A Irmã dos Winchester escrita por BlueBlack


Capítulo 31
A Irmã; Preciso de ajuda!


Notas iniciais do capítulo

Heey! Cheguei com mais um cap. pra vocês!
Ia postar ontem, mas eu tive alguns problemas pra copiar e colar o cap. e tive que consertá-los. Porém, quando cliquei em "Postar capítulo" ele deu erro e eu perdi a paciência que, aprendam, eu pouco já tenho! Mas, ok! Está aqui e espero que gostem!
Quero agradecer e dedicar o cap. à Grimes Winchester e Lucas Goulart por terem favoritado a fic! Obrigadaaaaa! :*

Boa Leitura! ;)



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– Oh! - o anjo se levantou e parou de costas para Kate. - É, bom... Tem uma coisa que eu preciso te contar... eu só estava esperando o momento certo.

– O que é? - perguntou, o tom um pouco ameaçador.

– Bom, a... menina que você viu, Kate... Você não a viu por acaso.

– Ela tem alguma ligação comigo?

– Por que acha isso? - se virou.

– Ora, me dê outro motivo para eu tê-la visto, então! - se sentou na cama e cruzou os braços e pernas.

– O que você acha que ela é?

– Eu sei lá! Eu... Aquele sonho era muito confuso! Primeiro eu vi a mim mesma, depois vi os meninos, e uma garota desconhecida!

– Com quem ela estava?

– Uma mulher e... o John. Olha, será que dá pra você parar de me enrolar e explicar?

Anna suspirou.

– O nome dela é Jane Ryan. Mora em Sioux Falls com a mãe adotiva; foi deixada em um orfanato pelo pai há sete anos depois da morte da mãe biológica...

– Sete anos? Mas foi na mesma época em que minha mãe morreu e John me largou com o Adam! - franziu a testa.

O anjo balançou a cabeça.

– Exatamente.

Kate a fitou por um tempo tentando entender.

– Wow, wow, wow! Pera aí, Anna! - se levantou mexendo os braços, piscando várias vezes. - Tá dizendo que aquela garota é... Minha irmã? - a outra assentiu com a cabeça e a menina riu fraco e sem humor, desviando os olhos para o chão.

– Jane é dez meses mais nova que você e não sabe de nada do que está acontecendo. - Kate se sentou passando as mãos nos cabelos, analisando tudo.

– Tá, mas... Eu tinha dez anos quando fui para o orfanato, por que não me lembro dela?

– A sua memória junto com a de Adam e Jane foram apagadas e alteradas... - a menina olhou assustado para o anjo. - Nada muito grande!

– Quem as alterou?

– Não acho que tenha sido alguém.

– Como assim?

– Kate, você estava segurando a Pedra quando teve o sonho. Eu também estava quando tive a visão, então...

– Tá dizendo que aquele troço tem vida?

– Não exatamente. Só acho que ela pode se comunicar com a gente, mas por sonhos. Veja bem, eu ouvi uma voz feminina na visão. Foi ela quem me disse sobre o sac... o sangue.

– Eu vou conhecê-la? Digo, Jane tem algum envolvimento com a Pedra e tudo mais?

– Não sei. Mas acho que existe um motivo pra você ter visto a garota. Acho que se você não tivesse me perguntado sobre ela, eu não te contaria.

– Você disse que estava esperando o momento certo!

– Sim, mas... Olha, mudou alguma coisa? Se Jane não sabe de nada ela não vai sentir sua falta ou de Adam e não vai poder vir atrás de vocês.

– E se ela tiver alguma premonição? Como eu e você acabamos de ter!

– Mas nós estávamos com a Pedra!

– E desde quando isso faz diferença?

– Kate, pensa bem, nada nem ninguém nos liga a ela, não depois que sua memória foi apagada! - pausou. - Afinal, por que te interessa? São pouquíssimas as chances de vocês duas se encontrarem! E ela não pode fazer nada contra pessoas do seu tipo. Sam, Dean e Adam não sabem de nada, então...

A menina pensou um pouco.

– Mas e o Castiel? - se exaltou já se atropelando em mais palavras.

– Kate, Kate! Se acalma, ok? Duvido muito que ele saiba de alguma coisa também!

