Ligação - Dramione escrita por Elena Salvatore Malfoy


Capítulo 8
Detalhes


Notas iniciais do capítulo

Ooi gente! postei bem rápido esse, mas nao se acostumem heuheueue
Boa leitura!



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P.O.V. Hermione

Acordei sem saber muito bem onde estava. Pisquei duas vezes e lembrei do dia anterior. Provavelmente eu estou no meu dormitório, pensei. Porem assim que levantei fiquei desesperada. Tava tudo verde e prata! Olhei para minhas roupas e elas estavam amassadas e eram as mesmas de ontem.

Sai e fui para o salão comunal me assustando com a visão que eu tive. Metade da escola estava lá dormindo no chão. Achei Gina no meio deles jogada do lado do Harry.

– Gina, Gina, acorda.

– Não, minha cabeça. Mione! Mione pelo o amor de Merlin me conta o que aconteceu!

Ela levantou com uma cara feia por causa da dor de cabeça e me puxou para o dormitório.

– E então?

– E então o que? Você pode, por favor, me contar o que aconteceu ontem, porque eu to com sono demais pra lembrar.

– Tá! Mas depois você vai ter que se explicar. Foi assim: depois que deu meia noite a Minerva falou pra gente voltar, porem só alguns alunos voltaram e a maioria disse que já ia voltar. Ficamos na praia até tarde e estava tudo bem até que você surtou do nada quando viu o Draco ficando com uma outra menina. Todos nós voltamos para a escola e a festa continuou aqui. A gente comeou a ouvir uma gritaria e era você e o Draco discutindo. Você disse que ele era um idiota mulherengo, mas de repende vocês se calaram. Do nada! Ninguém mais ouviu nada e nós voltamos para a festa, mas a porta do dormitório em que vocês estavam bateu e você saiu correndo. Ele foi atrás de você perguntando o que tinha acontecido e você simplesmente ficava repetindo de novo não, de novo não. Você se trancou lá dentro, nós voltamos para a festa e depois eu não lembro mais de nada. Você tem água?

Conjurei um copo e fiz um feitiço para encher de água. Dei pra ela e ela bebeu rapidamente.

Eu estava começando a me lembrar. Eu não tinha bebido, eu lembro. Ele tinha começado a me beijar e quando eu percebi o que estava acontecendo disse que aquilo não ia se repetir, mas esqueci que ele não sabia que já tinha acontecido.

– Então? Pode me contar o que aconteceu?

Respirei fundo. Eu contava ou não para a Gina? Eu não queria esconder dela, mas eu não conseguia acreditar ainda, então era uma péssima ideia contar pra ela.

– Tá! Eu conto!

P.O.V. Draco

Acordei amaldiçoando mentalmente o sol, minha cabeça e minha garganta. Olhei em volta e aproveitei pra amaldiçoar meus amigos e inimigos que me deixaram bêbado. Fiz um esforço para lembrar o que tinha acontecido no dia anterior, mas não lembrei de absolutamente nada. Aquilo tava cheirando a droga... Babacas!

– Draco Malfoy, seu idiota! A Mione me contou tudo!

– Não grita Weasley, por favor! Te contou o que exatamente?

– Você estava namorando a prima dela e beijou outra menina! Vocês discutiram e você fez um feitiço pra ela não falar nada só para não ter gritaria! E...

– Espera um pouco ai... Prima? Que prima?

Nesse momento a Granger apareceu desesperada fazendo biquinho. Não consigui não rir.

– Como assim que prima?

– Tá, eu admito! Eu peguei a prima da Hermione, mas a gente não tava namorando e eu podia pegar quem eu quisesse.

A cara dela ficou demonstrando uma raiva que eu nunca tinha visto então eu percebi a merda que eu tinha feito.

– Por outro lado eu enxergo que não deveria ter feito aquilo, mas eu estava tentando esquecer a prima dela, porque ela te contou tudo? A prima dele apagou minha memória! Sabe como eu descobri isso? Porque meu melhor amigo começou a falar coisas sem sentido quando tava bêbado. E eu não faço ideia do que aconteceu no dia que ela apagou minha memória. Ela também ficou me tratando como se gostasse de mim, mas depois não olhou mais na minha cara. E eu tenho que ficar esperado por ela?

– Eu acho, Malfoy, que seu amigo pra começar é um babaca, mas isso não vem ao caso. Ela aposto que ela fez isso para te proteger, mas você é tão burro que só vê o lado ruim! E porque você não fala isso na cara dela ao invés de tentar esquecê-la com outras? Alem de que não deve ter dado muito certo... Eu fiquei sabendo que você beijou ela depois disso! Ela deve ser uma pessoa incrível, não?

A Granger que falou a ultima parte. Primeiro fiquei pensando: como assim proteger? Depois minha cabeça doeu e eu apenas sorri de canto.

– Eu não falo pra ela porque ela já sabe, Hermione.

