The Forgotten escrita por Panda Chan


Capítulo 28
Bônus: Um dia na vida de Alexander


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOI CUPCAKES
Olhem só quem voltou TCHÃN TCHÃN! Diretamente da reabilitação pós "me ferrei no ENEM", a grandiosa e maravilhosa EU! ~~todos aplaudem~~
Atendendo á pedidos especiais (e de uma pessoa que pediu um pov alex da pqp, joguei-o na pqp kkkk) UM POV ALEX MEU POVO
CADÊ MEU NOBEL POR ISSO?
Obrigada pela recomendação love is better than death e só pra constar o ALex se sentiu ofendido com seu nick u-u
Alex: O amor nunca será melhor que a morte, hunf.
Morte: Esse é meu garoto.
Certo vou parar de irritar vocês, boa leitura.



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Uma coisa boa em ser um anjo da morte: Você nunca vai morrer.

Uma coisa horrível em ser um anjo da morte: Você nunca vai morrer.

Gosto de pensar que ser imortal é uma vantagem e se você tivesse nascido no século XV quando era moda morrer pelas doenças e pestes entenderia porque penso assim. Gostaria de ver a cara de todos os moradores da vila onde nasci se soubessem que um líquido poderia ter salvado a vida de todos eles.

É incrível ver as mudanças que acontecem lentamente no mundo todo durante séculos e mais séculos sem nunca perder nada, o ruim é ver seus amigos morrendo.

Não precisei desviar os olhos do meu livro para ver a garçonete loira se aproximando. Ela parou para arrumar o cabelo e respirou fundo antes de sorrir e parar ao meu lado.

– Deseja mais alguma coisa? – habilidosamente ela substituiu minha xícara de café vazia por uma cheia do líquido fumegante.

– Por enquanto não – sorri educadamente – Obrigado.

– De nada – ela se retirou e quando pensou que eu não estava olhando se virou para me olhar e sorriu.

Estou acostumado com humanos de ambos os sexos se sentindo atraídos por mim. A morte é atrativa para todos que vivem.

Voltando ao meu devaneio sobre ser imortal, o lado terrível é ver seus amigos morrendo.

Durante a Primeira Guerra Mundial eu tinha um amigo que era soldado alemão nascido na Itália, como sempre fui muito apegado aos meus “conterrâneos” italianos gostava de observa-lo nas batalhas sem sentido das quais participava. Infelizmente ele morreu em uma trincheira graças á uma infecção que o levou a loucura uma semana antes do fim da guerra ser declarado, o pobrezinho quase teve um enfarto pós-morte quando eu disse que era um ceifeiro de almas. Depois dele decidi que não ia mais me apegar aos seres humanos e viveria o resto da minha imortalidade tentando ao máximo não criar laços com eles.

Seres humanos são frágeis demais, emocionais, complicados, apegáveis e morrem fácil demais.

Poucos anos depois de perder esse amigo na guerra presenciei de perto a morte de um casal de amigos que conheci quando estudava no Instituto de Wonderland, Melissa e Thomas Knight. Melissa nasceu e morreu como uma fada, uma criatura cuja “imortalidade” é cheia de falhas e Thomas nasceu como uma fada e morreu como um protetor, um sobrenatural híbrido abençoado por Vida, um servo daquela que coloca pessoas no mundo ou o oposto do que eu sou.

Prometi que ia esquecer sobre toda essa história e consegui por dez anos, mas agora a morte dos meus amigos e as promessas que fiz naquele dia me perseguem e pedem para ser lembradas.

“– Vamos fazer um acordo – disse decidido – Eu vou te fazer esquecer e em troca você vai fazer algo para mim quando for mais velha.

– Tá – os sinais de sonolência estavam claros no rosto infantil da garotinha em meus braços.

A neve começou a cair ao nosso redor, mas não me importei. A adrenalina da batalha ainda pulsava em minhas veias.

– A neve mamãe – sussurrou – Posso ver a neve, ela é tão bonita.

Lentamente Alice fechou os olhos e voltou a dormir em meus braços.

– Quando você acordar não se lembrará de nada – sussurrei – Tenha bons sonhos, pequena Alice.

Com as pálpebras fechadas e a expressão serena no rosto ela parecia estar morta, mas o calor que saía do seu corpo mostrava a vida que só estava começando.”

Alice Knight, a única humana com quem fiz um contrato e a causadora da minha “promoção” de simples anjo da morte para me tornar um deus da morte. Não que eu goste disse, eu odeio, mesmo estando “acima” dos outros meus inimigos sempre me chamam de anjo da morte ou ceifador. Com o tempo deixei de me importar com isso.

