Facção. Dos. Perdedores escrita por jonny gat


Capítulo 11
O samurai e a mulher de farda negra.




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Na região fronteiristica entre Economist e Fantasy há uma espécie de China Town. Porém diferente das China Town que existiam tempos atrás, essa não é uma cidade, é um país independente. É lembrado também que alguns anos antes não fora um país, era uma região socialmente e economicamente nula em que bárbaros podiam viver. Porém após a descoberta de ouro no local começou então uma guerra que não levou a nada entre Fantasy e Economist com a intenção de que quem vencesse seria o dono de toda a riqueza do que seria anos depois uma China Town. Infelizmente não houve vencedor, ambos acabaram ficando falidos de tanto armamento usado para tentar ganhar a guerra. Isso tudo aconteceu em pouco tempo, dois anos. Graças ao falimento do governo o mesmo não tinha mais dinheiro para nada e começou a aumentar os impostos. Obviamente, o povo revoltou-se com razão. E assim aconteceu o ódio supremo que todo cidadão pobretão de Fantasy tem em relação ao seu governo. Essa “China Town”, é conhecida como Barbarians, o país dos amarelos (não só porque se acumulava uma enorme quantia de ouro).

Assim que o sol nasceu (esse que acordara mais cedo do que o normal) a notícia se espalhou por toda Fantasy, a notícia era vista de maneira alegre para os cidadãos de classe baixa de Fantasy diferentemente de como era vista dos cidadãos de classe alta, para eles era um desastre. Para o povo da China Town era visto de maneira tão alegre como a dos cidadãos de classe baixa de Fantasy ou até mesmo melhor. A pessoa que matara o presidente estava feliz, não por ter matado o presidente, mas sim por ter feito seu trabalho.

Era uma mulher qualquer, tirando o fato de ser uma “assassina de aluguel”. Estava ajoelhada tomando seu chá em frente a uma mesa, no outro lado da mesa, havia um homem de roupas ao melhor estilo samurai, quimono preto e um chapéu de andarilho. Casa a fora ouvia uma multidão alegre expressando com seu grito a satisfação de ter sido alguém de suas terras a matar o presidente Sparrow. A mulher, porém, não dava a mínima para a multidão. O que realmente importava para ela era o fato de ter feito perfeitamente seu trabalho. Não havia deixado pistas como haviam ordenado; começou a se perguntar como as pessoas de China Town descobriram, assim que olhou para frente viu a resposta.

– Ian, - Disse em forma de resmungo. -, quantas vezes eu terei de dizer para não espalhar alheiamente meus trabalhos? – Perguntou meio enfurecida.

– Desculpe-me, não agüentei-me dessa vez. Pensei que seria bom para a senhora ter uma multidão gritando seu nome. – Disse Ian, o samurai.

– Que nada, isso só atrapalha meu precioso chá matinal. – Disse a mulher tomando seu chá.

– Desculpe-me, mestra... – Foi interrompido.

– Suas desculpas não vão me abalar. E, além disso, já lhe disse para não me chamar de mestra. – Reclamou.

– Certo Victoria... – Corrigiu-se Ian.

Victoria era uma mulher de cabelos negros, olhos verdes / azuis muitas vezes comparados com a grama/o mar. Era de tamanho regular, vestia uma roupa comum: calças de militar, botas de mesmo e uma regata cor amarela.

– Tenho algum trabalho para hoje? – Perguntou.

– De novo? Você realmente não se cansa... – Disse Ian.

– Os impostos estão subindo... – Comentou Victoria, enquanto desfrutava de seu chá de ervas.

– Sim, a senhora tem. – Respondeu Ian.

– E o que é? – Perguntou novamente Victoria.

– Bem, é uma pessoa de outras terras. E parece não saber que foi a senhora que matou o presidente.

– Prossiga – Pediu Victoria.

– Querem que matemos Xupa Cabrinha. Acham que foi ele que matou o presidente, não a senhora. – Disse Kenshin.

– Xupa Cabrinha? Hunf, esse cara é da pesada, porém, trabalho é trabalho. - Disse Victoria poupando palavras.

– Aliás, deseja saber quem é o cliente?

– Nomes são apenas nomes, não há a necessidade.

