Céu e Inferno escrita por HR


Capítulo 8
Capítulo 7 - Um toque de luxúria


Notas iniciais do capítulo

Espero que compense esse tempo todo sem postar....



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Passou apenas três dias depois da morte de Dean, e Ana está internada no hospital, pois o seu bebê corre risco de vida. Algo a ver com o choque da morte de Dean e a depressão que a atacou em cheio por meio do mesmo motivo. Sam ainda está atordoado e fala pouco sobre qualquer assunto, principalmente sobre Dean. Depois de desabafar com Elena, que se prontificou a conversar, Sam se sente mais aliviado, mas ainda assim, atordoado. Duas pessoas, das quais ele amava absurdamente, morreram. O pior foi as mortes ocorrerem quase em sequência, e isso mexia com seus pensamentos. Então, ele se afundava numa xícara de café preto quente.

–Klaus está na cidade. – Katherine entra na casa às pressas.

–Onde o viu? – Pergunta Stefan, levantando-se do sofá da sala e largando o jornal sob a mesa de centro, pois alguma ação finalmente acontecia.

–Perto da ponte. Eu fui atrás de alimento fresco e o vi. – Katherine faz uma pausa, e parece estar atordoada - A propósito, ele também me viu... – Katherine tenta respirar fundo, mas a euforia toma conta de seu corpo.

–Isso tudo é medo? – Damon franze o cenho.

–Não estou com medo do Klaus, mas do batalhão que ele trouxe junto com ele. Eles estão espalhados por todos os lados... Eu acho que tem seres sobrenaturais de todos os tipos se aliando a ele... Algo muito grande e horrível está pra acontecer! Vocês não veem isso?

Damon nega com a cabeça enquanto cruza os braços, recebendo um olhar furioso de Katherine.

–E você sugere o que? Que fugimos daqui?! – Sam pergunta indignado à Katherine, abaixando sua xícara e fitando a fumaça branca e densa de seu café.

–Se quisermos nos manter vivos, sim. – Katherine ergue as sobrancelhas.

–Eu não sei se esqueceram, mas eu vou continuar a procurar meu pai! Dean queria isso e ele com certeza não quer que eu desista assim tão fácil. – Sam levanta-se da mesa com o seu café.

–E você acha que ficando aqui, sozinho, vai encontra-lo? Não temos a mínima ideia de onde ele está! – Damon se altera.

–Vocês estão procurando por quem? – Elena pergunta, mas as vozes estão cada vez mais altas.

–E você vai querer desistir?! – Sam estreita os olhos – Bom pra mim, vou continuar essa procura sozinho!

–Vocês estão atrás de quem?! – Elena se altera.

–John. – Katherine, Damon, Stefan e Sam respondem ao mesmo tempo e Elena ergue as sobrancelhas, impressionada com tamanha sincronia.

–Meu pai? – Elena pergunta por fim.

–Sim, John. – Sam responde.

–Por que estão procurando pelo meu pai? – Elena olha para Stefan e Damon.

–Sabemos que ele está vivo e que pode ser ele quem te mandou aquelas mensagens... – Stefan responde calmamente. – E achamos também que vocês podem ser irmãos.

Elena e Sam se entreolham por instantes e logo, Sam mostra-lhe uma foto de John. Elena segura firme a foto em mãos, não entendendo absolutamente mais nada. Ela então por fim olha para todos ali da sala.

–Ele não é o meu pai.

–Tem certeza? – Stefan franze as sobrancelhas.

–Tenho. Meu pai não tem olho verde e... Não, ele não é o meu pai. Tenho certeza disso.

–Que ótimo! – Damon ironiza – Precisamos achar esse imbecil ainda.

–Damon, - Elena se vira para ele de modo intrigado, fitando com raiva seus olhos azuis que de certa forma, mexem com seu emocional – você não pode falar assim dele. Ele é meu pai.

–Elena, Damon tem razão. Ele está vindo atrás de você pra te matar! – Stefan protesta.

–Vocês têm provas sobre isso?! – Elena pergunta indignada, com lágrimas nos olhos.

