em compensação, eu estou postando todas as minhas fics de uma vez!!! Olha que maravilha, não é?! Bem, aproveitem!!

~~ Dei uma editada e mudei o nome da cidade, ok?? Não sei se é Ottawa msm, mas eu coloquei ela.
~~ Novas fics minhas! Uma de Nárnia (Beauty Queen) e outra de Academia de Vampiros (So Far Away). Deem uma olhada, link nas finais!



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Capítulo 1 - Quem é você?

Rotina.

Sabe, todos têm sua rotina. Fazendo sempre a mesma coisa, todos os dias. Claro, uma coisa ou outra diferente em algumas ocasiões. Levantar cedo, ir à escola, e depois talvez a um curso extra-curricular, dever de casa, dormir, e no fim de semana sair com os amigos. Essa podia ser a rotina de qualquer um, mas não a minha. Minha rotina, porém, sempre foi a mais incomum, mas nem por isso deixa de ser uma rotina. Mas hoje o dia foi incomum até mesmo pra mim. A começar por minha chegada em casa, depois da escola.

– Pai! Mãe! - eu gritei, assim que cheguei em casa depois das minhas aulas da escola. - Cheguei!

Geralmente ele respondem. Todos os dois, ou apenas um deles. Dessa vez, porém, não havia ninguém. Somente minha irmã, Lily - uma coisinha fofa e loira de sete anos -, que desceu as escadas do segundo andar e pulou nos meus braços. A segunda quebra de rotina; ela nunca chegava da escola antes de mim.

– Oi, Lils! - eu disse, sorrindo e a aninhando melhor nos braços. - O que faz tão cedo em casa?

– Mamãe teve que ficar até mais tarde no trabalho, então a mãe da Karine me trouxe para eu não esperar muito, e o papai foi visitar a tia Sophie.

– Foi, é?! - perguntei, e ela assentiu.

Outra quebra. Papai nunca vai lá sem ser no domingo, e muito menos sem nós. Olhei rapidamente pela janela da cozinha e percebi uma pequena camada de neve se acumulando pela peitoril, indicando o início do inverno. E já escurecia - era hora da história.

– Então parece que eu terei que lhe contar a história do papai. - eu disse, e Lily se animou em meu colo.

– Jack Frost! Jack Frost! - ela exclamou animadamente e eu ri, levando-a para seu quarto.

Bem... Meu pai, Jamie Bennett, nos contava toda noite sua aventura ao lado dos guardiões da infância, quando tinha a idade de Lily. Claro, uma história boba de criança, mas agora, aos meus 16 anos, ainda me recusava a deixar de acreditar. Eu leio muito - tenho uma estante enorme de livros no meu quarto - e a leitura me abriu muito a mente.

– E então, Lily? - perguntei, ajeitando a coberta sobre seu corpinho pequeno, para deixá-la mais confortável. - Por qual parte eu começo?

– Jack Frost! Angie, me conta sobre Jack Frost!

Eu achava engraçada a fascinação encantada que Lily tinha por Jack Frost, o menino da neve e do gelo.

– Tudo bem... - eu disse. - Vamos começar há trezentos anos atrás...

~*~

Eu apaguei a luz do quarto de Lily e a admirei em seu sono por alguns segundos antes de fechar a porta silenciosamente. Atravessei o corredor, ainda sem qualquer sinal dos meus pais. Estranho, na verdade, nunca era necessário ficarmos sozinhas em casa, mas não era isso que me preocupava. O que me preocupava era o quanto isso iria afetar na nossa rotina. Mamãe sempre foi calculista e pontual, mesmo papai sendo mais extrovertido. Eu só não queria que minha rotina fosse completamente alterada. Mas mesmo colocando isso na minha cabeça, eu sabia que algo estava errado. Então simplesmente tentei seguir o resto da minha rotina para tirar essa ideia da minha cabeça.

Entrei em meu quarto, ainda com o jeans, a camiseta, o casaco e a bota que fui para a escola. Não troquei de roupa e nem fiz muita coisa. Já era quase hora, e eu nunca a perdia. Minha mãe não era a única pontual por perto. Fui até a minha janela e a abri com certa dificuldade, por conta da neve no peitoral e do gelo nas laterias da vidraça. Pelo visto, Jack Frost sempre fazia um bom trabalho e, provavelmente, ainda se lembrava de meu pai como o primeiro garotinho que acreditou nele.