– Ora, se ele sabia sobre mim e meus poderes...!

Anna balançou a cabeça negativamente, comprimindo os lábios.

– Não... Eu teria percebido pelas ações dele com você se ele estivesse escondendo alguma coisa.

– Ações dele comigo...? Como assim?

O anjo suspirou, frustrado.

– O Castiel... Bom,... fica desconfortável quando discute com você. Já tive vários encontros com ele para falarmos de você e eu percebi que... ele reage de uma maneira estranha quando tocamos no seu nome...

– Ah, tá bom, Anna, já pode parar. - a interrompeu mexendo os braços. A outra sorriu quase rindo. - Não tem graça, tá? - ela protestou, mas sorrindo de leve também. - Vamos voltar à Jane... Ahn... Você já a viu?

– Sim, várias vezes! Vocês duas nasceram no mesmo ano e eu estava atrás de você desde então. Depois que você e Adam foram para um orfanato e ela para outro, eu comecei a focar mais em você, só que a observando ainda.

– E como ela é? - perguntou com um certo brilho nos olhos.

– Jane é como um adolescente comum. Pretende fazer faculdade de Direito e...

– Igual ao Sammy! - Kate murmurou sorrindo.

– Ela está morando com a mãe adotiva e elas não têm contato com John.

– Mas sabem dele?

– Sabem. A mulher ainda tenta falar com ele, mas uma hora ela cansa.

A menina balançou a cabeça e suspirou pesadamente.

– Bom, então... - ela começou. - Acho que agora que sabemos como tirar os poderes da Pedra, podemos adiar um pouquinho o "grande dia" e... Focar na sua decoração.

– Sabe no que eu estava pensando?

– Procurar um vestido branco como o do sonho?

Anna assentiu e as duas riram.

*

10 horas depois...

Sam, Dean e Adam foram dormir duas horas depois que chegaram do encontro com Kate. Discutiram um pouco sobre o ocorrido e foram pra cama.

Dean estava acordado, mas ainda deitado e não tinha coragem de levantar, pois sabia que só teria mais dor de cabeça. Realmente não conseguia ver uma saída desta vez. Se Kate queria aquilo, eles teriam que lutar contra ela e nunca pensaram que isso fosse preciso algum dia. Se voltar desta maneira contra a própria família; machucá-la; feri-la só para impedir que faça o que queira... Não estava em seus planos. Dean queria trocar de lugar com a irmã, pois sabia que ela mesma se machucaria depois, com os planos de Anna e ao ver o estrago que tinha feito. Mesmo querendo machucar apenas os monstros, machucar humanos era inevitável! Kate poderia perder o controle da situação ou dos próprios poderes e atrair mais perigo. Anjos e demônios ainda eram um obstáculo para ela. Um exército muito grande de anjos, além de Zachariah e os capangas dele, podem se sentir ameaçados e feri-la. Com a Pedra ou sem ela, os anjos ainda são mais fortes que Kate (nem que seja só um pouco) e Dean se perguntou se ela tinha alguma noção disso, ou estava mais preocupada com o poder do que com as consequências disso tudo.

Se sentou na cama e passou a mão pelo rosto, suspirando pesadamente. Olhou no relógio e ele marcava 10h10min. Um despertador tocou ao lado da cama de Sam e Dean se assustou. Revirou os olhos e encarou o irmão se remexer na cama.

– Posso saber por que o Alce colocou o despertador pra tocar? - perguntou ainda sério.

Sam gemeu e se sentou na cama com os pés para fora.

– E eu posso saber por que está me chamando assim?

– Só tô tentando amenizar o clima.

– Tá... - passou as mãos no cabelo, aparentemente irritado. - Eu sabia que acordaria tarde hoje, então coloquei o despertador.

– E por que você queria acordar mais cedo?

Sam olhou pra ele impaciente e se levantou.

– Vou procurar mais sobre a Kate.

– Procurar o que?

– Lugares abandonados. Se não conseguimos impedi-la com a conversa na cabana, vamos pegá-la no ato. - foi para o banheiro.

Dean ficou olhando para o nada, pensando.

– Wow, wow, wow! Calma aí! - Sam parou na porta. - Como assim "pegá-la no ato"?

