The darkness inside me escrita por marirdgs


Capítulo 13
Capítulo XII


Notas iniciais do capítulo

OI gente, como estão?

Eu estou cada vez mais animada com essa história. E em parte devo isso a vocês, seus lindos, que me deixam comentários super fofos.



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Baile de inverno.

Esse era o assunto que estava agitando todos os alunos de Hogwarts. Os preparativos, escolha da roupa perfeita, cartas diárias aos pais pedindo ajuda ou conselho. Mas o que mais preocupava os estudantes era quem ia ser seu par durante o baile de inverno. Todos sabiam que seria uma noite muito importante. Inesquecível até.

Essa preocupação toda começou para os alunos da Sonserina uma tarde em que Snape, diretor da casa, reunião a todos em uma sala vazia das masmorras. Ele não parecia nem um pouco animado de estar a ali na frente dos alunos, falando sobre o baile enquanto colocava a música para tocar em um vitrola. No entanto, essa era sua obrigação.

– Espero que vocês tenham em mente a tradição da nossa casa durante esse baile – explicou o Morcegão, apelido que os alunos deram a ele, mas que nunca tinha coragem de falar na sua frente – Um sonserino sempre é conhecido pela sua refinada educação em eventos sociais. Nós nos destacamos perante os demais por nosso porte e nossa competência. – era incrível que falar das qualidades da casa fazia a todos ficarem com um sorriso arrogante do tipo “sou o melhor do mundo em tudo” enquanto ouvia o professor terminar o resto do discurso – Haverá uma dança inicial no baile de inverno. Não se comportem como certos babuínos vermelhos que existem nessa escola. – todos riram – Dancem com classe. Vou lhes dar um exemplo – olho em volta procurando por alguém – Senhor Malfoy? Senhorita Black? Poderia mostrar aos seus colegas o que é uma dança tradicional. Sei que a família de vocês dá um baile a cada final de semana, então, vocês devem saber como se dança como um perfeito sonserino.

Era verdade. Draco e Valerie aprenderam as danças clássicas a muito tempo. Sua família realmente organizava bailes e festas em sua casa tendo os bruxos mais influentes (e ricos) como convidados. Assim que Snape falou o nome dos dois eles se encararam. Havia uma grande distância entre eles já que os meninos e as meninas estavam sentados em lados opostos da sala. Depois de alguns segundos apenas se olhando, Valerie assentiu. Era uma forma de dizer a Draco que tudo bem. Ela ainda estava com raiva dele mas, aceitavam fazer o que o professor estava pedindo.

Draco sabia que aquilo não era nada demais. Já tinha dançado com Valerie várias vezes. Agora ela só estava cumprindo o papel de boa aluna. Isso claramente não era uma retomada da amizade ente eles. “Então por que estou tão nervoso”, pensou o loiro enquanto cruzava a sala indo tirar a prima para dançar. Ela já o esperava de pé. Draco fez uma referência, pegou a mão da garota e conduziu até o centro da sala. Os olhos negros da morena não desgrudavam dos olhos cinza do loiro. Ele enlaçou a cintura dela com firmeza, fazendo Valerie soltar um suspiro involuntário ao encostar-se ao primo.

E então, eles dançaram da forma elegante como Snape queria. Mas não era isso que importava para nenhum dos dois. O que importava era estarem perto mais uma vez, sentindo o corpo e a respiração um do outro.

Mas o que é bom sempre dura pouco. Longo estava ouvindo a voz grossa de Snape dizendo para os outros alunos dançarem também. Quando a aula terminou, Draco e Valerie voltaram a rotina de fingirem que eram estranhos. O loiro até tentou dar um sorriso ou dizer um oi. Mas a morena saiu praticamente correndo da sala assim que o professor disse que estavam dispensados.

POV Lexi

– Idiota! Idiota! Idiota! – ela repetia aquilo pela milionésima vez. Parece que tinha de frisar bem para si mesma o quanto tinha sido estúpida aquela amanhã. “Como eu pude aceitar dançar com o Draco???”, era a pergunta que fazia enquanto batia a cabeça na mesa do salão principal.

– Valerie Black Lestrange, para com isso agora! – disse de forma seca – Você está mais parecendo um elfo domestico do que uma bruxa.

– O que deu nela? – perguntou Nott sentando ao me lado.

– Malfoy – respondemos ao mesmo tempo.

– Ah...entendi...

– Quer saber não vou ficar aqui batendo a minha cabeça e atrapalhando o almoço de vocês – finalmente uma atitude sensata da minha amiga hoje – Vou para a biblioteca. Quem sabe dou mais sorte – e saiu sem terminar de comer ou deixar a gente dizer alguma coisa.

– Esses dois... – comecei – Você também acha que eles vão acabar juntos um dia?

