American Idiot escrita por Raquel C P
Notas iniciais do capítulo
Ultima parte da festa... os proximos capítulos são tipo uma continuação.
Esse é bem pequeno... então não me matem... mas o proximo será maior, prometo :D
Boa leitura!
Jason
Assim que vi minha irmã entrando pela grande porta branca, corri até ela. Thalia secava uma lagrima com as costas da mão e seu olhar pesava, cansado. Parei em sua frente e ela levantou o olhar para mim. A raiva e a tristeza eram claras. Puxei-a até um dos pufes coloridos no canto da festa e sentei com ela.
Ficamos um tempo encarando a festa, até que Thalia deitou em meu ombro. Eu não ouvia nada além da musica eletrônica alta. Olhei para ela. Seus olhos, mesmo vermelhos e inchados, não estavam molhados. Essa era a minha irmãzinha, sempre forte. Passei meu braço por ela, protetoramente. Mesmo sendo o irmão mais novo, era o meu dever cuidar dela, assim como ela sempre cuidou de mim quando nossa mãe nos abandonou.
– Vocês terminaram? – Perguntei baixo, próximo ao seu ouvido.
Thalia, assustada, desvencilhou-se de meu abraço e me olhou de olhos arregalados. Eu sorri levemente.
– Sim, eu sabia. É meio difícil não saber quando seu primo vai até a sua casa para ficar com sua irmã com a desculpa de querer jogar vídeo game.
Ela sorriu triste, mas depois sua expressão assustada voltou.
– Mas nos nunca... você sabe...! – Ela pigarrou, corada, e eu ri.
– Acredito em você maninha. – Thalia assentiu e voltou a se aconchegar em meus braços. – E antes que você pergunte: não, mais ninguém sabe.
– Sempre sabendo o que eu penso não é mesmo? – Ela murmurou.
– É bem por ai... – eu respondi baixinho e acomodei minha cabeça na dela.
– E não era bem um namoro também... – Ela falou com a voz embargada. Eu a apertei mais.
– Vocês sempre se gostaram... isso todos nós sabíamos.
Thalia balançou a cabeça.
– Não importa...
Eu me afastei dela e encarei suas íris azuis.
– Importa e muito.
Ela abaixou o olhar, tristonha.
– Não importa mais... jogamos tudo fora... e ele não se importa. – Uma lagrima escapou de seu olhou direito, borrando levemente a maquiagem preta. Eu sequei com o meu dedão.
– Olhe, eu não sou o melhor nessa coisa de sentimentos. – Ela levantou o olhar novamente. – Mas ninguém soca um cara do nada, só por ele estar dançando com a priminha dele. – Thalia riu levemente. – E olha que vocês nem estavam sendo tão vulgares assim, se não eu mesmo teria dado aquele soco.
O riso fraco de Thalia foi esvaindo de seu rosto, mostrando novamente as feições de dor.
– Não sei o que fazer... somos primos, nunca daria certo mesmo, não importa nossos sentimentos. O melhor é deixar tudo de lado. – Ela balançou a cabeça, deixando mais lagrimas escaparem. – Mas eu sinto tanta falta dele...
Abracei-a de novo, o mais forte possível. Depois de alguns minutos, não sentia mais suas lagrimas em minha camiseta, e eu tinha certeza que ela olhava fixamente para qualquer ponto. Afastei-me de seu abraço e olhei-a novamente nos olhos.
– Vai dar tudo certo maninha... – Ela assentiu lentamente e seus olhos voltaram-se para cima de minha cabeça. Senti braços quentes e desnudos em meu pescoço, um sorriso involuntário passou pelos meus lábios assim que vi seus cabelos chocolates. Piper apoiou a cabeça em meu ombro, ainda me abraçando.
– Você esta bem Thalia? – Ela perguntou com sua voz doce e hipnotizante, a qual, sem nenhum esforço, me deixava maluco. Thalia assentiu lentamente, sorrindo fracamente.
– Já estive melhor Pips...
Piper olhou-a preocupada.
– Quer que a gente te leve para casa?
Thalia balançou a cabeça, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, uma ruiva de vestido preto e saltos rosa chiclete, aproximou-se.
– Ah... desculpa interromper. – Ela alternou o olhar entre nós três. Olhei para Thalia e percebi seu olhar duro e os lábios formando uma linha fina.
Piper levantou a cabeça.
– Algum problema Rachel? – Ela perguntou docemente, deviam ser amigas. Eu coloquei minha mão em cima das de Piper em meu peito.
– Ah... na verdade, eu não sei. – Ela olhou para Thalia, a qual ainda sustentava um olhar furioso. – Eu queria falar com você. Sei que deve estar brava, mas eu só queria dizer que tudo aquilo foi um mal entendido.
Thalia abriu a boca, mas a ruía a interrompeu, continuando a falar.
– Só achei que seria o certo a dizer, eu não sei o porquê. – Thalia relaxou o rosto. Antes de a ruiva partir, ela lançou um olhar para Piper e falou baixo, encarando Thalia. – E o loiro com que você dançava, Luke, eu não acho que ele seja uma boa pessoa. – E saiu batendo seus saltos rosa, enquanto o cabelo ruivo chicoteava em suas costas.
Eu assobiei.
– Isso foi estranho.
Piper voltou a colocar a cabeça em meu ombro.
– Isso foi Rachel. – Ela sorriu. – É bom pensar no que ela diz Thalia... ela sempre esta acerta com essas esquisitices dela.
Thalia olhava para nós, pensativa.
– Acho que mudei de ideia... podemos ir para casa? – Eu e Piper assentimos e levantamos, com ela pegando minha mão logo em seguida.
Andamos em direção a porta e fomos até a minha Mercedes prata. Enquanto afivelávamos os cintos, Piper falou do banco da frente:
– Engraçado... – Ela levantou o olhar para mim. – Eu não vi o Percy na festa.
Thalia colocou a cabeça entre nós e sorriu maliciosamente.
– Eu vi Annabeth... apesar que ela sumiu depois que eu contei que ele não veio a festa.
Eu olhei para as duas, as quais alternavam olhares sugestivos. Mas onde será que esses dois se meteram?!
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Obrigada por lerem!
Até o proximo!
:3