A Irmã dos Winchester escrita por BlueBlack


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Hey todo mundo, espero que gostem da nossa história, fizemos com muito carinho e algumas piadas para vocês ; ).Boa leitura!



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Havia a família Smith. Nessa família havia uma garota chamada Kate. Kate era uma menina esperta, corajosa e de cabelos longos e escuros. Ela nunca se sentiu confortável naquela família, se sentia... uma estranha. Num certo dia, descobriu ser filha de John Winchester junto com seu irmão Adam e que o destino deles era serem caçadores de coisas sobrenaturais. Passado 3 anos, Kate estava com 16 anos e seu irmão com 19. A morena caçava com seu irmão dia-a-dia, mas ocultamente também procurava por seu pai, que havia visto pela última vez quando tinha 10 anos de idade.

A última coisa de que se lembrava de seu pai era os 4 (John, Kate, Adam e sua mãe Lílian) almoçando juntos. Dois dias depois, Lílian morreu e Kate só soube disso por uma carta que seu pai tinha deixado debaixo da porta de seu quarto numa madrugada. Na carta, John também dizia que caçaria sozinho e que Adam cuidaria dela. Ele não explicou o porquê de tudo isso, só deixou o número de um telefone pra quem ela deveria ligar se tivesse algum problema. Mas ela não fez isso. Seguiu sua vida com seu irmão. Uma vida não muito feliz e perfeita, mas ela pelo menos tinha alguém para chamar de família.

– Kate. Kate! – Adam chamava a irmã.

– Ahn?... Que foi? – ela parecia confusa.

– Tava longe, hein? – o irmão ria pelo nariz.

– Tava pensando. – ela o corrigiu.

– Como sempre. – engatilhou sua espingarda – Vamos, depois você pensa.

Adam e Kate estavam em uma antiga fazenda, num caso. Um metamorfo estava na cidade e a última vez que foi visto pelos irmãos ele era um homem alto e moreno de terno. Já era o segundo caso deles em uma semana. Adam estava acostumado com esse “emprego”, mas Kate já não suportava mais. Ela queria muito ter uma vida normal com seu irmão. Queria ter um marido, filhos, netos, mas sabia que, infelizmente, nunca seria assim.

Viram uma sombra saindo do lado direito da casa a sua frente, então correram para trás do imóvel.

– Porque você trouxe uma espingarda? É um metamorfo! Duvido que tenha achado bala de prata em tão pouco tempo – Kate sussurrou franzindo a testa.

– Não, não achei. Mas a que eu trouxe pode distraí-lo. – ele respondeu olhando pra ela. Ela por sua vez o cutucou depois de ver a sombra do monstro se aproximando deles. – Se afaste. – Kate recuou e seu irmão também, mas o metamorfo apareceu de repente e pegou Adam pela garganta, o prensando e levantando na parede da casa. – Kate... corra. – disse com dificuldade.

A menina estava ofegante. Tirou uma faca de sua calça e partiu pra cima da criatura, que largou Adam, segurou-a pela blusa e a lançou longe. O garoto tossia no chão, mas logo se levantou e correu. Ela encarava o monstro se transformando em seu irmão e correndo atrás dele.

Adam foi para uma pequena cabana, mas o metamorfo o impediu empurrando-o, fazendo com que caísse. O garoto levantou com uma faca na mão apontada para ele enquanto recuava para o lado esquerdo da cabana. Eles ficaram frente a frente, esperando um do outro algum movimento. O metamorfo socou a cara de Adam que caiu (o soco de um metamorfo não é igual ao de humanos). Ele ia chegando perto do garoto, mas foi atingido pela faca que ele segurava. O rapaz desmaiou com a pancada que levara.O metamorfo queria correr, porém só conseguiu entrar na pequena casa e cair morto. Kate parou em frente à ela e viu um corpo caído(não reparando no outro), torceu para que não fosse o de seu irmão, mas quando olhou de perto se decepcionou. Se ajoelhou ao lado dele e começou a chorar. Chegou um momento que ela se lembrou do número de telefone que seu pai lhe deu.