– Com o gênio que eles têm acho mais fácil eles se matarem – Nott falou me fazendo rir. Nott sempre me fazia rir. Quando éramos mais novos eu achava ele meio bobo, imaturo. Como que eu com doze anos de idade era a rainha da maturidade. Depois que eu parei de falar com a Daphne e com o Blás, o Nott ficou muito mais meu amigo. Sempre estava do meu lado e eu adorava a companhia dela. Foi por isso que eu tomei coragem de fazer uma pergunta.

– Nott, quer ir ao baile de inverno comigo?

– Ei...era eu quem ia pedir para você ir comigo! Você não pode tomar a minha frente – ele disse de um jeito brincalhão.

– Você ia pedir para eu ir com você?

– Claro, né, Lexi. Quem, nessa escola inteira, seria melhor companhia do que você? – eu abri um sorriso enorme e o abracei.

– Vai ser ótimo ir ao baile com o meu melhor amigo!

– É...melhores amigos...- ele falou meio desanimado. Eu ia perguntar o que fez mudar assim do nada quando um falatório do outro lado da mesa chamou nossa atenção.

POV Draco

Eu estava tentando comer enquanto ainda lembrava do que tinha acontecido naquela manhã. Vi quando a Valerie passou feito um furacão indo em direção a saída. Empurrei meu prato para longe. Não adiantava forçar. Eu não ia conseguir comer mesmo. Fechei os olhos e deitei a cabeça nos meus braços buscando ver de forma mais clara as lembranças da dança com a Valerie.

De repente, senti alguém passando as mãos pelas minhas costas e me abraçando. Eu queria que fosse minha prima. Mas logo senti o cheiro de perfume barato. Era a Pansy quem estava me abraçando.

– Draquinho, você sabe que eu aceito,né?

– Aceita o quê garota? – perguntei ainda de cabeça abaixada.

– Aceito ir com você no baile. Não precisa se preocupar em pedir.

– E quem disse que eu ia te convidar? – me levantei dando risada. Ela me olhou furiosa. Era hora de colocar todo o meu veneno para fora – Se enxerga, garota. Eu nunca quis nada com você. Na verdade, eu quero uma coisa de você. EU QUERO QUE VOCÊ ME DEIXE EM PAZ!!!! - toda a mesa da Sonserina, e das outras casas também, ficaram me olhando chocados. Pansy estava roxa de raiva e vergonha. Eu nem ligava se tinha a magoado. Só queria que ela saísse do meu pé.

Sai dali. Fui para o meu quarto, peguei a minha vassoura. Não ia as aulas naquele dia. Eu queria relaxar um pouco voando e jogando Quadribol. Mas os jogos de Quadribol desse ano haviam sido cancelados por causa do torneio tribruxo. Como o campo estava vazio fiquei por ali dando algumas voltas.

Só voltei para o salão comunal já tarde da noite. Fiquei surpreso de ver uma garota de longos cabelos negros sentada em uma das janelas observando as profundezas do Lago Negro. Era Valerie. Quando ouviu a porta se fechando, ela tirou os olhos da janela e me olhou.

– Finalmente – disse tentando disfarçar um sorriso.

– Estava me esperando, Black? – eu quis passar uma indiferença, mas acho que não consegui. Afinal, ela estava ali. Depois de meses sem olhar na minha cara ela estava ali sozinha esperando que eu aparecesse. Isso tinha que ser um sinal. Não tinha?

– Não – mentiu com a cara mais sínica (ao menos eu queria acreditar que era mentira) enquanto saia da janela, veio para mais perto parando ao lado do sofá. Tive que usar toda a minha concentração para não já que ela estava usando sua roupa de dormir: um short e uma regata pretos – Os professores ficaram preocupados com o seu sumiço nas aulas hoje – ela apontou para a vassoura que estava nas minhas mãos – Ficou voando a tarde inteira?

– É – disse me jogando no sofá – Precisava ficar um pouco sozinho para pensar.

– Nott me contou sobre você e Pansy. Muito chato você terminar com uma garota antes de um baile – até parece que eu ia acreditar nesse papo. Como se internamente ela não estivesse pulando de alegria por eu ter dado um fora público na Parkinson. Ou, mais uma vez, era isso que eu esperava que ela estivesse pensando.

– Quantas vezes eu preciso te dizer que eu não tenho nada com aquela garota? – ela riu.

– Tá certo – passou a mão nervosamente pelos cabelos – Bom...Boa noite, Draco.

E depois de vários meses sem falar comigo, depois de várias brigas ela finalmente tinha me chamado pelo primeiro nome como sempre fazia. Isso era definitivamente um sinal. Ela já tinha ido embora quando eu respondi:

– Boa Noite, V.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostando. Não esqueço de deixar um comentário e fazer a minha semana mais feliz (isso vale para você também leitor fantasma rsrs)

Bjoss e até a próxima semana