Destroyers escrita por Livia Dias


Capítulo 34
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoal! Mais um capítulo para vocês ;)

Quero agradecer a todos que comentaram no capítulo anterior, como sempre me deixando honrada pelo que faço. Às vezes posso dar uma sumida básica, mas não me odeiem, please kkkkkkk.

Dedico este capítulo aos novos leitores!

Boa Leitura!



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Zack

Quem disse que a vida é uma merda e pretende se matar só porque o papaizinho não deu mesada, desista. Depois de algumas horas você revive mesmo. Super normal...

Super normal os escambau! Cadê os meus direitos? Cadê a ONU, o exército, a aeronáutica e a marinha quando preciso deles? Tem gente atirando do jardim! CORRAM PARA AS COLINAS! Ah não, pera... Eu sou o herói. Não priemos pânico.

Com um movimento de mãos apago as luzes da casa, mergulhando-nos em plena escuridão. Ao meu lado reconheço a juba de cabelos loiros da Sophia, que pega sua bolsa e a minha mochila na poltrona, lançando-a para mim em seguida.

– Valeu – murmuro, mas ela já fica invisível diante de meus olhos.

Arrastando-me pelo piso, apenas as luzes da rua entram pelas janelas, formando sombras no teto. O silêncio repentino me lembra aqueles filmes de terror...

Apanho o relógio (super avançado, com uma pulseira de espessura grossa com a cor azul) que vem acompanhando meu uniforme, e ele liga de imediato assim que o coloco em meu pulso. Uma barra em verde ao canto direito da tela mostra que meus batimentos cardíacos e minha saúde estão normais. Ouço os barulhos do lado de fora e trato de apertar um botão onde há a inscrição de um raio.

Um laser acende na minha cara, e começa a analisar-me de cima a baixo. Logo, um bipe segue a tal ação e meu nome pisca na tela do relógio.

Deseja vestir seu uniforme de combate?

Pressiono a opção de “Sim”, só porque não tinha “óbvio”.

Fecho os olhos ao sentir a energia preencher meu corpo. Um milésimo de segundo, e repentinamente não sinto minhas roupas de antes, e sim a textura protetora do meu uniforme. No rosto, uma máscara cobre meus olhos.

Fico atônito por breves segundos. Quero dizer... Uau! Com certeza isso é coisa do Stark!

Quando sigo até a janela para acabar com todo mundo... O jardim está vazio.

Caramba! Só porque eu vim estrear meu figurino.

– Parado! – uma voz autoritária e irreconhecível comanda.

Ah, maneiro. Eles deram a volta na casa.

– Eu estou parado – digo, revirando os olhos. Levo as mãos à cabeça e viro-me lentamente. Três caras com submetralhadoras. Que legal, gente.

– Ele deve ser o garoto dos raios – um deles cochicha ao outro, e eu franzo o cenho.

– Mas ele não pode fazer nada, senão atiramos nele – responde esse outro. Pera, eu estou aqui. Se eles estão a fim de fazer suposições, vão para outro lugar!

O terceiro me encara com curiosidade.

– Qual é seu nome artístico?

Ok. Esses caras são um bando de babacas e chego a conclusão de que pra mim não sobra nenhum vilão decente. Oh sorte.

– Hum... – penso por um instante. – Sabem, eu não tinha pensado muito sobre o meu nome...

Os três piscam incrédulos. Só não reviro os olhos porque sou gente boa.

– Você é novato nesse lance de ser herói?

Dou de ombros.

– É. Ainda estou aprendendo algumas coisas – permaneço com os braços erguidos acima da cabeça. – Só preciso de ajuda com meu nome.

Eles me encaram de modo avaliativo.

– Algo que soe bem para as garotas, de preferência – Acrescento, pois parece que para eles é difícil raciocinar.

– Que tal... Catástrofe? – Sugere um deles, pensativo.

Faço uma careta em desagrado. Deus que me livre.

– Nãã. Eu sou um herói. Esse nome é para o vilão.

Os três se entreolham.

– Também somos novos nesse lance de trabalharmos para os vilões – um deles dá de ombros, como se fosse desculpa para seu péssimo gosto.

– Jura? Eu nem tinha notado – arrisco uma ironia. Os caras não parecem notar.

– Mas vem cá, além de controlar os raios, o que você pode fazer? – outro me questiona.

Reviro os olhos.

– Só... Isso! – movo as mãos em sincronia e as lâmpadas explodem acima da cabeça deles. Reúno energia elétrica em meus punhos e desviando dos tiros, dou um soco no estômago de um deles, eletrocutando-o na mesma hora. Os outros dois avançam para cima de mim, mas graças aos meus reflexos bato as cabeças deles uma contra a outra, derrotando-os finalmente.

Olho para as lâmpadas detonadas meio incomodado.

– E que se faça a luz – digo, batendo duas palmas. As lâmpadas acendem no estilo “milagre”. Bem melhor.

Mais uns cinco caras são lançados da escada, e Aurora surge trajando um colante vermelho, e tendo uma máscara da mesma cor cobrindo seus olhos.

