Mantendo O Equilíbrio - Finale escrita por Alexis terminando a história


Capítulo 71
Capítulo 70


Notas iniciais do capítulo

Quem sentiu falta de momentos ~momentinhos~ de amor?

Vem matar as saudades desses dois!

Enjoy :)


P.S.: tem notas finais dedicadas a vcs, leitores. Não esqueçam de dar uma olhadinha lá, viu!



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Celulares desligados: check.

Sábado nublado e friozinho: check.

Eu e Vinícius sozinhos: check.

Eu e Vinícius depois de matar as saudades definitivamente: check.

O que é o mundo lá fora quando o que importa é só nós: check.

Eu falando bobagens enquanto permanecemos em minha cama: em atividade.

– Quando poderemos marcar essa estada na pousada?

– Quando você quiser.

Taí, a gente tava precisando disso. Por mais que ficássemos vez e outra, nem sempre tínhamos a oportunidade para aproveitar bem nossos momentos. Quase nunca contava com algo especial preparado porque era assim, de uma hora para outra, que a gente pegava no ar a chance. Agora teríamos algo do tipo para desfrutar.

Um tempo atrás o Vinícius veio com essa novidade, ele ganhou uma diária numa pousada 4 estrelas na praia (muito chique!). Foi uma recompensação que seu antigo colega de trabalho, Tuca, ofereceu a ele por todo apoio que Vini deu enquanto trabalhavam no mesmo setor. Tuca quem na verdade ganhou a diária, pois participou de um sorteio aleatório, mas não poderia aproveitar no momento, pelas atribulações de sua mulher estar grávida e tal, e como o prêmio expiraria, ele preferiu repassar ao Vini. Que agora pensa em usufruir.

Planos, planos, planos... O que seria da humanidade sem planos. Nem tudo afinal pode ser instantâneo e de uma hora pra outra. Apesar de ser apenas um esboço que funciona como um guia, os planos são essas coisas que mantêm a ordem – ou pelo menos devia manter – e também podem dar todo um ar de mistério, ansiedade e expectativa. Era como eu me sentia em ouvir sobre a surpresa que Vini dizia estar armando pra nosso aniversário mais que atrasado.

– E aí temos o feriado da independência. Claro, se você não viajar. Posso agendar ou você pensa em visitar seus pais?

– Embora queira ver meus pais, já teria que viajar para a parada lá da minha avó, sobre o seu livro que vai ser publicado, então acho que não preciso ir logo no feriado. Uma comemoração seria uma boa. Melhor, merecida.

Deitada ao seu lado na minha cama, faço uma carinha sapeca, já imaginando um dia inteirinho só para nós no feriado próximo. Nossa, parecia sonho. Mesmo com nossas escapadas, como essa de hoje, quase nunca temos um espaço ou folga. Se o universo se esforçou tanto em nos juntar, devia se esforçar mais um pouco em nos ajudar também. Só acho.

Com um afago no meu queixo, Vini me puxa para mais um selinho, que vira mais que selinho e novamente sou abraçada por seu perfume, sua pele, seu corpo, sua respiração. Como sentia sua falta nos últimos dias.

Entre seus beijos, vinham umas palavras.

– Mal... posso... esperar...

– Fala como se já não tivéssemos aproveitado umas casquinhas.

– Merecemos um descanso. E um tempo só pra gente.

Sábias palavras.

– Vamos fugir... pra outro lugar, babe...

Cantarolo de brincadeira, como cantarolei na hora que saímos da casa de seu Júlio. Quem canta mesmo? Anyway, foi nessa vibe que aproveitamos o espacinho que aparecera. Após o almoço, Djane disse que tinha de sair e Vini logo deu a ideia de escapar também. Como Murilo nem estava lá (foi dessa vez para a casa de Aline), foi mais fácil de sair, deixamos o vô-sogro com Filipe e Iara.

