Alinhamento Astral. escrita por Luali Carter, Rocker


Capítulo 24
Epílogo - Onde Deveríamos Estar


Notas iniciais do capítulo

N/Rocker: Acreditem, ter que marcar o "Sim, essa Fanfic está concluída" foi mais difícil para mim do que para vocês. Quase dois anos e fanfic e ela ainda está muito bem marcada em minha memória. Não vou escrever um texto grande, como geralmente faço, dessa vez deixarei para a Luali, já que é a primeira vez que ela faz isso. Mas devo dizer que adorei escrever cada capítulo e responder cada comentário. Obrigada por nos acompanharem até aqui! ♥
Ps: esse foi o único capítulo escrito por nós duas, espero não decepcionar ;)

N/Luali: Escrever Alinhamento Astral não teve preço. Foi a primeira vez que eu consegui escrever algo por inteiro. Sempre que eu começava algo, desistia. Nunca achei que escrevesse bem e com a ajuda de uma pessoa muito especial eu comecei a confiar em mim mesma e juntas escrevemos uma história de amizade e amor. E com o tempo nossa amizade foi ficando cada vez mais forte. Comecei a acompanhar cada história dela e, às vezes até ajudava em alguma coisa. Mas a melhor coisa que já fiz com a Tris foi escrever AA. Vou sempre sentir falta das longas discussões sobre o que seria o próximo capítulo. Foi especial pra mim cada comentário e favorito que recebemos. É muito importante para mim esse apoio de todos vocês.
Desculpa pela demora para postar o último capítulo. São muitos problemas pra digerir. Tantas coisas acontecendo na minha vida. Cada decisão que eu tomar de agora em diante será decisiva, então eu peço perdão pelo atraso. E agradeço do fundo do meu coração toda a atenção e carinho que recebi. Principalmente a paciência de cada um de vocês, inclusive da Rocker. Que quando eu estava com medo de começar a escrever me incentivou e me ajudou a chegar onde cheguei.
Espero que a Lua e a Charlie tenham marcado todos do mesmo modo que sempre serão um pedacinho de mim. Isso não é um adeus. É um até logo. Porque sempre estarei pensando no futuro dessas amigas que estarão unidas até o fim dos tempos.
Até logo. Beijos da Lua!!!



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Epílogo - Onde Deveríamos Estar

LUA

"Oi mamãe,

Eu sei que onde quer que você esteja, está me vigiando a todo instante. Sinto sua falta, mas agora tenho muitos amigos para me distrair. Agora tenho um namorado que cuida de mim, um irmão lerdo e ciumento e um pai que me trata como uma princesa (ele diz que eu sou a filhinha dele e que ele deve me proteger). Tenho a Charlie também, que é minha melhor amiga e minha irmã, mas ela eu já tinha desde os tempos da Caçada.

Acho que sua ausência eu sempre vou sentir. Acho que a dor não passa. Mas rodeada de tantas pessoas boas e que me fazem bem, eu me sinto amada e completa.

Você iria adorar conhecer o Leo. Mamãe, ele me faz tão feliz! Eu queria que você estivesse aqui para conversarmos. Sabe, aquela conversa? Que toda mãe tem que ter com a filha sobre... Certa coisa que os namorados fazem? Talvez possa estar na hora. Sinto que com Leo eu posso fazer qualquer coisa. Eu confio nele. É vergonhoso falar disso, mas talvez eu sinta que esteja pronta.

Estou escrevendo porque acho que foi o modo que eu encontrei de me sentir próxima de você. Eu queria que você apenas soubesse o quanto estou feliz e o quanto minha vida está sendo divertida.

Eu te amo, mamãe. Do fundo do meu coração. Sempre vou te amar, mesmo que uma doença tenha te tirado de mim.

Com todo amor e saudade

Luali Carter"

Assim que terminei de escrever a carta, guardei meu caderno e ouvi alguém entrar no Chalé. Pelo canto do olhos, pude ver que era Percy e que ele estava tentando me dar um susto. Será que o lerdo não percebeu que não dá para me pegar desprevenida não? Enquanto ele se aproximava, me concentrei na fonte de água no canto do Chalé. Controlei a água, deixando-a preparada bem acima do estranho do meu irmão. Ele deu um passo e deixei a água cair na cabeça dele. Claro que ele não s molhou, porém valeu a pena ver a cara de frustração que ele fez.