Olhei para o lado, apoiada no parapeito, e sorri ao ver que a escadinha de metal que meu pai me ajudou a instalar ao lado da janela, do chão ao telhado, permanecia intacta, sem qualquer resquício de gelo. Pelo visto Jack Frost não estava assim tão travesso hoje. Com cuidado, subi pela escada até o telhado e me sentei ali sobre as telhas, como fazia todas as noites desde os dez anos. Foi difícil convencer papai a deixar, mas quando ele percebeu que eu realmente acreditava em cada palavra de sua história, ele permitiu. Ele sabia que às vezes era preciso uma prova para acreditar por tanto tempo. E eu vinha ali toda noite, no mesmo horário, para ver a minha prova.

E ele nunca me decepcionava.

Finas linhas douradas de areia surgiram pelo céu, entrando em várias casas. Na maioria das casas, na verdade. Apenas aquelas que haviam alguma criança. As finas linhas eram sonhos. E eu adorava olhar para as janelas visíveis para descobrir seus sonhos. Algumas vezes eu olhava os de Lily, preocupada que se tornassem pesadelos, mas desde que papai ajudou os guardiões, há quarenta anos atrás, apenas sonhos lindos de uma criança inocente. Eu também adorava tocar algumas linhas de areia, formando a imagem do sonho de uma respectiva criança.

Era mágico.

Bem na hora, Sandman. - eu disse, mas me assustei ao ver minha voz duplicada.

Havia alguém atrás de mim, e eu podia sentir o frio que ela emanava, mesmo ouvindo os passos um pouco longe. Havia alguém no meu teto! Fingi que não o havia ouvido, talvez fosse melhor assim e ele me deixasse em paz. Ouvi a pessoa vindo até mim, ainda sem falar nada, e eu fingi que não sabia de nada, ainda olhando maravilhada para as linhas de areia dourada circundando o céu noturno. Desci as escadas com cautela, tomando cuidado para não olhar para o vulto que ficara paralisado perto da chaminé da lareira.

Assim que passei pelo peitoril da janela, fechei-a minimamente, deixando um pequeno vão como teste. Arranquei meu casaco de inverno, e me joguei na cama, debaixo das cobertas - eu nem mesmo soltara meus cabelos do rabo de cavalo que me era costume. Fechei os olhos, fingindo que dormia, e apertei o punhal de uma faca que eu sempre tinha debaixo do travesseiro. Papai era contra, mas mamãe queria sempre se certificar que estivéssemos seguras. Ouvi a janela rangendo levemente e vi, pelo canto do olho, uma sombra se formando no chão. Assim que o intruso pisou no piso de madeira, eu fiz meu movimento.

E a faca foi parar cravada na parede oposta, a centrímetros do capuz de quem eu reconheci como um garoto.

– Quem é você e o que faz no meu quarto?! - vociferei, levantando-me de supetão e o encarando de frente. Tudo bem que era um teste, pra ver se a pessoa realmente entraria no quarto, mas ainda não via motivo para que ele fizesse isso.

– Espera, você pode me ver?! - perguntou o garoto, assustado.

Ele era não era alto e nem baixinho, mas conseguia ser mais alto que eu. Estava descalço e usava uma calça marrom e um moletom azul escuro. Tinha alguma coisa a mão, que era maior do que ele, mas eu não conseguia ver seu rosto tampado pelo capuz.

– É claro que eu posso te ver, imbecil! - eu disse, já irritada. - Vai me responder ou vou ter que ir atrás de outra faca?!

O garoto então tirou o capuz e andou até a luz. O que tinha na mão era um cajado de madeira, com um gancho na extremidade e parecia coberto por um gelo fino. O garoto tinha uma pele extremamente branca, os cabelos rebeldes era branco como a neve e os olhos azuis como o gelo. E, por mais assustador que fosse, eu o conhecia.

– Jack Frost?!


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Notas finais do capítulo

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