P.O.V. Hermione

Idiota. Fui andando em direção a porta do salão comunal com a Gina atrás de mim me fazendo mil perguntas.

– Gina, não tente fazer isso. Você quer falar da minha vida para não falar da sua.

– Esse é o problema Mione! Eu tava falando dele e você disse que isso é sobre sua vida! Desde quando o Malfoy é sua vida?

– Não faz drama e me conta logo o que ta rolando com o Harry.

– A gente ta namorando e ontem ele me levou para a casa do padrinho dele que ta reformada. Não faz essa cara, não rolou nada. E nem vai rolar! Ta doida?

– Era brincadeira, isso seria loucura...

Continuei andando e ela parou no meio do caminho fazendo uma cara assustada. Colocou as duas mãos na boca e gritou.

– Que isso Gina?

– Você... Ele... Aquele dia! Você apagou a memória dele! Sua vaca!

– Gina, fala mais baixo, por favor. Vamos continuar andando?

– Você não negou! Ai meu Merlin você não negou! Porque você apagou a memória dele? Eu acho que ele gosta de você! Eu vou desmaiar! É o Malfoy!

– Gina, por favor, fala mais baixo! Calma,respira! Eu apaguei porque ele provavelmente ia morrer pra me salvar se eu não apagasse.

– Ownt! Porque você não deixou? E como assim morrer?

– O que?! Porque eu não deixei? Porque ele ia morrer sua anta! Quando a guerra acontecer o pai dele vai buscar ele pra ele ficar seguro. Só que o burro quer fazer com que o pai dele me leve! Mas eu tenho mais chances de viver do que ele.

– Ownt! Vocês se amam! Meu Merlin! Hermione Granger e Draco Malfoy se amam!

Ela fez o favor de gritar isso pra todo mundo ouvir. Algumas pessoas acordaram, outras ficaram estáticas e o Draco saiu correndo do banheiro só de calça.

– Hermione, sua sortuda.

Naquele momento eu queria me enterrar em um enorme buraco. Eu estava da cor de um pimentão e não sabia o que dizer.

– Ficou doida Weasley? Ninguém aqui ama ninguém, não é Granger?

– Muito obrigada, Malfoy. O dia que eu amar essa doninha podem me internar.

P.O.V. Draco

O resto do dia seguiu normalmente. Os alunos estavam de folga e de ressaca. A enfermaria estava cheia de pessoas implorando poções para dor de cabeça e as luzes estavam todas apagadas.

Tomei uma poção e logo me senti melhor. Fiquei andando pelos corredores quando encontrei ela lendo em uma das arvores do lago. Fui correndo até lá em silencio e sussurrei:

– Para qual clinica prefere ir?

Percebi que ela estremeu e sorri. Era ótimo ver o efeito que eu causava.

– Coitado! Tão iludido...

– Então você não gosta de mim, é isso?

– Você entendeu? Isso é ótimo! Se eu não te odiasse eu te abraçava agora.

Sentei do lado dela e decidi que tiraria o dia para irritá-la.

– O que você quer?

– Eu ia dizer você, mas isso eu já tenho então...

– Entendi. Tirou o dia pra me irritar.

– Mais ou menor isso.

– Então deixa eu deixar uma coisa clara aqui: você não me tem. E nem me terá. Então seu desejo não será realizado, sinto muito.

Ela estava pedindo. Me aproximei do ouvido dela e falei:

– Você não é minha Hermione? OK, mas você queria ser, certo?

Vi que ela estremeceu mais dessa vez e fechou os olhos quando eu a chamei pelo nome.

– Nenhum um pouco.

Eu sabia que ela não iria admitir, mas aquilo poderia ser divertido. Já ia provocar de novo quando lembrei de outra coisa mais importante.

– O que você queria dizer com de novo não?

– Ah, você lembrou. É... Nada. Esquece, OK?

Ela ficou mais branca do que já estava e eu percebi que tinha a ver com o dia em que ela apagou minha memória.

– Granger eu tenho o direito de saber!

– Você me beijou. Foi isso.

– Eu te beijei no ano novo e você não apagou minha memória. E a gente não tava bem se beijando quando você parou.

– Pode parar por ai! Aquilo não foi nada! Foi só um beijo!

– Só um beijo? Só um beijo? Você estava...

– Shhh! Não fala mais nada!

– Tá com vergonha? Vergonha do que? Ontem você não parecia envergonhada sabe... Quando você...

– Malfoy, cala sua boca enorme!

– Você tá brava? Ah! Não tem problema, sabe porque? Porque ontem você tava brava por... Pelo o que mesmo? Ah, lembrei! Ontem você estava com ciúmes, mas de repente você ficou feliz rapidinho...

– Eu vou te matar! Para!

– Você definitivamente não disse para ontem. Alias...

– Qual o seu problema?

– O meu problema? Você apaga minha memória e vem me perguntar qual é o meu problema?