Comecei a rir feito louca.

– Será que você nunca baixa a guarda? - ele perguntou, aparentemente decepcionado.

– Percy Jackson, aprenda: eu já fui uma Caçadora. E uma Caçadora nunca abaixa a guarda. Principalmente se o irmão mais velho é um retardado que tenta te assustar a cada cinco minutos. - eu disse entre risos.

– Tudo bem! Eu supero. - ele disse com aquela carinha que derrete o coração de qualquer um, menos o meu.

– É assim que se fala! - eu disse, me virando para a porta. - Vou encontrar a Charlie, tchau! - completei, saindo do Chalé.

~*~

Charlie estava na Arena, treinando. Ela estava tão distraída que não percebeu quando eu cheguei. Saquei a espada do que meu pai me deu, aproximando-me, e cortei a cabeça do boneco. Charlie pulou de susto e se virou, lançando-me um olhar mortal. Comecei a rir, logo em seguida ela também riu.

– Desgraça! Quase me vez ter um ataque cardíaco, e eu estou nova demais pra isso! - ela disse, parando de rir e tentando fazer uma cara séria.

– Você ficou mais branca que seu namorado, Charlie. E por falar em Nico, gostou da surpresa?

– Foi perfeita! - ela disse com um sorriso tímido.

As mechas de seu cabeço estavam vermelhas e seus olhos estavam rosados. Seu rosto, que até a pouco tempo estava pálido, agora tinha um leve rubor.

– Não sei se é porque te conheço bem ou porque você não sabe esconder as emoções, mas tenho a impressão de que aconteceu alguma coisa a mais ontem. - falei, semicerrando os olhos e num tom acusatório. Charlie apenas ficou mais vermelha e acrescentei: - E ninguém me contou nada.

– Juro que não faço ideia do que você está falando, Carter. - ela deu de ombros, tentando disfarçar.

– Você não me engana, Hastings. Você nunca fica envergonhada. Só quando o Nico está envolvido. Anda, pode começar a falar!

– Okay... Quando eu cheguei no Chalé dele, estava lindo. Velas, flores azuis... Mas isso você já sabia, né. - apenas assenti, e fiz sinal para que ela continuasse. - Ele falou coisas lindas e me beijou. Só que dessa vez nós passamos dos beijos.

Charlie agora tinha seu rosto num tom tão intenso de vermelho que tenho certeza que todo o sangue do seu corpo se concentrou em suas bochechas. Acho que minha reação foi meio exagerada. Mas, poxa! Minha melhor amiga superou seu trauma! Então estou no meu direito de surtar um pouco. Então pulei em seu pescoço e a abracei forte enquanto um sorriso enorme se espalhava no meu rosto.

– Fico feliz por você! Você superou seus traumas e pelo visto está bem feliz com isso. - fiz uma pausa e soltei Charlie. Vi um sorriso enorme em seus lábios, o que confirmou o que eu disse. - Ele não te machucou, né?!

– Ele foi um cavalheiro. - ela disse com um ar sonhador, provavelmente se lembrando. - Mas não vou entrar em detalhes, até porque você já deve saber. Por quê não me contou quando aconteceu com você e com Leo?

E foi minha vez de corar.

– Ainda não aconteceu, por isso não te contei. - falei, desviando o olhar.

– Mas vocês sempre somem! Num segundo estão por perto, no outro já estão sei-lá-onde! - disse, contrariada.

– Às vezes, quando "fugimos", vamos para o bunker 9 e ele fica construindo coisas e eu fico desenhando, ou lendo, ou só olhando ele trabalhar. Às vezes rolam uns beijos e mãos bobas, mas é só. - expliquei calmamente.

– Mas por quê? Como? - ela perguntou, confusa.

– Eu não sei. Mas nós travamos e não passamos disso. - fez-se um silêncio constrangedor. - Como você soube que estava pronta?

– Eu sabia que tinha que ser com ele. Só isso. Não sabia se estava preparada, só estava. Acho que rola quando tem que rolar e ponto. - ela disse convicta e sem hesitar.