Se Vini quis sair por causa do pai também, eu não tava nem mais aí, porque meu status de saudades era bem maior que isso para considerar. O status dele também não ficava atrás, que quase me carregou pro quarto quando chegamos em minha casa! Ficar juntinho dele e com a residência só para nós eram desses luxos combinados que ou se aproveita ou se perde.

Mal tínhamos mais tempo de conversar! Imagina de aprontar com ele. Sentia saudades até disso.

O que me faz lembrar de uma coisa...

– Sabe, encontrei uma coisa sua no apê da Iara uma vez. Guardei aqu... espera, vou só pegar.

Me viro na cama para a cômoda ao lado, puxo a segunda gaveta que tem minha costumeira bagunça (que é o um bom esconderijo e disfarce), dou uma fuçada rápida e acho o ouro. Eu contava que usaria em algum dia de necessidade de alguma troca, mas sei lá, acho uma boa revelar o que tenho dele guardado. A foto que confisquei do apê era tão hilária que só de tê-la em mãos eu me segurava para não gargalhar. Como disse uma vez para Iara, aquilo era pedir pra ser zoado!

Voltando-me para o Vinícius, já com uma carinha mais que traquina, mostro a foto a ele, que se surpreende por ainda ver isso em vida. A imagem trazia ele abraçado com uma garota, o braço dele ao redor dos ombros dela, que sorria abertamente e o dele era mais contido. Mas a graça mesmo era que mostrava o Vinícius de bigode, que é algo que não combina em nada com ele. É, bonitinho, todos temos um passado, alguns condenáveis; alguns hilários e condenáveis. Alguns hilários, condenáveis E zoáveis. Claro que a foto estava nessa última categoria.

– Uau, não sabia que isso ainda existia... O quê? Por que o riso?

– Iara contou que Filipe sempre falava que tava horrível.

– O que estava horrível?

– Seu bigode.

Vinícius finge trancar a cara e quer me zoar, posso ver. Ele ajeita melhor o travesseiro por debaixo da cabeça, para que fique mais alta e com uma sobrancelha de pé, começa a provocação com tom de vanglória. Ele quer virar o jogo isso sim.

– A Serena gostava.

– Quem?

– A garota da foto.

Ok, talvez ele esteja conseguindo virar o jogo. Que nada.

– Foi uma namorada?

– Foi.

– Ah.

– Minha namorada tá com ciúmes de uma foto antiga?

Olha quem fala, no outro dia ele tava com ciúmes de um cara num sonho. Um sonho que nem era meu. Inspiro e me aconchego mais nele, que me recebe sem reservas, apesar do sorrisinho vitorioso. Não era ciúmes propriamente dito, era só... curiosidade. Vinícius não contava sobre seus relacionamentos passados. Não sei se porque ele não queria mesmo ou se ele esperava que eu perguntasse, tal qual algumas vezes ele tinha perguntado sobre mim.

Acontece que nunca fui direta de querer saber. Era, assim, um campo desconhecido para mim.

– Não, é que... você já esteve com outras mulheres. Você não comenta muito a respeito.

– Talvez porque não tenha muito a dizer.

– Mas, sei lá, só... é estranho.

– O que é estranho?

– Não ter muito o que dizer. Isso faz delas experiências ruins?

Largando a foto de lado, ele a esconde atrás de seu do travesseiro e sou esperta de pegar de volta, colocá-la atrás de mim de modo que ele teria de se esforçar para pegar novamente, o que ele não faz. Só ri aquele seu sorrisinho de que gosta desses flagras de ciuminhos – eu não tô com ciúme! – e me afaga o rosto, pensando melhor enquanto nos enveredávamos para esse lado da conversa.

– Não foram muitas assim não, viu.

– O número 15 pode ser um número baixo pra muito cara.

Vini alcança uma mecha de meu cabelo que ora e outra me atrapalhava a visão e a coloca atrás de minha orelha. Ao mesmo tempo em que parece centrado, parece distraído. Será que soo boba por dizer uma coisa dessas?

Provavelmente.