–Foi isso que nos levou a procurar seu pai...

Stefan pega de cima da mesa um envelope e entrega à Elena, que abre rapidamente com suas mãos já trêmulas, molhando o papel com uma gota de lágrima, com medo da resposta. Abrindo o papel dobrado, Elena vê algo que parece ser uma carta:

“Querido Diário, Hoje acordei decidido a acabar com essa história de uma vez por todas. Não aguento mais acordar e saber que minha filha está por aí com dois vampiros idiotas e egocêntricos. Sei que mais cedo ou mais tarde, ela se tornará um deles e é a última coisa que desejo a ela. Sei como é. Não diria se não soubesse. Preciso dar um fim na minha querida filha, antes que ela vire um monstro; antes que ela se torne alguém igual a mim; Um psicopata.”

Elena leva a mão trêmula à boca, e deixa escapar algumas lágrimas teimosas que caíram sem permissão. Stefan abraça-a, e Elena então enterra a cabeça no peito dele, aconchegando suas lágrimas no tecido macio de sua blusa e no calor de seus braços. Damon e Sam se mantem em silêncio, mas Katherine quebra o clima.

–E então, o que vai ser? Sairemos da cidade? – Katherine senta no braço do sofá e cruza as pernas, entediada.

–Se sairmos da cidade, ele nos alcançará. – Sam comenta.

–Mas pelo menos iremos atrasá-lo. – Damon pega sua jaqueta de couro do gancho ao lado da porta e o veste de modo charmoso.

–Precisamos pensar em um plano primeiro. Bonnie vai ir junto com a gente? – Stefan pergunta enquanto sai do abraço com Elena.

–Nem sei onde essa bruxa está. – Damon resmunga.

–Ela não quis ficar no mesmo lugar que você, então ela foi para um hotel... – Elena responde, limpando as lágrimas e olhando para Damon. Então, Elena paralisa de repente – Ai meu Deus, Bonnie está sozinha!

–Ela me falou qual hotel estaria, posso busca-la se quiser... – Sam larga sua xícara e pega a chave do carro de Dean.

–Seria ótimo. – Elena abre um sorriso pequeno, mas encantador.

***

Dean já se acostumara com o local quente e escuro de lá. E no momento, saboreia as melhores aves assadas que já comera em toda a sua vida. Dean não economizava no molho de cebola que derrama sobre a carne mal cozida, e muito menos na mistura misteriosa com pão. Algo que é quase picante demais, mas que o faz sentir extremamente bem. Uma mulher com um belo decote senta ao seu lado, acariciando suas costas.

–A comida está boa?

–Está ótima! – Dean fala de boca cheia, quase sem perceber – Parece que eu não fico cheio nunca.

–Porque você está morto. – Ela o olha sem expressão, fazendo Dean se chocar um pouco - Pode comer o quanto quiser, nunca vai ficar satisfeito...

–O quanto eu quiser? – Dean parece interessado – Eu espero que o estoque de comida de vocês seja grande.

–Seu bobinho. Você pode fazer o que quiser aqui em baixo, nunca vai ser demais... – A mulher passa a mão na perna de Dean, que se engasga.

–Sabe o que é? Lá em cima, eu ainda estou namorando. – Dean aponta para cima e limpa a boca, tomando um gole de uma bebida energética.

–Não está mais. Já era pra você... Está vendo aquelas minhas três amigas ali? – A mulher aponta para três mulheres com a mesma roupa, no momento acenando de um modo sedutor – Elas querem diversão. Você quer diversão?

–Eu não deveria... Eu... Eu acabei de comer, vai causar indigestão. – Dean faz uma careta irônica.

–Aqui nada acontece. Vem logo bobinho. – A mulher se levanta do banco e carrega Dean pelo braço. – Meninas, esse é Dean Winchester. – A mulher mostra a tatuagem no braço de Dean.

–Olá Dean. – Elas dizem num coro e Dean se impressiona com as vozes doces.

–Vamos ali atrás dessa cortina? – A mulher leva Dean agora pela barra da calça e as três os seguem.

