O Namorado da Minha Melhor Amiga escrita por Naty Valdez


Capítulo 25
Capitulo 25 - Assumindo-se


Notas iniciais do capítulo

Gente, se falta de criatividade matasse, eu já estaria decomposta. Sei lá, li,li e li o capitulo e nõ consegui achar um nome pra ele, então vai ficar esse, né!
Ah, Oi Peoples! rsrsrsrs'
Tipo, eu sei que não postei mês passado, mas eu estou numa situação crítica! Serio, é a prova, é a escola, é o vício literário, é a minha aula de flauta transversal, é tudo!
Mas, enfim, eu postei! E não vou falar mais nada aqui, porque eu sei que ninguém quer saber haha' Vou falar lá embaixo, porque... bem... eu preciso desabafar, porque... EU LI O SANGUE DO OLIMPO *-*
Bem quero agradecer aos reviews e as favoritações! Infelizmente, não teve nenhuma recomendação :( Que triste! Mas os comentários foram divos! OBRIGADA!
Aproveitem o capitulo *-*



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Pov’s Annabeth

― Ai meu Deus do céu! ― Thalia pôs as mãos sobre a boca ― Não acredito! Sério, Annabeth que rolo foi esse em que você se meteu?

― Eu também queria saber.

Eu havia acabado de contar tudo o que havia acontecido entre mim e o Percy. Repito: tudo. Começando pela chegada dele ao apartamento, na qual eu estava seminua, e ele sorriu pela primeira vez pra mim ― aquele sorriso sarcástico que eu odiava, mas que agora daria tudo pra vê-lo sorrir assim. Falei das nossas brigas, minhas hipóteses primitivas a respeito dele, nosso acordo, o quanto chorei pensando que havia perdido a Rachel. Depois, o rolo com a Piper e o Jason ― acredite: eles ainda estão brigados ― a qual fomos castigados a limpar a casa. E falei que foi nesse dia que quase nos beijamos pela primeira vez. Falei das brigas com o Nico, o dia que saímos, o motivo do desmaio da Rachel, nosso primeiro beijo. Sua confissão de estar apaixonado por mim. O próximo beijo. A insistência dele em tentar me fazer admitir o que sinto. Minha saída do apartamento. O motivo de eu estar chorando hoje. Resumindo: tudo mesmo.

E agora, contando toda a minha história pra ela, eu senti que tirava um grande peso dos meus ombros. Um peso que eu carregava há semanas. E que não aguentaria mais por muito tempo.

Sem falar que, enquanto eu contava, parecia que tudo foi vivido por outra pessoa. Sempre tive uma vida perturbada, mas essa historia parecia louca de mais pra ter sido vivida pela minha pessoa.

― Enfim ― eu disse a ela, me levantando da minha cama – a qual nós estávamos sentadas – e dando uma andada pelo quarto ― É isso o que está acontecendo comigo, Thalia. Minha vida é uma tremenda droga.

― Tá, mas... Você está mesmo apaixonada por ele? ― Thalia perguntou, sentando-se e pondo os pés no chão.

― Claro que não, Grace! ― falei, e esperei que minha expressão ou o meu enrubescer não me entregassem ― Fala sério, ele é o namorado da minha melhor amiga. Isso é ridículo, errado, estranho e impossível. ― enfatizei cada palavra contando nos dedos.

― Mas você o beijou ― ela disse, apontando pra mim.

Ele que me beijou.

― Foda-se. Os dois tocaram saliva, melhor assim? ― ela levantou-se ― Annabeth, minha querida, como você mesma disse, isso é estranho, errado e tal. Se acha tão errado mesmo, então porque beijou ele?

― Ah... Eu não o beijei, Thalia! Ele que me beijou.

― E você retribuiu! E duas vezes, mocinha.

― Está dizendo que eu fiz de propósito? Que eu queria trair a minha amiga?

― Eu não quis dizer que você traiu a Rachel porque quis. Bem, seria suspeito, já que você o beijou depois que ela a acusou de tudo, certo? Mas não. Eu sei que você não seria capaz disso. O que eu quero dizer, Annabeth, é que você não romperia seus princípios. Mas você rompeu. O que significa que você está apaixonada por ele. Do contrário, isso nunca teria acontecido.

― Não estou apaixonada por Percy Jackson. ― murmurei.