– Não, não. Eu me recuso a pedir ajuda. – falou consigo mesma. Levantou, respirou fundo (o que não foi fácil) e seguiu para o hotel em que estava hospedada.

Entrou em seu quarto, jogou sua mochila em um canto e pulou na cama, derramando novamente suas lágrimas. Se sentia sozinha, agora sem família. Totalmente sem família.

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Quatro semanas haviam se passado e Kate continuava caçando, mas agora... caçava a sangue frio. Ela não ligava se era o corpo de uma garotinha inocente ou coisa parecida. Pra ela, cada criatura que ela matava era uma parte da vingança da morte de seu irmão. Ela não chorava mais, não conseguia, apesar de estar totalmente destruída por dentro.

Kate se encontrava em uma lanchonete, bem no fundo dela. Normalmente se mantinha isolada e discreta. Mas desta vez ela não parecia tão discreta assim para dois homens, que davam o ar de federais. Justiça.

– Com licença, senhorita. – o mais alto falou. Franziu a testa ao ver que o rosto dela era familiar – Sou o agente Wilson e esse é meu parceiro. Vimos você em um caso de polícia recente – mas não era nesse lugar que ele a tinha visto. - e queremos te fazer umas perguntas.

– Tudo bem. – ela respondeu e eles sentaram. – Posso ver os distintivos?

– Ahn... claro! – o mesmo respondeu e os dois a entregaram os distintivos. Ela os observou por um tempo e depois devolveu. – Bem, queríamos te perguntar...

– Estão mentindo. - ela o interrompeu.

– O que? – dessa vez foi o mais baixo.

– Vocês não são agentes de verdade.

– Como pode saber?

– Não importa. Então o que querem que eu diga? – perguntou indiferente. O mais alto se pronunciou.

– Queremos saber se você conhecia o professor Walker.

– Sim, conhecia. Ele dava aula pra mim quando eu estudava.

– Estudava? Você parece ter uns 15, 16 anos. Não está na escola? – o mais baixo perguntou.

– Escuta aqui. Minha vida não é da sua conta. Ainda mais de quem fingi ser um agente federal! – Kate esbravejou.

– Tudo bem, se acalme. Vou dizer quem somos. – o mais alto disse.

– Sam... - o mais baixo não queria que ele falasse seus verdadeiros nomes, mas ele mesmo fez isso.

– Tá! Você é o Sam. E quem é ele? – Kate tinha um sorriso no canto da boca.

O homem hesitou um pouco, mas depois cedeu.

– Dean. Meu nome é Dean.

– Ok e o que vocês dois estão fazendo fingindo serem agentes federais?

– “Minha vida não é da sua conta.” – Dean repetiu com voz aguda.

– Rá, rá. Muito engraçado. –Kate ironizou. O homem fez uma careta. – Como é maduro.

– Vivo dizendo isso a ele. – Sam disse.

Foi ouvido um barulho de vidros quebrando e um homem com uma máscara preta entrou no local. O trio isolado se levantou.

– Acho que nem preciso dizer que vocês têm que ficar calados e se abaixar, não é?

– Olha só, você acabou de dizer isso! – Dean disse com um meio sorriso.

O bandido atirou acertando o ombro esquerdo de Kate e derrubando-a inconsciente.

– Disse pra ficar calado, idiota.

– Você não é o único que tem uma arma, sabia? – Sam disse tirando tal coisa da parte de trás da calça e Dean fez o mesmo.

– Escuta aqui. Ninguém mais vai atirar. Eu já chamei a polícia. – o balconista disse.

– Não devia ter feito isso. – o bandido atirou nele. – Alguém mais vai querer soltar a sua voz?

– Que balconista idiota! – Dean disse e o bandido atirou na grande janela da lanchonete.