– Você está certa. Tudo tem sua hora. Não quero me preocupar com isso agora. - dei de ombros e deixei aquele assunto de lado. - E o Will? Como vocês estão?

– Decidimos recomeçar. Quando fui vê-lo para conversarmos, ele pensou que eu iria enfeitiçá-lo novamente. A cara que ele fez foi hilária...

Charlie contou como foi a conversa com Will e depois ficamos conversando sobre assuntos aleatórios até a hora do almoço.

~*~

– E aí, Pequena Sereia?! - Leo disse, sentando-se ao meu lado depois do almoço. - Cunhado! Como vai? - disse a Percy, quando o viu.

– Nunca mais me chame assim, Valdez! Ou você vai dar um mergulho no fundo do lago. - ameaçou Percy.

– Okay, cunhado... - Percy lhe lançou um olhar mortal. - Brincadeira!

– Tudo bem, Engenhoca Mecânica, eu te salvo! - eu disse, segurando a risada e dando um selinho no meu namorado. - Cabeça de Alga, pare de ameaçar o Leo! Se você jogá-lo no lado, você vai junto, e não conte com seus poderes. Você, mais do que ninguém, sabe que não pode comigo.

Percy bufou e saiu pisando duro, indo se encontrar, possivelmente, com Annabeth.

– Enfim sós, baby! - Leo disse, passando um braço em meus ombros.

– Não ouse me chamar de "baby" de novo, ou você vai se afogar só um pouquinho lá no lago. - falei com um olhar reprovador.

Leo me olhou assustado, retirou o braço do meu ombro e se afastou no banco. Eu não aguentei segurar... Comecei a rir da reação de Leo. Me levantei e puxei ele pela mão.

– Vamos, Engenhoca! Vamos para o bunkes, eu tive uma ideia.

~*~

O tempo sempre passava rápido quando estávamos no bunker 9. Eu fazia alguns esboços do acampamento e às vezes escrevia sobre qualquer coisa, mas logo cansava (droga de dislexia!).

– Lua, o que você acha disso aqui?! - Leo perguntou, me tirando dos meus desenhos e me mostrando algum dispositivo que eu não sabia o que fazia.

– E o que isso faz? - perguntei, curiosa.

– Não tenho ideia, na verdade. - ele disse, suspirando. - Estou distraído. Nem sei o que fiz aqui.

– O que foi? Você não se distrai quando está montando alguma coisa. Na verdade, você se esquece do mundo e nem lembra que estou aqui. - fiz uma pausa e Leo suspirou novamente. - O que está te preocupando?

– Não sei. Só estou pensando em algumas coisas. Não se preocupe, não é nada demais. - ele disse, se aproximando de mim e dando um beijo em minha testa.

Como eu estava sentada, me levantei e abracei Leo fortemente, como se aquele abraço pudesse fazê-lo parar de pensar no que estava lhe perturbando. Me afastei só um pouquinho para olhar em seus olhos castanhos. Parecia mais calmo. Fiquei na ponta dos pés e lhe dei um selinho.

– Eu te amo e estou aqui para o que você precisar, okay?! - disse, olhando em seus olhos.

Leo deu um sorriso leve.

– Eu sei. E você sabe que eu também amo você e que sempre estarei aqui para tudo. - Então ele enlaçou os braços em minha cintura e me puxou para um beijo apaixonado.

Não durou tanto tempo quanto eu queria, porque ele me afastou e me olhou curioso e perguntou:

– Onde você estava hoje de manhã?

– Com a Charlie... Estávamos conversando. - respondi calmamente.

– Sobre o quê? - ele arqueou as sobrancelhas.

– Curioso você, hein?! - falei, brincalhona. - Coisas de garota, Engenhoca. Só isso. - falei, corando um pouco.

– Por quê está corando, Lua?

Agora ia começar a zoeira.

– Nada, não. Vamos deizar pra lá. - falei, tentando desviar o assunto.

– Não me faça ter que te torturar, Srta. Tomatinho.

Quando ele disse isso, eu soube o que viria, então dei dois passos para trás.