― Negar só comprova. Annabeth, seja inteligente. Se você não está apaixonada por ele, então porque o beijou? Será que você queria mesmo se vingar da Rachel?

Sempre me surpreendi com a inteligência de Thalia. Agora não poderia ser diferente.

― Não, nunca. ― eu disse, quase um murmuro.

― Eu já sabia disso. Então você está apaixonada.

Não adianta mais negar pra mim mesma, nem pra Thalia. Está na cara. Eu me apaixonei por Percy Jackson. Ponto. É esse o motivo dos meus sentimentos fortes por ele, minha saudade absoluta, minha ânsia de vê-lo. Eu estou apaixonada.

Mas, como sou uma teimosa do caramba, eu disse:

― Está bem. Digamos que eu estou apaixonada. E aí, o que eu faço? Vou lá, conto pra ele, ele termina com a Rachel, nós ficamos juntos e vivemos felizes para sempre?

Thalia pensou por um segundo.

― É, exatamente isso.

― Corta essa. ― falei, e depois comecei a falar com urgência e nervosismo ― Thalia, você ficou completamente louca! Eu não posso fazer isso com a Rachel. Não posso. E também não posso deixar que Percy termine com a Rachel. Ela o ama mais que tudo. Se ela souber o que ele fez com ela, e pior, que eu estou envolvida, acho que ela é capaz de se matar!

― Exagero. Rachel não é tão louca assim.

― Você não a conhece.

Thalia suspirou e começou a dar voltas pelo quarto, como se estivesse procurando algum fato ou ideia. Fiquei em silencio enquanto ela fazia isso.

― Está bem, Annabeth ― Thalia disse por fim. ― Faça o que você quiser. Conte pra ele, não conte. Seja feliz com o cara que você gosta, entregue de bandeja pra outra garota. Mas eu quero que saiba de uma coisa: enquanto você não quer magoar a Rachel, achando que ela vai sofrer, você está magoando duas pessoas – você mesma e o Percy. Agora faça as contas: se você decidir ficar com ele, vai magoar a Rachel. Por outro lado, você vai estar feliz, ele vai estar feliz, e Rachel, se ela for realmente a sua melhor amiga, vai compreender, e vai se conformar. Mas se você continuar com isso, vai estar magoando o Percy, vai continuar sofrendo e vai chegar um hora que ele vai terminar com ela de qualquer jeito, tendo você ou não. Ele não gosta dela. Não a ama, como ele mesmo disse. Ela vai sair magoada. Infelizmente, Annabeth, o amor é assim. Não são todos que saem ganhando.

Refleti sobre aquelas palavras. Eram todas verdadeiras, vindas de uma das pessoas que eu mais confio no mundo. Porque não acreditar? Porque não dizer que concordo com tudo? Porque não dizer: está bem, eu vou pela sua ideia?

Resposta fácil: sou uma tremenda teimosa cabeça dura.

― Certo, Thalia. ― falei por fim ― Eu entendi o que você quis dizer, mas eu ainda vou continuar por um tempo. Eu não quero que ele fique sofrendo por mim, como você disse. Eu quero que ele se esqueça de mim e volte a se apaixonar por ela. É isso o que eu quero. Por favor, entenda.

― Certo, eu entendi ― disse Thalia, agora um pouco irritada ― Entendi o nível de sua burrice, Annabeth. Sério, sem brincadeira. Mas, tudo bem, eu entendo você. Te acho boazinha de mais, mas eu entendo você.

Sorri.

― Olha, se precisar de ajuda, pode contar comigo ― ela continuou ― Mas não reclame quando eu disser “Eu te avisei”.

― Pode deixar.

Ele veio me abraçar. Eu, lógico, deixei. E, enquanto nos abraçávamos, eu me lembrei do que eu disse o Percy, e fiquei me perguntando se, depois daquilo, ele finalmente tomou raiva de mim.

Pov’s Percy

Eu estou mal.

Não só pelo fato de ter me decepcionado com a Annabeth... Bem, não exatamente me decepcionado. Eu só estou muito, muito, muito, muito chateado com ela, mas decepcionado não.

Quanto mais ela me diz “Me deixe em paz” ou “Fique longe de mim” é como se ela desse uma facada no peito. É difícil de aguentar. Geralmente, se ela me pedisse qualquer coisa, eu tenho certeza de que faria. Mas, infelizmente, ela só me pede o impossível: sair de perto dela.

