O Senhor de Gondor escrita por Will Snork


Capítulo 30
Capítulo 4 - Um Dia de Morte




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Ao nos aoroximar de Minas Tirith, conseguimos escutar gritos de uma batalha acontecendo, então apressamos os passos. Quando descemos a estrada de Ithilien do Norte, Glorick reconheceu o povo anão que estava em batalha.

— São os anões de Grodrick, Barba Vermelha. - disse ele.

Descemos a colina e confrontamos o exército dos orcs pela lateral, os Hobbits eram valentes e habilidosos, mas o alcance de suas espadas não eram tão longos assim. Tuandil estava sempre ao lado deles, os protegendo de qualquer ataque.

Glorick entrou como um furacão em meio aos orcs, ele corria em direção a Grodrick, eliminando os orcs em seu caminho. Conduzindo o exército estava Aratus e eu, com Hildwyn nos cobrindo usando suas flechas.

Abrimos um buraco no exército de orcs, nossa chegada foi uma surpresa para eles. Mas os meio-orcs perceberam a nossa presença, e Glorick encontrou em seu caminho, Knarf.

Knarf usava duas espadas, mas elas eram diferentes, ao invés de lâminas afiadas, ele usava serras, pois gostava de causar dor aos seus inimigos.

Glorick tentou atacá-lo com seu machado, mas Knarf o bloqueou, e em seguida desferiu um golpe no grande anão, que teve o rosto cortado. Mas não foi algo muito grave. Glorick limpou o sangue, porém ele não parava de escorrer em seu rosto e manchar a sua barba, então Knarf fez outro ataque enquanto ele se distraia, mas usando a parte cega de sua espada, acertando o rosto de Glorick novamente e o derrubando ao chão.

Knarf se aproximava de Glorick enquanto imaginava formas de eliminá-lo dolorosamente usando suas serras. E um golpe de um machado rápido e poderoso veio em sua direção, porém ele foi rápido para defender com sua espada. Mas foram vários golpes simultâneos, feitos enquanto Grodrick pulava sobre ele, ate que uma das espadas de Knarf foi quebrada.

Grodrick logo aproximou-se de Glorick e o chutou em seu estômago antes de ajudá-lo a se levantar.

— Vamos seu inútil. Você irá perder para um verme como esse? Você mancha a imagem dos anões. - disse Grodrick.

E com muita raiva Glorick levantou-se e encarou seu irmão. Esquecendo até mesmo que Knarf estava ao seu lado, e enfurecido após ter uma de suas espadas quebrada.

Os dois se voltaram para Knarf, e juntos o eliminaram facilmente. E assim morreu Knarf, derrotado pelos dois anões.

A batalha continuava, e o rosto de todos já demonstrava cansaço. Junto a Hildwyn e Aratus, me aproximei de Glorick e Grodrick.

— Barba Vermelha? - perguntei ao anão.

E ele me olhou de cima a baixo com desprezo.

— O próprio. - respondeu ele com sua voz grossa.

— Por favor, retire seus homens daqui. Vamos nos unir em Rohan, temos um exército que pode ajudá-los nessa batalha. - eu respondi para tentar convencê-lo.

Então o anão soltou um riso.

— Eu não preciso de ajuda de ninguém. - concluiu ele.

Então há nossa frente nesse momento dois meio-orcs pararam; e não se tratavam de apenas dois meio-orcs, eram Kazurk e Dwrak, os mais poderosos entre eles.

Kazurk segurou firme a sua laça, e tentou me atacar, pois eu era o seu principal alvo. Mas Glorick impediu. Então Dwrak também tentou usar o seu machado, e Aratus entrou em frente para segurar, porém Dwrak era muito forte, e assim Hildwyn também tentou ajudá-lo.

Ao ver aquilo, desembainhei a espada que havia recebido de Olórin, a Espada dos Ventos. Ela emitia um brilho azulado, e demonstrava grande poder. Porém eu ainda não conseguia utilizá-lo. Tentei fazer algum tipo de vento, mas ela era apenas uma espada normal em minhas mãos. Então me lembrei de Tom Bombadil, e me perguntei como ele conseguia utilizá-la tão facilmente.

