O Coração da Rainha escrita por Ami


Capítulo 7
O Coração do Bastardo


Notas iniciais do capítulo

Olá mashers!
Como estão?
Espero que estejam adorandooooo!
Mais um capítulo prontinho!
Bjssss



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Dizem que apenas um gesto de amor pode livrá-lo do encantamento.





– Está bem – disse o xamã, concedendo a Bash o direito de fazer aquilo. No momento em que ele se aproximou para pegar o arco em minhas costas, eu aproveitei para morder a boca dele num beijo violento. Ele ficou estático recebendo o beijo mais grosseiro de sua vida – Agora pode me matar!

O cabeça de coiote me jogou no chão por causa dessa ousadia. Mas estava feito. Morri, mas morri beijada.

A expressão de Bash mudou, ele estava assustado, manipulado e irritado por isso. Bash estava de volta. Eu conhecia o brilho de seus olhos. Com o arco em mãos e a aljava, mirou a seta na minha direção. Atirou. Era o fim.





O tiro veio certeiro. Se Bash queria acertar o chão, ele tinha feito um belo trabalho.

– O encantamento se desfez! - gritou o xamã – Ele está de volta ao normal. Mate-o!

– Por quê? - o coiote perguntou, sendo então acertado com uma outra flecha, não disparada do arco, mas enfiada em sua testa como se fosse uma faca. Bash tinha usado muita força para quebrar aqueles ossos de coiote na cabeça de e fazer a flecha sair pelo queixo do coiote. Fiquei boquiaberta.

– Uhul – gritou Kenna, amarrada numa árvore ali perto. Eu também estava amarrada, então nem pude ajudar muito.

Bash pegou outra flecha e mirou no xamã.

– Porque apenas um beijo de amor pode selar o feitiço – o xamã disse, no fim das contas, tinha medo de morrer – Como a senhorita sabia disso?

– Ora – eu me levantei, com uma severa dor no braço por causa do veneno – Eu também sou uma pagã.

Agora Bash ficou assustado. Ele viu minha debilidade e disse:

– Dê um antídoto a ela e o deixarei vivo.

O xamã o analisou bem. Ele poderia me deixar morrer, mas temia por sua própria vida. Passou a mão em uma das folhas de sua coroa e arrancou-a, amassou e jogou para nós. Enquanto Bash pegava a folha, ele saiu correndo à procura de seus capangas doidões por ópio.

– Mary – Bash falou, pegando a folha e me desamarrando.

– Eu ajudo – Kenna finalmente disse – Mas desamarrem-me!

Bash desamarrou Kenna e ambos amassaram a folha para pôr em contato com meu ferimento. Ardeu bastante.

– Mary, por que foi me seguir? - ele perguntava. Por que eu não seguiria?

– Porque você saiu correndo – eu revelei – Você sempre sai correndo. Toda vez.

– Você disse que era pagã para ele – Bash tentava com todo cuidado não me machucar, Kenna apertava as folhas com toda a força até eu gritar. Daí, parou de doer imediatamente.

– Agora chupe o veneno – Kenna disse a ele. Bash olhou para mim e chupou, cuspindo-o logo adiante.

– Eu menti – ri com prazer – Essa história de beijo é coisa de fábulas. E deu certo.

– Só eu mesmo que achei a parte mais estranha de tudo isso ser um beijo de amor da Mary te salvar?

Silêncio sepulcral. Bash me olhou de rabo de olho e eu fingi ver um pasarinho. Era uma linda manhã em algum lugar fora dessa floresta horrorosa. “Passou um anjo”, como diz minha mãe. O que Kenna falou era verdade, era estranho mesmo. Bash e eu somos só amigos.

Voltamos ao castelo, Bash, Kenna e eu. Não falamos nada a respeito com ninguém. Nós nos sentíamos as super heroínas do Bash e ele nos devia um favorzão. Ele libertou a mãe dele, que saiu com o pior humor do mundo. Bash estava de castigo eterno: contar quantas ervilhas havia na dispensa.

– Vai me contar tudo? - perguntei a ele, que contava despreocupadamente.

– Mary... - ele suspirou – Não posso.

– Pode confiar em mim, Bash. Como eu confio em você – toquei o rostinho dele, que fechou seus olhos, como para sentir-se melhor. Meu coração palpitou um pouco com aquilo. Fiquei quente por dentro por trocar carinhos com ele.

– Mary, minha mãe era pagã – ele falou sem rodeios – Eles cobram as coisas quando se pede algo para as entidades deles.

– O que sua mãe pediu?

– Pediu que eu vivesse. Catherine nos odeia, me odeia porque sou resultado de um amor errado.

– Céus – segurei as mãos dele – Eu sei exatamente como é isso. Tive muitos inimigos desde que nasci. Meu pai morreu pouco depois que nasci, sempre quiseram roubar meu trono por direito.