– Bom, eu não sou esse tipo de cara. O número 3 pra mim é suficiente. E acho que nunca me senti bem realizado por esse 3.

– Hum.

– Hum o quê?

– Não imaginava que eu era uma 4.

– Mas você não é uma 4, é a 3. A melhor 3. Eu não era um cara muito de relacionamentos, Mi. Mas olha pra mim hoje, com você. Sou um besta apaixonado e tenho orgulho disso.

A carinha dele ao falar em besta apaixonado é apenas ótema. É uma expressão franzida de um pouco de descrença sobre isso, mas realmente com uma pitada de orgulho. Como se tivesse impressionado. Que é outra coisa que dá a entender que as experiências não foram boas.

– Você não era algum tipo de cafa, era? Do tipo de só ficar... e...?

Vini ri um riso que não é bem um riso. Aquele franzido retorna, mas por uma expressão de um pouco de embaraço, cabisbaixo. Me surpreendo, porque não conseguiria imaginá-lo dessa forma, por mais que tenha tido seus momentos mais rebeldes por assim dizer.

– Acho que todo cara um dia já foi um pouco cafajeste. Eu não era bem um babaca, eu só não me deixava me envolver tanto. Tive algumas namoradas, mas nunca levei a relação muito a sério. E o sexo...

– Era sem sentimento?

– Não! Quer dizer... acho que não tive boas experiências. Digo, não era por falta de sentimento, mas talvez de compromisso? Isso já faz um tempo, Mi, eu não era um dos caras mais centrados pra relacionamentos. Teve namoro que não durava semana, imagina mês. Isso não fazia de mim um pegador ou um traidor. Eu só não me satisfazia. Pelo próprio relacionamento, digo, não falo por sexo. Sexo fazia parte, claro, só que... sei lá. Passei muito tempo perdido em mim mesmo, na minha história, que acho que isso não passou de algum tipo de escape.

– Então não se importava com as garotas que ficava?

Mais que uma inocente curiosidade inicial, também queria conhecer o Vinícius de antes. Eu tinha tão poucas informações, e a maioria fora Djane quem contara. Vini não é desses muito detalhistas, afinal. Mas quando quer, ele conta.

– Não que não me importasse, eu também não era esse canalha, eu só... não via futuro? Não fazia dar certo? Não busquei isso e nem elas também.

Dando de ombros, ele faz parecer tudo tão simples. Relacionamentos passados poderiam ter dado mais certo com um pouco mais de empenho. Que nenhum dos parceiros foi atrás. Meus valores sempre foram outros e quando vejo algo assim, me pergunto como as pessoas podem se entregar tanto a algo sem ter um verdadeiro sentimento. Algo que sustente, sabe?

Mas tem gente que come areia e tem gente que mata. Cada um com suas razões.

Acho que Vini sente que isso mexe um pouco na minha cabeça, só que acho que a impressão que ele tem é de que me sinto ameaçada de repente. Para falar a verdade, essa sensação nunca me veio. Podia eu ser inexperiente, podia eu ser meio iludida com o mundo, mas pouca coisa realmente me ameaçava. Acho.

– Foram apenas duas. E só uma me tem pleno. Infelizmente tive que passar por isso, mas foi bom eu ter finalizado tudo. Pois eu estaria livre pra você.

Ele diz livre com uma pitada de ironia, por nosso, ah, nosso começo “desastroso”. Ainda lembro da sensação estranha que me passou quando ao receber alta do hospital, o pai de Vini soltou a bomba de que tinha chamado a namorada do filho e eu fiquei lá que nem besta, porque ninguém tinha mencionado nada antes e era absurdo, porque o Vini tinha passado meses em coma. Foi uma confusão daquelas. Eu costumei me recriminar por uns pensamentos. E a ele por atitudes suspeitas.

Viro-me na cama, de modo a ficar de costas coladas no colchão e inspiro, olhando para o teto. Já Vini deita de lado, se apoiando em um braço.