– Esses aí nunca aprendem – suspira dramaticamente, batendo as mãos como se as livrasse do pó.

Tiros ecoam no andar superior e dois corpos caem estatelados no jardim com um ruidoso baque. Obra da Lady Assassina, claro.

Um vulto em dourado e vermelho atravessa o jardim na velocidade da luz. A campainha toca, e Mrs.Elastic atende.

– Esses tentaram fugir – o Relâmpago (em um traje mais moderno) surge arrastando três caras.

James (como o Ilusionista) desce as escadas com a Lady Assassina e a Ashley (com um uniforme rosa, montado com uma regata justa, um short tendo uma longa saia transparente por cima e botinas com salto).

– As mentes deles estavam bloqueadas – A Turner informa.

Sophia surge trajando um uniforme cinza, composto por saia, regata e uma capa com capuz que alcança seus joelhos assim como suas botas prateadas. Metallick vem logo atrás - usando um collant prata com alguns detalhes em preto – com Simon todo de preto, com uma máscara na mesma cor que deixa apenas seus olhos a mostra.

– Isso tá muito bizarro – Ele retira a máscara estilo ninja.

– Não mais bizarro que o seu uniforme – debocho, caindo na risada.

Simon ri ironicamente.

– Olha quem fala...

Dou uma olhada no meu uniforme, não vendo problema nenhum.

– É azul – digo, soando desafiadoramente em seguida. – Algum problema com azul? As garotas gostam de azul.

– Eu gosto de azul – Sophia encara Simon, porém parece se constranger com o que diz e se cala no mesmo instante.

Aurora cruza os braços.

– Simon tem razão – pondera, observando os agentes no chão. – Eles eram fracos demais. Por que nos atacaram?

– Essa é a pergunta que todos fazem – uma voz soa às nossas costas e nos viramos em posição de ataque.

Um cara com terno branco, cabelos loiros e dentes esquisitos está parado a porta da cozinha, encarando-nos com desdém.

– Ah, os novos bichinhos de estimação do Fury – Ele se aproxima um passo, mas não baixamos a guarda.

– Quem é você? – Aurora não é nem um pouco amistosa com o recém chegado.

Este sorri cinicamente.

– Sou um amigo bem próximo do Tony Stark – ajeita seu terno, sem deixar que o sorriso desapareça. – Vejo que vocês tiveram uma festa... – observa os corpos no chão, alguns vivos, outros nem tanto.

A Lady Assassina semicerra os olhos, girando as pistolas entre seus dedos de um modo que gera certa inveja por minha parte. Inveja branca, claro.

– Você é aquele que bancou um terrorista chamado Mandarim e sequestrou o presidente.

Ah, então é por isso que tive a sensação de já ter visto esse babaca antes! Ele é o carinha que o Homem de Ferro detonou no Natal passado, lá pros lados da Califórnia, e que tentou acabar com o governo americano.

– Oh, e você é a famosa filha do Batman – Mandarim dá uma risadinha teatral. Clarissa demonstra repulsa só com o olhar. – Eu sei sobre todos vocês. Suas identidades, família, amigos... Quero dizer, os que têm uma família – Desdenhou, e não pude deixar de cerrar os punhos, não por mim, mas pelos meus amigos.

– É bom você dizer o que quer – A Metallick dá um passo a frente furiosa. – E logo.

Mandarim tira seu celular (tijolo moderninho!), sorrindo para nós.

– Você deve ser a Stella – Ele arrisca mesmo sabendo a resposta. – Me diga, sua irmã e sua mãe estã bem?

A Metallick franze o cenho. Mandarim mostra a tela de seu smarthphone, o vídeo rodando lentamente.

“SOCORRO! MÃE!”, Alice Richard está presa contra uma maca, enquanto alguns caras injetam um líquido flamejante em suas veias. “NÃO, NÃO!”.

Mandarim pausa o vídeo, satisfeito com o efeito causado.

– E sua mãe, Stella? – Ele mostra a ttela novamente.

A sra. Richard grita incansavelmente, as chamas consumindo o interior de seu corpo. Stella ofega, cobrindo a boca com as mãos.

– Ainda temos seus pais Aurora – Mandarim provoca, e Mrs.Elastic recua um passo, atordoada. – Eles detestaram saber que você é uma heroína, e agora estão recebendo a primeira dose de poder... – Ele me encara. – E os seus pais, Zack, estavam tão desesperados... – Seus olhos vagam até Simon. – Sua mãe não reagiu tão bem à dose de poder, mas estamos fazendo o possível para que ela não detone...

Nesse instante o Walker avança contra nosso inimigo, acertando-lhe um soco tão forte que Mandarim é lançado para a cozinha e atravessa a parede da mesma. Simon sai como um tiro, mas Dylan o detém antes que o Walker possa sair da sala.

– Ele está com a sua mãe – relembra, empurrando-o de volta.

– É por isso que vou matá-lo – Simon faz menção de avançar, sendo detido pela Wayne.

– Ele vai reviver seu idiota! – Clarissa retruca impaciente. – E sua mãe já era!

