Destinados escrita por Lucy Myh


Capítulo 2
Capítulo 1. A LUZ NO FIM DO TÚNEL


Notas iniciais do capítulo

OBS: Eu posto essa fic em outros sites. Como os primeiros capítulo já estão prontos, as postagens serão mais frequentes. | Sobre o capítulo: Edward descobriu a morte da Bella. E agora? | Leiam e comentem! ^^



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CAPÍTULO 1 – A LUZ NO FIM DO TÚNEL

Edward POV

Encontrava-me no aeroporto, esperando o vôo que me levaria de volta ao Alasca.

Estava apreensivo. O que levaria Alice a me ligar desesperadamente, consecutivamente, até que eu atendesse? Foram mais de 50 ligações em menos de 12 horas até que me dispus a atender. Afinal, até para a insistência daquela baixinha, 50 ligações em menos de 12 horas é algo com que eu deveria me preocupar. O mais estranho foi ela exigir o meu retorno, alegando urgência, mas sem tratar do assunto pelo telefone.

O que diabos está acontecendo? Por que ela não me fala logo? Será que... é algo com Bella? Achei melhor dissipar esse pensamento. Bella estava bem, tinha que estar! Não tinha mais nenhum vampiro para atacá-la em Forks. Todos os Cullens estavam com os Denali agora. De fato, ainda havia Victoria. Segui-la até o Brasil parece não ter resultado em nada, ela desaparecera, fugira. A caçada já estava perdida. Esse foi um dos motivos que me permitiram retornar à minha família.

Família. Essa palavra soa estranha, agora que não tenho Bella mais comigo. Na verdade, tudo parece estranho, agora sem Bella. Sem ela, meu mundo não tinha o mesmo brilho, as mesmas cores. Só de pensar que não posso mais protegê-la de perto, salvá-la, sinto como se meu coração morto fosse espremido. E minha apreensão só aumenta a cada instante. Me senti tentado a ligar para ela, só para checar se ela estava bem. Mas não. Eu prometi. Será como se eu nunca tivesse existido. Não poderia voltar a trás.

Peguei uma fotografia nossa que Charlie tirou antes de eu partir, não tive coragem de deixá-la no piso do quarto dela junto com os presentes e outras fotos em que eu aparecia. Queria ter algo para me lembrar dela, embora eu saiba que nunca serei capaz de esquecê-la, esquecer aqueles olhos chocolate tão profundos. Observei a foto, a única lembrança material que levaria de Bella. Embora seja evidente a frieza entre nós como casal naquela foto, ainda éramos um casal e eu me apegava com todas as forças a essa lembrança.

 

O vôo foi torturante. Pude sentir que Alice tinha algo grave para me contar, mas não insisti na ligação. Daqui a pouco eu descobrirei por que meu retorno se faz necessário.

Ao chegar à residência dos Denali, senti que algo muito estranho acontecia. Todos os Cullens estavam reunidos na sala, o semblante sério. As mentes se ocupavam com assuntos supérfluos, com certeza estavam escondendo algo de mim. A ansiedade e apreensão foram aumentando, até que uma onda de tranqüilidade e calma me invadiu. Olhei para Jasper que visivelmente controlava as emoções naquele cômodo. Logo, Alice se pronunciou, com a tristeza emanando de suas feições.

“Edward... Aconteceu algo... com Bella...” e, então, minha mente foi invadida pelos pensamentos de Alice, as lembranças de uma de suas visões estavam claras passando pela minha mente. Ao mesmo tempo em que via Bella pulando de um penhasco em direção à morte que as águas turbulentas claramente anunciavam, Emmett e Jasper me agarravam, um de cada lado do meu corpo, enquanto tentava lutar contra a visão em minha mente de Bella pulando e desaparecendo nas águas negras do mar.

Senti meu coração parar, como se antes, embora morto, batesse por Bella. Senti-o ser despedaçado pela culpa de causar a sua morte, pois eu sabia que eu era o grande causador dela. Perdi toda a vontade da minha existência. Minha vida havia morrido, Bella havia morrido. Se pudesse, lágrimas estariam correndo por meus olhos nesse instante. Estava cego pela visão de sua queda para a morte. O desespero me tomou, queria lutar, queria correr, queria morrer, mas Emmett e Jasper me seguravam, impedindo que eu fugisse e clamasse pela morte aos Volturi.

Uma nova onda de calma tentava dominar a dor que emanava do meu coração morto e gelado. Uma luta que nunca venceria, pois nada aplacaria essa dor. Embora agora estivesse caído no chão de joelhos, soluçando sem mais forças para tentar me desvencilhar de meus irmãos, aparentemente mais calmo, nada acalmaria meu coração.

Nessa situação deplorável, sem mais forças para lutar, Alice abaixou e me abraçou.

“Oh, Edward... me desculpe! Ontem, quando tive a visão, não havia mais nada a ser feito... era tarde demais” Alice soluçava. Entretanto, a baixinha estava alerta ao meu futuro, denunciando meus planos de acabar com a minha existência. “Por favor, Edward, não faça isso. Pense em nós! Somos uma família! Não pode pedir isso aos Volturi” ela ainda me agarrava num abraço. “Pense em Bella. Ela não gostaria que você desse um fim na própria existência. Por favor, considere sobreviver. Por ela!”