– Dean. – Sam chamou

– O que?

– Cala a boca. - respondeu. Kate gemeu se contorcendo no chão. – Temos que tirá-la daqui.

Policias entraram no local, já apontando armas para o bandido.

– Eles podem levá-la a um hospital. Temos mais o que fazer. – Dean disse,agora sendo o indiferente.

– Não. Dean, eu quero. – se encararam por um momento –Cheque o pulso dela e pegue-a.

Dean revirou os olhos e fez o que o irmão pediu. Sam pegou a mochila da garota que estava pendurada na cadeira.

O mais velho a pegou e a colocou no banco de trás o carro. Entrou no veículo e saiu com ele.

– Vamos para o hospital? – perguntou.

– Não. Vamos para o hotel, mesmo. Tenho que adiantar umas pesquisas. E você...

– Vou cuidar dela, né? – ele completou. Sam apenas assentiu com a cabeça e Dean bufou.

Chegaram no hotel e Sam carregou Kate até o quarto, onde a deitou na última cama. Dean viu a mochila preta no banco de trás e imaginou ser da garota, então a pegou e saiu do carro.

– Vou pegar os curativos. –o mais novo avisou e entrou no banheiro.

Dean jogou a mochila num canto, sentou na cadeira e suspirou pesadamente.

– Não... não... – Kate falava dormindo,o garoto a observava curioso. - Adam, volta. Volta! – gritou antes de acordar e se sentar ao mesmo tempo.

– Que que houve!? – Sam saiu do banheiro apressado.

– Ela tava falando. – Dean respondeu se levantando e pegando os curativos da mão do irmão. Depois seguiu para perto da menina.

– Falando o que? – Sam perguntou.

– Eu não sei direito. – disse ele - Você tá bem? – se dirigiu a Kate.

– Só um pouco tonta, mas tô... aí! – olhou para o buraco onde a bala havia entrado. – Você ainda pergunta se eu tô bem?

Sam riu e Dean revirou os olhos, começando a fazer os curativos entre pequenos gemidos da garota. Logo ele acabou.

– Tenho que dizer: você aguentou melhor do que o Sammy. – ele a elogiou. Kate deu um sorriso.

– Como você é engraçado, Dean. Que tal ver o que eu achei sobre a morte do professor? – ele o fez. – Olha, aqui diz que ele foi encontrado deitado no chão da sala, com o peito aberto e sem coração. Ou seja, o que o pegou foi um... – Dean pigarreou alto, fazendo com que Sam se confundisse, mas logo entendesse. – Um psicopata doidão.

Kate soltou uma risada.

– Ah, fala sério gente. Acham mesmo que eu não sei do que vocês estão falando? Um lobisomem. Foi isso que matou meu professor.

– Como você sabe? – Dean perguntou.

A garota hesitou em falar.

– Esquece. Pega minha mochila! – se dirigiu à Dean. O garoto não foi. – Vai! – ele pegou e a entregou. Ela abriu a mochila e puxou um papel um tanto sujo. - Eu vou... fazer uma ligação. – disse indo para um canto perto do banheiro. Ela pegou o papel em seu bolso no qual estava escrito “Winchesters”. Kate sempre pensou que fosse o nome da loja de peças que seu pai fingia existir e que o número fosse de algum amigo de confiança dele. Discou o número. Atrás dela, ela começou a ouvir um som de rock e percebeu que era o toque de celular de Dean. – Por favor, não diga que você é um Winchester! – pediu com olhos tristes e ao mesmo tempo furiosos.

Dean olhou para o irmão que deu de ombros.

– Sim, NÓS somos. – ele respondeu apontando para o irmão e ele.

– Aaaaaahhhhhh, eu não acredito!

– Por quê? – perguntou Sam.

– “Por quê?” – Kate soltou uma risada pelo nariz e um sorriso irritado – Por que eu sou irmã de vocês!


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Acham que merecemos comentários?Beijos e até mais...!