Olhei para o sol que brilhava com força no céu livre de nuvens e suspirei. O dia está lindo e cheio de pessoas morrendo. Ao meu redor várias pessoas passam andando rapidamente, algumas estão atrasadas para compromissos de trabalho e outras desejam terminar logo o que tem para fazer para enfim descansar em casa sem imaginar que a toda hora alguém morre.

Que depressivo! Estou em um café com boa comida sentado em uma das mesas que ficam na calçada bebendo meu café quentinho em plena Avenida Paulista, uma das mais movimentadas de São Paulo em um país incrível como o Brasil e tudo no que consigo pensar é em meu trabalho – ver pessoas morrendo. Para os humanos, esse país tropical é um ponto turístico, mas para a Morte é seu ponto de encontro com os servos próximos como eu.

– Olá, Alexander.

A aparência que a minha senhora, a Morte, estava usando há mais de duas décadas era a de uma garota de doze anos que se veste com roupas pretas e babadas, uma perfeita lolita. Os cabelos são pretos e escorridos, a pele é tão pálida quanto a minha e seu corpo frágil nunca denunciaria que ela é uma imortal e apelidada por muitas culturas como uma deusa.

Essa aparência frágil é fruto da paixão que a minha senhora criou pela cultura oriental quando países como Japão e Coreia (na época que era unificada) passaram a se destacar no cenário global.

– Minha senhora – fiz uma pequena reverência em sinal de respeito.

– Deixe as formalidades de lado – ela se sentou em uma cadeira vaga na minha frente – Hoje não sou a senhora toda poderosa Morte, sou apenas Morte.

– Certo... Morte – se ela estava me pedindo para ser menos formal, é porque coisa ruim está a caminho. Sentei de maneira correta e fechei meu livro deixando-o sobre a mesa.

– Alexander, querido, quanto tempo – ela sorriu de uma forma inocente, mas seus olhos denunciavam a falta de inocência da minha senhora. Diante dela se materializou um pequeno bolinho e uma xicara de chá – Como você está?

– Bem e você? – bebi um pouco do meu café que de repente ficou gelado.

– Estou bem na medida do possível – ela bebeu um pequeno gole do seu chá – Sabe, tão bem quanto alguém que tem que lidar com uma possível guerra que se aproxima, uma irmã vadia que a odeia e sabota e um irmão que vive excluído no meio do nada possa estar.

– Uma guerra?

– Sim, Alexander – os olhos negros dela pareciam não ter pupila – A garota Knight, aquela que você salvou, como é mesmo o nome dela?

– Alice – respondi instantaneamente.

– Sim – ela sorriu – Alice. De acordo com Destino essa garota será capaz de causar uns bons estragos no mundo sobrenatural a não ser que aja a interferência de um certo servo meu.

– Mas, minha senho... – a expressão de raiva no rosto dela fez com que percebesse meu erro – Morte, eu não vejo essa garota desde que a salvei de Marloc, ela está sob custódia de uma elfa muito confiável e duvido que possa ser levada para o lado errado.

– Stella não contou á ela sobre o mundo sobrenatural – Morte estava séria – Espiões nos informaram sobre um vampiro chamado David, ele está tentando se aproximar dessa garota – ela me entregou uma ficha completa com direito á fotos do tal vampiro – Esse garoto é filho do Drácula e não deve ter boas intenções com ela.

Folheei algumas paginas da ficha do vampiro e depois entreguei para minha senhora.

– Não compreendo como posso ajudar.

– Alexander, você é um dos meus melhores deuses da morte, meus servos mais próximos, confio plenamente em você e também é o único que tem um contrato com a garota. Não sei qual foi o pedido que você fez á ela em troca da “amnesia”, mas sei que é o único que pode se tornar próximo o suficiente para trazê-la pro nosso lado.

– Morte – deixei de lado qualquer demonstração de submissão e formalidade, assim como ela pediu, apoiei meus cotovelos na mesa e a encarei – Você nunca se interessou pelas guerras sobrenaturais ou qualquer outra que aconteceu no mundo nos últimos seis bilhões de anos – ela sorriu de canto se orgulhando da indiferença que tem qualquer forma de vida viva – Então por que deseja ajudar dessa vez?

– Você sabia que Destino não pode ter servos? – suas palavras me deixaram confuso – Destino deve trabalhar sozinho sendo um ser onisciente, caso contrário a ordem será desfeita e o caos irá dominar o planeta.

– Não compreendo aonde quer chegar – falei sinceramente.

– É elementar, meu caro Alexander – essa referência ao livro Sherlock Holmes que é o mesmo que estou lendo me deixou um pouco mais intrigado – Destino tem muito interesse pela garota e não tem servos para espiona-la ou tentar ajuda-la.

– Agora sei aonde quer chegar. Destino com certeza iria apreciar muito a ajuda de algum outro Imortal.

