A Irmã dos Winchester escrita por BlueBlack
Notas iniciais do capítulo
Hey, povo!!
Obrigada à quem comentou. Eu adorei ler.
Boa Leitura.
10:00 da manhã...
Kate acordou e levou susto quando viu preto. Só quando olhou para o lado percebeu que estava no banco de trás do Impala. “Não acredito que me tiraram de lá!”, pensou. Sentou e olhou para frente. Sam estava dormindo no banco do passageiro... de boca aberta. Ela não viu Dean em lugar algum. Pelo o que ela conseguia ver, ele não estava no carro nem na recepção do hospital. Começou a sair devagar do Impala tentando não acordar o irmão. Depois de sair, pegou as muletas que estavam no chão do carro.
O estacionamento era bem extenso, sendo assim longe da entrada do hospital. Kate atravessava o local quando ouviu alguma coisa atrás de si. Virou-se rapidamente e deu de cara com seu anjo preferido.
– Castiel! – ela o surpreendeu com um abraço apertado (largando as muletas) que ele logo retribuiu.
– Qual o motivo do abraço?
Ela se afastou, sorrindo e se apoiando no ombro dele.
– Ah, sei lá! Só to feliz em te ver. E um abraço é tudo que eu preciso agora...
O anjo se abaixou e pegou as muletas dela.
– Como está o seu irmão?
– Na minha opinião? Péssimo! A enfermeira disse que ele precisará ser suturado...
– O que houve?
– Uma faca. Eu enfiei uma faca no braço dele enquanto ele estava possuído.
– Não, não é isso. Sinto que você não está nada bem diante dessa situação.
– Ora, Castiel! É claro que não estou! Meu irmão será su-tu-ra-do! Disseram que era arriscado.
– Kate... – ele chegou mais perto dela. – Por que se sente culpada por tudo isso?
– Porque a culpa é minha!
– Não é! – ele disse rapidamente.
– Eu fui idiota! Usei a telecinese...
– Mais um motivo pra dizer que a culpa não foi sua. Você mal tinha treinado, está fraca pra fazer coisas grandes em relação a isso. O que acha de irmos treinar hoje?
– Não. Eu não vou à lugar algum enquanto o Adam estiver assim. Só faço alguma coisa diferente de vir para o hospital quando ele sair daqui.
– Acredite, vai ser bom. Você pode parar de pensar nesses problemas por um tempo e... – ele se interrompeu.
– E?
– Kate, aquela hora na cabana em que eu disse que o seu sequestro tinha valido à pena e você concordou, o que quis dizer?
– Acho que você sabe...
– Descobriu sobre a bruxa?
– Sobre a bruxa? – ela riu pelo nariz.– Castiel, eu descobri muito mais que isso!
– A Pedra?
Ela assentiu.
– O que você descobriu?
Ela abriu a boca pra falar, mas desistiu.
– Depois eu te conto... – sorriu maliciosa e seguiu para a entrada do hospital.
O anjo ficou parado lá olhando ela se afastar.
Kate entrou no local e olhou ao redor. Praticamente vazio. Só havia alguns enfermeiros passando pelo corredor, a recepcionista mexia no computador e... Dean dormia em uma das cadeiras.
A garota sentou ao seu lado e chegou perto do ouvido dele, assoprando um “Bu”. Ele acordou balançando os braços freneticamente. Se virou para ela, bufou e passou a mão no rosto.
– Cara, temos que parar de fazer isso um com o outro. – disse.
Ela sorriu, mas logo voltou a ficar séria.
– Disseram alguma coisa?
– Não. Ele continua na mesma.
Ela encostou-se à cadeira, frustrada.
– E se Castiel nos ajudasse? – o mais velho perguntou.
A menina logo olhou para trás esperando ver o anjo no mesmo lugar onde ele estava. Ela o chamou baixinho e ele apareceu sentado ao lado dela.
– Castiel, pode ajudar o Adam? – ela mais pediu do que perguntou com olhos tristes.
– Não sei. Como ele está? – perguntou.
– Vem comigo! – ela disse indo em direção ao quarto do irmão mais velho com Dean os seguindo.
No quarto...
– E aí? – Kate perguntou depois de um tempo que o anjo examinava Adam.
– Eu... – ele se afastou. – Desculpe, Kate. Não posso curá-lo.
Os olho dela arderam, mas ela não chegou a chorar como da última vez.
– Tem certeza? – Dean perguntou. – Nem diminuir um pouco a profundidade?
– Poder eu posso, mas... é arriscado.
– TODAS AS FORMAS SÃO! – a menina berrou assustando-os. Ela apoiou o cotovelo direito na outra mão e abaixou a cabeça. – Desculpa, foi sem querer. Tudo bem, Castiel.
*
Sam dormia no carro sem sonhar. Lúcifer apareceu do seu lado e o cutucou.
– Ei! Acorda, Sam!
Ele, ao contrário do irmão, foi abrindo os olhos devagar. Olhou para o lado para ver quem o chamava.
– Seu idiota! Por que fez isso? – repreendeu.
