A Garota Gelo escrita por Lis Bloom


Capítulo 40
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

A última vez que atualizei essa história foi no dia 20/05/2015 de acordo com a minha memória fraca, hoje estamos no dia 03/12/2016, mais de um ano se passou desde a última vez, tive que ler toda a história para me lembrar, e sério, eu senti tanta falta dessa escritora criativa e sonhadora, pretendo voltar com força nessas férias, e talvez eu crie uma outra história baseada em minha vida, sério, taaaaaaanta coisa aconteceu, mas isso é para outra hora, por enquanto, ficamos com esse capítulo.
P.s: Não desistam da história se não entenderem a partir desse capítulo, façam como eu e releia, nem que seja uma parte, eu sou legal!!! Juro...



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Acordo repentinamente, olho para a tela do celular e vejo que ainda são 05h00min, uau, aposto que alguém tinha possuído o meu corpo e feito eu levantar naquele horário, era um feitio e tanto.

Tudo está quieto na casa, meus pais e minha irmã deveriam estar dormindo ainda.

Desvencilho-me do cobertor e corro para a cozinha, na esperança que ainda tivesse a minha sobremesa, coloco três colheradas em um pote e volto para o meu quarto.

Como ainda era cedo, resolvo dar uma olhada nas minhas redes sociais, fazia alguns dias que eu não entrava.

Primeiro abro o youtube, meu coração bate acelerado quando vejo que o número de acessos no meu vídeo havia dobrado, aproveito para dar uma olhada no site da gravadora e vejo em primeira página uma foto minha ainda nos ensaios, e uma reportagem sobre mim, logo depois uma imagem da banda Carpe Diem, e é claro que a primeira pessoa que vejo é ele, Nicolas, na imagem seus olhos estavam fechados, com o microfone na mão, aposto que tinha sido pego desprevenido ao tirar a foto, então a lembrança do elevador me invade por completo.

Isso tudo de indecisão era tão bizarro, às vezes eu me sentia tão suja por causa disso, tinha que tirar Nicolas da minha mente.

Dou um sorriso ao me lembrar da noite de ontem, ainda conseguia sentir o arrepio dos lábios de Andrei me percorrendo.

Uma gargalhada me invade ao lembrar-me da época em que eu odiava todos os garotos, e vejam só no que estava acontecendo agora.

Eu precisava falar com Sofia e Daniel, os únicos que haviam me apoiado nos dias mais turbulentos de minha vida até agora, ainda era cedo para poder ligar para ela, resolvo esperar até a escola, quanto ao Daniel, avisaria a Sofia para tomarmos sorvete nós três, eu realmente achava que aqueles dois dariam certo, o meu lado cupido iria partir para a ação naquela tarde, mal podia esperar.

Meu Deus, eu havia pensado em milhares de coisas só naquele minuto que fiquei olhando para o computador, minha mente era bastante embaralhada, aposto que se eu escrevesse uma história sobre a minha vida, o leitor com certeza não iria entender bulhufas (que expressão foi essa que eu acabei de usar?), imagina só se a minha vida estivesse realmente sendo escrita por alguém? Que loucura, eu estava parecendo Sofia com o seu professor de filosofia.

Balanço a cabeça para espantar meu momento de insanidade e resolvo me arrumar.

Uma escovinha cairia bem naquele dia, faço a minha higiene e pego o necessário para o meu cabelo, após ter escovado e deixado as pontas levemente onduladas, parto para o guarda-roupa, a missão do dia, opto por uma calça jeans azul lavada, dobrando a barra duas vezes, meu all star vermelho surrado, um cardigã branco gelo, e o meu anel dourado de cisne favorito, mais uns retoques na maquiagem e estaria pronta.

A música que tocava no meu celular enquanto eu me arrumava era “Don’t Stop”, da banda Foster The People, uma das minhas músicas favoritas, começo a me mexer feito louca, contagiada pelo ritmo.

 “Yeah, Yeah
I said don't stop, don't stop, don't stop
Talking to me
Stop, don't stop, don't stop
Giving me things”

— Minha filha, você está totalmente atrasada, se aprece.

— Mãe, está de boa, eu acordei 05h00min, ainda tem tempo.

— Meu bem, já são 07h00min, e adivinha que horas começa a sua aula? Isso mesmo, 07h00min.

Paro de cantar na mesma hora, e corro em busca da minha mochila, que tinha ido parar de baixo do guarda roupa.

Despeço-me correndo dos que ficavam em casa, e a única coisa que dá tempo de pegar é uma maçã.

— Mãe, tem como você me dar uma carona? Acho que não vai dar para ir a pé.

— Entra no carro. – Diz minha mãe já dando partida.

Pulo pra dentro e dou uma última olhada no espelho, talvez o atraso valesse a pena.

Não havia ninguém no pátio, só faltava aqueles rolos de capim rolar no meio, como acontecia naqueles filmes faroeste.

Antes de entrar na sala, dou uma passada na sala de teatro e deixo o meu violão no cantinho de sempre, sentia falta dos ensaios com os garotos, iria tentar retomar aquela rotina.

Bato na porta da sala, era aula de geografia, aquele professor gato que tinha falado.

— Com licença, professor. – Digo entrando e fechando a porta atrás de mim, todos param o que estavam fazendo e olham na minha direção.

— Pode entrar Melissa, que bom tê-la de volta – Diz o professor com um sorriso no rosto, além de ser bonito era gente boa, não me impressionava as alunas terem elegido ele como o mais gato do colégio.

Dou uma olhada na sala, Andrei estava no seu canto de sempre com um sorriso enorme no rosto, minhas amigas apontando para o local que tinha guardado para mim, Sofia me dando uma piscadela, e o resto do pessoal cochichando sobre o que eu havia feito nos dois dias em São Paulo, é, parecia que tudo havia voltado ao normal.

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Faltavam poucos dias para o show de talentos na minha escola, não sabia como andava os ensaios da banda, mas eu pretendia voltar, afinal, tinha feito uma promessa no começo do ano. Então no intervalo ignorei as perguntas dos alunos e puxei meus amigos para a sala de teatro para conversamos sobre os ensaios e afins, Andrei não saía de perto de mim, talvez com medo de me perder novamente, isso não aconteceria, assim eu esperava.

Carol e Milena se ofereceram para me ajudar no canal musical, eu só havia postado aquele vídeo, e com certeza eu iria continuar, afinal, foi por ali que eu cresci.

— Então... Ensaio hoje na casa do Andrei? – Pergunta Pedro com os braços ao redor da cintura de Carol.

— Com certeza. – Grita Vinicius todo animado para a apresentação.

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Naquela noite eu caí exausta na cama, ensaiamos por duas horas seguidas, e depois Carol e Milena insistiram para gravar uns três vídeos seguidos para o canal, eu estava destruída em todos os sentidos.

Minha vida estava tomando um rumo, e olha que eu ainda era tão jovem, meu namoro estava firme, os amigos do lado, a carreira se iniciando de forma consistente, é claro que eu ainda faria medicina, afinal, era o meu sonho desde criança, conciliaria o máximo possível.

E Nicolas?”, essa pergunta surge do nada em minha cabeça, no fundo eu sabia que eu o encontraria em breve, mas por enquanto iria me focar no que estava acontecendo.


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Notas finais do capítulo

Ainda tenho que pegar o ritmo de como é ser um projeto de escritora, mas é isso aí, até a próxima que não será em um ano, e sim em alguns dias u.u



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