Tudo o que eu queria é que ela largasse de ser essa cabeça dura e admitisse logo. O que custa? Ela acha que vai fazer a Terra explodir se me contar a verdade? Será que ela pensa que eu vou estar com um gravador escondido só pra depois mostrar pra Rachel e acabar com a amizade delas? Às vezes chega as ser ofensivo.

Deitado no quarto de minha cama, olhando pro teto, lembro-me do momento em que ela me disse pra não ficar atrás dela, ou ela se transferia. Foi cruel. Depois que ela saiu, eu quase quebrei uma vassoura na parede de raiva. Naquele momento, eu não sabia se estava irritado, magoado ou chateado. Agora descobri que estou chateado.

A porta do meu quarto se abre devagar. Se Rachel está tentando me assustar entrando sorrateiramente, eu sinto muito, mas ela é mais barulhenta que a Annabeth. E eu que achei que isso não fosse possível. Enfim, fechei os olhos pra fingir que dormia tarde demais, pois ela acabou vendo.

― Pode abrir os olhos, mocinho. ― advertiu ― Nem ouse fingir que está dormindo. Que é? Não quer falar comigo?

Adivinhona!, pensei.

― Não, não é isso. ― sentei-me na cama, os pés no chão ― Eu estava indo dormir, mas não consegui. Mas o que você quer?

― Ah, Percy ― ela andou até mim e sentou-se em meu colo ― Você está tão estranho. Distante. Isso desde o dia em que conversamos sobre... Você sabe... Aquele lance de eu achar que já é a hora de nós dois ficarmos juntos. Eu te chateei com aquilo, é isso?

― Não, Rachel, é que... ― droga, o que eu vou dizer pra ela agora? Seja o que for, fico feliz que ela não tenha se lembrado que foi também nesse dia que a Annabeth foi embora. Sorte que Rachel não ligou os pontinhos ― Eu estou um pouco preocupado com os meus pais, sabe? Eles não me ligam a alguns dias.

O que não era total mentira. Desde que eu me mudei pra cá, me ligam de uma a três vezes por semana. Mas já faz duas que eles não me ligam.

― Ah, Percy, os pais são assim. Sempre se esquecem dos filhos quando eles estão longe. Você deveria se acostumar com isso.

― É, talvez. ― eu disse, mas só pra não irrita-la. Não queria começar uma briga.

― Eu sei que tenho razão. ― ela me deu um selinho ― Vamos sair pra comer alguma coisa? Eu estou com preguiça de fazer comida, e não tenho mais minha ajudante Annabeth.

― Tá, vamos. ― falei, então me lembrei de algo ― Mas você não tinha uma consulta com a psicóloga hoje?

― Ah... ― Rachel hesitou ― Ela me ligou agora pouco e desmarcou a consulta. Então, hoje não vai ter. Por isso, eu te chamei pra dar uma volta. Eu não recomendaria isso se tivesse uma consulta hoje, Percy.

― Sei... ― falei, nada impressionado nessa ultima parte. Mas acabei acreditando, porque semana passada, na sexta-feira, a psicóloga desmarcou a consulta de sexta e passou pra segunda, então, deve ter acontecido alguma coisa de novo. ― Tá bem, vamos.

― Vou tomar um banho, me arrumar e já voltou, Okay? ― ela me beijou, e eu me esforcei para retribuir ― Já volto.

Rachel levantou-se e saiu do meu quarto e eu me joguei pra trás, de cotas na cama, pensando: eu definitivamente não vou aguentar isso por muito tempo.

Pov’s Annabeth

No dia seguinte, já na escola, eu andava pelos corredores, procurando a Rachel. Há dias que eu queria perguntar uma coisa a ela e só ontem a noite, enquanto tentava, sem muito sucesso, dormir eu me lembrei. E era urgente a minha conversa.

Já estava desistindo quando encontrei Nico. Corrigindo: quando Nico me encontrou.

Ele veio a meu encontro pouco antes de curvar a direita no corredor. Seu cabelo estava penteado, a pele pálida, os olhos brilhantes e o sorriso aberto.

