Just Friends escrita por Laia


Capítulo 45
Capitulo 45


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAH to vomitando arco-iris. JUST FRIENDS RECEBEU SUA PRIMEIRA RECOMENDAÇÃO AAAAAAAAAAAH
Ta, não pira Laiane... Ta, to calma agora!
Obrigada obrigada obrigada obrigada obrigada!
Nem sei mais como agradecer voces por me tratarem desse jeito tão perfeito *o*
Vocês são lindos, divos, maravilhosos e perfeitos!
Mas voltando a historia... Vamos ver no que deu a noitada né



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Acordei por volta das três da manha com o telefone tocando. Quando vi o nome da Manu na tela, pensei que fosse pra ir busca-la. Mas não...

–Eduuuuuuu.

–Manuela?

–Eu – a voz dela tava embargada. Ah não...

–Onde você ta?

Ela riu. Estava completamente bêbada. Mas pelo que eu me lembre, a Manu não bebia.

–Eu não sei, mas é bonito. Eu to vendo as estrelas Edu, são tão lindas. Tantos pontinhos que eu até me perco...

Levantei já ligando a luz e vestindo uma bermuda, enquanto apoiava o celular no ombro. Tropecei e acabei derrubando os óculos que estavam na mesinha.

–Você ainda ta na festa?

–Naaaaao, já sai faz tempo de lá... Eu to num jardim, da casa do Oliver, não é Oliver?

O tal gritou no fundo, algo parecido com “é isso ai!”.

Oliver?

OLIVER?

–Quem é Oliver Manu?

–Um amigo meu, mas eu não te liguei pra isso...

Liguei a luz da sala e acordei o Gus, que me olhou com uma cara de “é bom o mundo estar acabando pra me acordar!”.

–Liga pra Laura, vê onde ela ta! – falei sem emitir som, ainda ouvindo a Manu.

–Sabe, eu tava na festa, e virei três shots de tequila. Eu to muito doida! E eu fiquei pensando... Porra, por que complicar tudo né Edu? Eu sei o que eu sinto por você, só que eu tenho medo! Eu não quero achar que ta tudo bem pra vida me dar um soco e tirar meu biscoito de novo – biscoito? – e você é um biscoito pra mim Edu! Sabe quantos biscoitos eu já perdi? MUITOS! E a vida sempre faz isso sabe? E eu sei que ela ta só esperando pra fazer de novo. Por favor Edu, não deixa ela fazer de novo...

Ela não parecia triste e eu sabia que só tava falando tudo aquilo por causa dos TRÊS shots de tequila. Mas como dizem por ai, bêbado só fala a verdade...

Olhei para o Gus procurando uma resposta, ele só acenou negativo com a cabeça. Ela não atendia o telefone.

–Manu, eu não vou ser um biscoito assim ok? Vou continuar com você, e se você me falar onde está eu...

–Isso é mentira! Eu sempre falei: sou encrenca, um problema! Eu tenho carga. E até hoje não achei ninguém que aguentasse isso. Eles sempre falavam que era exagero meu, nunca acreditavam em mim... Mas eu já ouvi isso, e sabe o que aconteceu? Ele se foi! E me deixou pra cuidar de tudo! Eu não queria Edu, não queria. Mas ai agora você vem e me aparece, bagunçando toda a barreira que eu fiz contra o mundo por dezoito anos! Mas esse negocio de romance dos contos de fada não rola comigo, eu quero poder tem alguém pra beijar sem ter que mudar meu status no facebook! Será que é tão difícil de entender? Eu não nasci pra esse negocio, não consigo me imaginar entrando em uma igreja. Mas quer saber? Eu to bêbada, com frio e com o joelho esfolado! O que importa agora?

–Manu...

–Eu preciso ir. Boa noite Edu.

Ela desligou. Tentei ligar, mas começou a só dar caixa postal.

Onde aquela doida tava? Não consegui mais agir depois disso.