– Vai nessa? – Perguntou Ian, estava na cara que queria ir. Fazia tempo que não matava, digo, lutava.

– Não. – Respondeu Victoria. – Vai você. – Ordenou.

– Eu? Por quê? - Ian quase abriu um sorriso. Porém preferiu guardar para depois.

– É um trabalho muito fácil. – E Victoria, então, voltou a beber seu chá.

Em Fantasy a maneira de comemorar era diferente. Os cidadãos de classe baixa sabiam que se pisassem no asfalto da rua seriam oprimidos pela polícia com chumbo grosso.

Xupa, que fora o primeiro á acordar no consultório do Cirurgião Dr. Gepeto, ficou olhando pela janela, esperando que a merda que queria que acontecesse surgisse logo.

Robin acordou e olhou para o lado onde encontrou Frota.

– QUE PORRA É ESSA!??!?!?!?! – Logo após desse grito percebeu que o estuprador estava seminu. Sentiu que estava meio mole então decidiu ficar quieto -...

– Dia. Bom dia. – Disse Xupa com um sorriso cintilante.

– I... Igualmente. – Disse Robin.

– Robin, não é? – Perguntou Xupa, calmo por fora e desesperado por dentro.

– Sim. – Afirmou o assassino.

– Você poderia... Trazer algo pra comer? – Perguntou com ousadia Xupa.

Robin não é do tipo de pessoa que aceita ordens, normalmente é ele que dá as ordens, porém somente por consideração pelo seu líder, Robin saiu para a rua, que estava totalmente vazia. Aliás, Robin também estava com fome.

Xupa sabia que qualquer pessoa na rua seria oprimida pelos guardas. Ainda mais uma figura tão conhecida como “Robin, o assassino”. Assim que pôde atravessar a rua, Robin deu de cara com um militar muito bem armado – ou seja, com uma bela ponto 12, a qual Robin já conhecia bem. Olhou para o rosto do militar e percebeu que não era ele, era ela. Um rosto familiar que havia avistado ontem e via novamente naquela manhã em que o sol nascera mais cedo.

– Oi de novo. – Cumprimentou Ino contendo sua raiva para não rasgar a pele de Robin.

– Ah, a puta de luxo voltou... Que ótimo. – Caçoou Robin, ainda com os olhos pesados.

– Respeito é bom.

– Peito também, mas pena que você não tem. – Caçoou o assassino.

Ino olhou Robin, por alguns segundos, com um olhar assustador.

Ino tentou dar uma banda em Robin, porém o assassino deu um belo salto que resultou numa voadora acertando perfeitamente o rosto de Ino, essa que se chocou com a parede de um prédio que antes estava á menos de 10 metros.

– Olhe pra você... Toda fudida desde ontem... Tem certeza que quer morrer hoje? – Ameaçou Robin.

– Olhe-se no espelho.

Ino ainda sentia a dor que a batalha do dia anterior havia resultado anteriormente. Levantou-se.

A oficial acertou um soco na barriga de Robin e junto a um chute, da mesma, fez da boca do assassino sair sangue. A mulher estava cheia de arranhões e cicatrizes graças á luta contra o mesmo Robin no dia anterior. Esse que estava no momento apertando sua barriga para não “vomitar” sangue novamente.

– Vaca... – Caçoou em forma de resmungo, enquanto cuspia mais e mais sangue.

Ino não estava com a mínima vontade para lutar contra Robin de novo. Isso a levou á carregar a ponto 12 que segurava, a mesma de ontem por sinal. Carregou-a ignorantemente com os olhos fechados. Robin aproveitou a fração de segundo que Ino não estava com os olhos abertos para dar um chute no braço em que ela segurava a tal bazuca, fazendo-a então largar a arma. Ino então começou a encarar Robin com um olhar de “hora da minha vingança” ao melhor estilo Sylvester Stallone possível para uma descendente do grande Chuck Norris. Robin desapareceu e reapareceu atrás de Ino com a pretensão de dar um chute nas costas da mulher. Deu um chute. Porém, esse chute foi incrivelmente defendido por Ino ainda de costas, que, então aproveitou a chance com seu 360º dando um chute no queixo de Robin. Os ferimentos de Robin começaram a se abrir. Comparado ao dia anterior Ino naquele momento estava totalmente limpa. A diferença era enorme. Vestia uma farda negra do Exército do Governo.