– Nem toda tortura do mundo me fará falar, Valdez. - continuei andando para trás e ele vinha na minha direção.

A cada passo que Leo dava, eu me afastava dois. Mas sempre tem aquele momento que tem algo atrás de você. E no meu caso acabei esbarrando em uma das mesas. Leo chegou bem perto e me pegou pela cintura. Me colocou em cima da mesa e começou seu ataque. E ele sabia que eu não aguentava cócegas.

– E agora?! Vai me dizer por que está corada?!

– Não! - gritei entre gargalhadas escandalosas. - Para, Leo! Para agora! Por favor?

Vendo que eu não contaria nada, Leo resolveu mudar a tática completamente. Ele parou com as mãos na minha cintura, apertando levemente. Aproximou o rosto do meu pescoço e começou a distribuir alguns beijos, desde a orelha até o ombro e refazia o caminho de volta. Quando chegou perto do meu ouvido, ele mordeu o lóbulo da orelha e sussurrou:

– E agora, vai me contar?

Arrepiei completamente, e rezei para que não tivesse percebido.

– Não. - respondi simplesmente. - Agora pretendo fazer outra coisa.

– No que você está... - ele começou, mas eu o interrompi com um beijo.

E o beijo foi ficando intenso. Leo apertava minha cintura com uma mão e a outra ja estava em minha coxa. Interrompi o beijo e aproximei minha boca de seu ouvido.

– E você, Engenhoca, o que fez de manhã? - sussurrei roucamente, pela intensidade do momento.

Ele me lançou um olhar confuso. As coisas estão tensas e intensas entre nós. Mas mesmo assim, queria tirar essa dúvida. Talvez estivéssemos falando da mesma coisa pela manhã.

– Conversei com Nico. - Leo corou.

Pronto! A certeza estava aí.

– E posso saber o que foi tão vergonhoso para você ter corado? - perguntei, risonha.

– Coisa de garotos... - então ele fez uma pausa, parecendo raciocinar. - Acho que conversamos as mesma coisas que você e Charlie.

– Se você está se referindo à ontem e eles avançando o sinal, é, acho que sim.

– Eles estavam prontos. - ele disse, olhando para baixo. - E nós, estamos? - ele me olhou. - Digo, era por isso que eu estava distraído mais cedo.

– Entendo. Leo, desde que seja com você, estou pronta para tudo. Até mesmo para avançar o sinal.

Leo me olhou cheio de esperança e desejo. Apertou minha coxa e minha cintura, puxando-me para mais perto de si, como se fosse possível. Seus lábios quase encostando nos meus e ele murmurou:

– Tem certeza disso?

Eu não disse nada, apenas o beijei. Tentei passar todo meu amor e desejo por ele. Ele apeas correspondeu na mesma intensidade. As mãos de Leo passeavam por baixo da minha blusa, enquanto as minhas estavam em seu cabelos, entrelaçada a seus cachos. Fui passando as mãos por seus ombros, braços e costas, até chegar na barra da blusa laranja do acampamento. Puxei a camisa e ele me ajudou a tirá-la.

Não vou descrever mais detalhes, porque é algo pessoal. Mas de uma coisa eu tenho certeza: foi a melhor decisão que tomei com Leo.

~*~

31 de dezembro de 2013, 23h54min...

Charlie

– Eles estão atrasados. - resmunguei, pela quadragésima vez.

Nico deu outro beijo em meu pescoço, no intuito de me acalmar. Pela quadragésima vez. Estávamos no Punho de Zeus, a poucos minutos da contagem regressiva para o Ano Novo e Leo e Luali estavam atrasados. Eu não queria ficar na Praia do Fogo, como todos os outros campistas, queria algo mais reservado. Não por Will ou por qualquer outro, mas eu não queria ter que beijar meu namorado na frente de todas as metidinhas fúteis de Afrodite.

Sinto muito, Afrodite, te adoro por ter colocado Nico na minha vida, mas não suporto suas filhas, pedi desculpas mentalmente.

Sei lá, vai que ela fazia alguma coisa comigo. Podia jurar ter ouvido sua risada em minha mente, mas apenas ignorei. Tinha coisas mais importantes com que me preocupar, como o fato da minha melhor amiga e seu namorado estarem atrasados pro Ano Novo. Eles devem ter quebrado algum tipo de recorde.

