Um Ano depois ... 23/12/2013

–Bella você tem certeza? – ouvi minha irmã perguntar a Bella e ri mais uma vez, havia horas que Alice tentava convencer Bella a deixá-la ajudar a escolher sua roupa de natal.

Há um ano quando consegue fazer Bella enxergar além de sua dor, havíamos nos aproximado muito, Bella havia se infiltrado em minha vida definitivamente, meus pais a amaram e praticamente a adotaram, gesto que fez Bella chorar muito na época, minha irmã havia se tornado melhor amiga de Bella assim como Rosálie, Emmett dizia não saber como me agradecer, mais eu sabia, era apenas estar junto comigo para fazer aquele lindo sorriso estampado nos lábios rosados de Bella não sumir.

–Alice chega eu escolho e pronto – Jazz riu alto e eu me levantei, Bella estava começando a ficar nervosa.

–Alice deixa disso, você já escolheu a roupa de ano novo dela agora esquece – falei chegando à sala onde as duas estavam, fui ate Bella e a abracei de lado, suas bochechas como sempre ficaram vermelhas.

–Vocês são insuportáveis – Alice disse jogando as mãos para o alto e saiu pisando duro, Bella me olhou e rimos, caímos sentados no sofá e a risada de Bella era contagiante e como sempre suas pequenas mãos foram ate o pingente de seu cordão, os dois anjos que eu havia lhe dado no natal passado, que Bella dizia serem seus pais.

–Já disse que não sei como agradecer você por tudo isso? – ela disse me olhando, passei a mão sobre seu rosto e sorri.

–Apenas continuei sendo essa pessoa feliz e esteja em minha vida para sempre – falei e ela suspirou.

–É...bem...Tânia vira? – perguntou e eu franzi o cenho negando – ah que bom....bem que dizer, bem nada esquece – ela se levantou saindo da sala rapidamente e a risada de Jazz me fez o olhar confuso.

–O que foi isso? –perguntei e ele riu se sentando no outro sofá.

–Se não você não sabe não serei eu a dizer – ele disse divertido, olhei para o corredor onde Bella havia entrado e suspirei, eu sabia que ela não gostava de Tânia, apesar de que Tânia nunca havia lhe feito nada, nós havíamos ficado por uns 4 meses juntos e havíamos terminado há pouco mais de duas semanas, Tânia sabia que eu amava Bella, apesar de saber que ela apenas me via como amigo, terminamos e continuávamos amigos o que era bom já que trabalhávamos juntos – Quando você ira dizer há ela? – Jazz me perguntou e eu dei de ombros.

–Não acho que seja a hora, Bella não me vê assim – falei e ele negou.

–O verdadeiro cego é aquele que não quer ver cunhado, você precisa arriscar – falou e eu me levantei.

–É quem sabe – responde e fui para meu quarto estávamos na casa de meus pais e passaríamos as festas de fim aqui, Emmett e Rosálie não viriam já que passariam com os pais dele o natal e o ano novo com a família dela, me joguei na cama e suspirei, peguei meu celular e o papel de parede me fez sorrir, era uma foto minha e de Bella fazendo caretas, havíamos ficado presos em seu apartamento numa noite chuvosa, era para termos ido encontrar Alice e Jazz que desmarcaram de ultima hora devido ao temporal, isto havia sido em Março e meio que foi neste dia com ela dormindo em meus braços novamente que me dei conta que meu amor por ela era mais do que de amigos, eu a queria como minha mulher mas sabia que ela não me via assim, afinal ela sempre deixou claro que éramos amigos.

24/12/2013

–Bom dia querido – mamãe sorriu me dando um beijo na bochecha, quando a encontrei colocando a mesa do café da manhã.

–Bom dia mãe – responde e me sentei – Cadê todo mundo? – perguntei.

–Seu pai foi ao hospital dar alta há um paciente, Alice e Jazz dormindo e Bella foi dar uma caminhada.

–É uma data difícil ainda – falei triste e mamãe pegou minha mão sorrindo para mim.

–Ela é forte apenas não sabia disso, sei que você foi essencial para ela e sabe querido talvez você devesse dar uma chance há vocês – disse e eu neguei, mesmo não tendo contado a mamãe meus sentimentos, sabia que assim como Jazz não era difícil para ela descobrir.

–Não posso mãe, ela não me vê assim – falei e ela apertou minha mão contra a sua.

–Você precisa arriscar querido, não deixe sua felicidade escapar entre os dedos assim – disse e se virou indo ate a cozinha novamente, respirei fundo e tomei meu café rapidamente, após acabar sai e fui ate o quintal atrás de Bella, a avistei sentada entres as flores segurando os joelhos e me aproximei, me sentei ao seu lado e a abracei.

–Estou aqui minha pequena, sempre estarei – falei e ela deitou a cabeça em meu ombro chorando baixinho.

***

–Está na hora venham – mamãe chamou e seguimos ate perto da arvore, era uma tradição, papai como matriarca da família colocava a estrela e mamãe acendia as luzes – Bella, primeiro devo dizer que estamos mais do que felizes por você estar conosco e dizer também que onde quer que Charlie e Renné estejam estão felizes por saberem que possuem uma filha tão forte e especial como você.