Ele era sim um dos meninos mais lindos dessa escola. Era educado, de bom coração, e era um ótimo amigo. Nico sempre tentou me fazer sentir melhor, sempre quis me proteger de todos os que achava que me fariam mal ― inclusive um cara chamado Percy Jackson. E eu sempre fui grata. Mas nunca pensei nele daquele jeito, nem no dia em que nos beijamos, porque eu, de fato, não iria beija-lo. Até considerei dar-lhe uma chance ― a qual eu ainda não descartei ―, mas, fora isso, nada de segundas intensões. Mas ele nunca escondeu as suas por mim, porem sabia me respeitar.

Ele parou na minha frente.

― Olá ― disse ele.

― Ei ― abri um sorriso.

― E os preparativos para o baile? ― perguntou, animado ― Eu já encomendei o meu smoking. Preto, obviamente. Já estou nos imaginando como rei e rainha do baile. Quer dizer... Nós ainda vamos, né?

De todos os meus problemas, o baile na sexta feira da semana que vem era o de menos pra mim. Nem passava pela minha cabeça. Mas eu disse:

― Eu... É claro que vamos, seu bobo ― dei um empurrãozinho em seu ombro ― Eu vou comprar o meu vestido sábado. Provavelmente, ele será... Azul?

― Vermelho ― ele piscou pra mim ― Vermelho e preto são cores perfeitas.

― Para vampiros ― brinquei, depois ri.

― Seria legal irmos com aqueles dentes, sabe.

― Pra que eu fui falar?!

Rimos juntos, o que foi muito bom. Ele podia às vezes dar em cima de mim, e não gostar do cara a qual eu supostamente estou apaixonada, mas uma coisa era certa: Nico era meu melhor amigo.

― Annabeth, eu posso falar com você?

A voz chegou de surpresa atrás de mim. Então, fiquei tensa na hora. Olhei pra Nico, que perdeu o sorriso de repente do rosto, e encarava Percy com raiva nos olhos. O senhor Jackson não estava diferente. Ah, não.

― Não está vendo que ela está falando comigo? ― falou Nico.

― Desculpe, não vejo você daqui de cima ― devolveu Percy.

Nico deu um passo na direção do garoto. Percy pegou pesado. Nico sempre foi um cara baixinho, mas nada que o resto não compense. Eu me pus entre eles, a mão sobre o peito de Nico o impedindo de passar. Olhei envolta: algumas pessoas pararam pra ver o que estava acontecendo.

― Acalme-se Nico. ― falei e voltei-me pra Percy ― Percy, por favor, agora não. Não posso falar com você agora.

― Você a ouviu ― falou Nico ― Ela não quer falar com você.

― Te perguntei alguma coisa, Gasparzinho? ― Percy falou de novo.

Ah, não.

Nico tentou avançar. Mais pessoas tinham parados pra ver o que estava acontecendo. Eu, de fato, não as culpo. Nico, por ser um dos garotos mais bonitos da escola, é extremamente popular, mas eu nunca me importei muito com isso. Percy, mesmo sendo novato, também, porque por onde passava, garotas paravam pra olhar. E procuravam saber quem é. E, se os dois garotos garanhões estavam brigando e havia uma garota ali no meio, isso é motivo de audiência garantida.

Eu segurei com mais força o peio de Nico, para que ele não avançasse. Percy mantinha uma expressão de desafio e seu típico sarcasmo juntos. Ele queria briga. E eu precisava para-la antes mesmo que começasse, antes que alguém fosse chamar a Rachel pra ver no que o namorado dela estava se metendo.

― Percy ― eu disse, a voz suplicante e urgente ― Por favor, sai daqui. É sério. Não... Não cause problemas. Por favor.

― Causar problemas de novo? ― disse Nico ― Francamente, Annabeth. Não seja educada com esse cara! ― ele virou-se pra Percy ― Já ouviu, não ouviu? Ela não quer falar com você.

― Verdade ― confirmei ― Agora eu não posso.

Ele me encarou por um tempo. Eu o encarei de volta, os olhos suplicantes. Então, ele deu de ombros e erguei as mãos em rendição.

― Okay. Se você não quer saber nada da Rachel, eu entendo. Vai ver ela tenha dito a verdade sobre você. ― ele foi se dirigindo pra trás, pra curvar no corredor.

― O que?! ― indaguei ― O que ela...

― Ele está te chantageando ― disse Nico ― Não se engane com ele.

Ele não estava mentindo. Eu conheço quando Percy Jackson está mentindo. Mas ele saiu de perto, o olhar de desafio agora dirigido pra mim. Depois, curvou o corredor. Ele provavelmente sabe que vou segui-lo, então provavelmente vai pra algum lugar em que possamos conversar a sós.