Mesmo assim a espada ainda era resistente e muito afiada, ataquei Dwrak antes que conseguisse derrubar Aratus. Quando a espada encostou em seu machado, ele recuou, pois havia percebido o seu poder.

Mas Kazurk não temia a espada, e me atacou com sua lança, porém consegui me defender sozinho dessa vez. Assim Grodrick também entrou em batalha, e por algum tempo tentávamos lutar todos nós contra os dois meio-orcs, mas era quase impossível tentar atingi-los, mesmo em maior nimero.

Eles eram habilidosos, mesmo em grande número eles persistiam. Mas ouve um momento que Kazurk foi pressionado por mim, Grodrick e Hildwyn, e consegui acertar o seu braço com minha espada, fazendo-o um ferimento grave, e o deixando incapaz de segurar sua lança e lutar.

Dwrak observou Kazurk ser ferido, e ficou contente com aquilo, e logo após chutou Aratus com seu grande pé, acertou Glorick com força utilizando o cabo de seu machado, jogou para os lados Hildwyn e Grodrick, e ergueu o machado a cima de mim.

Não ouve muito tempo para desviar, percebi o grande meio-orc cheio de músculos se erguer em minha frenre como uma montanha ofuscando o sol em suas costas, e com seu poderoso machado ele me atacou. Consegui segurar a lamina com minha espada, mas fui arremessado metros a distância.

Ele caminhava até mim novamente. Eu segurava o meu braço com muita dor, pois ele havia se deslocado com a pancada. Dwrak se aproximou de mim, e colocou o pé sob minha cabeça e apertou, afundando meu rosto na lama enquanto ele ria.

Ele ergueu novamente seu machado, mas antes de me acertar, Aratus entrou em seu caminho, bloqueando seu machado com sua espada. Porém Dwrak havia colocado quase a mesma força que usou em seu último golpe, e quebrou facilmente a espada de Aratus, assim o acertando no peito.

Quando Aratus foi atingido, me levantei imediatamente. Me dirigi até ele e o segurei enquanto ele caia de joelhos no chão.

— Aratus, não morra! - eu disse a ele enquanto meus olhos entravam em lágrimas.

Ele segurou-se em meu braço e disse:

— Sobreviva, meu rei.

E assim em meus braços morre Aratus, filho de Gondor.

A fúria tomou conta de meu ser; segurei a Espada dos Ventos com o braço esquerdo, e senti que ela estava pesada e tremia, e seu brilho havia aumentando de forma surpreendente.

Dwrak observou aquilo e deu um passo para trás, pois começou a ventar fortemente e o céu a escurecer, raios azuis cortavam as nuvens negras. Os orcs que estavam ao meio da batalha pararam para olhar o céu, e assim começaram a recuar para Minas Tirith.

Dwrak e Kazurk permaneciam ali, porém Kazurk estava ferido, e Dwrak colocava sua mão em frente ao rosto para se proteger dos ventos. E então ele novamente segurou o seu machado, e saltou em minha direção. Porém antes mesmo de me encostar, eu golpeei o vento com minha espada, assim cortando o braço de Dwrak à distância.

Ele ficou em choque, e olhava a minha expressão de crueldade. Ele sabia que não conseguiria vencer a Espada de Manwe. E assim se ajoelhou no chão e colocou seu machado de lado, abaixou sua cabeça, dando um sorriso para Kazurk como se estivesse dizendo para ele "Eu o venci."

Golpeei o vento novamente com força e raiva, e um poderoso vento cortante foi liberado, acertando-o no peito. E assim caiu Dwrak, o meio-orc que invejava Kazurk.

Porém, insatisfeito com isso, e com uma sede de vingança que dominava o meu ser, caminhei até seu corpo e decapitei sua cabeça, então a ergui e soltei um poderoso grito de fúria. Enquanto o exército de orcs recuava para Minas Tirith. Kazurk se levantou e correu junto aos outros.


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