– Pois é. Minha mãe quis se entregar em meu lugar e eu não permiti. E fiquei escoltando a festa. Mas você me seguiu, não devia ter me seguido, sua besta.

– Não. Eu sou a única que devia ter te seguido. Para te salvar.

O clima ficou diferente de novo. Bash estava me olhando em sequência: olhos-lábios-lábios-olhos. E eu fazia o mesmo. Meu coração voltou a acelerar. O que significava isso?

Tum tum

Tum tum tum tum

Tum tum tum tum tum tum

Ai, coração, o que isso quer dizer?

– Socorro! - gritei – Estou tendo um enfarte! - apalpei o peito. Só podia ser isso.

– Mary, o que isso quer dizer? - Bash colocou as mãos na cabeça e foi correndo chamar alguém, mas eu gritei que não fizesse. Melhorei.

– Foi um aumento de pressão, só isso – coloquei a mão na têmpora direita.

– Não me assusta assim!

Nessa hora anunciaram a chegada do rei e seu filho. Haviam visitado um comerciante importante da região para entrega de títulos.

– Mary – ele segurou minha mão. Senti na espinha um calafrio – Vamos esquecer tudo que houve, certo? A vida da minha mãe depende disso. Por favor.

– Claro! - afirmei incisivamente – Kenna e eu não diremos nada!

Ele segurou minha mão com mais força.

– Obrigado. Por me considerar tão importante a ponto de se arriscar. Só minha mãe já fez isso por mim.

– Eu... eu faria de novo – falei olhando para o chão. Senti a bochecha quente – Fique tranquilo. Obrigada por confiar em mim.

Beijei a mão dele.

O que aconteceu naquela manhã foi esquecido rapidamente.





–--





Almoçamos juntos, Catherine, Henry, Francis e eu. Perguntei sobre a viagem deles, foi boa e sem tentativas de assalto. Comíamos quiche de cebola. A coisa mais gostosa do mundo. Ó, céus! Agora sei o êxtase que aqueles pagãos sentiram. Bash e Diane não compareceram ao almoço.

Eu fiquei curiosa para saber se ele passava bem. Bati na porta do quarto. Nada. As portas eram grossas.

Tentei entrar no quarto dele pela passagem, ouvi a conversa dele com Diane., o que me freou.

– Você tem que esquecer essa moça, meu filho – a bela voz de Diane aconselhava o filho.

– Mãe, me deixa em paz.

Silêncio.

– Ela não sente nada por você.

– Ta bom, mãe. A senhora já me esclareceu.

Fiquei com uma dor no peito. Não sei por quê. Não queria que Bash gostasse de ninguém.

– Se quiser passar um tempo com seu tio John na Inglaterra...

– Eu não vou fugir como um rato assustado!

– Nas questões do coração vale tudo, Bash. Não há vergonha em fugir para não sofrer.

– Como a senhora vem me falar disso? Não fugiu de meu pai, um homem que se casou com outra mulher!

– Você é muito novo para entender, Bash. Mulheres quando são amantes de alguém importante, são consideradas mal vistas e só. Homens que traem outros homens são decapitados, meu filho.

– Está bem, mãe.

Parei de ouvir porque lembrei que tinha que cavalgar com Francis.

Bash estava apaixonado pela Lola? Porque eles dançaram juntos. Mas por que ele não poderia casar com ela? Por que ela era proibida? Ou era outra pessoa? Engatinhei enquanto saía da passagem. Eu acho que queria tirar aquela história a limpo. Meu peito estava um pouco dolorido, talvez por Bash não ter me contado nada.

Parei no meio dos corredores de pedra. Eu não conhecia muito bem para onde aqueles outros caminhos levavam e nem queria conhecer. Podia me perder para sempre. Voltei ao quarto de Bash, a mãe dele tinha ido embora. Ele estava dormindo. Cutuquei ele.

– Bash, você está dormindo?

– Não, Mary, estou imitando meu tio Jean no próprio velório.

– Credo! Como você é azedo!

Ele continuou deitado de lado, de costas pra mim. Não queria saber de tete-à-tete.

– Bash, eu... sem querer peguei a passagem secreta ate seu quarto e acabei ouvindo coisas que não sei se você queria manter em segredo pra mim. Posso te aconselhar, se quiser. Sempre fiz isso, lembra?

Bash sentou na cama, pálido. Parecia ter visto um fantasma.

– O que foi que você ouviu? - engoliu em seco. A saliva ficou dez segundos presa antes que ele pudesse finalmente dar fim a ela.

– Você estava comentando com sua mãe sobre um amor impossível. Você pode se abrir comigo, se quiser.