As pessoas começam a se dispersar, vendo que não ocorreria mais briga nenhuma. Viro-me pra Nico, mas antes que eu dissesse alguma coisa, ele fala:

― Você acreditou nele? ― sua voz era indignada ― Eu não acredito, Annabeth.

― Nico, eu sei quando esse idiota fala sério ― falei ― Ele não está mentindo. Rachel deve estar com problemas de verdade e eu preciso saber o que. Por favor, entenda.

Ele bufou.

― Tá ― disse ― Eu espero que tenha razão.

― Sei que tenho.

Sorri, e lhe dei um beijo na bochecha. Depois disso, fui o único lugar em que me lembrava que Percy poderia estar.

Pov’s Percy

O cheiro do armário do zelador está cada vez mais horrível.

Mofo e poeira são uma combinação e tanto pra formar uma bola fedorenta. Acho que posso usar isso na minha aula de química.

Ao chegar, sentei-me no chão, e não demorou nem cinco minutos para Annabeth chegar ali. Eu realmente não havia contado mentira. Rachel está com problemas e eu precisava falar urgentemente com ela. Mas parece que esse senhor di Angelo, não entende um problema quando o escuta. Tudo o que ele tem é medo de que eu tire a Annabeth dele.

Aliás, digamos que eu disse tudo aquilo justamente pra atiçar ele. Eu não estava agindo por impulso ou raiva. Estava sobre plena consciência dos meus atos, e não me arrependo de nada. Sempre que eu vejo esse cara com a Annabeth, tenho vontade de descolar um tanque de guerra e atirar nele.

Ela entra com as mãos na cintura em sua típica pose de durona, e um brilho de raiva nos olhos.

― Desembucha ― ela diz ― Se não for mesmo uma coisa importante, eu juro, Percy Jackson, vou acabar com sua raça aqui e agora.

O que o menino aqui fez? Ele riu. Riu de jogar a cabeça pra trás. Só que acabei batendo a cabeça na parede, o que não foi nada legal.

― Bem feito ― ela disse, agora com os braços cruzados.

― Desculpe, é que... Ai!... Eu não resisti ― levantei-me, com a mão na cabeça, onde bati na parede ― Que bom que acreditou em mim.

― Você sabe que eu sei quando você está falando a verdade ― ela disse ― Entendi que o problema é realmente grave, então é melhor me dizer logo.

― Primeiro as prioridades: o que Nico achou de tudo isso?

― Ah. ― ela bateu o pé no chão ― Isso realmente importa?

― Aham.

― Ele não gostou nada, pronto. Agora fale logo, Percy.

― Está bem. ― suspirei ― Você sabe que Rachel está tendo seções com a psicóloga, certo?

― Jura? ― falou ela, sarcástica ― Eu pensei que ela estava fazendo seções com o exorcista. Que bom que você, o gênio, me falou. Viveria no engano.

― Engraçadinha ― eu ri e continuei: ― Enfim, ela tinha uma seção com a psicóloga na sexta feira, dia seguinte a sua liberação. Quando o telefone tocou no mesmo dia antes da seção, Rachel atendeu, e disse que a psicóloga tinha cancelado a seção e marcado pra segunda, vulgo ontem. Só que ela ligou ontem novamente e também cancelou a seção e não marcou mais. Rachel me chamou pra comermos um lanche e saímos. Quando cheguei, Rachel foi direto pra cama. Ela havia deixado o celular no bolso da jaqueta, e ele acabou tocando. Eu atendi.

― E quem era?

― Adivinha? A psicóloga.

Flash Back On

― Alo? ― atendi ao telefone.

― Rachel? ― disse uma voz de mulher ― É você?

― Não, aqui é o namorado dela, Percy.

― Percy! ― a mulher estava preocupada ― Aqui é a psicóloga dela, Sra. Summer. Aconteceu alguma coisa com a Rachel? Ela está doente ou algo assim?

― Não senhora. Por quê?

― Ela faltou à seção de sexta e de hoje. Eu fiquei preocupada. Ela não atende as minhas ligações e nem retorna as minhas mensagens. Tem certeza de que não aconteceu nada?

― Tenho... ― e, naquela hora, eu decidi dar cobertura pra ela, pois sabia que ela estaria encrencada com os pais ― O celular da Rachel ficou perdido no silencioso dentro do cesto de roupas sujas. Ele... Eu o achei agora. Por isso que ela não te atendia.

