Blood Slaves escrita por Jéssica Aurich


Capítulo 17
Proposta indecente


Notas iniciais do capítulo

hey hey meus lindos!

Antes de mais nada, gostaria de agradecer pelos comentários que recebo, cada um deles me alegra muito.

Sobre esse capítulo, é a partir dele que toda a história será definida (sim, esse é um daqueles "definidores de destinos"). Então gostaria, por favor, que todos dessem sua opinião sincera sobre esse capítulo, ok?

Aaah, e não deixem de ler minha nova oneshot, Elevador:

http://fanfiction.com.br/historia/492328/Elevador/

O que acontece quando um homem e uma mulher ficam presos em um elevador? O que o destino reserva para eles?

Dito isso, boa leitura ♥



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Acordei e me assustei ao ver Edward ao meu lado, antes de me lembrar de que ele havia dormido ali. Aquilo era surreal. Na noite passada, Edward perguntou se tinha alguma roupa velha do meu pai para que ele trocasse o jeans e não me incomodasse. Meu pai não tinha nada assim e o resultado foi ele usar uma calça de moletom minha realmente antiga. A calça ficava meio curta nele e um pouco apertada (em mim ficava extremamente larga e comprida), mas deu para gasto.

Edward parecia tão sereno dormindo daquela maneira, quase humano. Eu sabia que ele não dormia (seguindo o sentido literal da palavra), mas ainda era capaz de sonhar. Será que ele sonhava comigo?

Passei minha mão delicadamente por cada músculo de seu abdome nu, passando por seu peito e alcançando o canto da sua boca, que já formava um pequeno sorriso. Dei um selinho em sua boca. O sorriso aumentou e seus olhos esverdeados abriram.

— Então um simples toque já é capaz de te acordar? — sussurrei, meus lábios ainda encostados nos seus.

— Eu não durmo de verdade, apenas...

— Sonha, eu sei.

— Fico ciente de tudo ao meu redor. — Ele me puxou para um abraço. — O que você está fazendo comigo, Isabella Swan?

— Depende do que está se referindo, Edward Cullen.

— Estou falando disso. Nós dois. Sabe há quanto tempo eu não durmo com uma mulher? Digo dormir no sentido de não fazer nada além de dormir. Eu sempre fiz o que queria fazer e depois ia embora.

— Detalhes demais, garotão!

— É sério, Bella. Ainda mais com uma humana! Nunca fiquei com nenhuma humana além de Elizabeth. Você com toda a certeza tem algum tipo de anormalidade.

— O único anormal aqui é você! Eu sou especial, você só não quer admitir. — Ele me deu um beijo rápido. — É, acho que gestos falam mais que palavras. — Edward deu sua risadinha cínica e voltou a me beijar. Só então me dei conta de que eu devia estar com bafo e o cabelo em condições pavorosas.

Tentei levantar da cama em um pulo, mas Edward agarrou meu pijama, puxando-me de volta para os seus braços.

— Pode parar com as frescuras, Bella — repreendeu.

— Pensei que não pudesse ler minha mente. — Fiz bico para ele.

— A mente não, só que sou um ótimo leitor corporal, e já vi você fugir desse jeito antes. — Tentei me livrar de seus braços só para ele apertar ainda mais seu abraço. — Já que vamos mesmo investir nesse lance de namoro humana-vampiro temos que nos acostumar um com o outro ao natural.

— Fácil falar, quando já acorda com hálito de menta.

— Fazer o que se... — Ele parou de falar, olhou para a porta e baixou o tom de voz. — Charlie.

No mesmo instante, meu pai bateu na porta do meu quarto.

— Bells? Está acordada?

Eu ia falar para Edward se esconder, mas ele já não estava em nenhum lugar visível e as cortinas da sacada estavam balançando. Corri então para abrir a porta, forçando um bocejo.

— Bom dia, pai.

— Bom dia. Eu te acordei?

— Não, não.

— Eu só queria avisar que vou pescar hoje. Que ir junto? — perguntou esperançoso.

— Não! Não, tenho dever de casa. — Pensei na primeira desculpa plausível.

— Ah, tudo bem, então já vou. Quando quiser comer, deixei café pronto.

— Obrigada, boa pescaria. — Sorri para ele.

Essa foi por pouco. Estava tão envolvida no mundo Edward que novamente esqueci do meu pai. Senti culpa na hora, eu era uma péssima filha. Não ligava para minha mãe e só lembrava do meu pai na hora de fazer janta para ele. O que havia de errado comigo?

Você está apaixonada, meu subconsciente falou. E, infelizmente, tive que concordar. Eu estava apaixonada por um vampiro.

Tomei banho, vesti uma roupa descente e fui tomar café. Edward só apareceu um bom tempo depois, vestindo jeans e uma camisa polo.

— Achei que realmente tinha fugido — brinquei, dando uma mordida em um biscoito.

— Não, aproveitei aquele momento para ir trocar de roupa. E, claro, fui interceptado no meio do caminho por Emmett e Alice. Não sabe a sorte que tem em não ter irmãos.

— Reclama deles, mas explora os coitados. Aliás, como conseguiu convencer Rosalie e Jasper a me perseguirem ontem? — Eu estava realmente curiosa.

— Não convenci eles, só os companheiros deles. — Pegou um dos biscoitos e começou a mordiscar. — Alice ficou empolgada em participar, Emmett queria conhecer você pessoalmente. Como eles enganaram seus respectivos parceiros é um mistério. Ou acha mesmo que Rose é do tipo que faz favores para mim?