– Vamos impedi-la de fazer a transferência.

– Tá, mas como?

Analisou o irmão antes de responder, mas ainda assim disse:

– Não sei. - e entrou no banheiro.

(...)

Poucas horas depois, os três estavam procurando locais abandonados na cidade, ou seja, estavam enfurnados no quarto de hotel.

– Ei, - Adam disse olhando o computador. - tem uma casa denominada "assombrada" aqui. Acham que elas a usariam?

– Acho difícil. - Sam respondeu. - Elas provavelmente estarão num lugar mais espaçoso. Vai saber o que é preciso para usar a Pedra!

– É, - Dean disse segurando um jornal. - mas se não for muita coisa, um simples salão de festa basta.

– Olha, já faz muito tempo que elas estão se preparando. - Adam disse. - Acho que escolheram um lugar bem discreto!

– Além de terem colocado proteção. - Sam completou.

– Contra quem? Só se for para impedir que Castiel entre.

– Ora, é óbvio! - Dean disse. - Qualquer criatura que não seja humana é uma ameaça para elas. Vão tentar evitar ao máximo que alguma coisa entre lá!

– Bom, então está mais fácil! Temos que achar um lugar afastado, abandonado e pintado!

– E se elas escolheram um lugar na floresta? - Sam considerou. - Como fizeram com a cabana.

– Talvez sim, talvez não. - Dean disse. - Se elas ainda não escolheram um lugar, não vão escolher um na floresta! Encontramos elas uma vez, acho que uma floresta é a mais improvável.

– Pois é, e, aliás, de onde elas estavam vindo quando foram para a cabana ontem? - Adam questionou. - Temos que ir devagar com essa busca e pensar como elas. Montaram uma cabana na floresta e estão vivendo lá. Quais são as chances de terem escolhido um lugar no meio da mata quando podem se confundir onde fica o que? E eu duvido muito que tenham montado os dois na mesma área! - recomeçou a digitar.

– É, eu também. - Sam disse olhando pra baixo. - Mas o pior é que se tiverem escolhido um lugar muito escondido, isso torna as coisas mais complicadas, pois com certeza elas vão passar mais tempo fora da cabana com medo de aparecermos lá outra vez.

– Ah, eu preciso de aspirina! - Dean disse entre um suspiro passando a mão pelo rosto. - Cadê o Castiel quando as coisas se complicam? - reclamou.

– Vamos chamar ele?

– Vá em frente. - disse balançando a mão.

Sam jogou a cabeça para trás e fechou os olhos, suspirando pelo cansaço.

– Castiel! Traga aspirina! - disse alto. Olhou ao redor e os outros também.

– É um belo lugar. - o anjo apareceu olhando para o computador, atrás de Adam. O garoto se exaltou e cerrou os dentes com o susto.

– Cara, você precisa fazer isso?! - reclamou.

– Trouxe os remédios? - Dean perguntou e ele jogou um frasco. - Hum... anjinho moderno você, hein?!

– O que estão fazendo? - Castiel ignorou o comentário.

– O Sam teve a ideia de parar de ir atrás da Kate e procurar o lugar onde elas farão a coisa toda.

– Bem pensado!

– É, mas tá difícil! Diz aí, onde você acha que elas podem estar?

– Num lugar amplo. Bom, ninguém sabe o que é preciso fazer para tirar os poderes da Pedra, então vão usar um pouco de tudo.

– Pois é, já pensamos nisso. - Adam disse. - Um lugar afastado, abandonado e pintado.

– Pintado?

– É. - Sam respondeu. - Achamos que elas vão colocar proteção no lugar, inclusive contra você.

– Mas se colocarem proteção contra anjos, nem a Anna pode entrar.

Ficaram em silêncio.

– Tem razão. - Dean disse. - *Grrr! Por que eu não virei sorveteiro?!

– O que? - Sam riu pelo nariz.

Uma música de rock começou a tocar e Dean tirou o celular do bolso. Arregalou os olhos para a tela sem falar nada.

– Dean, quem é? - Sam perguntou.

– A Kate. - murmurou e atendeu.

– Dean? Dean, está me ouvindo?

– Tô... - disse ainda baixo. - Oi, Kate. - aumentou o tom.

