A Rosa e O Escorpião escrita por Lari


Capítulo 15
De Volta para Casa


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey minhas leitoras lindas! :D
Enfim, não vou escrever muito hoje, só queria agradecer a todas vocês que sempre comentam a fic, e também a quem só comenta de vez em quando, mas obrigada por essas palavras doces que tanto alegram meu dia!



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Quando Luke me deixou na porta de casa e disse que não iria entrar eu estranhei um pouco, mas depois disso ele tomou minhas mãos nas suas, olhou em meus olhos e disse:

–Rose Weasley – eu levantei as sobrancelhas e comecei a morder o lábio inferior imediatamente, apesar de eu cogitar um dia poder ficar com Luke, aquele não era o momento certo, eu de certa forma ainda não estava preparada. – Eu sei que você pediu para que eu não me iludisse, mas esse seu talvez fez uma pequena luz de esperança que eu já tinha aqui dentro de mim se ascender mais ainda. Eu quero te dizer que quando estiver preparada eu vou estar aqui.

Ele fez uma pausa, olhando minha expressão provavelmente assustada, e então continuou:

–Eu não estou te pressionando, não fique assustada Rose. Olha, eu só quero que saiba que estou disposto a fazer qualquer coisa para lhe ajudar a esquecer desse idiota e começar uma vida nova.

Eu desmanchei a minha expressão e suspirei, Luke sabia exatamente como me tratar bem, e eu adorava isso nele mais do que tudo. Abracei-o antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, ele enlaçou minha cintura com os braços e me apertou forte, mas não tão forte que pudesse me machucar.

Quando nos separamos, antes que eu pudesse impedir ele colou seus lábios nos meus ainda segurando a minha cintura. No começo me surpreendi com a sua ousadia, mas depois eu meio que me entreguei ao beijo completamente.

Luke me olhou com um olhar apaixonado e depois sorriu levemente, não pude deixar de fazer o mesmo.

–Obrigada, por tudo – sussurro em seu ouvido antes de me virar e correr para casa, mas eu pude vislumbrar seu sorriso antes de entrar.

–Olá Rose! Como foram? – Pietra me pergunta quando eu entro.

–Bem – respondo com um sorriso. – Luke está esperando você lá fora, muito obrigada por ter tomado conta da Tris Pietra.

–Por nada, quando precisar estou a postos, ela já está dormindo, a proposito. Já vou indo, boa noite.

–Boa noite.

Jogo-me no sofá assim que ela fecha a porta e revivo o beijo fechando os olhos. Uau, como Luke beija bem.

***

–Vamos Tris, Alvo e Lily já devem estar nos esperando.

Estávamos no aeroporto de Londres na quinta feira de manhã, dois dias antes do casamento de minha prima. Beatrice estava lenta para andar com tanto peso em sua mala, não sabia porque ela trouxera tantas coisas assim, embora eu tivesse insistido para que ela não viesse com a mala tão cheia, não havia conversa, ela simplesmente queria quase todas as roupas de seu closet – sim, ela tinha um closet.

Ela dizia que não conseguia se decidir entre tantas roupas, então resolveu levar todas que lhe agradavam, entre as quais ela estava em duvida. Vê se pode!

–Rose, minha flor! – Alvo gritou a alguns metros à frente, e então eu o vi parado com Lily e Molly ao seu lado.

Ele me abraçou tão forte que o cheiro de seu perfume impregnou em minha roupa, seu sorriso era tão largo quanto o possível, e o meu também.

–Oi princesa – ele disse para Tris, que logo o abraçou também.

–Lily! – gritei, estava louca de entusiasmo em rever minha família.

Ela me abraçou com o mesmo entusiasmo que Alvo, depois foi a vez de Molly me abraçar, enquanto Lily quase sufocava Beatrice, e depois Molly era quem quase a sufocava.

–Eu senti tanto a falta de vocês! Vocês deveriam voltar para casa, sabiam? Ficar perto da família – Lily disse com um sorriso no rosto.

–Eu digo isso à ela o tempo todo, madrinha. Mas ai eu te pergunto: você acha que ela me ouve? – Tris falou com os braços cruzados e olhando feio para mim.

–Não me olhe assim não mocinha, eu sou sua mãe – falei cruzando os braços para ela também. Beatrice sorriu depois e me abraçou.

–Sério, mamãe, eu gostaria muito de viver perto da nossa família, você não?

Respirei fundo, é claro que eu gostaria de viver novamente com minha família, há tempos já não sabia como era um jantar estilo “Weasley”, com todo mundo reunido e as conversas deliciosas que nos rondavam sempre. O problema é que eu vivia trabalhando, Beatrice até dizia que eu só vivia para isso e para cuidar dela. E eu não podia discordar, sabia que era verdade.

–Claro que sim Tris, mas é que...

–Mas é que nada – Alvo me interrompeu e me olhou com as sobrancelhas arqueadas. – Você vai pensar no assunto, e não aceito um não como resposta Rose Weasley. Já fazem oito anos que está vivendo na França, nós sentimos sua falta.

–Eu também sinto a falta de vocês Al, e tudo bem, eu vou pensar no assunto.

