A Irmã dos Winchester escrita por BlueBlack


Capítulo 6
Briga e Decepção.


Notas iniciais do capítulo

Hey todo mundo, aqui é a Amanda de novo! Como vão vocês seus divos e divas? Bom, em especial queria dedicar esse capitulo a nossa leitora super fofa McQueen.
Beijos enormes. Preparem a pipoca e boa leitura!



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Na manhã seguinte, Kate levantou às 5:30. Normalmente, acordava às 7 ou 8 horas, mas desta vez ela estava ansiosa para sair com seus irmãos e conhecer uma das casas em que eles moraram. Ainda na cama, procurava por seu sono. Queria dormir até mais tarde como seus irmãos, mas sempre foi assim: se acordasse e demorasse a dormir de novo não conseguiria mais. Em meia hora ela levantou, tomou banho e trocou de roupa. Estava carregando sua arma e guardando outras em sua mochila quando Dean se virou na cama e gemeu. Abriu um pouco os olhos e se assustou quando viu Kate o olhando.

– Já está acordada? – perguntou sentando-se.

– Eu que te pergunto. É sempre você que acorda por último. – ela disse. – Você acordando 6:00 da manhã não é normal.

– É... – Dean foi interrompido por um ronco isolado de Sam. Os dois soltaram uma risada. – Isso não é normal.

– O que? Ele não ronca? – ela perguntou fechando sua mochila. – Fala sério, faz tempo que vocês não dormem. Pra mim parece até raro. Durmo me sentindo cheia de culpa.

– Não sinta. – ele se levantou e se esticou. – Fazemos isso há muito mais tempo que você e estamos acostumados. Nosso pai, praticamente, nos obrigava a ficar acordados até 3 ou 4 horas da madrugada e só dormíamos até as 8.

– Que dó de vocês. – a menina disse com ironia.

Dean deu de ombros.

– Vamos acordá-lo? – perguntou já indo até a cama do irmão.

– Não. – ela respondeu e ele logo parou. – Deixa ele dormir mais. Não é porque nós sofremos que ele tem que sofrer também.

– Com a gente não funciona assim, não. – o mais velho disse. – Se um sofre o outro também. – Kate revirou os olhos. – Vou tomar banho. – avisou.

– Cuidado. – Kate brincou entre risos nasais. Passou-se uma hora e meia e Sam ainda dormia. Dean arrumava sua mochila e Kate estava sentada no chão em frente sua cama. – Dean. – chamou encarando Sam.

– O que?

– Tem certeza que ele está bem?

Ele também olhou o irmão.

– Não se preocupa não, maninha. – voltou a arrumar suas coisas. – Ele está... – Sam começou a apertar seu lençol com as unhas e a gemer. – Sammy! – Dean foi para perto do irmão acompanhado de Kate.

– Sam! Sam! Sam, acorda! – ela gritou abaixada perto dele e o sacudindo. Ele abriu os olhos assustado e ofegante. A irmã pôs a mão no ombro do rapaz que a olhou. – Tudo bem? – ele apenas sacudiu a cabeça positivamente e a abraçou forte.

– Que bom que está bem. – ele disse em meio ao abraço.

Kate franziu a testa com a ação do irmão.

– Estou bem, por que não estaria? – ela perguntou se afastando. Dean só observava. Sam se recusou a dizer a verdade.

– Nada. Nada, foi só um pesadelo. – ele olhou para o irmão que entendeu do que se tratava. A menina não reparou muito nisso.

– Está bem, então levante, tome um banho e se troque. – ela disse pegando sua jaqueta e indo até a porta. - Vou buscar comida e então nós seguimos viagem. – saiu. Os irmãos só a olhavam saindo para poderem conversar.

Sam seguiu para o banheiro e molhou o rosto.

– Foi aquele mesmo sonho de antes? – Dean perguntou olhando o mais novo.

– Foi. – ele respondeu se secando. – Cara, eu não aguento mais! Depois que a encontramos achei que fosse parar. O pior é que parece que eu sinto ela sendo esfaqueada. – abaixou a cabeça.

– Pera aí, esfaqueada? Não foi o que me disse da última vez.

– Varia.

– Sammy, me conta de novo como é esse sonho. – Dean pediu.

