The Forgotten escrita por Panda Chan


Capítulo 22
Olá Wonderland


Notas iniciais do capítulo

Oi gente,
esse capítulo ia ter uma capa.. Ia kkkk Talvez eu edite no futuro, enfim.
Achei bem chatinho escrevê-lo porque vai demorar um pouco pra que vocês entendam o quão importante é uma parte dele
Boa Leitura



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Acordei com mais sono do que um ser vivo é capaz de sentir sem estar em coma profundo.

A cama era muito mais dura do que pensei e por isso passei metade da noite rolando nela. A temperatura durante a noite deve ter chegado perto dos números negativos e aquele cobertor peludinho que eles dão pros alunos não me protegeu nenhum pouco. Obrigada por ter me mandando trazer meu cobertor grosso, Stella.

Metade das minhas coisas ainda estava dentro de caixas espalhadas pelo quarto enquanto a outra metade já estava ocupando seu devido lugar no guarda-roupa.

Um sinal que mais se parecia com um grito soou pelo meu quarto fazendo com que eu caísse da cama diretamente no chão frio e duro.

– Droga – murmurei com a bochecha paralisada pelo frio.

Agradeci mentalmente por ter tomado banho ontem a noite antes da água congelar nos canos, já que agora seria impossível sair do banho sem ter uma hipotermia. Escovei os dentes, arrumei meus cabelos bagunçados, vesti uma blusa verde com um casaco preto por cima minhas calças pretas e botas.

– Nada mal– dei uma rodadinha em frente ao espelho do quarto – Vestida assim até parece uma garota de verdade.

Admito, é estranho me ver com uma blusa que não tem o desenho de um super-herói estampado na frente, mas o que posso fazer se não quero sofrer bullyng de sobrenaturais?

Peguei a bolsa com os materiais que Stella separou para mim e sai do quarto.

Assim que fechei a porta do quarto tive um deslumbre de outras duas moradoras do meu andar. Uma delas era bem mais baixa que a segunda, talvez até mais baixa do que eu!

A baixinha tinha os cabelos magenta com mechas verde limão e uma franja que deixava suas sobrancelhas também pintadas a mostra e seus olhos pretos. Ela se vestia de preto e vermelho e usava um batom rosa que pode ser visto há quilômetros de distância. Sua saia vermelha era tão curta que tive um deslumbre da sua calcinha e fiz careta.

A outra garota tinha cabelos castanhos num tom claro, olhos verdes e diferente da baixinha, tinha um estilo bem comum. Assim como eu usava um casaco, calça jeans e uma bota.

– Minhas roupas encolheram por culpa daquela lacraia! – a baixinha estava enfurecida e mexia suas mãos para dar ênfase no que dizia.

– Calma – falou a mais alta com cara de tédio – Não é como se ela odiasse só você não se sinta especial por isso.

– Você não entende mesmo! – acidentalmente a baixinha acertou o braço da mais alta que a fuzilou com os olhos – Desculpe – murmurou encarando o chão.

As duas ficaram paradas no corredor bem na direção que eu precisava tomar. Encarei meus pés por alguns segundos e suspirei andando em direção a elas que travavam uma batalha silenciosa.

Faltavam dois passos para que eu passasse por elas, nesse momento ambas se viraram para me encarar, surpresas.

– Você é a nova moradora? – perguntou a baixinha.

– Sim – respondi.

– Qual seu nome?

–Alice Knight – minhas bochechas estavam quentes, isso não é hora de ser tímida Alice! – E o de vocês?

– Sou Melody Yang, licantropa– respondeu a baixinha – Essa é a Pudim, uma bruxa.

Pudim? Que espécie de ser se chama pudim?

– Você não disse sua espécie – Pudim me avaliava com o olhar.

– Fada – respondi – Criança das fadas.

– Vocês, fadas, sofrem muito – Melody colocou a mão sobre seu coração, um gesto de solidariedade imaginei – Eu não aguento ser considerada criança até os dezesseis anos e vocês tem que esperar mais de cem!

– É, realmente é um saco – falei de forma mecânica.

Começamos a caminhar juntas pelas escadas que pareciam muito maiores do que ontem a noite.

– É sua primeira vez no Instituto? – Melody era bem mais amigável que a Pudim. E que raios de nome é pudim?

– Sim. Eu morava no mundo humano com minha tia até pouco tempo.

– Uma fada no mundo humano? – Pudim ergueu uma sobrancelha- Pensei que todas morassem nas cidades sobrenaturais.

– Normalmente sim, mas eu não sabia sobre meu lado sobrenatural e só descobri quando minha melhor amiga foi transformada em uma vampira.

– Coitadinha – Melody parecia comovida com minha história – Sua tia deve ser uma mortal muito boba pra não perceber que você é sobrenatural!

Resolvi não contraria-la, se o que Alex me disse for verdade lobisomens e vampiros sentem quando as pessoas estão mentindo pela pulsação em suas veias.

Sem perceber já estava andando pelos corredores do Instituto ao lado das minhas “colegas de corredor”. Melody me explicava onde ficava cada sala, quais professores eram mais chatos (de acordo com ela nenhum deles é legal) enquanto Pudim se mantinha calada o caminho inteiro e sempre que possível me olhando de forma estranha.

Descobri que estava na mesma turma que Melody na primeira metade do dia, a que é reservada para matérias como história sobrenatural, línguas, conhecimentos gerais e até matemática!

Melody cumprimentava todos que passavam no corredor, sem dúvida alguma ela é considerada especial por grande patê da escola igual a Nana.