– Você namorava a Becca quando nos conhecemos. Ela era tão legal... e você...

Meu Deus, aquela noite do blecaute. Quanto mais eu me afastava, mais ele se aproximava. A minha cabeça zumbia me mostrando que era errado, e, caramba, teve aquela crise de pânico pelo mau tempo. Acreditava eu que isso era má sorte.

– Eu ficava doido porque a mentira me mantinha preso. Você nunca foi apenas uma amiga, não sabe?

Fito-o quando sinto seu toque ao meu queixo. Sei, sorrio como se afirmasse. Agora sei. As coisas que eram complicadas desde sempre.

– Aquela não foi uma época muito boa, né?

– Você acha?

O tom usado por ele dá a entender que ele não achava, o que me pega de surpresa. Quer dizer, Vinícius sofreu tanto em tão pouco tempo. Teve a questão da descoberta sobre a paternidade verdadeira e a guerra que era Djane e Filipe, e aí eu no meio do nada.

Ante esse meu silêncio, Vinícius se levanta um pouco, de modo a ficar sentado na cama. A conversa tinha caminhado para um lado que era mais sério, e o próprio Vini parece circunspecto, decidido. Acho que por se perguntar sobre a procedência dessas minhas perguntas, ele resolve me explicar melhor.

– Eu acho o contrário, Mi. Foi nessa época que pude ver que estava pronto para um relacionamento. Você me fez querer um. Quis dar meu melhor, coisa que nunca me importei antes. Meus casos foram passageiros e sem sentido. Não exatamente desastrosos, mas também não eram satisfatórios...

Ouço-o enquanto mexo na ponta do lençol. Com aquele friozinho do dia, não dava para dispensar um. Mas não me distraio propriamente, minha mente só faz é fugir um pouco. Quer dizer, teria eu gostado dele se tivesse o conhecido antes? Teria a gente ficado junto? Seria eu capaz de entrar num caso passageiro e sem sentido?

O universo no fim das contas brincou com a gente na época certa. Porque eu também me sentia pronta para ter um novo relacionamento.

– ...Eu não sentia conexão. Não como houve com você, desde o primeiro momento. Lembra? Quando eu tava na calçada, que fui escorraçado pela segurança da faculdade? Você chamou minha atenção. E eu tava me sentindo tão o pior ser do mundo, que, por aquele instante, eu quis saber o que era ser normal.

A lembrança me faz me sentir um pouco melhor. Não só pela lembrança, mas pelo modo que Vini recorda dela. Ele estava em um lugar muito ruim, com tão poucas certezas sobre sua vida, e, bam, lá estava eu, correndo que nem uma louca varrida por estar atrasada. O quanto nós podemos perder ao nosso redor só por estar atrasada?

– E olha que eu nunca fui muito normal...

Espio a expressão dele e ele tem essa marca risonha ao rosto, como se no fim de todas aquelas pontes quebradas, eu fui aquela que ele conseguira encontrar do outro lado e não poderia voltar ao início, não se não me levasse junto.

– Achei que eu queria o normal, Mi, mas, por ter me chamado a atenção, descobri com o tempo que só queria era você mesmo. E ficava maluco quando me afastava ou outro me roubava a oportunidade de ficar com você. Tive que suar um pouquinho para te ter. E suo mais um pouco para te manter pertinho.

Brincalhão, ele passa a mão na testa, “enxugando-a” pelo seu “grande esforço” em me roubar o coração. Compartilhamos um sorriso cúmplice à meia luz do quarto, iluminado por um abajur que ele me presenteara. A história do abajur... ah, era outra boa história.

Mudei assim como ele mudara e hoje se temos essa relação forte é porque batalhamos por ela. Era nisso que eu devia pensar somente, não em coisas passadas.

– Isso porque já tem quase toda minha atenção.

