Maxon ficou comigo o tempo todo, conversamos sobre diversas coisas até cerca de meia-noite, quando dormimos, ele dormiu em uma cadeira ao lado da minha cama na enfermaria, onde eu estava, para fazer mais alguns exames (mas porque tantos exames afinal?), o médico me explicou que mesmo sendo uma virose eu posso ficar com a imunidade fraca e contrair uma doença mais séria, como pneumonia, por exemplo. Na verdade eu não gostava de pensar nisso, é simplesmente desgastante pensar em coisas ruins, porque eu simplesmente começo a pensar também que uma coisa ruim pode levar a outra, e assim por diante, mas consequentemente, uma coisa boa leva a outra coisa boa, me esforcei a pensar em coisas boas até dormir.

Quando acordei eram 9 horas da manhã, e Maxon estava esperando eu acordar.

–America, que bom que acordou! Está melhor? O médico disse que após você acordar pode ir embora – Maxon me disse.

–Ah, que ótimo, odeio ficar aqui. – falei sorrindo.

–Vamos? Estão nos esperando para o café da manhã – ele disse me dando a mão.

–Preciso me arrumar antes Maxon – eu falei.

–Ah, certo, então te espero no salão – ele sorriu e saiu.

Eu sai logo atrás em direção ao meu quarto. Foi então que percebi que não via Mary, Lucy e Anne a quase dois dias, elas se levantaram e eu disse:

–Eu fiquei doente...

–Vamos te aprontar para ir ao salão – Lucy disse animada.

O vestido que elas escolheram era divino, roxo, com a cintura prateada, lindo. Elas prenderam meu cabelo em um coque e colocaram um colar de brilhantes no meu pescoço, além de um pequeno brinco de bolinha na minha orelha.

–Está pronta senhorita – disse Lucy retocando a maquiagem.

–Ok, obrigada meninas – eu falei, e sai.

Entrei no salão e Maxon me olhou, maravilhado, talvez porque eu só usei vestidos realmente chamativos uma vez, e nos ainda éramos amigos e ele me dissera:

“Se você não quer que eu me apaixone, não pode ficar assim tão linda...”

Celeste fitou meu vestido, e me olhou como sempre, com raiva. Sentei na frente de Kriss.

–America! Seu vestido é lindo! Vou pegar suas criadas para mim! –Kriss me disse.

–Seu vestido também é divino Kriss – falei, o vestido dela era verde, e tinha pedrinhas verdes.

Elise e Celeste conversavam, eu e Kriss comemos em silêncio, e Maxon me olhava na maior parte do tempo. Logo que terminamos fomos ao Salão das Mulheres. Silvia nos apresentou um novo trabalho:

–Meninas, vocês terão de fazer uma recepção em duplas, uma pequena recepção para uma festa, onde terão representantes de outros países e a família de uma amiga da rainha Amberly. Não se esqueçam que, dessa vez, a festa será em um domingo, então vocês tem algum tempo, apresentem as ideias a mim e a rainha um dia antes e nos decidiremos qual iremos usar, vocês escolhem as duplas.

Mais um trabalho? Ótimo, eu preciso garantir um trabalho excelente e excepcional para o rei não me chutar de lá. Precisarei fazer um trabalho melhor do que o de todas as outras. Aquele era um motivo para eliminar alguma de nós, e não poderá ser eu.

–Vamos fazer o trabalho lá no jardim meninas – a rainha Amberly anunciou.

Nos dirigimos ao jardim onde havia uma grande tenda, haviam 4 mesas em baixo dela, uma estavam o rei, Maxon e outros homens discutindo, Maxon me viu e deu uma piscadela. Na outra mesa estariam a rainha Amberly e Silvia, imagino, e as outras mesas são para nós, selecionadas.

Sentei em uma mesa mais longe dos outros, tinham algumas apostilas, folhas, lápis e canetas em cima da mesa, comecei a folhear as apostilas, eram catálogos, cortinas, decoração, comida, bebida, vestidos, joias ...

–Eu realmente, não vou fazer com a Celeste, então vamos fazer juntas? – Kriss me perguntou.

–Claro – eu falei, ela se sentou ao meu lado.

–Você já tem alguma ideia do que fazer? – ela me perguntou.

–Na verdade, sim, quero fazer uma recepção mais leve, com cores mais neutras, acho que coisas muito pesadas não cairão muito bem. – falei.

–Certo, também acho – Kriss falou.

–Eu vou olhando as flores, enquanto você olha o cardápio pode ser? – falei.

–Claro. – ela respondeu pegando a apostila do cardápio.

As flores eram realmente lindas, optei por flores brancas e leves, que representavam amizade.

–Kriss, olhe acho que essas flores vão ficar ótimas. – falei.

–Claro, são perfeitas, que tal escolhermos uma decoração azul escura, eu vi uma aqui que vai ficar linda– ela falou, folheando outra apostila- está aqui – ela apontou, era azul com detalhes dourados, divina – que tal?

–Claro, vai ficar lindo – falei.

Peguei o catalogo de vinhos.

–Kriss! – exclamei, sorrindo.

–O que? Calma – ela falou.

–Será que as francesas estarão presentes na festa? Da última vez elas adoraram o vinho.

–Vamos perguntar a rainha! – ela falou, também animada.

Fomos até a rainha.

–Majestade, as francesas estarão na festa? – Kriss perguntou.

–Certamente, elas adoraram a recepção de vocês e aceitaram animadas – ela respondeu – seria ótimo se usassem o vinho que usaram da última vez, mas acrescentem outro para não ficar repetitivo.

–Obrigada Majestade – falei, fizemos uma reverencia e voltamos.

–Isso é ótimo! – falei – elas adoraram nossa recepção!

–Uma grande vantagem, elas adoraram você America! – Kriss falou empolgada.

–Você também! – eu disse.

Passamos o resto da tarde trabalhando e almoçamos lá mesmo. Quando estava perto da hora do jantar nos levantamos e nos dirigimos ao salão para jantarmos.

Teríamos de entregar o trabalho sábado, e hoje é quarta, temos tempo, mas eu estava ansiosa, ansiosa por algum motivo que eu não sabia, talvez porque, eu precisava fazer melhor que Elise e Celeste ou talvez porque esse seria um bom motivo para o rei me chutar.

Durante o jantar, eu e Kriss conversamos sobre os preparativos e Celeste e Elise também, a rainha parecia ouvir as ideias de Celeste e o rei e Maxon, discutiam alguma coisa sobre política, que eu não entendia.

Depois fui ao meu quarto, Aspen estava na porta.

–Boa noite, senhorita – ele falou.

–Boa noite soldado Leger – falei.

Anne estava à minha espera, tomei banho e coloquei a camisola.

Então eu dormi.