– Põe no viva voz, quero que todos vocês escutem. - ela falava com a voz trêmula e isso assustou um pouco o loiro.

– Pronto. - disse ao fazer.

– Escutem, eu... preciso que venham à um depósito. – franziram a testa.

– O que? - Adam questionou. - Pra que?

– Só escutem, eu não tenho muito tempo. Anna não sabe que eu estou ligando.

– Kate, o que aconteceu? - Dean perguntou preocupado.

– Eu não quero mais fazer isso, Dean. Você estava certo, tinha razão sobre tudo que disse. - pausou. - A transferência vai ser feita em um depósito no fim da cidade. Por favor, me ajudem. Estou com medo de dizer à Anna que desisto disso tudo e ela me machucar.

– T-tudo bem, Kate. - o loiro falava rápido. - Quando vai ser?

– À noite. No começo da noite, acredito. - respirava rápido. - É importante que cheguem em cima da hora, pois Anna tem muitas armas contra vocês, inclusive contra você, Castiel. Tenho que ir... - e desligou.

– Kate? Kate!

– Que foi? - Castiel perguntou olhando para o celular.

– Ela desligou.

– Acha mesmo que Anna está forçando-a a fazer isso? - Adam questionou.

– Ora, ela não ia mentir, ia?

Sam riu sem humor e passou a mão na testa, virando de costas para eles.

– Do que tá rindo?

– Da situação. - andou um pouco e se virou de novo. Os outros franziam a testa. - Qual é? Só eu achei isso estranho? Numa noite ela joga o Castiel contra uma parede e depois vem pedir ajuda? Simplesmente assim?

– O que tem de estranho? Ela não pode se arrepender?

– Não desta maneira!

– O Dean deu uma bela lição de moral ontem! - Adam disse.

– Tá, mas isso não justifica. Kate tinha algum motivo pra se afastar de nós na noite do caso dos bruxos.

– Sam, ela estava bêbada! - o loiro contrariou impaciente.

– E daí?

– Kate também não tinha condições para usar os poderes contra Anna naquela noite, se é o que está pensando. - Castiel disse. - Lembra, aquela poção só duraria dois dias e ainda disse ao Adam que não era muito forte.

– Ok, então o que eu estou falando é baboseira...?

– Pode até ser considerado, mas...

– É! - Dean disse mais alto. - É uma grande baboseira isso que você tá falando!

– Dean... - Adam começou.

– Adam, não! Nós vamos sim naquele depósito e vamos trazer a Kate de volta!

– Você estava lá! - Sam apontava. - Você viu no que a Kate se transformou. - suspirou. - Eu olhei nos olhos dela, Dean, pra saber se ela estava falando sério sobre tudo e sabe o que eu vi? Raiva. Os olhos dela estavam brilhando de raiva pela possibilidade de tudo dar errado pro lado dela e prazer por jogar na nossa cara que ela não é mais a garotinha de dezesseis anos que salvamos de um tiro no ombro! - os dois se encaravam e estavam prontos para se atracarem a qualquer minuto. - Sei que gosta dela, Dean. Todos nós gostamos, somos uma família. Vocês dois tem uma ligação muito forte um com o outro e eu até posso entender. Sempre fiquei quieto. Mas depois do que eu vi e ouvi naquela floresta, não posso mais ser tão "coração mole", - fez aspas. - como você já disse. Ela tem capacidade para nos matar e não vou deixar isso acontecer com você.

– Você não tem certeza de nada disso, Sammy. - Adam disse, os dois ainda se encarando. - E se ela estiver mesmo precisando de ajuda...?

– Nós vamos. - respondeu desviando o olhar do irmão. - Mas vamos armados. - disse convicto mexendo a cabeça.

*

– À noite. No começo da noite, acredito. - respirava rápido. - Tenho que ir... - e desligou. Kate se virou sorrindo para Anna.

– Garota, você merece um prêmio de Melhor Atriz! - o anjo sorria também.


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Notas finais do capítulo

Bom, não sei se vocês ficaram confusos com a história da Jane e tal, mas eu acho que não, pois pela memória deles ter sido apagada nada interfere... De qualquer forma, qualquer dúvida me digam!

Bjs!

Ps.: Comentem, please?



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