Senti meu coração se apertando ao lembrar da minha querida amiga loira bobona.

– Você está bem? – perguntou a loba com seus olhos puxados fixos nos meus.

– Sim – respondi.

Sua descendência asiática me lembra tanto Aline, quase senti outra pontada de saudade no peito. Quase.

Entramos na sala que era idêntica a de uma faculdade daqueles que vi em filmes, sentei ao lado de Melody que sorriu e logo abri meu caderno com joaninhas desenhadas vindo diretamente da lojinha de variedades perto de casa.

– Cadernos do mundo humano são tão diferentes dos daqui! – ela ergueu seu caderno que mais parecia um livro antigo com capa de couro – Nunca tive um caderno com desenhos nas folhas.

Não pude dizer nada para respondê-la ou comentar porque uma figura gordinha e baixinha entrou na sala. Era uma mulher, os cabelos cortados num estilo chanel perfeitamente reto e óculos que lembravam fundo de uma garrafa de refrigerante

– Abram seus cadernos e preparem o material! Vou tentar colocar um pouco de conhecimento nessas cabeças ocas de vocês.

Melody rabiscou apressadamente um bilhete e me entregou.

“Essa é a professora de matemática. Não respire muito alto ou pode levar uma suspensão”

Ótimo, pensei.

Autora

Aquele não era um lugar onde uma garota frágil deveria estar, ainda bem que ela não era uma garota frágil.

Vestida inteiramente de preto e segurando uma katana ela se movia tão rápido que seus inimigos mal conseguiam distingui-la das sombras que os cercavam.

O lugar era perfeito: um galpão abandonado, as luzes do lugar estavam piscando e ameaçando apagar.

Ela parou no centro do galpão observando seu belo trabalho, dos dez inimigos que tinha agora só restavam dois que e eles ainda estavam feridos. Moleza! Pensou enquanto erguia novamente sua katana esperando o próximo ataque.

O ataque veio mais rápido do que ela imaginou e foi dos dois homens que mal conseguiam se manter em pé. Um veio da esquerda e outro da direita, com um sorriso de escárnio ela jogou a katana para o alto e os atacou.

O primeiro foi o homem que vinha pela esquerda, ela correu até ele e chutou seu queixo. O homem, desnorteado, deu alguns passos para trás sem imaginar que ela seria rápida o suficiente para chegar até suas costas e com um clac horrível quebrar seu pescoço.

Só falta mais um.

O homem da direita jogou uma adaga na direção dela, porém, tudo que ele cortou foi um pouco das pontas do cabelo da garota. Isso a irritou profundamente. A adaga não chegou a tocar o chão, a garota a pegou antes e a jogou diretamente no coração do rapaz que caiu sem entender o que o atingiu.

Ela caminhou calmamente até o centro do galpão parou olhando para o alto e esperando. Não demorou muito para a katana vir em sua direção, ela pegou como se fosse uma bolinha de papel e não uma arma que poderia decepar um de seus braços.

Ela se sentou no chão e jogou a cabeça para trás, estava começando a suar e o suor a irrita muito. Sorriu ao ver os corpos dos dez homens mortos espalhados pelo galpão, ela tinha a consciência limpa.

– Uma assassina não pode ter sentimentos – murmurou – Nem arrependimentos.

Pegou a mochila que tinha sido jogada em um canto qualquer quando chegou na emboscada e de lá tirou uma garrafa de água.

– Muito bem, Red – ela se virou com a katana apontada para o homem que chegou sem fazer barulho.

– Você quer morrer, Zero? – ela suspirou e usou a katana para cortar fora a tampa da garrafa de água.

– Existe uma coisa chamada tampinha, é esse treco branco que fica em cima da garrafa, diz a lenda que se você colocar um pouco de força e gira-la ela magicamente sai e você pode beber a água e depois até reutilizar a garrafa.

Red encarou o homem com uma expressão entediada. Homem? Não, para ela aquele homem seria sempre um garoto. Ela conhecia Zero há uma eternidade, treinaram e cresceram juntos. Ele é o que ela tem que mais se aproxima de uma amigo.

Com seus cabelos prateados, olhos lilás e a pele pálida, Zero parece um adolescente musculoso e corajoso. Um homem. Mas seu jeito brincalhão e sua postura relaxada conseguiam estragar essa imagem de homem, pelo menos para Red era assim.

– Você não precisa falar comigo como se eu não fosse uma pessoa civilizada – murmurou enquanto jogava a garrafa vazia na cabeça do garoto.

– Isso teria doído se eu não estivesse acostumado com os seus socos – Zero sorriu. Ela não.

– Por que você está aqui?

– Vim te trazer um recado – sua fisionomia agora estava séria automaticamente os músculos de Red se enrijeceram – A garota, Alice Knight, está no Instituto.

Red tentou disfarçar a surpresa ao ouvir essa notícia.

– E o shinigami? – fingiu desinteresse.

– Ele não está com ela.

– Então eu devo ir até ela.

Red não precisou se virar para saber que Zero estava a encarando com pena. Um assassino não pode ter sentimentos ou arrependimentos, mesmo tendo crescido juntos para Zero isso era uma tolice enquanto Red acreditava que esse era seu mantra sagrado.

– Um avião te espera no aeroporto. Pode dizer adeus ao Japão e olá para Wonderland.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Eu sou tão criativa que dei o nome da minha sobremesa preferida pra uma bruxa kkkkkk
Red é diva, apenas
Bem deixem suas opinioes em reviews.
Obs: vocês querem que eu pare com a fic? notei que muitos leitores perderam o interesse
Beijos



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