– Hum... que falta de senso de humor! Tudo por causa do seu irmãozinho?
– Cala a boca e me deixa dormir!
– Sabe Sammy, andei revendo os fatos ocorridos e lembrei de que eu estava na cabana quando a Kate foi torturada e me lembro muito bem de certos assuntos discutidos.
– Odeio quando você fala desse jeito!
– Não quer saber o que eu descobri?
– Que se dane o que você descobriu! Você nunca fala coisa com coisa mesmo!
– Você não achou isso quando eu contei onde Kate estava...
O rapaz, já perdendo a paciência, gritou:
– Diz logo o que é, seu imbecil, e me deixa em paz!
– Ta bem! – disse, ridiculamente, empolgado. – Bom, começou assim: - foi interrompido por um gemido de Sam. – Depois que a sua querida irmãzinha foi capturada, ela tentou fugir, mas não conseguiu e o meu filho que estava possuindo o seu irmão a drogou. Quando ela acordou, ele disse que a torturaria se ela não contasse onde estava. Ela preferiu...
– Pera aí! Onde estava o que?
– Calma, seu chato! Vai estragar a graça! Continuando: Ela preferiu mentir e dizer que não sabia, mas como meus filhos são bonzinhos – o rapaz revirou os olhos. – ele decidiu contar a história da bruxa.
– Bruxa? Então, ele queria que ela contasse onde uma bruxa estava? – perguntou indignado.
– Não, seu tolo!
– Então o que?! – gritou enfurecido.
– Só por causa da sua falta de educação comigo, eu não te conto!
– Desgraçado! Por que está aqui?
– Nada, não. Só queria te lembrar que sua irmã não está no banco de trás... – disse isso e sumiu.
Sam olhou para trás depressa, na esperança de constatar que ele estava mentindo, mas se decepcionou. Saiu do carro e correu para o hospital.
*
Dean, Kate e Castiel ficaram em silêncio. Pouco depois, Adam gemeu. A menina foi para perto dele e o encarou.
– Adam?
O garoto moveu a cabeça devagar e murmurou alguma coisa.
– Dean, chame o médico! – ela pediu e ele foi.
– Ele vai ficar bem. - Castiel disse abraçando a menina de lado.
Ela sorriu.
Minutos depois, Dean ainda não tinha voltado com o médico e Kate continuava ao lado do irmão.
– Kate... – Adam murmurou com a voz fraca. Ele tentava abrir os olhos, mas não conseguia.
A menina pegou a mão dele.
– Eu tô aqui. – sussurrou.
– Kate! – Sam entrou no quarto. Sentiu alívio ao ver a irmã ali.
Ela se virou para ele.
– Dormiu bem? – ela perguntou, irônica, sorrindo.
Nessa hora, Dean entrou acompanhado do médico.
– O que houve? – o homem perguntou já indo em direção à cama do garoto.
A menina explicou o que tinha acontecido e fez mais algumas perguntas, respondidas, sem muita certeza, pelo médico.
– Tudo bem. Nós vamos preparar tudo para a operação dele.
– Wow, Wow, wow, pera aí! Operação? Ele não ia ser suturado?
– Seu irmão pode te explicar. Eu vou chamar a enfermeira para me ajudar e preciso que vocês esperem lá fora. – ele disse.
– Certo. – ela agradeceu e o homem saiu.
Ela se virou para Dean.
– O que aconteceu, Dean? O que aconteceu enquanto eu dormia?
– O... o médico veio olhar o Adam mais cedo e disse que, de alguma forma, a ferida se aprofundou mais.
Ela respirou fundo.
– Ou seja, se tornou mais sério ainda.
– Olha, eu só não te contei por que...
– Tudo bem, eu sei por que.
Sam se pôs na frente de todos e disse:
– Kate, nós... quero dizer, você precisa esclarecer umas coisas pra gente. – ela fez sinal para que ele continuasse. – Você ficou um tempo com o demônio naquela cabana. Um tempo em que vocês conversaram muita coisa, eu acho.
– Sam, para de dar voltas e diz logo o que você quer saber!
– A história da bruxa. O que ela diz?
Kate se assustou com a pergunta. Castiel a fuzilou com o olhar, junto com os Winchester.
– Parem de me olhar assim! Vai ser melhor eu contar isso quando o Adam acordar. Assim todos ficam sabendo e eu não vou precisar repetir.
– Então, a história não fala de bruxa.
– Ai, Sam! Não enche! Vamos... – ela foi interrompida pela porta sendo aberta.
– Vamos lá pessoal, preciso que saiam. – o médico disse.
A enfermeira passou por eles e foi mexendo na cama de Adam.
– Ahn... senhor. – a menina chamou pelo médico. – Onde vai ser a operação?
Ele explicou onde era e disse que ela podia acompanhá-los até lá, mas que teria de esperar do lado de fora.
Depois que seu irmão entrou naquela sala, o coração de Kate se apertou. Castiel a abraçou de lado e Dean também, Sam, apoiando o queixo na cabeça dela, a abraçou por trás.
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É isso...