The Forgotten escrita por Panda Chan


Capítulo 26
A Rainha Vermelha enlouqueceu


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOI COELHINHOS *-*
Dessa vez tentei deixar o capítulo maior e melhor, consegui 7 páginas do word (dança~~) e uma cena de luta kkkk
Eu estou tão viciada nas minhas fanfics que esses dias estava conversando com a telemarkentig e desenhei a Alice e-e Culpo a cafeina
Ah, leiam Proibido
obs pós postei o capítulo: Aprendi que não devo passar meu Whats pros leitores porque termino fazendo apostas com eles e as perco kkkkkkkkkkk Capítulo dedicado pro Lukas, mas só porque fez dois gols pra Alice
Alice: Sinto-me honrada *-*



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– Acho que ela morreu – Pudim cutucou meu braço com um lápis afiado – Credo, ela tem músculos de gelatina!

– Pare com isso – Melody interveio – Ela parece estar preocupada!

– Tão preocupada que está deixando a comida cair na mesa – bufou descontente.

Deixando a comida cair na mesa? Olhei para a mesa diante de mim e levei um susto ao constatar que uma pequena parte do meu almoço estava jogada na mesa. Jurava que tinha mastigado e engolido isso.

Suspirei descontente e comecei a reunir a comida em um guardanapo para jogar no lixo. Bebi um gole do meu suco e resolvi comer a fatia de bolo de sobremesa.

– A mãe dela não a ensinou que não se deve comer a sobremesa antes da comida? – Pudim não se cansa de me cutucar tentando conseguir alguma reação que não seja “Hum” ou “Deve ser”.

Encontrei com as garotas no corredor e após ouvir desculpas da Pudim que aparentemente descontou seus problemas familiares em mim, as duas fizeram o máximo possível para descobrir o que tenho de errado por estar calada e sem vontade de interagir.

A resposta é simples, não sei o que fazer com o item número um da minha lista. Agora que estou sem Alex e Stella me jogando informações sobre um passado que eu esqueci e um mundo no qual tenho que viver, percebi que negligenciei minha melhor amiga que se tornou uma zumpira (zumbi e vampira, palavra legal né?) e desapareceu no mundo. Como será que os pais de Nana estão lidando com o sumiço da filha?

Entrei no automático sem perceber, já estava de pé com minha bandeja em mãos seguindo a bruxa e a loba mais animadas que já conheci na vida. Abandonei minha bandeja junto as outras e suspirei de novo.

– Thomas! – gritou Melody.

O metamorfo estava sorridente enquanto abraçava Melody e recebia olhares mortais de Pudim.

– Também estou feliz em te ver, Pudim – ele disse piscando um olho o que a fez corar.

– Não pense que eu estou feliz em vê-lo – ela disse ríspida.

– Pudim te ama e não assume – Melody deu um beijo na bochecha da bruxa que rosnava.

O vermelho no rosto da bruxa se intensificou o que arrancou risadas de Melody e Morfeu, quando os risos cessaram percebi uma conversa silenciosa se desenrolando entre os três.

– Então a Sininho resolveu se juntar á nós, pobres mortais? – Pudim deu uma risada nervosa.

Percebi que sua piada tinha um fundo de verdade já que fadas são imortais, mas resolvi não comentar e apenas dei um sorriso amarelo daqueles que diz “sinto muito”. Talvez fadas sejam só parcialmente imortais, meus pais morreram.

Morfeu interpretou aquilo como um sinal para agir, passou o braço ao meu redor até tocar meu ombro e cheirou meu cabelo. Sério, ele cheirou meu cabelo. Quem faz isso?

– Seu shampoo é de morango – ele sorriu – Isso é legal!

– Quem cheira o cabelo de alguém que mal conhece? – perguntei incrédula tentando me desviar dos braços dele.

Pudim e Melody trocaram olhares e se afastaram de nós. Malditas.

– Eu – ele disse o óbvio – Gosto de sentir o cheiro dos meus amigos para reconhecê-los quando viro algum animal com visão ruim.

– Não somos amigos.

– Você concordou em ser minha amiga – seu sorriso foi de orelha a orelha – Foi ontem a noite no seu quarto, lembra?

– Não vamos falar sobre isso aqui, por favor – olhei para a mesa dos lobisomens que como sempre estava uma baderna. Que outra espécie pode ter super audição?

– Por que?

– Você sai por ai usando seu Encanto nas garotas, imagina os boatos que não vão aparecer se alguém descobrir que você apareceu como um hamster na porta do meu quarto ontem a noite?

Morfeu começou a gargalhar diante da minha preocupação desnecessária com a opinião alheira, segurou minha mão e me guiou até um dos jardins que ficam ao redor da escola e milagrosamente estava vazio.

– Aqui está bom para você? – ele parecia se divertir comigo.

– Bem melhor – respondi sorrindo e usando meus braços para me aquecer.

O amuleto ficou um pouco mais quente contra a minha pele como se não quisesse presenciar a morte de sua dona graças á hipotermia . Agradeci mentalmente Alex por me autorizado a andar com o amuleto que escondi debaixo de muitas camadas de roupa.