O irmão respirou fundo, sentou na cama de Kate e começou.

– Eu estou andando no meio da névoa com alguns fachos de luz a minha volta. Escuto o som de lâmina e vejo Zachariah e Kate. Um apontando uma faca para o outro. Às vezes, Zachariah está com uma arma na parte de trás da calça. Castiel chega, mas logo é morto por outro anjo. Tudo fica branco, então eu vejo um garoto ao lado de Kate. Zachariah o levanta e depois o choca contra o chão. Ele faz isso mais três vezes e quando o garoto já está quase desacordado, ela lança a faca contra Zachariah, mas ele desvia. Torce o pescoço do garoto e corta o braço dela. Ele diz “Gosta disso, menina? Ainda têm mais.”. Tudo fica branco de novo, então ela aparece amarrada em uma mesa. Ele a esfaqueia e diz “É melhor você contar agora ou sofre até morrer!”. Ela responde com dificuldade: “Nunca!”. Aí ele começa a torturá-la e ela... – ele não quis dizer.

– Tudo bem...

– Tudo bem? Dean, isso pode realmente acontecer ou coisa pior! Sabemos que Zachariah está atrás dela e não estaremos o tempo todo para observá-la...

– Tipo agora?

Sam se calou.

– Não tem nada bem aqui!

– Voltei! – Kate entrou no quarto. – Não é grande coisa, mas é melhor do que a comida daqui, acreditem. – Sam foi ajudá-la.

– Já veio aqui? – ele perguntou colocando as compras em cima da mesa. – Sabe que caçadores não podem voltar na mesma cidade, né?

– Sei, mas... – derrubou uma lata de Coca, mas logo pegou.

– Que reflexo. – Sam elogiou e ela sorriu.

– Eu sei, mas tinha um caso e eu estava perto daqui, então... – não continuou, pois eles sabiam o resto da fala. Ou melhor, Sam sabia. Dean não estava prestando atenção. Parecia pensativo – Tudo bem, Dean? – perguntou abrindo uma lata de coca-cola.

– Sim. To bem. Trouxe cerveja? – perguntou de longe. Ela soltou uma risada pelo nariz.

– Claro! – pegou a bebida da sacola e jogou pra ele.

– Então, - Sam começou tomando um gole de cerveja – que horas nós vamos?

– Quanto mais rápido melhor. – Dean disse.

– Eu não penso assim. – Kate contrariou. – Mas, admito que estou ansiosa pra conhecer a casa.

– Não se anime. – Dean disse. – Não é grande coisa.

– Não importa. – ela deu uma breve pausa - Você também adora ser estraga prazeres, né? Não posso ficar feliz com nada.

– É claro que está feliz! Invadiu a vida de duas pessoas e a atrapalhou. – Dean retrucou encarando-a.

– Ah, então eu atrapalhei sua vida?

– A minha não. A nossa. – ele respondeu apontando para si e Sam.

– Acha mesmo que eu estou feliz em ser sua irmã. Tenho pena do Sam por ter passado 24 horas sozinho com você. Ele sempre quis ir pra faculdade, ter uma vida normal, só pra não ter que ficar perto de você e aguentar sua vagabundice. – Kate esbravejou. Dean não gostou nada de ter ouvido aquilo.

– VOCÊ É UM PESO PRA NÓS! NUNCA DESEJAMOS TER UMA PIRRALHA PARA CUIDAR. NOSSAS VIDAS JÁ SÃO RUINS E ENTRA UMA MARRETINHA COMO VOCÊ PRA PIORAR? Queria nunca ter te conhecido. – Dean abaixou um pouco o tom de voz na última frase.

Kate o encarava. Seus olhos logo ficaram marejados. Olhou para Sam e depois para Dean. Sam olhava o irmão incrédulo com o que tinha acabado de falar. Dean se arrependeu de ter dito aquilo, pois Kate saiu com passos rápidos do quarto, batendo a porta muito forte. Eles a seguiam com o olhar. Sam se virou para o irmão com a expressão séria.

– Pegou pesado. Não devia ter dito aquilo.

– Foi mal, mas ela me irritou. – disse se sentando.

– Não é a mim que você tem que pedir desculpas. – o mais novo cruzou os braços.

