Just Friends escrita por Laia


Capítulo 26
Capitulo 26


Notas iniciais do capítulo

To aqui como prometi :)
Já gritei loucamente com os comentários que recebi, vocês são os melhores leitores do mundo! Sei que todo mundo deve falar isso, mas vocês são mesmo e ponto final!
Tenho que parar com essa mania de falar mil coisas aqui ¬¬
Ta ai o capitulo, espero que gostem...



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A Laura e o Gus já estavam do outro lado da piscina. Alguns amigos dele já tinham vindo se refrescar também, e uma pequena plateia se formou ao redor. Tirei o short, entrando na água quase que imediatamente. Já tinham olhado o suficiente pra parte de cima do biquíni, não queria que vissem a parte de baixo. Bem, eu não confiava muito naqueles caras amigos do Edu...

–Se segura em mim, pode ficar tranquila... Alem de que – ele baixou o tom de voz – Se você se afogar, sei fazer respiração boca a boca.

Sínico!

–Calado!

Ele riu e eu me segurei nas suas costas, prendendo minhas pernas em seu corpo enquanto ele andava pela piscina.

–Pronto?

Estávamos de frente para eles. Laura, leve como devia ser, já estava nos ombros do Gus, e mostrava um enorme sorriso, super animada.

–Eu vou me abaixar, coloca as pernas nos meus ombros ok? – ele virou o rosto pra falar, e eu devo ter me apertado ainda mais contra seu corpo, já que ele disse – Ei, calma! Eu vou tá em baixo de você, não tem como se afogar em três segundos...

Na verdade, tinha como sim! E eu não queria repetir a experiência.

–Ta bom.

–Pronta?

Fiz que sim com a cabeça, mesmo sabendo que ele não podia ver. Ele puxou o ar e desceu, sem largar minha mão. Mesmo que por poucos segundos, quase entrei em pânico. Sentei nos seus ombros e ele não demorou pra voltar a superfície.

–Sobreviveu?

–Não brinca comigo numa situação dessa... – alertei puxando seu cabelo.

–Ai – ele reclamou do puxão – nervosinha.

–Isso vai começar hoje ainda?

Eu não sabia de quem era a voz, mas minha vontade era de mandar ir tomar lá!

Quando finalmente consegui me equilibrar sem quase deixar o Edu desfigurado ou careca, uma contagem começou.

Três...

Dois...

Um!

Tenho que admitir: foi divertido. Não demorou muito pra derrubar a Laura, e depois de alguns empurrões e braços entrelaçados, ela caiu de costas com tudo na água.

De uma hora para a outra, o Edu mergulhou, o que me fez cair com tudo de costas na água. O susto foi tão grande que nem tive tempo de pensar em ficar com raiva. Mas também nem deu tempo suficiente pra pensar.

Mais rápido do que eu pensei, ele já tinha me subido pra superfície de novo. E lá estava eu, novamente com as pernas entrelaçadas, com ele me carregando nas costas de um lado para o outro. Quando perguntavam, ele só ria e dizia:

–Ela é muito baixinha pra esse lado da piscina.

Todo aquele povo que estava antes só observando a brincadeira, entrou na piscina, que começou a ficar realmente cheia. Entre todas as brincadeiras e pessoas nadando, achei melhor sair. Alem de que, apesar do calor que fazia, o sol já estava baixando e eu já tava começando a ficar com frio já que metade do meu corpo ficava pra fora da piscina. E eu já tinha segurado o Edu por tempo demais.

–Me leva pra borda?

–Mas já?

–Uhum.

Ele não questionou mais. Soltei uma das mãos, segurando na borda. Dei um impulso e sai. Fiquei um tempo ainda só com as pernas na água, como estava antes. Ele se apoiou na borda, do mesmo jeito que a Laura estava antes.

–E ai?

–O que? – respondi tirando o excesso de água do cabelo.

–Se divertiu?

–Tenho que admitir que sim.

Ele deu impulso também, saindo da água.

–Então... Por que não fica mais um pouco?

–Chega por hoje.

–Cumpri minha promessa, você está bem! Acho que mereço isso...

–Não Edu.

Pensei que a conversa estava acabada, quando vi ele levantar. Estava pronto para me empurrar de volta para a piscina, quando desviei o corpo, o que fez ele cair de cara.

Ele voltou para a superfície, fazendo cara de indignado.

–Você não fez isso...