Um barulho na cozinha e uma bola de fogo vem em nossa direção. Me lanço contra o piso, assim como os outros. Apenas Sophia que não se move e prestes a ser atingida, um campo de força se ergue à sua frente e o ataque ricocheteia.

Antes que cause maiores danos, lanço um raio de energia contra a bola em chamas e a detono.

Nos encolhemos pela fumaça, enquanto Mandarim surge com as chamas flamejando por seu corpo, e a fúria expressa em sua face.

– Desistam, ou aqueles que vocês amam morrerão – ameaça, dando meia volta e desaparecendo de vista.

Dylan e James fazem menção de segui-lo, mas Sophia os impede com um campo de força.

– Deixem-no ir – diz, fazendo um floreio de mãos e desfazendo a barreira.

Levanto-me, ajudando Stella a se erguer. Ashley já se encontra de pé, seus dedos massageando as têmporas e os olhos fechados.

– Meus avós não foram pegos – diz, abrindo os olhos. – Nem sua avó, Tompson.

Sophia meneia a cabeça positivamente, aparentemente aliviada.

– Com meu pai na torre da Liga, e a Clarissa sendo órfã – Dylan tira a máscara. – Cinco de nós podem continuar.

O silêncio predomina na sala. É palpável a preocupação da Aurora, do Simon, da Stella e minha. Meus pais estão presos, reféns de vilões sádicos, e tendo uma coisa maluca sendo injetada neles.

A única opção que pode salvá-los é pararmos de bancar os heróis.

– Não podemos continuar – É Clarissa quem se pronuncia sem o típico tom irônico. – Mesmo que não tenhamos ninguém que possa nos atingir... – Ela revira os olhos como se achasse a própria fala patética. – Tem os pais deles.

Dylan a fita com incredulidade, assim como o restante de nós. Clarissa bufa.

– Não esperem que eu diga isso de novo.

Ficamos novamente em silêncio, até Sophia pegar sua bolsa e sair repentinamente, batendo a porta.

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Há coisas para as quais você não pode voltar, algumas coisas precisam ser deixadas em paz
Não se meta com as lembranças de uma vida que passou
Oh, as prudências decadentes no âmago dos meu erros
Oh, há coisas para as quais você não pode voltar porque você as deixou passar.

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Simon faz menção de segui-la, mas o impeço com um olhar significativo.

– Ela precisa de alguém improvável agora – Encaro os outros antes de sair.

A brisa noturna me atinge de uma maneira melancólica. Vejo a alguns metros a loirinha estremecendo enquanto tenta conter as lágrimas, parada ao meio fio.

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Eu não quero ser a testemunha de um caminho escondido
Eu não quero ver esta casa não ser um lar.
Porque o tempo teve efeitos sobre o que não podíamos ver
Não, eu não quero ser testemunha do fim de você e eu.

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Me aproximo a lentos passos, observando o céu escuro.

Sophia se vira surpresa com minha presença.

– Zack? – tenta secar o rosto rapidamente, sem êxito. – E-Eu...

– Tá tudo ok – digo, fingindo não notar seus olhos vermelhos pelas lágrimas. – Eu não sei o que você está sentindo, mas... Pode falar se quiser.

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Como eu vou fazer cada momento ser melhor que o anterior?
Como vou fazer isto melhor se eu não posso voltar?

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Sophia desvia o olhar para o chão.

– Eu não quero que isso acabe. – Estremece, mordendo os lábios. – Sei que é egoísmo, mas não quero perder isso... Não quero que isso se vá também... Eu comecei a sentir que tinha uma família – Ela balança a cabeça negativamente. – Treinamos juntos... Discutimos... E agora tudo acaba por causa de um ataque covarde! A Clarissa vai voltar à sua indiferença, e o Dylan vai se preocupar com o time de futebol americano. A Aurora possivelmente vai tentar acabar com a Caroline, mas... Sozinha – Sophia volta a chorar. – Você entende? – Me encara suplicante. – Todos vão fingir que nada aconteceu!

Continuo fitando-a, certo de que os Destruidores não devem acabar. No entanto, o problema ainda se mantém aqui.

– Não estou implorando para que sacrifiquemos seus pais – Ela seca o rosto novamente. – Mas... Mas...

Não deixo que ela termine a frase e a puxo para um abraço. Sophia desmorona mais uma vez, porém não permito que ela caía.

Respiro fundo.

– Os Destruidores não vão acabar – sussurro, olhando para a porta de entrada para a casa da Ashley, onde nossos amigos nos observam. – Vamos dar um jeito.

Basta saber o que fazer agora.

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Oh, as prudências decadentes no âmago dos meu erros
Oh, há coisas para as quais você não pode voltar porque você as deixou passar.
Oh, há coisas para as quais você não pode voltar.

(Can’t Go Back – Rosi Golan)


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Notas finais do capítulo

E aí, acham que os Destruidores vão continuar? Já aviso que as coisas vão ficar cada vez mais complicadas a partir de agora pra eles :S

Estou fazendo algumas mudanças no enredo da história, por isso não estranhem os atrasos. Quero deixar algumas batalhas ainda mais emocionantes e coisa e tal.

Até a próxima!

Beijokas.



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