A Sexta Guardiã escrita por Rocker


Capítulo 1
Prólogo.




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Prólogo

Aquela sensação estranha de algo te preenchendo.

Uma luz prateada entrando e inundando minha mente por completo. Cada célula do meu corpo começou a formigar e depois, a queimar. A sensação de preenchimento deu lugar ao desespero. Minha pele queimava, como fogo derretendo o gelo. Meus olhos ardiam pela luz forte e meus ombros doíam, como se algo estivesse saindo de dentro da pele, irrompendo para fora. E então, de repente, nada mais.

Abri os olhos e me vi na escuridão. No momento, eu não lembrava de muita coisa. Eu não tinha ideia de como viera parar dentro de um saco. E o mais estranho era saber que tipo de saco preto era aquele. Um saco preto de necrotério. Tentei mexer meus músculo, mas depois de toda aquela ardência de fogo, pensei que seria um pouco difícil. Mas foi exatamente o contrário. Assim que mexi os dedos da mão, me vi em fora do saco. Estava em um cômodo de hospital, cercada por branco e macas com sacos pretos. E eu reconheci aquele lugar. O necrotério do Hospital de Ottawa. Eu não entrava nele desde que meu pai morrera.

A porta se abriu e algumas pessoas entraram chorando, acompanhadas de um médico. Eu reconheci a mulher e a criança de sete anos; minha mãe e minha irmã. Senti que algumas lágrimas começavam a cair por minha bochecha, mas eu rapidamente as engoli. Elas passaram por mim, me atravessando.Tentei chamá-las, mas nada funcionava. O médico abriu o saco preto ao meu lado e vi. Eu vi a mim ali. Meu rosto arranhado, deformado e sujo de sangue; e minha família chorou ainda mais. Em choque, eu levantei minha mão e toquei minha mão. Estava intacto.

E, com o susto, percebi algo batendo à minha volta. Virei-me rapidamente, procurando pelo que quer que seja que batia, mas paralisei ao ver a janela. Parecia congelada, com muita neve do lado de fora. Mas o que me chocou foi o reflexo que vi. Eu, com meu costumeiro jeans surrado, all star preto e blusa do AC/DC. Mas algo estava diferente. Eu tinha asas. E não eram qualquer asas, eram asas de anjos.

Mas então eu percebi outro detalhe. Não em mim, mas na janela. O vidro realmente estava congelado. Por completo. E mesmo com o frio que quase sempre fazia em Ottawa, era impossível congelar uma janela completamente. E eu sabia que somente uma pessoa poderia fazer isso.

E como se soubessem exatamente o que fazer ou aonde ir, as asas me levaram para fora do hospital, para longe da minha família e para longe do meu corpo. E eu tinha apenas um nome em mente.

Jack Frost.


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