Let It Snow - Natal das Sagas escrita por River Herondale


Capítulo 1
Os Marotos


Notas iniciais do capítulo

Primeiro conto!Eu escolhi os Marotos porque eu sou absolutamente apaixonada por eles *u* (certo, eu sou apaixonada por eles, menos pelo Rabicho) então eu senti que eu precisava escrever o meu primeiro conto deles. Espero que gostem :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/450573/chapter/1

Juro Solenemente que este será o melhor natal que Hogwarts já viu

Era véspera de Natal e James passara a noite acordado orquestrando o melhor natal. Ele e seu melhor amigo Sirius decidiram que neste ano não voltariam para casa ver os pais (mesmo para Sirius, que fugira de casa para morar com James) e comer pernil. Não. Este ano eles passariam em Hogwarts com os amigos Remus e Peter (E Lily, claro. Não poderia se esquecer de sua linda namorada ruiva), comeriam o banquete feito pelos elfos domésticos e passariam a manhã do dia 25 aquecidos abrindo presentes no salão comunal. Era algo “chaaaato”, como o próprio Sirius dissera. Eles precisavam diferenciar e criar um natal inesquecível, o melhor natal que os alunos de Hogwarts teriam o prazer de ter.

– Não foi tarefa fácil convencer meus pais para me deixarem passar o natal deste ano em Hogwarts – repetia Remus pela milionésima vez. – Espero que o que quer que vocês estejam planejando dê certo.

Sirius mexia no grande caldeirão que haviam pegado da sala de poções uma mistura muito curiosa. Havia semanas que Sirius e James planejavam isso e tinha que dar certo.

– Bem, meu querido amigo portador de licantropia – começara Sirius, enquanto estendia o braço para pegar mais um frasco de cor verde-musgo. – Não é nossa culpa se você tem pais super protetores, que não conseguem ficar um feriado prolongado longe de seu filho metade homem. Mas acredite: você terá boas memórias neste natal para contar a sua prole de filhotes peludinhos.

James ria ao notar a cara estupefata de Remus.

– Por Merlin, Sirius! Eu nunca poderia ter filhos com essa maldição que há em mim...

– Nós entendemos, Aluado. Tem como você ver se o Rabicho está fazendo seu trabalho direito? – pediu James, colocando sua mão no ombro do amigo.

Os quatro garotos estavam escondidos na Casa do Grito, um apelido muito fofo dado a casa por culpa da versão lobisomem de Remus. Peter guardava a entrada da casa que ficava no Salgueiro Lutador para ter certeza que estavam seguros de qualquer invasor (ou algum fofoqueiro que quisesse acabar com seus planos natalinos).

– O que acha? – perguntou Sirius, levantando a concha com o conteúdo esverdeado na direção de James.

– Urgh, está tão fedido quanto bunda de trasgo, pode ter certeza. Eu não vejo a hora de dar “Feliz Natal” para os sonserinos.

Sirius riu, voltando a misturar o conteúdo no caldeirão.

– Não sei se é uma boa ideia.

–Por quê? Almofadinhas, não vem me dizer que está com dó da casa de sua família? – disse James estupefato.

– Não é isso, Pontas! – falou Sirius, aumentando o volume da voz. – Não é por mim, mas sim por você.

– Eu não ligo para os sonserinos. Quero mais é que eles se ferrem.

– Eu sei, mas e a Lily? Ela vai te matar, meu caro.

– Ela nem conseguirá falar depois que eu der meu presente para ela, duvido que me mate.

Remus voltou correndo para a casa dos gritos, acompanhado de Peter. Em suas mãos estava O Mapa Do Maroto. Remus deu o mapa para James e apontou em um canto de dentro do castelo, próximo aos banheiros.

Era Lily.

E Snape.

Os olhos escuros de James enfureceram. Ele odiava que sua namorada conversasse com Snape, pois claramente aquele ranhoso nutria sentimentos pela sua garota. Ele não podia aceitar.

– Acho que alguém está querendo ganhar seu presente de natal adiantado. – disse James, entregando o mapa para Remus. – Sirius, vem comigo. Precisamos dar um novo penteado para aquele ranhoso.

– Eu. Estou. Criando. Uma. Poção. – disse Sirius lentamente, tentando mostrar indiferença.

– Rabicho, por favor, cuide da poção do Sirius enquanto nós estivermos ausentes? Obrigado.