– Você está com frio? – os olhos dele estavam iguais aos de um lobo tentei esconder minha surpresa ao ver isso.

– Não – gaguejei sem perceber.

Morfeu fez um sinal para que eu sentasse ao seu lado no banco mais próximo e depois me abraçou, ele estava quente.

– Virei um lobisomem na metade do caminho e você nem percebeu – ele não disse num tom acusatório, mas me senti como se tivesse sido.

– Desculpa.

– Não me peça desculpas, eu quero tentar te ajudar a lidar com essa coisa que te deixou no automático.

Suspirei cansada. Bem que eu queria poder desabafar com alguém, mas não conheço Morfeu há tempo suficiente para que ele me inspire a confiança necessária para isso.

– Talvez um dia eu te diga.

– Vou cobrar isso – ele sorriu de um jeito fofo.

Não sei se foi o amuleto ou meu corpo que esquentou nessa hora.

Ficamos em silêncio por alguns minutos apenas sentindo o vento frio e ouvindo o barulho que vem do refeitório. Morfeu saltou do banco e se ajoelhou na minha frente segurando minha mão como os homens que pedem as mulheres em casamento.

– Senhorita Alice Knight – ele fez um sotaque britânico para ser mais engraçado – A senhorita me daria a honra de ser minha parceira no treino de combate desta tarde?

– Besta – dei um peteleco no nariz dele.

– EI! – ele ficou de pé – Por que fez isso?

– Essa foi a coisa mais imbecil que eu já vi alguém fazendo.

– E isso é desculpa pra acertar um golpe mortal no meu nariz?

– Li que se você dá um peteleco no focinho de um cachorro ele muda de comportamento e como você está no modo “lobo”.

– Você seria uma péssima adestradora, Knight.

Não tive tempo de responder algo á ele, Morfeu farejou algo no ar, se jogou em cima de mim e juntos caímos no chão. Uma dor horrível dominou meu corpo.

– Por que você fez isso? – gritei tentando tira-lo de cima de mim.

– Ainda não acabou – murmurou.

Morfeu se levantou e começou a olhar para o céu, aproveitei a distração para me levantar e fui até ele.

– O que não acabou?

– Ali – ele apontou para uma direção e começou a correr no meio do caminho se transformou em uma águia gigante e foi até o topo do prédio principal.

O que esse metamorfo maluco tem? Qual o problema dele? Resolvi esperar por ele sentada no banco e foi então que compreendi tudo.

O banco estava cheio de estrelas ninjas no local onde eu estava sentada. Alguém tentou nos matar.

Antes que pudesse correr e gritar por ajuda senti algo rasgar meu braço e minha alma.

(Autora)

Um voz triste e melancólica, vinda de um lugar distante parecia adivinhar o que acontecia no Instituto.

– Oh pequena Alice – o barulho de um piano distante dominava o local – Fuja da Rainha Vermelha, ela enlouqueceu. Encontre seu coelho e fuja do país das Maravilhas.

A voz pertencia a um homem com aparência de garoto. Tinha cabelos negros como a noite, olhos que mudavam de um verde claro para o castanho mais profundo de acordo com seus sentimentos e a pele dele era oliva, não era muito bronzeado nem muito pálido. Usava uma calça social preta e uma camisa também social aberta que revelava os músculos do abdômen. Ele não era musculoso por vaidade, estava se preparando para uma guerra.

A sala onde estava era circular e cheia de buracos nas paredes, em cada buraco havia um fio vermelho conectado como se estivesse trilhando um caminho, o que era verdade. Existiam bilhões de fios trilhando bilhões de caminhos naquela sala e preenchendo cada centímetro livre até o teto. O homem suspirou e olhou para cima buscando o final da trilha de fios, tudo que viu foi o céu estrelado.

– Isso nunca acaba – murmurou passando os dedos pelos fios negros em sua cabeça e deixando-os mais bagunçados que de costume.

O homem observou a tela de seu tablet onde era possível ver Alice Knight sendo acertada pela lâmina de uma katana.

– Não está nada bom – ele balançou a cabeça desaprovando o destino que se desenrolava.

Mordeu o lábio por nervosismo, estalou os dedos fazendo um teclado e um monitor holográfico aparecerem na sala, bem diante de onde ele estava. Começou a digitar palavras sem sentido com números no meio e runas antigas, quando terminou apertou a tecla “enter” e pegou seu tablete para ver o que estava acontecendo com Alice agora.

– Senhor Destino? – uma garota estava parada ao seu lado.

Destino contou mentalmente até dez para não brigar com a menina por ela ter se teletransportado para sua sala de trabalho. No fundo ele sabia que não precisava contar até dez, era impossível ficar com raiva da garota de olhos castanhos por quem ele se apaixonou.

– Diga, meu amor.

A garota sentiu suas bochechas esquentarem e encarou suas botas.

– Não me chame assim enquanto estou trabalhando – ela murmurou baixinho – Tenho um recado da minha senhora para você.

– Eu estou com saudades de você – Destino a abraçou por trás – O que sua senhora quer me dizer?