– Você sabe que não é páreo para mim. – Disse Ino, menosprezando seu adversário.

Robin olhou para a esquerda, olhou para a direita. Em seus lados só havia uma rua interminavelmente interminável. Pensou um pouco e depois chegou á uma conclusão: Estava tudo terminado para ele. Comparada a luta contra Ino do dia anterior, esta parecia estar acabando muito mais rápido do que a outra. Não havia dúvidas que os ferimentos de Robin atrapalharam sua antes possível vitória. Além disso, Ino não estava com aquela farda no dia anterior.

– Arff. – Suspirou o assassino, – Não agüento mais. Eu perdi. – e enfim concluiu.

– O que!? – Perguntou Ino decepcionada. – Isso é uma pegadinha?

– Não. – Respondeu Robin. – Eu realmente não tenho chance. Estou sangrando por toda parte possível.

– Mênstruo? - Caçoou Ino.

– Bem, se é assim... – Disse enquanto pegava sua arma e mirava para Robin. -... Não hesitarei.

Robin ficou encarando Ino, como se estivesse querendo seduzi-la somente com o olhar. A oficial então ignorou Robin olhando para o lado resmungando um “RUM” bem irritante.

Robin já conseguia ouvir o barulho da pólvora saindo da arma de Ino quando lembrou de uma técnica.

Assim que Ino abriu os olhos a mesma percebera que não acertara Robin, que nem ao menos o assassino estava ali. Ino concluiu que o assassino havia fugido, feito um covarde.

– Sabia que ele não desistiria tão facilmente. – Comentou Ino. – Aonde ele se escondeu...?

– Esconder? Esconder não é uma opção! – Exclamou.

Ino procurou o desgraçado que havia pronunciado as palavras acima, por fim não encontrou. Porém houve um lugar cujo Ino não olhara. E era exatamente neste local onde se encontrava Robin, se concentrando ao máximo. Xupa ainda observava tudo pela janela. De fato, o homem de terno branco era poderoso, porém, não poderia perder a chance de “testar” seus subordinados. Achando a luta uma coisa realmente sem-graça, somente para mostrar a si mesmo que estava achando tudo aquilo um porre, quase caiu no sono.

Robin se concentrava ao máximo, apertava com força dois dedos seus da mesma mão esquerda no centro de sua testa (Makankosappo!?); uma fumaça saia de seus ferimentos, algo nunca visto por pessoa alguma. Xupa assim que percebera qual a técnica que Robin iria utilizar naquele momento sabia que deveria impedir o que Robin estava prestes a fazer.

– SEU OTÁRIO, NÃO USE ESSA MERDA! – Gritou Xupa bem alto, fazendo assim que toda a concentração de Robin fosse para os ares.

Xupa tampou a boca com sua mão direita, pois sabia que poderia ter acordado alguém (o que não queria no momento). Porém ninguém dera o mínimo sinal de vida.

– QUE MERDA! QUEM FOI O MERDINHA!!!??? – Ameaçou Robin com o grito, esse que mostrou claramente a posição de Robin para Ino.

Robin estava praticamente voando.

–Mas... – Ino ficou surpresa.

–MERDA! A PUTA ME DESCOBRIU! – Disse isso, decidiu descer e assim fez.

– O QUE VOCÊ É? – Perguntou Ino.

– Isso não é coisa que vai conseguir perguntando para mim. – Respondeu Robin, parecia já melhor que antes. Seus ferimentos, antes abertos, agora estavam totalmente fechados.

– Você está... Curado. – Disse Ino não acreditando no que presenciava.

– Estou. – Afirmou Robin.

– Você é imortal? – Perguntou Ino.

– Não exatamente. – Respondeu Robin enquanto retirava algo de seu terno negro.

– O que você é afinal? – Perguntou Ino.

– Mulher, digo, puta, só vou dizer uma vez o que sou e é melhor você esquecer o que direi. – Ameaçou indiretamente Robin. – Sou um Hitman.

– Hitman? Acho que já li algo sobre isso. – Comentou Ino.

– Pouco importa. Onde estávamos? – Perguntou Robin, que, por agora estar melhor estava doido para uma revanche.