Alvo sorriu e eu também, e logo todos já estávamos assim, felizes e cheios de esperança, Beatrice até fez um tipo de dancinha da vitória.

Já no carro, eu e minhas primas conversávamos no banco traseiro, já que Beatrice havia insistido que queria ir ao banco da frente ao lado do padrinho.

–Você ainda não me disse quem será o meu par nesse casamento, Lily – falo, ela está ao meu lado, no meio de mim e de Molly.

Lily realmente ainda não havia me dito com quem eu iria entrar na igreja, eu não tinha namorado e nem nenhum primo solteiro, então o que me restava era algum amigo de Cole ou de Lily.

–Bem Rose... Eu lhe coloquei ao lado da única pessoa que também ainda não tinha par.

Ela me olhou com um olhar de culpa, e eu comecei a pensar em quem poderia ser.

–E quem seria essa pessoa? – pergunto curiosa.

–É... Bem... Scorpius Malfoy.

Dei uma espiada no banco da frente e vi que Beatrice estava entretida conversando com Alvo, então sussurrei para Lily, abismada:

–Como assim Lily? Não acredito, que o convidasse para o casamento eu até entenderia, mas me colocar junto à ele?

Lily parecia nervosa, e eu estava mais do que zangada com ela, como ela pôde? Se sabia de tudo o que eu passei.

–Desculpe Rose...

–Desculpas? Desculpas, Lily? Como pôde fazer isso?

Minha prima olhou para baixo com um olhar de culpa, senti uma pontada de dor por ter falado daquele jeito com ela, mas eu não conseguia acreditar que ela tivera a capacidade de fazer aquilo comigo, sua prima e sua melhor amiga.

Não conversei mais com ela ao longo da viagem, nem com Molly, estava muito chateada para tal.

Achei que Alvo me levaria para a casa de minha mãe, mas quando me dei conta estávamos estacionando em frente à Toca, a antiga casa de meus avós.

Por que é a antiga casa de meus avós? Bem, simplesmente porque meus avós já não estão mais vivos. Só que dói muito pensar nisso, eu era muito próxima deles e quando eles faleceram eu chorei muito, por dias, assim como meus primos, minha mãe, meu pai e todos os meus tios e parentes.

Eles eram membros queridos demais da nossa família, e quando o perdemos foi a dor mais intensa que eu senti em toda a minha vida. Meu avô se foi primeiro, quando Beatrice tinha quatro anos, ele morreu de morte natural, assim como a minha avó duas semanas depois.

Suspirei com lagrimas nos olhos assim que vi a toca novamente e sorri, aquele era o local de encontro de toda a família e sempre seria, ninguém se mudou para lá depois de tudo o que aconteceu, deixamos como estava, não tivemos coragem de mexer em nada. Eram muitas lembranças para se recordar.

Apertei a mão de Lily e olhei para ela, descobri que não iria estragar o momento dela, era o seu casamento e eu estava com a minha família, não valia a pena brigar. Afinal, ele era apenas passado, e eu só iria entrar na igreja com ele, nada mais.

–Não vamos brigar, tá? Desculpa – digo, uma lagrima escorre de meu olho devido às lembranças, Lily me abraça e diz:

–Desculpe-me Rose, eu posso mudar, se você quiser, damos um jeito e...

–Não Lily – interrompo-a. – Tudo bem, é só passado, não precisa fazer nada.

–Tem certeza? – ela pergunta e afirmo com a cabeça.

Quando vejo Alvo já está abrindo a porta para Molly – sempre cavalheiro – e nós saímos logo depois.

Depois que Alvo e Molly completaram os estudos, resolveram não mais esconder o que sentiam de todos, e então contaram para toda a família que estavam namorando. Pelo que me dizem, quando isso aconteceu houveram muitos protestos, mas que semanas depois todos já estavam aceitando melhor.

Beatrice corre em direção à minha mãe e meu pai, que estão parados nos esperando na porta d’A Toca, e eu não evito correr em seguida.

–Rose, meu amor, você está bem? – minha mãe pergunta enquanto a abraço.

–Estou, e como estão todos vocês? – pergunto sorrindo e abraçando meu pai logo que ele solta Beatrice.

–Todos bem, mas sentindo muito a falta de vocês, filha – meu pai responde.

–Ah meu Deus, Rose! – me viro para ver de onde veio o grito, embora já tivesse quase certeza de quem ele havia vindo.

Hugo soltou a vassoura que tinha na mão e correu o mais rápido que podia para me abraçar. Ele quase me pegou no colo, tamanha era a força com que me envolveu.

–Oi pra você também, tio Hugo – Beatrice disse, claramente com ciúme.

–Princesa! – ele gritou e levantou ela tão alto que Beatrice até deu um pequeno grito com o susto, ela sorria descontroladamente enquanto Hugo a abraçava.

–Ah Rose, seria maravilhoso se vocês ficassem por aqui, tipo, pra sempre – Lily disse sorrindo enquanto descia do carro.

–Seria – eu me rendi e sorri, e pela primeira vez eu comecei a pensar verdadeiramente na possibilidade de voltar para a minha vida de antigamente.


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Notas finais do capítulo

Não vou escrever nada sobre o cap, quero saber a opinião de vocês :3 haha



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