A esquerda da porta eu avisto uma janela e o horizonte atrás dela me atrai.

–-Se você não se sentir bem eu posso dizer a Minerva que não posso aceitar a proposta. -- Diz uma voz seca se aproximando de mim.

–-Não. -- Digo de uma maneira tão baixa que chega a parecer um sussurro mesmo quando a intenção era deixar minha voz fria assim como a do loiro atrás de mim.

–-Eu pensei que fosse dizer isso, por isso aceitei, afinal é justo que os alunos de Hogwarts tenham os melhores professores sempre.

Um sorriso tímido sai dos meus lábios discretamente e eu tenho quase certeza que existe um nos lábios dele também.

–-Ás vezes eu me esqueço de como o seu ego é grande.

–-A qual é Hermione, nos não somos mais dois adolescentes apaixonados.

Uma pausa que parece durar uma eternidade surge entre as palavras dele e a frase que se forma em minha mente.

–-Eu te amava Draco...

Novamente uma pausa, e uma lágrima teimosa insiste em sair dos meus olhos. Sinto as mãos frias dele tocarem meu rosto devagar, ele vira meu rosto para ele, meu coração dispara e me sinto novamente com quinze anos, aquele toque gélido que me faz arrepiar, aquele perfume que invade meus pulmões, tudo tão errado... Tudo tão perfeitamente bom...

–-Não precisa ser novamente assim... -- Começa ele. --A guerra acabo ! Somos adultos ! Podemos decidir por nos mesmos agora Hermione.

–-Não Draco ! Eu tenho o Rony... -- Dizer o nome dele fez com que eu sentisse um enorme aperto no coração. -- E você ainda é um Malfoy... E eu... E eu...

–-Não Hermione ! Não! Não! Eu não me importo.

Eu me retiro de uma vez dali, meu rosto senti falta das mãos dele mais eu não me importo, me esforço, do o máximo de mim para não voltar, eu tenho o Rony, eu o amo ! Entro no primeiro vagão que aparece a minha frente por sorte estava livre, tudo que eu não quero e que alguém me veja agora.

A porta atrás de mim não se fecha e por um momento me sinto feliz, "Ele veio atrás de mim !" Mas no mesmo momento expulso esse pensamento "Você não tem mais quinze anos Hermione !" Minha consciência está numa briga interna "Você é uma grifinoria ! Porque esta fugindo ? Vamos arrisque !" "Você não pode trair seus amigos !" "Você..." "Você..."

–-Chega ! --Gritei para mim mesma.

Quando faço isso, tudo para, meus pensamentos , meu corpo, a única coisa que sinto são as lagrimas nos meus olhos. O arrepio volta a minha espinha meu coração bate tão rápido que meu peito doí. A mão dele esta na minha cintura e de repente ele me gira e sinto sua outra mão nas minhas costas me puxando para mais perto dele, meus olhos estão fechados e sinto o nariz dele roçando no meu e assim ficamos por alguns segundos se tocando como se existisse um magnetismo que nos atrai um para o outro. Quando eu desisto de tentar me afastar ele recebe esse ato como se fosse o sinal que precisava e sinto finalmente os lábios frios tocarem os meus.

Draco me gira em um movimento agressivo e me prensa contra a parede, as mãos dele me puxam cada vez para mais perto já as minhas deslizam pelo cabelo dele. Em nenhum comento nossos lábios se desgrudam, sinto novamente a língua dele tocar a minha depois de tanto tempo a sincronia ainda é perfeita, ele ainda me puxa para si como se tivesse medo que eu fosse fugir novamente.

Depois de alguns segundos eu começo a me sentir tonta e afasto meus lábios dos dele mais no mesmo instante volto e toco algumas vezes a boca que mais desejei em toda minha vida até meu pulmão exigir mais de três segundos de ar e eu me afastar dele lutando com todas as minhas forças.

Eu me vejo ofegante com uma das mãos apoiada na parede e ele se encontra a minha frente com as costas apoiadas na parede e as mãos no joelho, puxando o ar com força. Ele levanta um pouco a cabeça e ao me ver com puxando o ar sorrir, coisa que eu também faço e ficamos ali como dois adolescentes novamente desobedecendo as regras.