Enquanto saíam pelo Salgueiro Lutador com a capa da invisibilidade de James, Sirius tentou não encostar tanto em James. Eles já estavam grandes e a capa agora ficava pequena para os dois juntos. Sirius sussurrou no ouvido de James:

– As pessoas já nos acham nossa amizade um tanto próxima demais, principalmente agora que eu moro com você. Se eles soubessem em como estamos juntinhos agora... – Sirius riu, fazendo com que uma nuvem formasse entre sua boca e o ouvido de James.

– Eu tenho namorada, já você não, seu cachorrão. Agora estou pensando bem na probabilidade de você desejar meu corpo nu.

– Eu já te vi nu, James, e não, eu não desejo.

James parou abruptamente para poder encara-lo.

– Você viu o quê? Como seu bastardo...

Antes que Sirius pudesse responder, eles chegaram próximo dos banheiros onde estava Snape e Lily.

Lily segurava uma pequena caixa. Um presente, obviamente. James se segurou para não ir imediatamente atrás de Snape e bater naquele narigão.

– Eu já disse, Severus, eu fiquei este ano na escola para poder passar as férias com as minhas amigas.

– Com as suas amigas ou com seu amigão, Potter? – perguntou Snape, para o desgosto de James.

– James e eu namoramos, então de qualquer modo nos veríamos no natal. Me desculpe, Severo, mas preciso ir...

– Não! Por favor, Lily, você anda muito estranha ultimamente comigo. Você nunca conversa comigo por mais de cinco minutos.

– Eu sempre converso com você, Sev! Eu sempre te cumprimento nos corredores, é você que não dá bola para mim.

– Mas você sempre está com ele nesses momentos...

O ele, é claro, era James. James via nos olhos de sua namorada que ela estava triste. Ele mais do que nunca queria dar uma surra em Snape por sempre deixar sua namorada magoada.

– Preciso ir, Sev. Eu e minhas amigas iremos nos arrumar juntas no nosso quarto para ficarmos bonitas na hora do banquete. Te vejo lá, ok?

Lily hesitou antes de sair. Provavelmente queria abraçá-lo, mas estava constrangida demais para isso.

– Vejo que vai passar esse natal em Hogwarts, Ranhoso! Por quê? Tem medo que eu ataque sua pequena Lily se você estiver longe? – Provocou James, se despindo da capa da invisibilidade e encarando Snape.

– Eu não tenho tempo a perder com você, Potter. – disse Snape, que segurava seus livros contra o peito se afastando do corredor dos banheiros.

– Não, você fica aqui! Estamos perto do banheiro, que tal lavarmos seu cabelo na privada? – propôs James. Sirius ria ao seu lado esquerdo.

– Você não vai fazer isso...

– Sirius – pediu James.

Sirius Segurou Snape pelos ombros e o levou junto com James o banheiro.

Abrindo a tampa do vaso sanitário, Sirius segurou uma mecha de cabelo de Snape e afundou a cabeça do garoto na privada. James ria enquanto apertava a descarga diversas vezes, vendo o cabelo seboso do garoto se molhando com a água fedida.

Quando Sirius finalmente levantou a cabeça de Snape do vaso, Snape golpeou sua barriga, fugindo do banheiro, deixando seus livros no chão sujo. Os dois garotos riam com prazer.

Voltando para a Casa do Grito, James e Sirius notaram que Remus quem mexia no caldeirão, ao invés de Peter.

– Peter quase destruiu a poção – disse Remus, enquanto mexia. – Eu tive que adicionar mais daquilo ali, se não daria certo. – acrescentou Remus, apontando para um frasco ao lado do caldeirão.

– Ótimo. Falta muito? – perguntou Sirius, passando a mãos pelos cabelos negros.

– Na verdade não. Se quiser já podemos colocar nos frascos.

Os quatro garotos então trabalharam juntos, organizando a poção e voltaram para o salão comunal.

Os quatro que dormiam no mesmo dormitório, começaram a se aprontar. Estava um frio congelante, por isso precisavam se agasalhar (mesmo que o castelo fosse cheio de lareiras, este ano estava tão frio quanto os anos passados).

– Não! – James pôde ouvir Sirius gritar. – Lupin, você parece um fracassado com esse casaco ridículo! Por Merlin, tem como você se vestir descentemente?

Remus olhou para sua roupa tentando encontrar algo de errado. Ele estava com calça marrom, blusa de flanela xadrez escura e um casaco que era seu pai quando jovem. Não havia nada de errado.

– Você está querendo dizer que eu sou fracassado? Pois eu sempre me visto assim, então eu sempre sou um fracassado – disse Remus, alisando o casaco que cheirava a sua casa lembrava seus pais.

– Exatamente. Lupin, você sempre se veste como se tivesse sessenta anos e cara, você tem dezesseis. Com essas roupas, essa postura, esse seu cabelo mal cortado e essas cicatrizes horrendas você nunca vai arrumar uma namorada, cara.