— Foi justamente por causa dela que perguntei!

Ele terminou de comer o biscoito olhando para a mesa antes de finalmente voltar a me olhar e falar.

— Não foi só por causa disso que demorei. — Levantei uma sobrancelha esperando que ele continuasse. — Eu estava pensando naquilo que eu te falei. Sobre termos que nos acostumar um com outro ao natural.

— E?

— E eu percebi que ainda não te mostrei esse lado meu.

Fiquei pensando no que significaria o “lado natural” do Edward. Eu conhecia seu lado sarcástico, seu lado doce, o lado protetor, o lado humano, mas pelo jeito ainda não o conhecia por completo. E tive medo de conhecer.

— Quer conhecer? — perguntou e percebi que, talvez pela primeira vez desde que o conheci, ele estava apreensivo.

— Quero — respondi depois de um tempo. Eu estava com medo, mas já estava muito enterrada naquela história para dar para trás.

******

Estava um dia nublado como outro qualquer em Forks. A clareira do Edward adquiria outra aparência com aquele tempo, não parecia mais aquele lugar mágico, mas sim um lugar sombrio. Edward não me contou o porquê de estarmos ali, ele só disse que a clareira seria o lugar perfeito para me mostrar o que quer que quisesse me mostrar.

— Bom, aqui estamos — falei para ele.

Edward me olhava de um jeito estranho, como se estivesse em conflito consigo mesmo, o que não combinava com o cara decidido que eu sabia que era. Ele se sentou no meio da clareira e deu uma batidinha no lugar ao seu lado, onde me sentei.

— Eu quero que me conheça por inteiro, Bella — disse, colocando a mão em meu rosto. — Só assim vai poder ser minha.

Edward encostou seus lábios nos meus, dando um beijo suave no início, depois com urgência, como se aquele fosse nosso último beijo. Agarrei seus cabelos e retribui o beijo com a mesma urgência.

— Eu já sou sua — falei ofegante, e ele voltou a juntar nossas bocas.

Suas mãos foram até meu cardigã, que logo estava do outro lado da clareira. Ele começou a desabotoar minha blusa, mas o parei no meio do caminho.

— Não. Não estou pronta para isso ainda.

— E não é isso que eu quero. Pelo menos não agora. — Olhei para ele sem entender nada. Sua boca se arrastou pelo meu pescoço vagarosamente até chegar ao meu ouvido — Eu quero te apresentar um prazer como nenhum outro que teve antes, Bella, eu quero me apresentar a você por completo. — Só então eu confirmei tudo aquilo que vinha me amedrontando desde minha casa. — Você confia em mim?

Podem me chamar de burra. Eu mesma me condenei por isso depois. Não sei se por conta do calor do momento, não sei se por causa da curiosidade, ou por conta do que eu sentia por ele, mas simplesmente disse sim.

Ele deu meu meio sorriso preferido. Sua boca voltou a passear pelo meu pescoço e antes que eu percebesse, senti algo me perfurando

O que senti foi instantâneo, como anestesia geral. Um arrepio percorreu da ponta do meu pé até os fios de cabelo, tudo o que eu sentia quando era beijada por ele intensificada, multiplicada diversas vezes e espalhado por todo o meu corpo, a sensação de todos os momentos felizes que vivi unidos de uma só vez. Soltei um gemido involuntário, mas não foi constrangedor como seria em outra situação, parecia certo, perfeito. Eu não queria que aquela sensação acabasse. Eu me sentia completamente entregue.

Mas acabou. Ele se afastou e eu soltei um choramingo de insatisfação. Edward olhou para o lugar onde tinha mordido e passou sua língua por aquele lugar, suavemente, trazendo um pouco daquela sensação de volta. Só quando senti meu controle voltando é que consegui falar novamente.

— O que foi isso? — perguntei entre suspiros.

— Isso Bella, sou eu. Isso é ao que se resume minha existência. Agora conhece verdadeiramente meu pior lado. Experimentou meu pior lado.

— Não tem como esse ter sido seu pior lado. Isso foi... — Toda a vergonha que tinha ido embora naquele momento de prazer voltou como uma avalanche. Caramba, eu gemi enquanto um vampiro se alimentava de mim.

— Bella, só foi bom porque eu quis que fosse bom. Eu quis te dar prazer. Esse mesmo prazer pode se transformar em dor. — Seu semblante ficou sombrio quando disse isso.

Eu ia responder alguma coisa para animá-lo, mas parei para pensar antes. Aquilo era sério. Se a dor fosse tão grande quanto aquele prazer... E se ele se descontrolasse? Eu entendia por que ele havia me trazido ali, mostrado tudo aquilo. Quando ele disse que me desejava por completo... Eu poderia aceitar? Droga, eu estava ponderando tudo aquilo, todas as consequências, todos os contras e perigos, mas eu sabia que era inútil. Eu já tinha aceitado ele há muito. Eu já tinha aguentado muito.

— Droga, Edward, só agora você vem me mostrar tudo isso? Depois que eu já estou enfiada até a cabeça nessa confusão? — Foi a vez dele olhar para mim com cara de confusão. — Eu acho que te amo, vampiro idiota. — Seu olhar passou de confusão para surpresa. — Não tem como eu me entregar mais ainda a você. Já sou toda sua. — Ele me agarrou novamente ainda mais urgentemente que antes, e eu não conseguia fazer nada além de corresponder.

Merda, no que eu fui me meter?


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