– Vai sonhando que eu vou pedir desculpas pra ela!

– Dean se liga. Até quando vocês dois vão ser assim? Vai chegar uma hora que ela não vai te suportar mais e vai dar no pé.

– Isso não depende só de mim. – Sam riu pelo nariz. – Qual a graça?

– Ela disse a mesma coisa. – Dean revirou os olhos.

– Vamos sair daqui logo. – o mais velho disse se levantando. – Talvez quando chegarmos lá o humor dela mude.

– Duvido. Faça uma boa ação e pega a bolsa dela.

– Eu? – Dean não estava a fim de fazer aquilo.

– Não, a mãe Joana. Pega logo. – Sam respondeu indiferente pegando sua mochila e saindo.

Dean pegou a sua e a da menina. Quando saiu do quarto, viu-a sentada na varanda. Ele a ignorou e seguiu para o carro. Ela por sua vez se levantou, esbarrou seu ombro no dele e ao mesmo tempo pegou sua bolsa. Sam só via a situação ao lado da porta do carro. Kate foi se aproximando do veículo.

– Quer ir na frente? – Sam perguntou irônico enquanto sorria.

– Engraçadinho. – ela respondeu sem nem um mínimo humor no rosto. Abriu a porta do banco de trás, jogou sua mochila, mas quando foi entrar bateu a cabeça. – Aí! – gemeu não muito alto. Acabou de entrar e pôde ver Dean sorrindo. – Qual a graça, idiota? – ele não respondeu.

Cinco horas de viagem e os três não trocaram uma palavra. Só ficaram ouvindo AC/DC. Até que Sam não agüentou mais.

– Aaaah, chega! – ele gritou desligando o som.

– Por que fez isso? – Dean perguntou.

– Por que eu não agüento mais ficar ouvindo esse BARULHO. – o mais novo respondeu dando ênfase na palavra.

– Não é barulho, Sammy. É música.

Sam revirou os olhos. Percebeu que o banco de trás, apesar de ocupado, estava silencioso.

– O que acha, Kate? – perguntou.

Dean entendeu a ação do irmão e olhou pelo retrovisor. Viu a menina com a cabeça encostada e os olhos mirados na janela, mas ao mesmo tempo, perdidos. Também tentou arrancar uma fala dela.

– Estão com fome? – ela não respondeu.

– Eu estou. – Sam anunciou.

O mais velho parou em um estacionamento e todos desceram do carro. Seguiram para a entrada do estabelecimento. Kate parou no meio do caminho ao reparar uma pequena casa ao lado da lanchonete. Achou ter visto alguém. Logo, ela se lembrou do que tinha acontecido com seu irmão. Segurou suas lágrimas para que não a enchessem de perguntas. Sam viu que ela tinha parado e foi até ela.

– Tudo bem, Kate? – perguntou pondo a mão em um de seus ombros.

Ela se virou para ele e balançou a cabeça rapidamente. Olhou de novo para a casa e continuou andando.

Se sentaram (Sam no canto, Kate na ponta e Dean de frente para eles) e uma moça baixa e ruiva se aproximou com um caderno e um lápis na mão.

– O que vão querer? – ela perguntou.

– Ahn... uma cerveja e um x-bacon. – Dean respondeu.

– Um café puro. – Sam respondeu.

Esperaram Kate dizer o que queria também, mas ela não disse. Estava brincando com um saquinho de canudo com a cabeça apoiada na mão.

– Não vai querer nada, mocinha? – a garçonete perguntou gentil. Ela apenas balançou a cabeça negativamente. Assim, a ruiva voltou para trás do balcão.

– Tem certeza de que não vai querer comer nada, pequena? – Sam perguntou.

Kate assentiu com a cabeça.

– Tem mesmo? Não vamos... – Dean não pôde continuar falando.

– TENHO! E vê se para de me encher! – ela respondeu fria. Se levantou e saiu do local.