–Onde eu fui me meter? – Dean murmura ao passar pela cortina de seda vermelha e se deparar com uma sala enorme cheio de casais nus, se revelando em público.

***

Diante de uma discussão entre Katherine e Elena, Stefan e Damon, os quatro se separam, e então cada um vai para um cômodo da casa até se acalmarem. Stefan obviamente vai com Elena para acalmá-la nos fundos da casa, para tomarem um ar fresco e tentarem relaxar.

–Eu a odeio! – Elena está prestes a arrancar os próprios cabelos.

–Eu sei como se sente, eu também a odeio. – Stefan acaricia suas costas na intuição de acalmá-la – Mas a ignora, não vale a pena ficar se remoendo com algo que não presta.

–Stefan, eu pensei que tivéssemos nos livrado dela... – Elena respira fundo, apoiando-se na cerca da varanda.

–Eu também, acredite.

–Pra alguém que a odiou tanto, você a recebeu de braços bem abertos. Falsidade ou ainda a ama? Fala a verdade, Stefan. – Elena o olha nos olhos, mudando repentinamente seu tom.

–Você sabe que eu não a amo mais, não sei por que repete a mesma tecla. Eu a amei há muito tempo atrás, já a esqueci, não sinto mais nada por ela!

–Então você ter se aproximado de mim não teve nada a ver com a minha aparência ser idêntica a ela? – Elena usa seu tom irônico e isso deixa Stefan estressado.

–Tudo bem, não vou obrigar com você pelo fato de não acreditar em mim. Em acreditar quando eu digo que eu não a amo mais. – Stefan dá de ombros.

–Me desculpa Stefan, não quis dizer isso. – Elena acaricia o braço de Stefan, mas ele se afasta.

–Mas disse.

Enquanto os dois se resolvem lá fora, Damon fica na sala com Katherine buscando assuntos próprios e impróprios para a situação. Os dois permanecem um longo período em silêncio, trocando olhares e ouvindo somente a respiração um do outro. Então, Katherine dá um passo a frente e se aproxima de Damon, acariciando o peito forte do homem a sua frente na intenção de seduzi-lo.

–Katherine, não.

–Estamos somente nós dois aqui, qual o problema? – Katherine sussurra em seu ouvido, fazendo o rapaz se endireitar e se afastar da garota persistente.

Katherine como vulto o pressiona contra a parede e então trocam olhares novamente. Não demora muito para os dois se beijarem intensamente, enquanto ela abre os botões da blusa de Damon, e acaricia seu peitoral. Ele então levanta as pernas de Katherine até a altura de seu quadril e a pressiona contra a parede. Leva alguns minutos, até que Damon se afasta e procura ar que dê conta de sua respiração ofegante.

–Por favor, preciso de um tempo.

–Você parece um velho. Não precisamos de um tempo. – Katherine o beija novamente, mas Damon a afasta, mesmo com Katherine insistindo em ficar realmente próxima aos lábios do homem.

–Isso tudo é só do momento ou o que você sentia por mim sempre foi real? – Damon pergunta ainda ofegante.

Katherine olha para os lábios do rapaz e se afasta, ajeitando o cabelo e respirando fundo. Engole a seco antes de responder ao rapaz, que já imagina a resposta e finalmente controla a respiração.

–Desculpe Damon, sempre foi Stefan. – Katherine faz uma pausa – E sempre será.

Katherine ajeita sua roupa e vendo a expressão de mágoa de Damon, dá as costas, indo até a cozinha enquanto ele permanece no mesmo lugar tentando processar as palavras rígidas e frias da garota. Damon chuta o sofá mais próximo. Stefan entra pela porta dos fundos com uma cara fechada e pega uma garrafa de cerveja, oferecendo a Damon.

–Problema com a garota? – Damon pergunta em murmuro aceitando a garrafa e vendo Stefan responder em afirmação. – É como dizem... Ruim com, pior sem.


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Notas finais do capítulo

Inspiração num episódio de TVD, como podem perceber, haha. O que estão achando?



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