– Obrigado cara, de verdade. – disse Remus, pouco se importando com a opinião de Sirius.

– Estou querendo dizer que você tem que ficar bonito porque, eu juro, depois do que a gente vai aprontar nesse natal vai chover gatinhas.

Sirius abriu seu baú e tirou de lá um de seus casacos e camisas. Ele jogou no colo de Remus e disse:

– Vista isso e você vai se ver pela primeira vez atraente. – disse Sirius, sorrindo torto.

– Você está dizendo que eu seria bonito se eu não sofresse de mutação licantropa uma vez por mês?

– Eu acho que sou seguro o bastante quanto a minha masculinidade para aceitar que sim, você seria.

– É que você não ficou sabendo que uma garota da Corvinal que está na classe de História da Magia do Aluado está apaixonada por ele. – disse Peter, rindo enquanto abotoava sua camisa.

– Cale a boca, Pettigrew. Ela é só uma amiga. E é claro que se ela soubesse que sou um mostro ela me odiaria.

– Dizem que ela só gosta de você porque você é inteligente e “um tanto irreverente”. – disse Peter, rindo novamente após imitar a voz da garota na última frase.

– Que seja, só sei que só estou me arrumando para não ficar mal vestido no natal.

Todos os alunos da Sala Comunal saíram em fila quando chegou a hora do banquete de Natal. Eram poucas, para a tristeza de James, que gostaria que mais pessoa vissem o que faria, mas era o suficiente para a diversão. As últimas pessoas a saírem foram Lily e suas colegas de dormitório.

James tentou se segurar, mas Lily estava tão linda que sua boca ficou escancarada quando ela surgiu. Seus longos cabelos acajus estavam bem penteados, caindo como cascata pelos ombros delicados. Ela usava um belo suéter vermelho e uma saia grossa com meias calças. Seus sapatos de boneca e sua boca rosada fazia com que parecesse uma pintura. James podia jurar que nunca tinha visto nenhuma garota tão fascinante antes.

Ele e seus amigos não estavam mal vestidos também. Todos estavam com cabelos bem arrumados (Menos ele, óbvio. Ele adorava o estilo “acabei de sair de uma partida de Quadribol, por isso o cabelo bagunçado”). Ele se aproximou de Lily e deu um beijinho na bochecha de sua namorada.

– Vamos, Srta. Evans? – perguntou, segurando na mão da namorada;

– Vamos, Sr. Potter. – ela respondeu com um sorriso.

O banquete era enorme. Comida não parava de surgiu na mesa. James estava sentado ao lado de Lily e Sirius e na sua frente Remus e Peter. Lily bebia seu suco de abóbora enquanto ouvia a história de Sirius sobre o pior natal do ano.

– Meus pais sempre com essa mania de “família puro sangue” e então reuníamos toda a família para comemorar o natal. Minhas tias velhas sempre de cara feia e meus tios discutindo política enquanto bebiam whisky de fogo. Era uma grande chatice! Minha prima Bellatrix então, ela conseguia ser mais chata que Narcissa. Aquele ano eu fiz algo que de acordo com minha mãe, eu destruí o natal! Eu tinha 11 anos e todos olhavam feio para mim por eu ser um Black da Grifinória. Bella me provocava por causa disso e eu era um moleque inexperiente! Do nada seu nariz se transformou em um bico de pato e a garota teve que gritar como uma louca para todos que eu havia destruído sua bela face. Depois de meus tios arrumarem meu erro no rosto de Bella, eu fiquei de castigo e vi os fogos de artifício da meia noite pela janela do meu quarto. Foi uma droga, mas pelo menos eu não precisei desejar “feliz natal” para nenhuma das minhas tias rabugentas.

Quando todos comeram até precisarem abrir os botões das calças, James sentiu que esse era o momento para fazer sua surpresa.

– Remus – começou James, olhando para o amigo que estava sentando na sua frente, destraído. – Hum, o que você acha de ver do que são feitas aqueles Papais Noeis voadores perto da imensa árvore de natal?

Remus captou a mensagem imediatamente.

– Eu estava mesmo querendo observar aquelas figuras vermelhar voadoras, meu caro Potter. Como você me conhece!

– Eu sei, eu sei. Você é um tipo de nerd irritante que precisa entender tudo então achei que esse enfeite traria sua atenção.

Remus sorriu amargo para o amigo e foi atrás do que tinha que ver.

– Peter, o que você acha de ir junto com Remus?

Peter se levantou imediatamente com um pulinho e se distanciou.