– Ela disse – a garota limpou a garganta e tentando não gaguejar recitou as palavras exatas que sua senhora disse mais cedo – “Precisamos de um conselho de guerra. Quero formar uma aliança com você contra ela, já está na hora de acabarmos com essa vadia.”

Destino apertou a garota com mais força em seus braços e olhou para cima de novo. Observou milhares de fios queimados daqueles que já morreram e o céu estrelado que parecia ainda mais distante.

– Vida e Morte nunca param de brigar – a garota se virou olhando fixamente para ele – O que devo fazer?

A garota sem saber o que fazer abraçou o Imortal e brincou com seus cabelos, ela não pode deixar de notar a luta que acontecia na tela do tablet abandonado no chão.

(Alice)

A dor estava me corroendo de dentro pra fora.

O corte no meu braço não estava tão grande, mas a dor fazia parecer pior.

– Onde está o seu deus da morte de estimação? – desdenhou uma voz feminina.

Comecei a procurar a dona daquela voz enquanto levantava um escudo de ar ao meu redor.

– Quem é você? – gritei para o nada – O que você quer?

Uma risada foi tudo que ouvi antes de ver um vulto correndo de varias direções antes de parar a poucos metros meu escudo.

– Bu!

A minha adversária estava vestida como uma ninja e segurava uma katana pingando sangue – o meu sangue – e um líquido verde. A dor deve ser causada por esse líquido.

– O que você quer? – perguntei colocando mais confiança na minha voz.

– Sua cabeça em uma bandeja de prata – respondeu.

O amuleto estava queimando, mas eu não me importei. Se o que ela quer é lutar, escolheu o dia errado para vir atrás de mim.

A garota sumiu novamente se tornando um vulto o que quase me causou um ataque de riso. Do que adianta ser veloz se não consegue fugir do vento? Concentrei-me no ar ao meu redor buscando o sinal dela, assim que a encontrei ela saltou em minha direção e bateu coma cara no meu escudo.

– Fadas nunca jogam limpo – ela rosnou e desapareceu.

Com uma mão mantive o escudo em pé e usei a outra como cabo para uma lâmina de ar. Graças ao amuleto isso não me cansava nenhum pouco.

A garota ninja apareceu no meu campo de visão, dessa vez tinha abandonado a katana e segurava uma arma branca que parecia um revolver na mão.

Sayonara, Alice-Chan - ela disparou no chão abaixo dos meus pés e posso apostar que sorriu ao fazer isso.

Fui lançada para trás até bater contra uma parede e minha cabeça começou a girar.

– Alice! – ouvi alguém chamar, mas não consegui enxergar quem foi já que minha visão estava embaçada e cheia de pontinhos escuros.

– Quando ela acordar diga que Red mandou lembranças.

Depois disso eu apaguei.

Acordei mais tarde no meu quarto do dormitório com Melody e Pudim ao meu lado, elas me explicaram que fui atacada por dois “ninjas malucos”. Morfeu conseguiu perseguir um deles até desaparecer nas sombras e quando veio me ajudar encontrou com uma tal de Red que estava prestes a me matar.

– Ela mandou lembranças – Melody sorriu tentando em animar.

– O ferimento que ela fez no seu braço vai estar melhor amanhã – Pudim disse de forma tranquilizante – A lâmina estava amaldiçoada, mas eu já dei um jeito de acabar com os efeitos dela em você.

– Obrigada – foi tudo que consegui dizer.

As duas ficaram no quarto me esperando terminar de comer toda comida que elas trouxeram para o jantar e depois de muita briga foram embora para seus quartos. Aproveitei a solidão e peguei o diário que Alex me deu.

A primeira página tinha minha lista de coisas a fazer. Pulei duas folhas e comecei a rabiscar minha primeira confissão.

" A maior ironia da minha vida é que foi a Morte que me salvou de morrer.

Meu nome é Alice, eu descobri que não sou normal e por isso ele me deu esse caderno.

Minha vida se resume a uma grande sucessão de erros e coincidências assustadoras que sempre foram escondidas de mim. Acha que estou sendo dramática? Minha família toda foi morta quando eu tinha cinco anos. Minha melhor amiga parece ter se apaixonado pelo cara mais estranho que já vi e agora ele disse que teremos que fugir para salvar minha vida, mas eu estou cansada de fugir.

O único lugar que era seguro pra mim se mostrou uma ilusão, tudo que sei é que finalmente chegou a hora em que eu devo deixar de ser uma tola garota que não sabe nada e depende dos outros.

Hora da luta."


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Notas finais do capítulo

Ah, só pra avisar: Proibido é um livro da Tabitha Suzuma não fanfic kkkkkk Eu me apaixonei por esse livro e recomendo para todo mundo u_u ( e não estou viciada só porque reli ele três vezes em dois dias, não meeeeeeeeeeeesmo)
O que vocês acham que vai acontecer agora?
Pra quem não acreditou na história do telemarkentig : https://38.media.tumblr.com/310e7834dd4d22ea7333915ebefb07e8/tumblr_ndk8uuH5UW1qft6mco1_500.jpg
eu desenho um pouco melhor que isso ta gente e-e
Beijos com glitter



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