Eu negava insistentemente com a cabeça. Podia captar o pensamento de todos ao meu redor. Pude ver a tristeza que todos sentiam, a pena nos pensamentos, que agora não conseguiam mais bloquear.

“Por favor, só por um instante! Para eu poder ver seu futuro, só por uns instantes! Por você!” ela insistia e eu negava. “Por nós, então. Pela sua família”.

“Por favor, meu filho. Só tente.” Esme suplicava.

“Por sua mãe e seus irmãos.” Carlisle incentivou.

Então, eu cedi. Por alguns instantes, decidi sobreviver. Viver uma quase vida, encoberto pela culpa da morte da mulher da minha vida, vivendo de lembranças, sendo um fardo para minha família. Enquanto isso, Alice vasculhava meu futuro, buscando alguma coisa, qualquer coisa que pudesse me impedir de decidir pelo meu fim.

Foi então que aconteceu. Uma visão. Numa clareira. A mesma clareira onde levei Bella, mas era um novo Edward, com o mesmo sorriso, a mesma felicidade. Embora a visão ainda estivesse nublada, era clara uma presença feminina. Podia jurar que era uma lembrança e não uma visão. Se não fosse pelas roupas e pela ausência de raios de sol intensos, eu diria que Alice estava vendo uma lembrança da visão passada e não uma nova visão. Uma confusão se apossou dos meus pensamentos e dos de Alice. Como era possível? A visão era borrada e, provavelmente, distante, mas havia um caminho. Havia a felicidade em meu futuro, havia uma mulher e eu poderia jurar que era Bella.

Mas como? Bella estava morta, como ela poderia voltar para mim? Algo estava errado. Tinha que estar! Bella não voltaria mais para mim, eu a perdi! Como é possível eu estar feliz na presença de outra mulher que não fosse Bella? As mudanças que acontecem com um vampiro são irreparáveis e raras. Como eu poderia amar outra mulher que não fosse Bella? Bella era, Bella é a única dona do meu coração e quando ela pulou daquele penhasco, ela o levou consigo para o fundo do oceano. Eu não poderia aceitar aquela visão. Ela não é real!

“Não faça perguntas tão complicadas, Edward.” Agora aquela baixinha sorria, serena diante da esperança que aparecia no meu destino. “Apenas aceite. Ainda há esperança, meu irmão. A felicidade existe para todos os merecedores dela e você certamente é um.”

Não podia acreditar no que aquela baixinha traidora estava falando. Ela estava pedindo para eu esquecer Bella e confiar numa visão borrada? Que espécie de louca ela era? Bella é o único amor da minha existência, ela é única! Eu já ia protestar quando ela me interrompeu, me encarando. Todos à nossa volta, confusos e ansiosos, sem saber o que se passava conosco.

“Edward, não estou pedindo para você esquecer Bella. Só estou falando que até para nós, monstros como você diz, o destino pode ser bom. Até para nós, a felicidade está reservada. Olhe para mim e Jasper, Carlisle e Esme, Emmett e Rosalie, o destino nos uniu e ele tratará de trazer a felicidade para você. Não quero que esqueça Bella, ninguém a esquecerá, ela sempre estará em nossos corações, em nossas lembranças. Apegue-se a elas se necessário, até que o destino te traga a felicidade para a eternidade e quando ela chagar, guarde as lembranças de Bella no seu coração, que, de lá, ninguém poderá tirar.” Ela suspirou. “Entenda, Edward, até vampiros podem ter seu ‘felizes para sempre’. E você, mais que ninguém, merece isso.” Ela voltou a me abraçar. “Sei que será difícil, mas nós vamos te ajudar. Pode demorar o tempo que for, mas agora sei que essa visão borrada irá se tornar nítida um dia e você será feliz. Por isso, não desista de você. Valerá a pena no final. Eu garanto!”

Eu queria acreditar nas palavras de Alice, queria acreditar que eu pudesse ser merecedor da mesma felicidade que os casais da minha família partilhavam. Mas não achava ser possível. Bella era a única. Seria possível ela sair do paraíso onde estava para trazer a alegria de volta à minha existência?

“Acredite em mim, vai dar tudo certo.” Terminou ela, com um sorriso triste no rosto e um brilho de esperança nos olhos. “Agora preciso prestar todo meu apoio a Charlie, ele deve estar desolado.” Com um suspiro, Alice se dirigiu em direção à Mercedes S55 AMG preta de Carlisle. Antes de sair ela se pronunciou. “Sei que você gostaria muito de se despedir da Bella, Edward. Mas acho que a presença dos Cullen em peso lá não fará bem a ninguém. Vamos só eu e Jasper.”

Assenti com a cabeça. Não me despediria de Bella porque ela nunca iria embora para mim. Ela ficaria comigo para sempre, mesmo que só no coração morto e gelado que carrego no peito.

Por hora, sobreviveria somente pela minha família e por uma visão ainda borrada, na esperança de que algum dia, de alguma forma, Bella voltasse para mim.


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Notas finais do capítulo

Obrigada, madu, pelo comentário! ^^ | Comentem!! Dúvidas? Eu respondo nos comentário! Críticas? Vou tentar melhorar! Mas só vou poder saber se vocês comentarem! ;D | VEJA O TRAILER: http://www.youtube.com/watch?v=_dSqVrOP0lg (Vídeo por Jannie e Luana)



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