– Se acalme, Charlie, eles já devem estar chegando. - disse Nico, arrastando a ponta de seu nariz pela minha orelha.

Senti-me arrepiar da cabeça aos pés, e tentei esconder meus cabelos rosados, mas era meio impossível. Nico riu e continuou a me provocar, passando os lábios pela pele do meu pescoço.

– Não provoca, di Angelo. - pedi, encolhendo-me em seus braços.

Ele riu novamente, seu hálito quente entrando em contato com minha pele, e me ajeitou melhor em seus braços. Sentada no meio de suas pernas e encostada contra seu peito, eu podia sentir o quanto ele queria aquilo. Não que eu não quisesse, mas eu não perderia o Ano Novo como o casal ternurinha.

– Nico, aquieta seu amiguinho antes que eu o arranque com um feitiço. - ameacei, mas ele sabia tanto quanto eu que era uma ameaça vã.

– Você não faria isso, sei que também quer. - ele cochichou, sua voz rouca de desejo tendo seus efeitos em meu corpo.

Travei o maxilar, tentando me controlar. - Podemos depois, Nico, calma.

Não acredito que você quis nós dois aqui para vermos essa taração, Charlie.– ouvi a voz de Lua na minha frente e me levantei do chão num pulo.

Ignorei a risada dela e de Leo. - Estão atrasados, desgraçados.

Luali revirou os olhos, ajeitando os cabelos e esquecendo dos lábios vermelhos. Leo nem ao menos se incomodou em esconder que estavam se agarrando até o momento. Eu apenas ignorei esse detalhe, afinal, eu e Nico quase chegamos nesse ponto também.

– Relaxa, Charlie, pelo menos chegamos a tempo. - disse Leo.

Revirei os olhos e ouvi os barulhos dos fogos. Brilhos de diversas cores estouravam no céu e eu estava encantada. Era indescritível, eu nunca soube como detalhar a emoção que era. Olhei para o lado e vi Lua e Leo de mãos dadas, olhando para os fogos que estouravam entre as folhas das árvores.

– A vista daqui é mais bonita que da Praia do Fogo. - disse Leo, sorrindo.

– Concordo. - senti o olhar de Nico sobre mim e abaixei a cabeça, corada. Ele me virou de frente para ele e segurou meu rosto em suas mãos, olhando-me com carinho. - O primeiro beijo do Ano Novo sempre traz sorte.

Ri baixinho, e o beijei. Abracei sua cintura para mais perto de mim, enquanto ele mantinha suas mãos em meu rosto, acariciando minha bochecha. Sorri entre o beijo pelo seu jeito fofo e finalizei com alguns selinhos, sentindo meu coração indo até o chão e voltando. Virei-me para a minha irmã de coração e a vi se afastando do beijo de Leo. Ri, cumprimentei Leo e logo pulei em cima de Lua, abraçando-a fortemente.

– Feliz Ano Novo, irmã. - Lua desejou, abraçando-me fortemente.

– Feliz nova vida, irmã. - desejei de volta, soltando-me de seu abraço.

Leo deu a mão para Lua. - Não devíamos estar com os outros agora?

Lua desceu o olhar para sua mão entrelaçada à do namorado e sorriu para mim, balançando a cabeça e provavelmente pensando a mesma coisa que eu naquele momento.

– Não, Leo. - eu disse, aproximando-me de Nico, que sorria espontaneamente para mim e o abracei de lado pela cintura, enquanto ele abraçava meus ombros.

Olhei para nós quatro, relembrando de tudo o que passamos. Nico, ao meu lado, o namorado mais perfeito que eu poderia ter, mesmo com seus defeitos e aceitando os meus. Lua, do meu outro lado, a irmã que eu nunca pedi, mas que não me imagino sem. Leo, do seu outro lado, seu namorado palhaço, mas que está sempre ao lado dos amigos e os fazem rir nos momentos mais tristes. Não, não deveríamos estar com os outros, pois tudo o que precisávamos tínhamos aqui.

E, com isso em mente, completei:

– Estamos exatamente onde deveríamos estar.

FIM


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