– Apreciaria o suficiente para formar uma aliança com esse Imortal e acabar com uma vadia. Meus parabéns, Alex.

Era óbvio desde o início, a Morte nunca faz nada sem ganhar algo em troca.

– Quer que eu vigie a garota, minha senhora?

– Exatamente, meu caro Alexander – com um estalar de dedos ela fez o café e o bolinho intocável desaparecerem – Você tem um contrato com a garota, imagino que isso seja lucrativo para nós dois.

– E eu imagino que não deva ter escolha.

Morte riu mostrando seus dentes brancos e retos como os de uma modelo.

– Sempre gostei da sua inteligência, Alexander – ela se levantou – Agora se me dá licença, uma das minhas bandas favoritas de J-music está tocando na cidade e uma de minhas servas gostaria de falar com você.

Ela apontou para uma direção antes de desaparecer, ao olhar para o outro lado da rua um sorriso dominou meu rosto. Chamei a garçonete e joguei uma nota qualquer em suas mãos dizendo que o resto seria sua gorjeta, pela expressão no rosto dela foi a melhor gorjeta que já recebeu na vida.

Atravessei a rua sem olhar para os lados, o que seria uma idiotice se eu estivesse vivo, mas.. EI! Sou um servo da morte, não posso morrer!

Encostada na parede de um prédio e trajando um short preto, uma camiseta do Batman e com um chapéu preto estava a única amiga realmente imortal que eu tenho.

– Oi Alex – o sorriso dela foi tudo que eu vi antes de ser atacado por um abraço de urso.

– Oi – falei sem jeito pela proximidade. Nunca tenho contato físico com ninguém – Quanto tempo.

– A última vez em que nos vimos estávamos no show do Nirvana – ela se afastou e fez um careta revirando os olhos – Tem noção de como é difícil encontrar alguém que vive se escondendo? Você podia ao menos comprar um smartphone e ser civilizado, Alex!

– Sinto muito – falei constrangido – Você tem um?

– Mas é claro! Até mesmo os ceifeiros precisam de um plano de sms ilimitado – ela piscou um olho e retirou do bolso um quadrado de vidro – Esse modelo só vai estar disponível no mundo humano daqui três décadas no mínimo – ela deu ênfase em “no mínimo”.

– Como você conseguiu?

– Ah, eu tenho meus contatos. Vamos tirar uma foto para marcar esse momento histórico.

–Eu não estou afim..

Ela revirou os olhos e me puxou para ficar ao seu lado em frente a tela do celular. Após alguns cliques com direito á caretas pude ver as fotos em um holograma da tela. Com certeza os humanos matariam por isso agora.

– Queria entender como você consegue ser tão alegre – disse sem perceber enquanto observava a nossa foto juntos com as línguas pra fora.

O brilho sempre presente nos olhos castanhos da minha amiga se apagou.

– Eu só evito pensar em quantas almas levei e penso em todas as vidas que salvei.

Uma lembrança da Segunda Guerra Mundial me veio á mente.

“Estávamos na base nazista, ambos recolhíamos almas nos corredores por onde passávamos. Aquele seria o dia em que eu finalmente iria me tornar um deus da morte, capturar a alma do Führer era o maior desejo dos anjos da morte, capturar a alma de um vilão e se tratado como herói, quem não desejaria isso?

Ao meu lado ela andava rapidamente com os cabelos cortados bem acima do ombro balançando de um lado para o outro enquanto ceifava a vida de todos no caminho.

– Não quero acreditar que você está nervosa – disse impaciente enquanto nos aproximávamos da sala onde a alma de Hitler estava – Eu é que devia estar assim!

– Calado, Alex – ela estava irritada – Eu odeio guerras. Não me peça para ficar bem nesse local.

– Idiota – entrei na sala onde o corpo de um dos mais odiados homens da história da humanidade se encontrava – Esse é mais um dia qualquer, só que com hora extra.

Ela não me respondeu apenas mordeu o lábio para controlar o nervosismo.

Olhei para a sala onde estava buscando a alma que vim procurar. Ele estava em frente á seu corpo sem vida, observando enquanto um de seus empregados o retirava do lugar.

– Adolf – chamei – Chegou sua hora – lentamente caminhei até ele e ergui minha foice – Eu lhe condeno á morte por causa indiretamente a morte de milhares de inocentes.

– Você é a morte? – o Führer riu – Você é apenas um garoto.

– Sou alguém que você deve temer – aquela risada e a expressão de deboche no rosto do fantasma conseguiram despertar o pior de mim.

– Alex deixe que outra pessoa cuide disso – Nat tentava me aconselhar, era inútil eu já estava decidido – Você não vai conseguir vencê-lo, ele está te manipulando!