Em pose de lótus e braços cruzados, ele ficou me olhando.

– É mais burra do que pensei – ele falou.

– Escute aqui! - apontei-lhe o indicador – Eu poderia muito bem ter espionado sua história e tê-lo deixado aqui choramingando pelos cantos! Mas como sou sua amiga, vim aqui ver se estava tudo bem!

– Mexeriqueira. Se fosse camponesa, viveria na feira projetando maledicências.

Apenas olhei para a cara dele com a mão nas cadeiras.

– Você não vai me irritar. Eu sou uma rainha, estou imune ao seu... humor profano.

– Desculpe. Estou com raiva de você – ele falou, sem raiva aparente.

– Por quê? O que eu te fiz?

– Andou me espionando.

– Bash... Desculpe – sentei do lado dele – Eu apenas quero o seu bem.

Aqueles olhos azuis eram vívidos. Atraentes e tristes. Ah, Bash. Talvez em algum cantinho secreto do meu coração eu quisesse que ele gostasse de mim. Um pouquinho que fosse,

– O que você faria se amasse uma pessoa que nem te vê? - ele me perguntou. Fiquei decepcionada. Com certeza ele falava de Aylee. Aylee o odiava e fingia não vê-lo. Meu peito ficou um pouco machucado.

– Faria que me visse – fui absoluta e impessoal. Sou uma rainha – Veja Francis e eu. Tive que me embonecar, aprender a dançar, tocar piano, além de ser rainha.

– O que sugere? Que eu me fantasie, me maquie?

– Não, seu tonto. Faça o que estiver no seu alcance para mostrar quem você é a ela. Mostre o quanto ela precisa de você! Seja...

Ele me beijou. Segurou minha nuca e meus cabelos e me beijou. Não parou de beijar conforme passavam os minutos. E eu permiti. Assustei-me, relaxei, aproveitei. Nós nos separamos. Fiquei resfolegando alguns minutos.

– Bash, o que foi isso? - perguntei, levantando-me.

– Nada, só queria saber se é isso o que tenho que fazer com a garota de quem eu gosto.

–... - era exatamente isso que ele tinha que fazer... - Bash...

Andei de um lado para o outro com a mão na cabeça. Levantei o pano, entrei pela passagem e fiquei ali perto mesmo, atrás da pedra tocando meus lábios, respirando apressado.

– Sei que está aí, Mary! Ouço sua respiração!

– Idiota!

Fui até meu quarto, deitei na cama. Onde estava a imagem do Bash gordinho? Onde estava? Eu não conseguia lembrar! Bash gordinho, Bash gordinho! Mentaliza, mentaliza!

O beijo.

Mãos na nuca. Mãos ágeis.

Lábios se esfregando.

Línguas se investigando.

Respiração forte, rápida.

Desejo.

Ai minha Santa Guadalupe. Virgem Maria, padre Cícero. Não permitam que eu goste, não permitam que eu goste! Não posso! To gostando! Nossa Senhora, to gostando dele. Ai se aqueles olhos não fossem tão lindos... O que eu faço?





–---





Lá estava eu na capela. No confessionário, após a missinha dominical, escondida. O rei era protestante; eu, não necessariamente, tinha que ser também.

– Padre, que tipo de crime é denominado quando é suposto que você se case com uma pessoa que não quer casar com você e, do nada, é beijado por outra e goste?

– Minha filha – o padre pensou bem – Eu não entendo muito de amor, mas acho que o certo é atender aos seus compromissos.

– Padre, essa pessoa com quem estou comprometida não quer se casar comigo. Quer dizer, ele quer mas não casa nunca.

– Então se comprometa com o que a beijou.

– Ele não me pediu em casamento.

O padre suspirou e ponderou.

– Ele a beijou do nada?

– Sim.

– E você consentiu?

– Sim.

– Você gosta dele?

– Não sei.

– Ele gosta de você?

– Não sei.

O padre refletiu um pouco mais.

– A mim parece que sua vida é muito incerta, pequena.

– Eu deveria me casar com o que é meu noivo. Não só para o meu bem, como o de toda a Escócia. Eu o amava, passei minha adolescência venerando um poema que não foi ele quem fez para mim!

– Quem foi?

– O que me beijou!

– E o que te impede de ficar com esse que te beijou?

– Eu nunca o vi como nada além de amigo... E ele gosta de uma pessoa, pelo que ouvi. Uma pessoa impossível para ele.

– Você é comprometida. Parece ser bem impossível para ele.

– Padre, está querendo dizer que sou eu quem ele ama?

– Nada que você me falou obstrui essa ideia.

Fiquei perplexa.

“É mais burra do que pensei”

“mais burra do que pensei”

“Burra”

As palavras de Bash ecoaram na minha cabeça. Sim! Eu era burra! Bash me amava!