Eu não me cansava em dizer isso de vez em sempre. Nem ele, de me aporrinhar sobre isso também. Ao se deitar novamente e me trazer para seus braços quentes, o contato pele com pele, Vinícius me enche de leves beijos e... simplesmente adoro ficar assim, despreocupada, sem se importar com as horas. O friozinho que entrava pelas frestas da janela era esse que nos fazia juntar mais nossos corpos.

O silêncio estava confortável só com nossas respirações, ora relaxadas, ora mais urgentes, assim achei que ele não diria mais nada. Mas dado momento, Vini retornou ao ponto que era o passado.

– Sabe, eu já quase não confiava nas pessoas.

– E como pôde confiar em mim?

– Você tem essa... coisa... que não sei explicar. Faz a gente apenas confiar. Até quando é trambicagem.

Umas várias pessoas costumam me dizer isso. Menos sobre a parte de trambiques, claro. A verdade é que sou essa outra besta apaixonada e essa apaixonada por ele, muito feliz, porque estávamos num mesmo pé, numa mesma página. Melhor, mais seguros.

É contando com essa segurança que faço mais uma pergunta. Por ter gostado de ele ter aberto mais sobre quem costumava ser, algumas novas curiosidades pipocam em meu ser. Apenas curiosidades, confio. Falar de outras garotas a essa altura do campeonato só me mostraria confiança.

– Então... essa Serena. Ela foi a 1 ou a 2?

– Quer mesmo saber?

– Hum... Quero.

– Nem 1, nem 2. A gente ficou um tempo, mas nunca tivemos um algo mais... O que já não posso falar o mesmo sobre a irmã dela, Samantha.

– Você ficou com irmãs, Vinícius?!

Fingindo-me de espantada, me afasto para dar um tapa no seu braço. Nada que fosse doer muito, era só... força de expressão... literal. Sacana que é, ele ri e logo me segura a mão, pra evitar que lhe desse outro.

– Não foi bem assim, ok? Eu... perdi com a Samantha. Foi caso de apenas uma noite. Ela era amiga de escola da irmã do Wellington, a gente se via às vezes em festas e tal, ela se formou no colégio primeiro que nós. Aí que Samantha passou no vestibular de outra cidade e fizeram uma grande comemoração na turma, acabei indo. Uma coisa levou a outra e ficamos.

– Como você resume bem.

Vini revira os olhos. Não que eu estivesse querendo mais detalhes, eu só dizia isso para provocá-lo mesmo, ele bem sabe. Dessa vez, no entanto, ele acabando falando mais. Apesar de mencionar seu caso com a garota, ele prefere enfatizar o que eram aqueles relacionamentos passageiros e sem sentido que mencionara antes e como isso não o satisfazia.

– Eu meio que gostava dela, mas era uma coisa meio superficial, sabe, a gente mal se conhecia. E aí, mais pro final da comemoração, na casa dela, a gente se reencontrou na saída e... rolou. Ela tinha me dito antes que era virgem e depois disse que tinha mentido. O fato é que achei que queria aquilo, mas não queria. Foi muito vazio. Na manhã seguinte, ela viajou. Lembro que ainda estava em processo com minha mãe para me emancipar, tinha acabado de fazer 17 anos praticamente.

– E como acabou ficando com a irmã dela?

– Encontrei com a Serena por acaso uma semana depois, quando tava na casa do Wellington. A gente tava assistindo filme quando ela chegou com a Wanessa. Papo vai, papo vem, conversamos bastante e ela era bem legal. Nos encontramos umas vezes mais, chegamos a ter namorado um pouco, mas também senti falta de algo mais... substancial. E ela era a irmã da Samantha, era estranho se eu ficasse com ela também, sei lá. Preferi acabar antes de qualquer coisa.

– Então quem foi a 2?

– A 2... Foi com Bel. Quer dizer, Isabelle. Foi numa viagem da faculdade, logo que entrei, ela era da turma da tarde, do mesmo período que o meu. Como tava naquela fase de todo mundo se conhecendo, fazendo farra e tal, e faltou um pouco mais de recurso pra bancar a viagem, a galera conseguiu rachar uma casa de veraneio. Numa brincadeira eu tomei tanto energético que não conseguia dormir, a Bel também...