– Quando eu estava te massacrando. – Respondeu arrogantemente Ino.

– Ah, se é assim agora a história muda. – Disse com um sorriso e partiu para cima de Ino.

– Espero que as coisas melhorem para Robin agora. – Disse Xupa olhando com um enorme “entusiasmo”.

Robin começou bem, pelo menos, com um chute em cheio na perna de Ino, essa que tentou um soco que foi parado pela defesa de Robin, graças a esta mesma defesa os braços ricochetearam para trás. Ino tentou um soco com a mão que sobrara. Robin desviou do soco de Ino e preparou uma forte punhalada com o punho que acabara de ser ricocheteado. Acertou em cheio no rosto de Ino. Essa que caiu para trás.


– Eu não te disse? – Perguntou Robin menosprezando a força da oficial.

– Olha... Eu não consegui essa farda á toa... – Comentou Ino.

– Qualquer um que sobrevive numa batalha contra “Robin, o assassino” não sobrevive á toa. – Provocou. – Você sobreviveu ontem, é forte, tem um ótimo espírito de lutar, justiça, ou seja lá como vocês chamam. Mas eu... Sou melhor.

– Olha, não tenho tempo para perder tempo com você, porque Sparrow morreu. – Disse Ino encarando profundamente o olhar suave de Robin.

Robin ficou surpreso. Não acreditava que o seu alvo, o presidente Sparrow, havia sido morto por outra pessoa. Alguém havia feito seu trabalho.

– Isso é sério? – Perguntou Robin surpreso.

– É. – Afirmou o que disse a pouco Ino. – E eu tenho certeza que foi um daqueles merdinhas que você fugiu junto da delegacia!

– Tanto faz. – Disse Robin ainda surpreso.

– Então, por isso peço para que retorne para o Hospital cujo você acabou de sair. – Ordenou Ino.

– Não. – Discordou o assassino.

– Volte imediatamente, minha vitória ficará para depois. – Ordenou com um pequeno tom de ameaça após esta última vírgula.

– Certo. – Somente por saber que não estava em status para continuar a batalha agora, por causa do cansaço, Robin concordou.

Assim que Robin virou para trás, Xupa viu Ino preparar sua arma, obviamente a oficial estava tentando enganar Robin Wood. E esse que caía direitinho na armação de Ino.

– Morra! – Gritou e então no mesmo segundo puxou o gatilho.

Segundos depois e Ino viu que novamente não acertou Robin, havia acertado um pobre homem de terno branco e com pele de tom negro. Na verdade quem ela acertou era Xupa, que estava salvando a vida de Robin.

– Mas, mas... O QUE ACONTECEU!? – Perguntou Robin.

– Droga, esse viad... – Ino olhou por um tempo o rosto do homem que acabara de atirar. Que sorte eu tenho!

– O-o quê? – Perguntou Robin.

– Esse cara daí. Sabe quem é ele, né? – Indagou Ino empolgada.

– Sim. – Respondeu Robin.

– Então... Foi ele que matou o Sparrow... – Esclareceu-se Ino. – Se eu levar esse cadáver pro Governador...

– Quem matou quem? – Perguntou Xupa que se levantava aos poucos.

– AHHH! O QUE É ISSO? ZUMBI? – De empolgada foi para apavorada a oficial.

– Zumbi é você. Seu dragão. – Caçoou Xupa.

– Como você... Não morreu? E nem ao menos teve seus órgãos voando para os lados... – Disse surpresa Ino.

– Achaste que eu, um homem importante, seria morto por simples pólvora? – Perguntou Xupa.

– Han? – Perguntou Robin e Ino ao mesmo segundo.

– Nada que eu precise ou possa esclarecer á vocês. – Disse Xupa. – Aliás, se eu explicasse suas mentes, que são tão brilhantes como uma pedra comparando com a minha, não entenderiam tanto raciocínio.

– Enfim... Agora que o líder está aqui podemos acabar com essa vadia! – Exclamou Robin empolgado.

Ino não estava mais no lugar de antes. Estava praticamente no outro quarteirão. Quem estava no lugar dela (e também quem a jogou fora dali com um chute) era um homem vestido de samurai e com um chapéu qualquer de andarilho.

– Olá. – Dizia o homem.


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