– Ouça sua amiga, garoto – a forma como ele cuspiu a palavra “garoto” me tirou do sério.

Me aproximei mais daquela alma encardida pelo mal que causou em vida, quando algo aconteceu. Visões da minha vida começaram a inundar minha mente.

– O que está acontecendo? – deixei a foice cair no chão e me joguei com as mãos sobre os olhos tentando parar de ver aquilo – O que você está fazendo? – apenas ouvi a risada dele.

Mas é claro que eu sabia a resposta. Essa era uma alma violenta, cheia de ódio e manipuladora, de alguma forma ele estava implantando o medo em mim.

– É bom sentir medo, garoto? –pude ouvir os passos do Führer se aproximando de mim – É bom ver tudo que teme diante dos teus olhos?

Destampei os olhos a tempo de ver a alma se dissolver ao ser acertada pela foice da minha amiga.

– Eu te condeno ao Inferno! – gritou a pobre e ofegante garota.

– Como.. você.. – não pude terminar a frase pelo forte abraço que recebi.

– Nunca mais me assuste assim! – a voz dela denunciava um choro que estava começando a vir.

Pela primeira vez desde que eu havia me tornado um ceifeiro fui abraçado por alguém e assim consegui minha única amiga.”

Claro que depois disso quem ganhou a promoção foi ela e só aceitou porque eu pedi muito para que fizesse isso. Hoje em dia minha amiga é a guarda-costas principal da Morte e ainda consegue ser feliz.

Após o dia em que me encontrei com Führer comecei a ser mais cuidadoso e tudo o que aconteceu naquela sala se tornou um segredo que apenas nós dois conhecemos.

O homem de bigode engraçado que encontrou a fraqueza do pobre garoto italiano: suas memórias.

Sai do meu devaneio quando ela olhou para o nada.

– A morte está me chamando – falou – Preciso ser rápida – o modo alegre entrou em segundo plano e seu lado séria apareceu – Morte me contou sobre sua missão, você acha que vai conseguir?

– Não vai ser fácil – disse com sinceridade – Além de você não interajo com nenhuma mulher.

– Se aproxime dela como o bom garoto que todos admiram – ela fez aquela cara de quem está recebendo mensagens telepáticas de uma Morte muito irritada – Seja paciente com essa menina e pelo amor de deus! Não jogue facas nela!

– Eu só fiz isso uma vez – resmunguei.

– É e eu perdi muitos fios de cabelo aquele dia – ela retirou um papel e um lápis de olho do bolso, anotou algo no papel e depois em entregou – Essa é meu número, me ligue se tiver alguma dúvida sobre essa garota.

Olhei para o papel e depois para ela. Havia algo de diferente na minha amiga.

– Você queria me ver só por causa da minha missão?

– Não – ela respondeu corando – Eu estou apaixonada.

– Apaixonada? – minha surpresa foi imensa. É raro um servo da morte somente se apegar á um humano, se apaixonar então é loucura.

– É segredo viu – ela fez um sinal de silencio e depois uma careta – Argh! O trabalho me chama.

– Adeus, velha amiga.

– Adeus, Alex – ela beijou minha bochecha e saiu rindo da vergonha que senti.

– Natália! – gritei – Respeite quem nasceu no século quinze!

Ela desapareceu nas sombras e tudo que restou foi sua risada.

Não pude deixar de rir sozinho com esse reencontro rápido. Preciso ir a outro show do Nirvana com ela... Ah, o Kurt morreu. Eu deveria lembrar disso já que busquei a alma dele.

Olhei para uma sombra próxima e entrei nela. Uma coisa que ninguém além dos servos da Morte sabe é que nós não desaparecemos no ar, apenas nos fundimos com as sombras para viajar e o que fica para trás é um resquício da nossa própria sombra.

Abri os olhos e estava em frente á uma placa que dizia “ Seja bem-vindo á Sparks”.

– Quem diria – o sentimento de nostalgia me dominou – Mel e Thomas, algum dia vocês imaginaram que eu iria voltar para esse lugar no meio do nada?

Se eles estivessem vivos, diriam que sim.


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Notas finais do capítulo

Vocês viram que joguei o Alex na pqp? kkkk Brincadeira, pra não ter mimimi com os outros estados só quero dizer que eu sou de São Paulo e vivo visitando a Av. Paulista, por isso escolhi esse local. E EU AINDA TENHO ÁGUA OK? MAS SE QUISEREM DOAR ESTOU ACEITANDO!
Demorei um pouco porque queria fazer um capítulo que mostrasse um pouco do Alex, existem rascunhos de capítulos sobre a vida dele que pretendo postar mais pra frente.
Dicas? Críticas? Elogios? Estou aceitando de tudo hein kkk
Beijos com brigadeiro.