***

Abri os olhos com dificuldade, sol incomodava e minha cabeça doía. Olhei todo o espaço ao meu redor, não reconheci. Por favor que eu não tenha feito nada com esse cara... Espera, quem é esse cara? Tentei levantar, o que foi uma péssima ideia já que o mundo começou a dar mil voltas. Achei minha blusa perto de mim. Estava dobrada e não parecia suja nem nada assim. Tinham algumas picadas de mosquito pelo meu corpo. Meu rabo de cavalo já tinha soltado, eu provavelmente parecia um panda por causa da maquiagem. Me arrastei e vesti a blusa o mais rápido que pude. Vasculhei os bolsos. Ainda estava tudo lá. Meu celular desligado mas eu sabia que não estava sem bateria. Tentei ligar ele e logo vi varias chamadas não atendidas.

O que aconteceu ontem?

E foi ai que lembrei: o cabelo cor de areia. Era o Oliver. Meu coração pulava de desespero. Eu não tinha feito nada com ele. Ou tinha? Eu não conseguia me lembrar! Eu vou matar aquele barman idiota! Tentei repassar a noite na minha cabeça. Tudo começou com uma batida de morango. Certo, depois o Oliver esbarrou em mim e eu cai. Ai a Laura me largou e eu fiquei puta da vida e comecei a beber tequila... Por que? Eu dou idiota por acaso? Na hora eu nem me importei mas agora me parecia tão... Estupido!

O Oliver começou a acordar e eu quase corri, na verdade, só me arrastei para mais longe dele.

–Por que eu to no jardim? – ele colocou a mão na cabeça, tentando se lembrar. Virou a cabeça e enfim me viu – Uoou, eu pensei que...

–Você ainda lembra de mim?

–Malu?

–MANU! Você lembra de alguma coisa de ontem?

–Mais ou menos... Você sabe como viemos parar aqui?

–Depois do terceiro shot, eu não lembro de mais nada...

–Bem... Você virou as três doses, e começou a dançar loucamente. Eu já tava meio alto também e disse que ia embora. Ai você disse que eu era responsável por você, já que minha prima tinha te abandonado. Eu não sabia onde você morava e nem você soube me dizer, então acho que dormimos aqui.

–Eu acordei sem blusa, nós não...

–Não que eu me lembre... Ah, assim que chegamos você falou algo sobre ligar pra um tal Leonardo...

–Eduardo!

–É, Eduardo! Ai você passou um tempo com ele no telefone e depois deitou com a cabeça na blusa. Desligou o celular e ai acho que os dois acabaram dormindo.

–Foi só isso?

Enquanto ele falava, minha mente explodia de flashes com lembranças. Eu dançava e cantava em voz alta, liguei pro Edu – ai meu deus, o que eu disse? – e tirei a blusa pra usar de travesseiro.

–Você é uma das garotas mais loucas que eu já conheci. Até que tava rolando um clima, mas acho que nós dois capotamos antes de qualquer coisa.

Não sabia o que era pior: a dor ou a vergonha.

–E por que você ta sem calça?

–Não faz pergunta difícil garota...

Peguei meus sapatos que estavam jogados pela grama.

–Seguinte, vamos fingir que isso não aconteceu ta? Pode me dizer o endereço daqui?

Ele me falou e eu sai correndo, já discando o numero do Edu.

–ONDE VOCÊ TA?

–Não grita – implorei, minha cabeça latejava.

Passei o endereço e esperei uns 40 minutos. Crianças passavam correndo por mim, algumas rindo da minha aparência, outras olhando espantadas.

Ele parou o carro e veio correndo na minha direção, segurou meus braços como se quisesse conferir que eu estava inteira.

–Qual o seu problema? Você é doida? – ele se revirou nervoso, voltou a me olhar, parecia extremamente aliviado – Nunca estive tão feliz em te ver.

Ele me abraçou e voltou a me olhar furioso.

–Calma Edu...

–Calma? Como quer que eu fique calmo se você me liga no meio da madrugada, completamente bêbada e depois some! Você é maluca por acaso?

Ele estava furioso, mas também extremamente aliviado por eu estar bem. Andou até a calçada e sentou, apoiando o rosto entre as mãos.

–Não faz mais isso comigo...

–Desculpa?

–Vamos pra casa...

Ele levantou e andou até o carro sem me olhar mais.

Me sentia tão... Nojenta, burra, ou qualquer outro adjetivo que poderia me por mais pra baixo naquele momento.

Ele ficou de bico o caminho todo.


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Notas finais do capítulo

Mataram a curiosidade? Me digam o que acharam? Acreditam que não rolou nada ou acham que o Oliver ta mentindo?
Beeeijos amores :*