–Obrigado Esme – Bella respondeu com a voz chorosa e pegou minha mão sorrindo entre as lágrimas, após a estrela ser posta no topo e mamãe acender as luzes fizemos nossos agradecimentos e voltamos à sala, já que o jantar seria apenas perto da meia noite, me sentei próximo a Bella que conversava com papai sobre as futuras mudanças da livraria e fiquei a observando, eu havia ficado encantado com ela desde o primeiro momento, quando a socorre no hospital, meus sentimentos batiam de frente ao medo de ser rejeitado e de perdê-la o que eu certamente não agüentaria, o celular de Bella tocou e ela o pegou sorrindo o ver o nome que piscava no visor – Jake que saudades – gelei ao ouvir o nome de seu ex-namorado, um filho da mãe que ela havia namorado pouco após eu começar com Tânia, mas ao contrario de mim o namoro deles durou cerca de 1 mês, já que o infeliz voltou para sua cidade devido a doença do pai – Com licença pessoal – Bella pediu e sai rumo ao jardim sorrindo enquanto conversava com aquele traste.

–Acalme-se filho, eles são amigos – papai falou colocando a mão em meu ombro quando fiz menção de me levantar.

–Amigos uma ova – responde irritado.

–São amigos como você e Tânia – Alice disse e riu.

–Não tem nada haver – falei e ela riu não acreditando.

–Claro que sim, você namoraram e eles também, vocês são amigos e eles também hora essa – ela disse e eu me levantei irritado, eu morria de medo de Bella voltar para aquele infeliz e descobrir que o amava ai sim eu perderia ela para sempre.

–Cunhado acho que você precisa agir rápido se não vai perdê-la – Jazz falou e eu subi as escadas indo para meu quarto, andei de um lado para o outro sentindo a frustração de não poder fazer nada, afinal o que eu faria se ela me rejeitasse? Eu piraria se não pudesse ver seu sorriso, ouvir sua voz, sentir seus abraços, mas droga e se ela gostasse assim de mim? Como seria acordar com seu corpo junto ao meu? Fazê-la minha mulher, saber que ela seria minha e de mais ninguém? Peguei um travesseiro e o coloquei contra o rosto abafando o grito.

–Não sabia de seu romance com o travesseiro que meigo – levantei o rosto e fitei os belo e delicado rosto de Bella que sorria para mim, ela estava parada a porta de meu quarto – O que veio fazer aqui em cima sozinho? Esta tudo bem? – perguntou preocupada e eu suspirei.

–Esta sim desculpe – falei jogando o travesseiro sobre a cama e me sentei também – Como o pai de Jacob esta?

–Billy esta um pouco melhor – disse se sentando ao meu lado na cama – você tem certeza que esta bem? – perguntou pondo as mãos em meu rosto delicadamente.

–Você o ama? – perguntei de repente e vi seu rosto surpreso.

–Como? – perguntou meio confusa.

–Jacob, você o ama? – perguntei virando meu corpo de modo que ficasse frente ao dela.

–Amor? Acho que não – ela disse negando – eu gosto dele, Jake é um amigo me faz bem, mas amor não, amor é muito mais que só fazer bem.

–E a mim? – perguntei sentindo o coração acelerado e a boca meio seca, a mão de Bella que estava sobre as minha imediatamente se soltaram – O que você sente por mim Bella?

–Eu...não estou te entendendo – sua voz saiu confusa.

–Eu apenas te faço bem ou o que? Diga-me, por favor, o que eu represento na sua vida – pedi prendendo suas mãos na minha.

–Você é meu amigo, meu porto seguro – disse firme – Não sei o que faria se você não tivesse me salvado Edward – ela disse e por impulso peguei seu rosto com as duas mãos.

–Você seria capaz de me amar? Me ver alem de um amigo? – sua respiração bateu contra meu rosto – Por que por Deus Bella, eu não agüento mais, eu não agüento vê-la com outro, não agüento conviver com o medo de perdê-la, eu te amo, amo mais do que um amigo, amo a ponto de sua felicidade ser mais importante que a minha, eu te amo Isabella, desde o primeiro momento que eu te vi.

–Você me ama? – perguntou e as lagrimas rolaram por seu rosto, assustado e antes que pudesse dizer algo, seus lábios se prenderam aos meus me dando o melhor presente de natal que eu poderia – Eu também amo você – disse parando nosso primeiro beijo e colando sua testa a minha – eu tinha tanto medo de perde-lo também, me matava vê-lo com Tânia ou qualquer outra.

–Eu – dei um selinho em seus lábios – amo – outro selinho – você – e a beijei aprofundando o beijo, sentindo seu gosto em minha boca, suas mãos em meus cabelos.

–Edward...Bella venham o jantar vai ser servido – a voz de Alice soou pelo corredor e eu me separei de Bella sorrindo.

–Namora comigo? – pedi me levantando e a puxando para mim – Seja minha namorada.

–Sim – ela respondeu passando as mãos sobre meu pescoço e me beijando avidamente.

–Venha – me separei meio a contra gosto – precisamos contar a nossa família que você é minha agora e será para sempre – falei e ela riu alto me abraçando, teríamos ainda um grande caminho a percorrer, iríamos vivenciar uma experiência diferente, mas nosso amor era forte e amigos nos já éramos agora seriamos amantes, confidente, companheiros e de corpo e alma. Eu finalmente sentia a magia da noite de natal sobre nós, afinal celebrávamos um nascimento, uma nova vida e meu amor por Bella era isso, uma nova chance, uma nova oportunidade de ser feliz de verdade e por completo.

Um dia quando criança pede ao Papai Noel que quando crescesse tivesse uma princesa para amar igual papai amava mamãe e mesmo tendo demorado eu recebi meu presente.

Uma época de magia e amor verdadeiro.

25 de dezembro havia ficado mais especial ainda para mim.