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Kate saiu dali e foi para o carro. Tudo que ela queria era ficar sozinha. Entrou no Impala e se sentou. Encostou a cabeça no vidro e pensou. Pensou em tudo. Desde a morte de seu irmão até aquele momento. Uma lágrima escorreu. Odiava brigar com Dean, mas às vezes ele a tirava do sério. Ela achava que sua vida não poderia ficar pior. Começou a se perguntar: “Por que tudo isso está acontecendo comigo?”. “Por que meu pai me deixou?”. “Por que meu irmão morreu?”. ''Por que Zachariah está atrás de mim?”. Sentiu uma presença ao seu lado, mas não se moveu. Era um sentimento de uma presença boa. Castiel.

– Não chora. – disse o anjo passando o dedo no rosto da garota.

– Se soubesse o motivo de eu estar chorando...

– Eu sei...

– Não, não sabe! – ela disse rapidamente. – Minha vida está um inferno!

– Você não sabe como é lá. – o anjo se virou para frente. – Pergunte ao Dean...

– Dean? – ela disse, agora olhando para Castiel. – Ele não quer nem saber de mim. E eu não sabia que ele tinha ido para o inferno.

– Ele foi. – Castiel disse.

– Não vou perguntar à ele. Não vou falar nada com ele. Nunca mais. Ele não se importa comigo eu não me importo com ele.

– E tudo o que vocês passaram nos últimos meses? Um defendendo o outro. Os dois querendo defender Sam. – ela não disse nada, só o encarou. Derramou mais lágrimas e virou o rosto para o outro lado. – Eu sei sobre seu irmão. – revelou

– O que...

– Sei sobre Adam e o que aconteceu com ele. Sinto muito.

– Você ainda diz que minha vida não é ruim? Estou o tempo todo ajudando eles – apontou com o queixo para seus irmãos. - e o que eu recebo em troca?

– Tudo vai ficar bem. – ele tentou tranqüilizá-la.

Continuaram conversando até que alguém abriu a porta do carro.

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– Ela passa horas sem falar nada e quando fala diz isso? – Dean perguntou um tanto irônico.

– Dá um desconto. Você a irritou. – o mais velho revirou os olhos. – Por que não vai falar com ela? - Sam sugeriu.

– Porque ela não quer falar comigo. E o Castiel já está fazendo isso por mim. – Dean respondeu olhando para o carro.

– Não foi o Castiel que gritou com ela.

O loiro hesitou em ir, mas cedeu. Andando até o carro, ele evitou olhar para o interior dele para impedir que Kate saísse de lá. Sabia que seu irmão não pararia de enchê-lo enquanto eles não fizessem as “pazes”. Abriu a porta do banco traseiro e se abaixou dizendo:

– Castiel você pode... – ia pedir para que ele saísse, mas o anjo se antecipou. – sair. – finalizou suspirando e se sentando.

Kate ficou virada para frente, para não ter que olhar Dean, enquanto esse procurava um assunto.

– Você está bem? - ele perguntou de cabeça baixa.

– Pra que quer saber? - ela disse fria.

– Porque eu sou seu irmão.

– Isso não significa nada.

– Qual é, Kate? - ele disse chamando a atenção dela. - Por que você insiste em brigar comigo?

''Porque eu sinto falta do meu irmão e é isso que a gente fazia o tempo todo''. - ela pensou

– Dean, chama logo o Sam pra gente continuar a viagem. - ela disse impaciente.

– Olha, eu...

– Vai logo. - ela disse calma. - Não quero gritar com você de novo... - assim ele foi.

Ele entrou na lanchonete e tocou o ombro do irmão.

– E aí? Deu certo? - ele perguntou.

O mais velho suspirou

– Vem logo pro carro.

Eles pararam no meio do caminho para o carro por causa de Castiel.

– Vocês tem que sair daqui. - fez uma breve pausa – Vocês não, ela especificamente – olhou para Kate. - Sigam viagem para onde vocês estavam indo. Quando chegarem ponham proteção nela, contra bruxas, demônios e... anjos.

– Por quê? - Dean perguntou sério.

– Façam o que eu disse! - mandou e sumiu. Entraram no carro e Kate logo se pronunciou.

– O que Castiel queria? - se entreolharam.

– Me perguntar sobre uma gostosa que ele possa pegar. - Dean respondeu.

Ela revirou os olhos em sinal de que não tinha acreditado na resposta. E continuaram a viagem... Em silêncio...


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Notas finais do capítulo

O que acham? Será que esses dois marrentos ainda tem concerto?
Beijos e até mais, meus amores.