The Son of Fear escrita por Leila Edna Mattza


Capítulo 7
I make my destiny


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.
LEIAM AS NOTAS FINAIS!



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PERCY

A primeira coisa que Quíron me fez fazer depois de que fui reclamado, foi voltar para o chalé de Hermes, já que, infelizmente, não havia um chalé para Phobos, muito menos um para Deimos. Então, voltei para o chalé 11.

Geralmente quando chego ao chalé de Hermes com Luke, ninguém nem mesmo se atreve a olhar para mim. Mas hoje, quando cheguei ao chalé 11 como o único filho de Phobos e o abençoado de Deimos, todos olharam para mim com medo e pânico. Humm. Não posso dizer que não fiquei satisfeito com isso.

Naquela noite, meu espaço no chão aumentou consideravelmente. Todos estavam mais do que dispostos a se apertar um pouquinho mais e ficar o mais longe possível de mim.

Agora, isso não era tão agradável assim. A minha vida toda, eu havia sido rejeitado, separado como se tivesse algum tipo de doença contagiosa. Quando cheguei ao acampamento, eu pensei que as coisas iam mudar. Eu tinha amigos. Mas agora, o todo poderoso Phobos e seu irmão maldito Deimos estragaram tudo.

Parece que deuses adoram estragar as vidas de mortais miseráveis, não é?

Enfim, voltando para aquela noite. Tive um sonho. Certo. Eu estava em uma espécie de sala de estar. Tinha uma lareira, e acima dela, na parede, estavam expostas várias armas – espadas, facões, chicotes, etc. Não só acima da lareira, mas em todo o espaço de parede vermelha. Na frente da lareira, estavam duas poltronas de veludo cor de vinho. Em uma, a maior, estava sentado um homem grandalhão, parecendo uma mistura de lutador de luta livre com motoqueiro, com cicatrizes, óculos escuros e jaqueta de couro.

De alguma forma, eu sabia quem era. Curvei-me levemente.

– Lord Ares.

Ele sorriu, divertido. Indicou a poltrona ao seu lado, dizendo:

– Sente-se aí, pivete.

Eu me sentei, e ficamos em silêncio por um tempo, antes de ele dizer:

– Então, um filho de Phobos, hein? Soube que vai pôr o Olimpo em caos.

Franzi a testa.

– Não sei do que você falando.

– Ah, não se faça de idiota. – Ele fez um gesto de desdém. – Não pense que não sei o que está planejando. Eu o tenho observado, Perseus. Sei sobre suas conversas com o filho de Hermes.

– E... você não vai fazer nada? – Perguntei, confuso.

– Por que faria? – Ares ergueu uma sobrancelha. – Se fizer o que planeja, vai desencadear uma grande guerra no Olimpo. Não posso me arriscar a pôr tudo a perder.

– E você não vai dizer nada para Zeus? Por causa disso?

Ares bufou.

– O que isso quer dizer? Você tecnicamente é meu neto. Não deveria gostar da guerra tanto quanto eu?

Sorri um pouco.

– Eu me contento com assustar as pessoas. – Disse.

– Exatamente! O que melhor do que uma guerra para deixar todos amedrontados?

Pensei sobre isso. Percebi que Ares estava sendo um tolo, mas é claro que não falei isso.

– Nossa intenção é destruir o Olimpo. – Eu disse casualmente. – Você se arriscaria a ser destruído?

Ares deu de ombros.

– Pelo menos vou ter um último contentamento. De qualquer forma, eu queria dizer que você poderá ficar no meu chalé.

– Sério? – Eu fiquei surpreso. De todos os chalés, o de Ares parecia ser o melhor para mim. – Por quê?

– Como eu disse antes, você é meu neto. Phobos e Deimos não ficariam nada felizes se eu não permitisse que você ficasse no Chalé 5.

Esperei um pouco, em silêncio.

– ... Mais alguma coisa?

Ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas pareceu mudar de ideia.

– Não. – Ele balançou a mão, e a imagem começou a embaçar. – Você já pode ir.

A sala desapareceu, e tudo ficou negro. Pensei que entraria em um maravilhoso sono sem sonhos, mas não era esse o plano. Eu descobri isso assim que uma voz retumbou na escuridão.

– Perseus Jackson. – Se eu pudesse me mexer, teria saltado com a voz fria como gelo. – Você diz que os deuses são cruéis e desleais. Você diz que vai me servir. Estou correto?

Não demorei muito para saber que era.

– Cronos.

– Sim, menino. E então?

Fiquei em silêncio por um tempo, sem saber o que fazer. Então, finalmente pudendo me mexer, me ajoelhei para o escuro.

– Eu juro lealdade a Cronos. Renuncio os deuses. Quero vê-los destruídos. Vou servi-lo com corpo e alma, meu senhor.

Ouvi uma risada, e olhos dourados e maldosos brilharam no preto.

– Muito bem, Perseus. Faça o que tiver de fazer. Garanto-lhe que vamos vencer essa guerra, e apenas aqueles que me servem estarão no poder. Você será infinitamente recompensado.

– Obrigado, meu senhor.

Acordei no Chalé 11. Todos ainda estavam dormindo, inclusive Luke. Mas eu não estava com muito sono agora. Levantei-me e fiz meu caminho para a porta. Quem se importa se as harpias me pegarem? Poderia matá-las em uma questão de segundos, e não ligo para o que Quíron diz.

