Mestiça escrita por Mandy Sunshine


Capítulo 9
Capítulo 9: O inimigo


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítuloo. Não esqueçam de comentar. E leiam as notas finais por favor.



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Depois da inconveniência dele nós brigamos um pouco, mas paramos porque um macaco ficou entre eu e Thommas. Até os animais estavam ficando bravos com as nossas discussões.

Nessa última semana eu aprendi a dominar o ar. Lógico que não foi nada fácil, como o livro descrevia. Só consegui levitar uma folha depois de ter derrubado 4 árvores e ter destruído algumas colmeias. Lembro-me bem disso. Parece que foi ontem. Não só parece como foi.

" - Já que esta cedo de mais para você me levitar sem causar nenhum dano físico ou mental, sugiro que alguém da sua plateia se ofereça como voluntário. - Thommas se referira aos animais, que, pelo que me parece, entenderam o recado, e recuaram um pouco. Pelo visto eles não zelavam apenas pela minha segurança, mas a deles também - Ninguém? Esta bem. Então tente fazer isso com uma folha, se ela não fizer nenhuma objeção é claro. - Debochou - Também tente não derrubar nenhuma árvore. - Gargalhou um pouco.

– Isso foi muito engraçado. Dessa vez até a cobra esta rindo - É. Também haviam cobras na plateia.

Segui todos os passos que o livro instruiu. Esvaziei minha mente. Me imaginei como uma coruja. Levitei a folha lentamente, mas não foi só ela que se moveu. Uma árvore saiu com raiz e tudo da terra e caiu para o lado oposto em que nós estavamos. As abelhas perceberam quem destruiu a sua casa e avançou para cima de mim e de Thommas.

– Ei, eu não fiz isso. Foi ela. - Apontou pra mim, protestando. Mas elas pareceram não ouvir.

– Elas também deveriam me proteger, como os outros animais.

– Nesse caso é diferente. Elas que precisavam ter sido protegidas. De você. Agora vamos para a água, antes que elas nos alcançem!

Corremos rapidamente para o Lago da Bella e fomos para o mais fundo possível. A água era tão transparente que deu para ver quando as abelhas foram embora.

Tom fez sinal de ok e subimos para a superfície da água.

– Parabéns para você! Conseguiu derrubar em menos de 5 segundos o que elas vão demorar um mês pra fazer. - Gritou um Thommas, ainda ofegante.

– Desculpa ok. Você sabe que não foi proposital. Não precisa ser tão arrogante. - Sussurrei. Devo estar vermelha de culpa e vergonha.

– Eu vou embora. Desisto. Não quero mais arriscar minha integridade física por você. É mais fácil te mandar para o outro lado do mundo e desviar os inimigos. - Ele também estava vermelho. De raiva.

– Não vai. Não desiste de mim- Pedi, segurando o seu braço.

– Me dê um motivo para eu não desistir. - Cerrou os olhos.

– Thommas.. Eu preciso de você. - Para me manter viva. Era o que eu gostaria de ter complementado, mas acho que ele iria se enraivecer mais, então deixei por isso mesmo.

– Desculpa Kathy - Ele suspirou - Eu apenas estou nervoso. A cada dia que passa o inimigo esta mais perto. Não sabemos quantos dias ainda tenho para te preparar. Mas saiba que eu nunca vou desistir de você, eu só falei isso da boca pra fora. - Ele me abraçou. Bipolar.

– Quando você fala inimigos a quem se refere?

– Não importa, Katherine - Voltou a ficar sério.

– Então você esta me preparando para a morte e não tenho o direito de saber quem será meu assassino?

– Primeiramente, eu estou te preparando para matar, até porque eu não deixarei que ninguém faça um mínimo arranhão em você. Pois se fizerem eu arrancarei-lhes a cabeça - Engoli em seco. Mais uma inconveniência da parte dele.

– Então me diga quem eu irei matar. Também me diga um motivo justo para eu o fazer. - Me soltei dos braços dele.

– Seu avô. - Raciocinei um pouco até perceber de quem ele falava.

– Nunca nos vimos. - Argumentei - Talvez ele nem saiba da minha existência. Por que ele iria querer me matar?

– Pelo simples fato de você ser mais forte que ele. E também porque até hoje ele não aceita o fato de que você é fruto da causa da traição do seu próprio filho.

– Mas ele é meu avô. Ele não tem nem um pouco pena? - Cerrei as sobrancelhas.

– Bruxos não têm coração. Pelo menos é o que muitos dizem por aí.

– Mas meu pai teve. Tanto que se apaixonou por minha mãe. E se arriscou por nós duas. - Era estranho me referi a pessoas que eu nunca vi na vida como pai e mãe.

– Lembre-se que ele era um jovem que acabara de sair da adolescência. Não entendia muito bem como funcionava o mundo.

– Como você sabe dessas coisas?

– Livros. Minha mãe também comentava sobre isso. - Parecia ter algo mais na sua justificativa que ele insistia em ocultar. Mas é melhor deixar pra lá - O fato é que, você, comparada a ele, não é nada. Se ele te encontrar agora, do jeito que você esta. Sem conseguir levitar uma mísera folha, ele te mataria num piscar de olhos. - Respirou funfo - Em dois, no caso. Já que na primeira piscada eu me atiraria na sua frente.

– Você não cansa de ser incoveniente? - Reclamei.

– O que vem a ser inconveniência para você? - Arqueoou as sobrancelhas.

– Isso. Estamos discutindo algo sério e você vem com essas coisas melosas.

– Não são melosas. É apenas o que eu sinto Katherine. Porque eu quero que quando eu morrer você saiba que eu te.. - Suspirou.

– Que você..

– Que eu te queria viva.

– Isso eu já sei. Você faz questão de dizer isso todos os dias.

– É pra você não se esquecer. - Riu. Descontraindo o clima - Vamos para casa. Já esta quase escurecendo e estamos todos molhados. Não quero que você pegue um resfriado.

Voltamos para casa e descansamos."

Eu não acredito que alguém em sã consciência é capaz de querer matar um parente.

Ele provavelmente não sabe nem meu nome.

Já que ele não tem pena de mim, também não terei pena dele.

Agora vou lutar pela minha sobrevivência. Meu avô vai conhecer a melhor de todas as bruxas com quem ele já lutou.


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Notas finais do capítulo

Estou com uma ideia na cabeça. Espero que vocês gostem.
É assim: Vocês fazem uma pergunta para algum dos personagens e ele responde nas notas finais.
Ex: Sua pergunta: Katherine, você precisa realmente do Thommas?
Resposta dela:Claro. Sem ele algum inimigo já teria me matado.

Até o próximo capítulo.



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