– Eu conto. Mas promete que não vai fazer aquilo que você queria fazer. Sobre o seu pai.

Sentei de novo – nos levantamos enquanto “discutíamos” – e suspirei fundo. Como fazer ela entender?

– Você não entende, Hermione. Eu tenho que fazer isso. Você pode, por favor, ser egoísta nesse momento? Só pense em você! Eu vou ficar bem.

– Não, você não vai! Você não tem proteção ou...

– Você é filha de trouxas! Eu não queria dizer isso alto e claro, mas você é uma vitima fácil! Eu tenho proteção.

– Não, você não tem! Eles vão te matar e...

Peguei minha varinha, levantei a blusa e apontei para meu braço. A merca negra apareceu e ela ficou assustada e parou de dizer o que estava dizendo.

– Eu estou usando um feitiço pra esconder. Eu não queria fazer isso, mas eu precisava. Eu fui praticamente obrigado. Eu vou ter que lutar contra Hogwarts. Eu sei que no final vocês vão ganhar, então tudo acabará bem.

P.O.V. Hermione

Eu não conseguia acreditar. Pensei que era coisa da cabeça do Harry. Olhei para a marca negra e automaticamente comecei a ficar com raiva, mas então lembrei que com a família dele sendo do jeito que é ele não tinha escolha.

– Dói?

– Só quando ele nos chama.

Estremeci com a ideia.

– Você fala com ele?

– Infelizmente.

Passei a mão pela marca negra sem saber bem o que eu estava fazendo. Fiz o contorno com o dedo como se estivesse me acostumando. É como um cachorro cheirado o amigo do dono. Era provavelmente a única parte que eu ainda não conhecia. Quando me dei conta estava chorando.

– Hey, ta tudo bem?

Fiz que sim com a cabeça e limpei as lagrimas. Ele abaixou a camisa e fez o feitiço para esconder.

– Eu vou contar, mas não aqui. Eu não posso ir pra sala precisa porque o caminho pra lá é muito lotado essa hora.

– Me segue.

Comecei a seguir ele e quando me dei conta estávamos naquele dormitório da Sonserina de novo que eu descobri que ela dele. Não tinha ninguém. Fiz questão de ignorar o fato de estarmos lá e comecei:

– Você me contou sobre a ligação na sala precisa, nós brigamos e...

– E...?

– A gente... você sabe...

– E...?

– E o que?

Ele riu e eu fiquei sem entender nada. Qual era a graça?

– Eu sei que isso aconteceu.

– O que?! Como assim?

– É meio obvio, não? Alias, eu já suspeitava desde o começo, mas fui ter certeza ontem. Um dia você está normal. Outro dia eu não me lembro de nada e você enlouquece. O que aconteceu?

– Então porque queria que eu te contasse?

– Eu queria dos detalhes!

– Detalhes? Co-co-mo assim detalhes?

– O que exatamente aconteceu ué... Como foi?

Eu não estava acreditando no que ele estava falando. Ele queria que eu falasse disso com ele?

– Eu não vou te falar detalhes!

– Ninguém mandou apagar minha memória... Ta, não precisa dos detalhes, só fala como foi. Foi bom?

Depois disso eu tive certeza que tinha virando um pimentão. Eu comecei a gaguejar e rir e isso só me deixava mais envergonhada ainda.

– Foi ruim?

– Não! Quer dizer, foi... Foi... Foi normal!

– Normal bom ou normal ruim?

– Draco, para, por favor isso não tem graça.

– Eu não to fazendo de propósito. Eu quero saber.

– Eu não consigo falar disso com você.

Ele me olhou achando estranho e depois fez uma cara de quem entendeu. Ele não estava pensando que eu...

– Você era...?

– Sim! Lógico! Merlin, eu não quero falar sobre isso!

P.O.V. Draco

Eu deveria estar rindo agora ou jogando isso na cara dela, mas eu estava sentindo uma coisa que não fazia parte do meu dicionário: culpa. Eu sei que eu não abusei dela, – pelo menos não que ela tenha me contado – mas eu não me lembrar fazia eu me sentir culpado. Isso faz o menor sentido?

– Sinto muito.

– Sinto muito? Como você sente muito? Eu deveria sentir muito! Eu apaguei sua memória!

– Eu sei, mas... Eu não sei bem o que dizer. Eu não me lembro de nada.

– Foi... Normal.

Não consegui não rir de desespero. Normal? Como assim normal? Ela não sabia o que era normal. Se eu tivesse trocado o nome dela ela diria que foi normal.

– Eu não consigo explicar pra você. Foi bom. Mas é estranho, porque você não lembra e quando eu olho pra você eu penso naquilo e quando você olha pra mim não e eu me sinto meio...

– Você pensa naquilo quando olha pra mim? Bom saber...

Ela riu e foi em direção a porta. Eu tinha duas opções: deixava ela ir ou criava novas lembranças.


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Notas finais do capítulo

Até o proximo



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