The Difference That Complete escrita por Fernanda e Kayla Mellark


Capítulo 1
And it seems I've been buried alive.


Notas iniciais do capítulo

Olá olá olá genteMeu nome é Kayla, sou amiga da Fernanda! Eu e ela vamos agora dividir nossa conta aqui no Nyah! Ela me inspirou a escrever essa história e posta-lá!É minha primeira fic, por favor peguem leve comigo, to nervosa até suhaushaushEnfim, espero que gostem!Boa leitura!ESSE CAP. É POV PEETA!



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– É serio? - perguntou meu companheiro de quarto.

– Muito provável que sim - respondi - Mas se for realmente verdade, estarei fudido.

– Pode crer. - ficamos um tempo em silêncio. - Foi idéia de quem? Da diretora, professora...

– Do porco do meu pai. - respondi amargurado - Acho que ele só quer fingir que se preocupa comigo, ou talvez cansou de comer a vizinha, então veio me encher o saco. - finalizei. Meu amigo rio.

– Como se chama? - perguntou.

– St. Mereddith High School. - respondi. - Parece nome de colégio de freira. - ambos rimos.

– Se você for mesmo, boa sorte cara. - ele disse, dando em seguida um tapinha no meu ombro. - É sua chance de sair desse chiqueiro.

– Acho que lá não deve ser diferente. - respondi. - É colégio de gente rica, devem ser pior que o povo daqui.

– Mas de qualquer forma, é uma boa chance, se fosse você não iria desperdiçar.

"Peeta Mellark favor comparecer a diretoria imediatamente"

– Vai lá cara. - disse meu amigo se levantando ao mesmo tempo que eu. - Pega leve com seu pai, ele ta fazendo o possível.

– Esse "possível" não é suficiente. - respondi, mas acho que ele não ouviu.

Andei por entre aqueles corredores até a sala de diretoria. Já devia ser o que, a 7º vez que vou em 2 meses? Não sei, até eu mesmo perdi a conta. Parei em frente a porta e não me dei nem ao menos o trabalho de bater. Não era do tipo que fazia isso.

Dei de cara com meu pai. Argh, aquele cara me dava mais nojo que metade desse reformatório.

– Olá Peeta. - comprimentos a diretora, apenas acenei com a cabeça. - Sente-se por favor. - fiz o que ela pediu.

– Pois bem, vamos ao que interessa. - disse ela enquanto mexia nuns papéis, provavelmente minhas advertências. - Peeta estive conversando com seu pai, e tanto ele como eu achamos que melhorou muito nos últimos meses... - começou.

– E... - pedi para que ela continuasse, apesar de eu já saber do que se tratava.

– Eu e ele concordamos que já está na hora de sair daqui. - concluiu ela. - O que cai entre nós é o que você sempre quis não é mesmo? - concordei. - Então achamos uma solução simples pra isso.

– St. Mereddith High School. - disse meu pai.

– Exatamente. - completou a diretora. - St. Mereddith High School é o melhor internato da Califórnia. Entrei em contato com a diretora de lá a consegui uma vaga pra você estudar lá. - concluiu.

Não. Não era isso que eu queria. Eu queria me ver livre disso, e só. Voltar pra casa, quem sabe. Mas estão me tirando de uma prisão para me mandar pra outra.

– Achamos que será melhor pra você. - disse meu pai. - Faz quase 9 meses que entrou aqui. Já tem 17 anos e quero que você conclua seus estudos. - disse.

– Deixa eu ver se entendi. - me manifestei. - Estão me tirando daqui, dessa prisão... Para me mandar para uma outra? É isso?

– Peeta entenda. - respondeu a diretora. - Você já está aqui a tempos, você praticamente viveu sua adolescência nesse lugar, você está desperdiçando sua vida.

– Não teria desperdiçado se não fosse meu pai ter me largado aqui. - disse olhando nos olhos do meu pai, que mantinha aquela mesma expressão de sempre. A expressão de desprezo.

– Fiz isso porque você e suas atitudes pegavam mal pra nossa família! - retrucou meu velho.

– Como é que é? - disse com desprezo. - Que família? Não tem mais "família", acabou! Acabou faz tempo. - disse me levantando. Iria pegar minhas coisas e dar um fora dali.

– Peeta vá arrumar suas coisas. - disse a diretora um tanto quanto perturbada.

Sai pisando duro pelos mesmos corredores. Amaldiçoando meu pai por ser tão idiota a ponto de dizer que eu acabei com a nossa família.

Família.

Essa palavra não existe pra mim.

~~

O St. Mereddith High School ficava praticamente no meio do nada. A medida que fomos nos afastando da cidade e nos aproximando da mata conclui que aquilo era mais ridículo do que eu pensava.

Não troquei uma palavra com meu pai desde que sentei no banco do carro. Não havia necessidade. Só queria que ele me largasse lá e sumisse.

A estrada era vazia, apesar daquela ser a estrada que nos levava a outro estado. O céu tinha um tom acinzentado.