Por isso sua relutância hoje em dia de chegar perto de qualquer energético. Uma vez me contara sobre ter tomado vários numa aposta e que se sentiu muito mal depois, mas nada de mencionar sobre certa companhia.

– ...Uma coisa foi levando à outra...

– E rolou.

– É. Depois disso, ainda na viagem a gente só ficou mesmo. De volta à faculdade, ainda tentamos uma vez, e não deu certo. Ficamos outras vezes, e também ficou claro que não havia algo entre nós. Ela tinha até mudado o turno dela...

– Vocês estão estudando juntos? Na mesma sala?

– Não! Quer dizer, ela tá uns períodos na minha frente já, apesar de eu ter perdido só um semestre. A Bel faz muita cadeira de férias, ela pode ser muito prática pra algumas coisas. A gente só se vê de vez em quando... Por quê? Algum problema, namorada que amo tanto quando tá com ciúme?

Que posso dizer se eu mesma deixo esse bonitinho tenso por ter colegas de classe que ele não curte nadinha?

– Mi, diz alguma coisa.

– Acho que não tenho muito a dizer.

– Eu era um perdido, ok? Eu mal sabia o que queria da vida ou das pessoas. Não tive alguém para me importar tanto e também não fui alguém importante para elas. Sabe o que isso me fazia sentir? Um nada. Então desculpa se às vezes sou exagerado, se quero atenção demais, se isso soa maluco, só me importo e não quero te perder por besteira. E já perdi muito, sabe? Tô reavendo aos poucos, claro. Me sinto bem, muito bem ao seu lado, e se pra te fazer feliz eu tenho de me esforçar, pode ter certeza que eu farei isso. Sou inseguro, eu sei, mas hoje sei o que quero. Quem eu quero. O resto é resto, é passado. Porque fui encontrado. Porque sou... feliz.

– Só acho que não poderia imaginar isso. Não que eu pensasse sobre as outras, mas também sei pouco de seu passado. E não tô exigindo. Quer dizer... não tô mesmo. E não tô com ciúme. Só... estou me informando da situação.

– Seeeei.

– Pra completar sobre essas... informações... você ainda usa o meu cordão, né?

– Digamos que não à toa você é uma famosa bonequinha de pescoço.

– Sou famosa?

– Você não tem ideia!


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Notas finais do capítulo

Eu ainda votava para guardar a foto para um momento mais ~propício~ (leia-se ouro de troca sim!), mas pelo Vini sendo esse "besta apaixonado e orgulhoso", valia pena a revelação hahaha

Falando em revelaçãaaaaao...

Estava pensando esses dias sobre o fato de querer dividir algumas coisas que podem ter a ver com a fic ou dar umas desvairadas por coincidências com a hst (já viram os perfis do Channing Tatum BR no FB ou no twitter? Ele fica me dando visões!), e decidi fazer uma conta no twitter pra isso :)

(a conta do Channing www.twitter.com/ChanningTatumB1)

Sei que tenho muuuuuuitos leitores fantasmas (eu sei que vocês estão aí, o Nyah me diz XD me diz apenas números basicamente, mas vcs entendem o que quero dizer) - e não tenho problema com isso (embora goste de uns surtos em comentários haha) - aí fiquei nessa de considerar... se gostariam de acompanhar uns tweets com coisas sobre a fic (ou qualquer outra que eu tenha postado). Posso até revelar uns pequenos spoilers, quem sabe? Ou fazer um suspense básico sobre o que ando escrevendo ^.^

Anyway, não se sintam obrigados (mas não me deixem falando com as paredes? XDDDD), podem seguir, podem visitar a página, podem perguntar, interagir, curtir umas músicas, adivinhar charadas (-qqqq), mandar recadinhos, pirar... enfim. O link é este: https://twitter.com/Alexi_sK

Vão lá espiar!

Bjos,

A. K.



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