–Ah eu fiz sim! – respondi com orgulho.

–Você vai ver! Vou tirar esse sorriso daí.

Ele começou a vir na minha direção, e eu já sabia o que ele ia fazer. Levantei o mais rápido que pude e corri com o short na mão. Olhei para trás, ele já tinha saído da piscina e vinha atrás de mim. Desci as escadas que iam para o lago e corri na área de grama. Só que como ele mesmo ama lembrar, sou baixinha demais. Ele me alcançou, segurando meu corpo com os braços fechados em volta de mim.

–Me larga.

Eu tentava falar serio, mas não conseguia controlar as risadas.

–Nops!

Ele me ergueu, me pendurando no ombro. Me senti uma primitiva sendo carregada daquele jeito.

Comecei a sacudir o corpo e me espernear.

–Fica quieta se não a gente vai cair.

Não adiantou, continuei a me mexer. Dito e feito, caímos os dois na grama, rindo como loucos.

Meu short voo da minha mão, eu não sabia onde tinha parado. Não parávamos de rir, sem sequer perceber a real situação.

Quando nos controlamos, fomos ver o que realmente estava acontecendo. Sentia a grama pinicar minha pele, minhas respiração desregular. Ele estava por cima de mim, os cabelos molhados caindo sobre o rosto, bagunçados e divididos com o vento que bateu durante a correria. A respiração também desregular. Sentia sua respiração ir e vir, os braços apoiados do lado da minha cabeça, apoiando o peso, evitando de cair tudo totalmente sobre mim. Os lábios entreabertos esboçando um sorriso. O rosto perto do meu, os olhos diretos nos meus. Até me sentia mole...

–Eu tava errado.

–Ta falando do que?

Seu olhar mudou, me analisando. Voltou à cabeça, parando nos meus lábios.

–Não dá pra me comportar com você assim. E você tava certa.

–Estava?

–Sim, não deveria mesmo confiar em mim.

–E por que não?

–Porque... – seus olhos focados, revezando entre boca e olhos, olhos e boca – Porque...

Ele ainda estava arfando. Eu sequer me movia. E acho que mesmo que quisesse, não ia conseguir.

–Por quê...?

–Foda-se a explicação!

Abri um sorriso no mesmo momento que ele se abaixou. Senti seus lábios de leve nos meus, e depois não senti mais nada.

–Puta que pariu Eduardo!

Caio?

–Merda! – ele falou baixinho.

Saiu de cima de mim e foi em direção ao amigo, que nos olhava indignado. Olhei ao redor, sentindo minhas bochechas queimarem enquanto procurava o maldito short. Não muito longe de lá, Gus e Laura conversavam.

Achei o short e vesti o mais rápido possível. Corri até os dois, que ainda conversavam, mas já um pouco alterados.

–Ta tudo bem aqui?

Que pergunta idiota Manu, é claro que não sua retardada!

–Manu, me escuta – o Edu virou, com os olhos já me implorando desculpa.

–Ele apostou comigo Manuela! Essa é a verdade...

Minha vontade era cavar um buraco e me enfiar lá, e só sair quando chegasse no núcleo da terra!

–Como é que é?

–Não foi assim! – seu tom era de suplica.

–Então me diz como foi Edu?

–É Eduardo, fala como foi... – o Caio não tava ajudando!

–Cala a boca Caio!

–Me faz calar então.

Quando dei por mim, os dois já estavam atracados no chão, enquanto eu gritava e tentava separar os dois. E foi ai que eu descobri porque as garotas dos filmes nunca se metem na briga: porque você pode ser atingida!

E foi exatamente o que aconteceu comigo.

Não sei de onde veio e nem qual dos dois me acertou, só senti meu nariz sangrando e a maldita dor. Por sorte, o casal de pombinhos não muito distantes viram o que tava rolando.

–Para cara! – o Gus repetia enquanto segurava o Edu, que se debatia ainda tentando bater no “amigo”.

–Vem Manu, vamos limpar isso.

A Laura passou a mão pelos meus ombros e me levou até o banheiro. Não sabia o que era maior: a dor, a raiva, a decepção...


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Notas finais do capítulo

Esses foram assim, com tamanho considerável pra compensar...
Enfim, e então? O que acharam? Edu arranjando briga e fazendo aposta com o nome da Manu? Vish, não disse que ele não era perfeito?
Me façam surtar aqui haha'
Agora só amanha mesmo, então até :*