– Quando você quiser, Black. – Sirius sorriu maliciosamente.

Um som de explosão atingiu os ouvidos de todos no Salão Principal. Os professores olharam curiosos para entender da onde vinha o som. Foi então que uma grande mensagem em vermelho surgiu flutuando no ar. Estava escrito:

FELIZ NATAL A TODOS!

ASS: MAROTOS

OS: MENOS PARA VOCÊS, SONSERINOS.

A mensagem rodopiou no ar. Muitos bateram palmas, menos alguns da Sonserina, que estavam perplexos demais.

Outro barulho de explosão. Todos os Papais Noeis voadores começaram a voar até a longa mesa da Sonserina e se explodiram. Uma substancia verde saiu de dentro das figuras, caindo nos sonserinos. Imediatamente os sonserinos começaram a gritar.

– O que você fez, James? – perguntou Lily, horrorizada.

– Uma poção simples que os deixarão com coceiras por um mísero minuto.

– Vocês tomarão detenção. – Lily disse, nervosa.

– Foi por um bom motivo, Evans. – James sorriu e olhou para ela novamente. – Agora el grand finale.

As bolas de natal da grande árvore começaram a brilhar, mudando de cor alegremente. Todos no salão pareciam estar adorando o que viam. Haviam saído do comum e isso era incrível.

– Estou achando tudo isso muito legal, mas eu prefiro você. – disse James, depois de olhar seu feitio. – Vamos sair daqui?

Lily que parecia irritada, concordou. James podia ver que por mais que ela achasse inadmissível o que ele fazia com os sonserinos, ela o amava.

De mãos dadas, os dois saíram do Salão Principal e no corredor colocaram a capa da invisibilidade para irem a algum lugar particular.


A Sala Comunal estava vazia. James e Lily sentaram no sofá e Lily o beijou.

– Vou buscar seu presente de natal. – disse ela.

– Mais um? O beijo já é um presente surpreendente. – disse James, ajeitando os óculos que ficaram tortos após o beijo.

– Um presente tão surpreendente.

– Também vou buscar o seu. – disse ele.

Os dois voltaram juntos e Lily segurava seu presente atrás de suas costas. James fazia o mesmo.

– Quando eu falar já nós entregamos juntos, ok?

– Ok. – respondeu James.

– Um – Lily começou.

– Dois – disse James

– Três – eles disseram juntos.

Cada um trocou os presentes e abriram.

James havia ganhado uma miniatura muito bonita de uma vassoura. Lily mostrou a ele em como fazer o artifício voar. Junto também tinha um porta-retratos com uma foto dos dois no começo de dezembro. Tudo parecia perfeito.

– Agora veja o que tem dentro do meu presente.

Lily olhou para ele com afeto e sorriu. Quando destampou a caixa seus olhos brilharam: era um colar.

– É lindíssimo, Jamie! – disse Lily. James não pôde deixar de sorrir com o apelido fofo.

– Vamos, deixe-me colocar eu você.

O pingente do colar era dourado. Era uma flor (um lírio, para ser mais específico) com pedrinhas esmeraldas (combinavam com os olhos de Lily)

James abriu o colar enquanto Lily afastava o cabelo da nuca. Vendo-a fazendo isso deixou James com calor. Como ela era linda. Ele então pôs o colar no pescoço branco da amada e a beijou.

– Raios, você me deixa louco, sabia? – disse James durante um dos beijos que deram naquela noite.


Antes que desce meia noite, James e Lily desceram para ir ao Salão Principal novamente. Todos estavam comendo sobremesa enquanto ouviam músicas de natal. James se aproximou de Sirius que parecia entretido em observar Remus, que estava sentado na mesa da Corvinal.

– Eu falei para ele. – disse Sirius. – Falei que ele não precisava ter nada com a garota da Corvinal, mas que conhecê-la não seria nada demais.

– Ele está vermelho – comentou Lily, que sorria radiante com o colar em seu peito.

– Ele nunca beijou, eu acredito. – comentou Sirius, segurando-se para não rir de deboche. – Anote aí em nossas próximas missões, Pontas: Antes do aniversário de dezessete anos de Lupin, ele tem que dar um beijo.

– Está anotado, Almofadinhas.

Quando faltava apenas dez segundos para virar dia vinte e cinco, todos os alunos se levantaram e começaram a contar:

10, 9, 8, 7...

3, 2, 1

Gritos se espalharam pela sala. Lily virou-se e beijou James:

– Feliz Natal, Potter.

– Feliz Natal, Evans. – disse James, dando outro beijo entre um abraço apertado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim!Amanhã eu posto mais contos, ok? Reviews pls eu amo reviews :3