Caminhei até a praia, chutando a areia. Olhei para o sol nascendo, achando que estava sozinho, mas aparentemente, não estava. Notei o menino magro e franzino de olhos a cabelos escuros a alguns metros de distância. Aproximei-me, e disse:

– Não consegue dormir?

Ele saltou com o susto, me fazendo sorrir, e então olhou para mim. Um flash de reconhecimento e nervosismo passou por seus olhos.

– Uh... Oi. – Ele falou gaguejando. – É-é, não consigo.

Eu revirei os olhos.

– Olha, por mais que eu goste dessa coisa de medo e tudo, não precisa ficar gaguejando.

O menino corou, mas relaxou visivelmente.

– E então. – Sentei na areia ao lado dele e olhando para o mar. – Qual é o seu nome?

Ele copiou meu movimento, e seguiu meu olhar.

– Ethan. – Ele respondeu. – Ethan Nakamura.

Fiquei em silêncio por um tempo, e então perguntei:

– O que estava fazendo aqui, Ethan?

– Eu poderia perguntar a mesma coisa.

– Sinto muito, mas eu perguntei primeiro.

O vi sorrir pelo canto do olho.

– Estava pensando. – Ele respondeu, soando distraído. - Sobre os deuses.

Franzi a testa para isso.

– O que tem eles?

– Eles... – Ele sacudiu a cabeça, fazendo uma careta. – Nada, é bobo.

Eu sorri.

– É alguma reclamação sobre nossos nem tão queridos pais?

Ele me olhou surpreso, e eu ri um pouco.

– Como você sabe disso? Você lê mentes?

– Não, mas se tem alguém que entende seu ódio pelos deuses, sou eu.

Ethan franziu a testa para o oceano, como se fosse tudo culpa dele.

– Às vezes eu penso se poderia ser diferente. – Ele murmurou. – Se poderia ser os semideuses no poder e os deuses no poço. Se poderia ser a nós que os mortais venerassem. Todas as mentiras dos deuses... Não precisamos disso como os outros pensam. Pelo menos eu não acho. Mas precisamos de alguém para nos liderar. Para dar o primeiro passo para a liberdade.

Pensei sobre isso. Ele estava certo, é lógico. Por toda a vida, os semideuses esperam por alguém para chamar de líder. Todos tiveram medo de abrir os olhos para as mentiras dos deuses, hipnotizados. Estamos todos aflitos... Perdidos e sangrando por quem não merece.

– Logo, os tempos vão mudar. – Eu disse a Ethan. – Vamos ter o respeito que merecemos depois de anos de serviço. Não seremos mais o sacrifico deles. Não vamos mais olhar para baixo. Certo ou errado, não se pode ficar preso no medo.

Ethan riu um pouco.

– Para você é fácil falar. – Ele disse. – Provavelmente nunca sentiu medo.

Eu me virei para encará-lo, cansado de olhar para ele pelo canto do olho.

– Medo está apenas em nossas mentes. – Eu disse, e sorri um pouco. – Na de vocês para ser mais exato. O problema é que está tomado o lugar o tempo todo. Afogando todo o resto.

Ethan me encarou de volta.

– Deve explicar por que somos um pouco insanos. – Ele sorriu.

– Está tudo claro, Ethan. Estamos desacorrentados. Sempre estivemos. Só não vimos isso antes.

Eu me levantei, batendo a areia das minhas calças.

– Faça o que você quiser. – Eu disse. – Mas se você sonha por algo melhor... Levante-se e encare o desconhecido. Você deve se lembrar de quem realmente é. Você é um semideus. Você merece muito mais do que isso. Nós podemos nos libertar.

Comecei a me afastar, quando Ethan disse:

– Que as Parcas estejam do seu lado, Percy.

Parei de andar, me virando apenas o suficiente para encontrar seus olhos.

– As Parcas que se danem. – Eu disse, sem ter medo do quanto essas palavras me assombrariam no futuro. – Eu faço o meu destino.

Fui embora deixando um semideus pensativo para trás.


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Notas finais do capítulo

Hello, hello, remember me? I'm everything you can control.
E AÍ, POVO? Olha, eu realmente sinto muito pela demora. É que um pouco depois da minha última postagem, eu viajei para o Rio Grande do Sul, e fiquei um pouco mais de uma semana lá, já que o voo de volta foi adiado. Depois, minha mãe (como sempre) fez de tudo para que eu não ficasse no notebook, e eu não gosto de escrever no celular, é um saco. Quando eu pegava no computador, ia ler histórias na FanFiction.Net e esquecia minhas obrigações. E então eu ia escrever isso aqui, mas eu não tinha muito ânimo e ideias. Agradeçam Evanescence por ter músicas inspiradoras.
Eu estava determinada a postar no dia 20 (segunda-feira da semana passada) mas minha mãe me levou pra sair. Além de que eu não sabia o que escrever. E eu não pude o resto da semana porque as aulas começaram dia 21, e eu não posso acessar a internet na semana de aula. Então só estou disponível aos finais de semana. E, gente, EU FINALMENTE POSTEI! Não é o meu melhor capítulo, mas eu tentei.
Espero que tenham gostado.
Beijos!



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