Fiquei inquieta, fiquei rindo à toa. Fiquei com o coração ardendo. Foi gostoso saber disso. Comecei a dançar uma valsa na igreja até o padre se materializar do meu lado e me pedir cordialmente para ceder o lugar para o próximo.

E eu o fiz. Fui dançando para casa, acompanhada dos guardas que me trouxeram. Colhi flores lindas e coloquei em meu cabelo. Inspirei o ar puro. Comprei perfumes, subi na ponte e espalhei no ar sobre o rio. O ar estava sublime. Os pessegueiros, mais coloridos, as vinhas, mais frutíferas.

Chegando ao palácio, eu joguei os frascos de perfume vazios na penteadeira e as flores na cama. Procurei um vestido lindo para o jantar. Não sei o porquê de toda essa alegria. Mas ela existia e exercia poder. A vida era maravilhosa. Os dias, infinitos e ensolarados. Ah, o amor está no ar!

Amor?

Quem falou em amor, Mary? Você é rainha da Escócia. Precisa de aliados na França. Bash, infelizmente, não é nada para a França.

Quem falou em amor, quem falou em compromisso? Estou leve? Hoje quero aproveitar só o hoje. Quero só mais um beijo.





–--





Linda e deslumbrante. Como uma rainha estava eu ao acomodar-me à mesa. Blanquette de veau. Carnes brancas, molho branco, cenouras e manteiga. Delicioso! Fabuloso! A comida da França nunca pareceu tão saborosa.

Bash desviava os olhos dos meus, mas sempre que nossos olhares cruzavam, ele ficava corado. Coitadinho, deveria ter sido o primeiro beijo dele. Fora, bem, aquela bocada que dei nele na floresta,





–---





Bash





– Você a beijou? - minha mãe estava quase me estrangulando.

– Sim – afirmei olhando fixo para ela.

– Bash, meu filho, essa situação tem que acabar de uma vez por todas! Não somos ninguém, meu filho. Não somos nada aqui nesse castelo. Sinto que manchei o bom nome dos Poitiers. Mas você deve permanecer no anonimato, filho. Sem grandes pretensões ou crimes. E vivo. Vai encontrar uma boa esposa em breve, meu filho, deixe a noiva de seu irmão!

– Ele não quer se casar com ela!

– Ele quer! O pai não permite! Não deixe uma mulher estragar os laços fraternos com seu irmão, por favor – Diane começou a chorar. Ela era uma mulher invejada, amada e com fibra. Mas tratando-se de seu filho, o coração transbordava.

– O que eu faço, mãe?

– Eu já resolvi tudo para você.





Mary ficava me olhando. Eu lembrava da boca dela, a boca que eu adorava... Tinha gosto de romã. Eu sempre quis beijá-la. Não consegui dormir noite passada. Mais do que nunca eu tinha certeza de que amava aquela garota. De melhor amiga no passado a uma doce lembrança. De uma doce lembrança a uma bruxa, uma deusa que me fez cair de joelhos ao vê-la de novo. Linda, despojada, alegre, forte, decidida. Era tudo o que eu queria para mim. Eu estava vivendo um inferno. Mas minha mãe me convenceu de que eu faria muito mal a Mary afastando-a de Francis. O país precisava dela. A vida dela dependia do quão boa fosse no trono. Casar-se com um ninguém como eu poderia até colocá-la na forca. Eu tinha que tirá-la do meu coração depressa.

– Bash, está fugindo de mim!? - Mary segurou minha mão. Meu peito latejou.

– Sim – falei, não conseguia mentir.

– Eu já sei do seu segredo.

– Sabe? - levantei uma sobrancelha. Ela ria. Mary podia fazer o olhar mais safado que já vi na vida.

Então tomei um tapa na cara simbólico com a nova notícia. Anne de Poitiers estava na corte; e acabara de chegar. Minha mãe interveio, dando um belo sorriso para Mary e me levando para ver minha prima. Foi extremamente doloroso me desvencilhar de Mary para ir ter com Anne. Se eu pudesse, passaria o dia todo segurando as leves mãos de Mary. Beijei a mão de Anne sem muita efusividade, apenas por educação e olhei para Mary, que não entendia nada. Se eu tinha incrustado um pouquinho só de esperanças nela, eu precisava libertá-la. Minha mãe tinha dado conta disso.





–---




Mary





– Quem é aquela garota com quem Bash conversa? - perguntei a Francis.

– É Anne de Poitiers – disse Francis, ajeitando a lapela da roupa – Sobrinha de Diane. O amor impossível de Bash.







Estamos vendo a mesma coisa, mas de pontos de vista diferentes! Se você estivesse vendo o meu... me entenderia e me amaria.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham adorado!
Comentem!!
Bjss



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