Finalmente senti o carro parar. Paramos na entrada do colégio. Percebi que também havia floresta dentro dele também. Era um prédio cinza, feito de pedra, parecia aqueles castelos medievais.

Notei que havia gente do lado de fora. Havia gente sentada na mesa, na grama, em todo lugar. Meu pai parou do meu lado, largando minha mala no chão.

– Bom, é isso. - disse. - Só quero que saiba que faço isso porque me preocupo com você. Você é meu único filho. Boa sorte. - finalizou ele já entrando no carro.

– Sorte é uma coisa que não existe pra mim. - disse pra mim mesmo antes de entrar.

Algumas pessoas olhavam pra mim e cochichavam. Provavelmente saiu um boato de que "um garoto de um reformatório vai entrar nessa escola". Nem me dei o trabalho de olhar. Não perco tempo com coisa idiota.

Podia ouvir algumas garotas cochichando também. Namorei poucas vezes antes de entrar pro reformatório. Normalmente namorava meninas um tanto "rebeldes". Mas nesse lugar só tinha menina cheia das frescura. E eu odiava isso.

Logo na entrada do prédio estava a secretaria.

– Boa tarde. - disse uma velha senhora. - Em que posso ajudar?

– Sou Peeta Mellark, vim transferido. - respondi.

– Ah certo, Sr. Mellark estávamos a sua espera. - ela saiu de trás do balcão e parou do meu lado. - Venha, vou lhe mostrar seu quarto.

Ela me guiou pelos corredores, onde eu ouvi mais meia tonelada de cochichos. Caralho, será que eles nunca tinham visto um aluno novo antes? Ah esqueci, eu vim de um reformatório. Coisa nova pra eles.

Paramos em frente a um quarto. N. 286. A senhora abriu a porta.

– Lamento, mas por enquanto terá que ficar sozinho. A divisão dos quartos foram feitas a um mês. Se caso chegar mais um aluno novo, ele vira pra cá. - explicou a senhora.

– Esta ótimo. - perfeito na verdade. - Obrigado.

– Se precisar de ajuda, ou tirar uma dúvida pode falar comigo. - disse. - Amanha de manha você, como é aluno novo, está dispensado das aulas, mas venha até a secretaria pegar seus horários. - disse.

– Claro, obrigado. - agradeci. Ela fechou a porta me deixando sozinho.

O quarto não era muito diferente do meu antigo quarto do reformatório, a única diferença era que eu estava lá sozinho.

Tinha uma cama, um armário, uma escrivaninha e um banheiro, o piso era revestido de carpete fino.

Comecei a tirar minhas coisas das minhas malas. Coloquei minhas roupas no armário, minha escova de dente, toalha e ouras coisas no banheiro. Num canto vazio do quarto coloquei meus pesos. Fui interrompido com alguém que batia na porta. Abri e me deparei com uma garota loira de olhos azuis.

– Olá. - ela disse, acenei com a cabeça. - Sou do comitê de boas vindas da escola, tomei a liberdade de pegar seus horários e seu novo material escolar. - ela me passou um papel com meu horário e meus novos materiais.

– Obrigado. - respondi colocando os materiais na escrivaninha. Antes que eu pudesse fechar a porta, ela pôs o pé, me impedindo.

– Ei! - ela me chamou. - Não ligue para os outros alunos, já passei pelo que você passou, logo vão esquecer de você.

– De onde você veio? - perguntei curioso.

– Mude a pergunta para "de que escolas você veio" - ela riu e eu acompanhei. - Fui expulsa de 3 internatos antes de vir pra cá. Digamos que minha paciência tem pavio curto.

Não esperava encontrar alguém que, digamos esteja no mesmo nível que eu, afinal eu também fui expulso de 2 colégios, o que ajudou na minha ida ao reformatório.

– Então o que uma menina tão rebelde como você faz no comitê de boas vindas? - perguntei me encostando no batente da porta. Ela riu.

– Digamos que os professores gostam de uma aluna que se importa em dar boas vindas para os novatos. - ela disse piscando pra mim. - Cai entre nós, isso ajuda muito.

– Peeta. - estendi minha mão, ela apertou.

– Prim, Primrose. - respondeu ela. - Bom Peeta se precisar falar comigo, meu quarto é no andar de cima, o 4B, só subir as escadas, quarto n. 186. - respondeu. - Ah! Mais uma coisa...

Ela pegou um papel no seu bolso.

– Horário de refeições. - ela disse me entregando. - Ou chega na hora para pegar fila, ou passa fome. - ela disse num tom de brincadeira.

– Obrigado Prim. - agradeci. Ela sorriu e sumiu por entre os corredores.

Voltei para meu quarto, terminando de organizar minhas coisas. Prevendo que aquele seria um ano daqueles.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Aprovam?Deixem seus reviews dando opiniões, elogios, xingamentos, qualquer coisa vale! hahaSe puderem divulgar, eu ficaria muuuuuito grata!Beeijos e até o próximo!