Verão – Junho de 1995

– Draco... O que está acontecendo? – ela perguntou nervosa. Draco nada disse, apenas continuou caminhando até ela. Hermione engoliu em seco. Draco não parecia estar enfeitiçado como já ouvira relatos tanto dele quanto de Harry. - Draco? – chamou ela nervosa. Ela apenas conseguiu ver uma lágrima cair do olho cinza do loiro.

– De... Desculpa. – pediu ele nervoso erguendo a varinha para ela. O coração de Hermione pulou loucamente.

– Draco, o que vai fazer? – perguntou ela nervosa. Draco engolia em seco a cada minuto, lágrimas caiam dos seus olhos. Seu braço tremia, como se ele tivesse sendo forçado a fazer aquilo.

– Essa... Não é uma guerra que você irá participar Hermione. – disse ele sério. Hermione arregalou levemente os olhos cor de chocolate.

– O que quer dizer Draco? – perguntou ela nervosa. Ele não ia mata-la, ia?

– Eu... Você-sabe-quem descobriu você... – disse ele nervoso. – Ele... Ele quer que eu cumpra missões... E você estaria no caminha dele... No meu caminho...

– Você irá me matar? A sangue frio? – perguntou ela séria, tentando controlar as lágrimas. Ela sabia que ele não era capaz de matar ninguém.

– Eu nunca seria capaz de te machucar. – disse ele apertando os olhos. - Você não irá lembrar de nós. – avisou ele. – Nunca existiu um nós. Você será simplesmente alguém que está estudando para fazer a faculdade que você tanto anseia. Nunca saberá do mundo bruxo, nem do Potter e nem de mim. Potter concordou com isso. – disse ele tremulo. Hermione engoliu em seco. – Eu estou seguindo meu coração, minha querida. – avisou ele carinhoso.

– Eu nunca esquecerei de você meu amor. – disse ela sentindo as lágrimas caírem livremente pelo seu rosto.

– Eu sei... – murmurou ele. – Eu tenho que fazer isso Hermione. – disse ele apertando os olhos. – Eu tenho que proteger você. – disse ele respirando fundo. – Eu te amo.

– Eu também te amo Draco. – disse ela engolindo em seco, suas mãos tremiam.

– Obliviate. – disse ele.

Hermione abriu os olhos, ofegante. Havia sido apenas um sonho. Ou um pesadelo. Ela olhou para o lado, Draco dormia calmamente. Sem pensar duas vezes, e ainda trêmula, Hermione se aconchegou no corpo de Draco, sentindo as mãos dele apertarem-na.

– Você está bem? – perguntou ele nervoso ao ver que ela tremia levemente.

– O que... O que é o feitiço Obliviate? – perguntou ela simplesmente. Draco estranhou, mas não deixou de responder. Vira e volta ela lhe perguntava aquele tipo de coisa.

– É um feitiço para esquecer. – explicou ele. Hermione engoliu em seco, apoiou o queixo no peito dele e olhou para aqueles olhos cinzas que fintavam-na preocupado. Ele não iria fazer ela se esquecer dele, iria? Iria mata-la?

– Quem é você-sabe-quem? – perguntou ela. Draco arregalou os olhos.

– Você sonhou com ele? – perguntou ele preocupado. Hermione engoliu em seco. – Sonhou Hermione? Ele apareceu para você? Você viu ele? Ou alguém te falou o nome dele? – perguntou ele nervoso.

– Eu não sonhei com ele. – disse ela rápido, Draco respirou mais aliviado. – Eu sonhei com você. E você mencionava esse nome. – disse ela. – Vai me responder, ou terei que perguntar ao Harry? – perguntou ela divertida. Draco revirou os olhos.

– É um bruxo poderoso. – disse ele. – Ele matou os pais do Potter. Ele quer o Potter na verdade. Matou o Diggory. Há um grupo que segue ele, as ordens dele.

– Ele... Matou mais alguém? – perguntou Hermione pensativa, tentando relacionar o sonho que ela teve com as informações que recebia de Draco.

– Muita gente. Ele causou a Primeira Guerra Bruxa, está atrás da imortalidade, é herdeiro de um dos fundadores de Hogwarts, petrificou a Weasley no meu segundo ano... Matou Diggory agora... E irá causar mais uma guerra. – contou ele.

– Mais... Mais uma? – perguntou Hermione nervosa.

– Acreditamos que estejamos participando de uma já. Desde os nossos onze anos. – explicou ele. – É uma teoria... Mas... Os comensais... Estão todo dia por aí... Meu pai é um comensal.

– Ele... Mata pessoas? – perguntou ela nervosa. Draco assentiu calmamente. Ela engoliu em seco. – E... Você vai se tornar...

– Vou. – disse ele olhando para cima. – Eu sei que vou. Mas por que vão me obrigar. – disse ele. – Não por que eu queiro, que fique claro.

– Você vai... Matar alguém? – perguntou ela com medo.

– Não vamos falar disso, minha querida. – disse ele ficando com o corpo por cima do dela. – Vamos falar de coisas boas. Tipo nós. – disse ele beijando o pescoço de Hermione que sorria enquanto acariciava os cabelos dele.