― Mas porque ela não veio?

― Ela... Esqueceu. Não anotou na agenda e esqueceu. Entenda, senhora, não é qualquer um que se acostuma rápido que precisa de seções com a psicóloga. Mas, não se preocupe, que de agora em diante eu cuidarei pra ela vá a todas as seções. Por um acaso, quando é a próxima?

― Sexta à noite. Mas eu vou ter que ficar conversando com durante ela três horas, e não apenas uma, pra compensar as duas seções que ela perdeu.

― Ela não vai gostar nada.

― Mas é necessário. Eu preciso de três horas de gravação de áudio. Os pais dela querem tudo gravado pra eles. A proposito, eu acharia melhor não contar nada pra ela sobre isso.

― Não contarei. Mas pode acreditar que ela vai sexta feira.

Desliguei o celular logo depois.

― Percy? Alguém me ligou? ― Rachel apareceu na entrada para o corredor.

― Sua psicóloga. ― falei, a voz grave ― A proposito, temos que conversar.

Flash Back Off

― E o que ela falou com você? ― Annabeth perguntou, depois que acabei de falar.

― Nós brigamos. Ela se recusou totalmente a ir. Eu tentei convence-la de todas as maneiras. Falei que era preciso. Aí ela disse que eu realmente estava muito estranho, por que se eu estivesse normal, a apoiaria.

― Ela acha que você está estranho?

― É, desde o dia que você saiu de casa. ― eu disse, e Annabeth arregalou os olhos ― Mas não foi por isso. Ela nem desconfia. Ela pensa que é porque eu me recusei a dormir com ela, o que aconteceu no mesmo dia.

Annabeth arregalou os olhos, surpresa.

― Você nunca dormiu com a Rachel? Digo... Nunca...

― Não, eu nunca transei com ela.

Ela começou a rir. Gargalhadas em alto e bom som. Percebi o quanto sentia falta daquela risada. Por outro lado, se a ideia dela era sigilo, a própria estava fazendo de tudo pra não ter.

― Qual é a graça? ― perguntei.

― Sério, cara... ― ela ainda ria ― Você é o único que eu conheço que mora com a namorada e nunca fez nada com ela. Às vezes eu até penso que você é... Bem... Gay.

E voltou a rir.

― Ah, fala sério ― me defendi ― Não sou gay. Só não quero fazer o que não quero com quem eu não quero. Vai me dizer que você gostaria que eu tivesse ficado com ela?

Ela parou de rir.

― Tanto faz. ― deu de ombros.

― Ah, é? ― dei um passo à frente ― Tanto faz? ― cheguei bem perto de Annabeth e a mesma não deu nenhum passo pra recuar ― Diga agora, na minha cara, olhando nos meus olhos, “Tanto faz”.

Annabeth tremia. Eu a sentia tremer. Seus olhos estavam completamente arregalados.

Eu queria tanto beija-la. Se tinha uma coisa que eu sentia desejo, era dos lábios dela. Lembrei-me do nosso primeiro beijo. No terraço do apartamento, após uma queda na rede porque brigávamos, seus lábios com sabor de brigadeiro.

E me perdi naquilo.

Nem percebi quanto tempo ficamos nos encarando. Foi tempo demais. Só sei que nos ligamos disso quando o sinal para a aula tocou.

― Você ainda não disse. ― falei.

― Pouco importa.

Ela finalmente deu um passo pra trás.

― O que você quer que eu faça? ― ela perguntou ― Digo, em relação a Rachel?

― Vem com a gente no dia em que eu for leva-la a psicóloga. Ela não vai dizer não a você. E se disse, eu tenho certeza de que você a leva pelas orelhas se ela se recusar.

Annabeth pensou por um tempo. Provavelmente, ponderando se eu a sequestraria logo depois dela convencer Rachel a entrar. O tempo foi passando. O corredor provavelmente já estava ficando vazio e nós ainda estávamos ali dentro.

― Está bem. Na sexta feira, eu vou embora com vocês e a convenço a ir para a psicóloga.

― Isso! ― comemorei.

― Ah, Jackson, você não consegue fazer nada sem mim. Bem, nos vemos sexta.

Ela andou até a porta e saiu sem mais e nem menos. Fui atrás dela. De fato, o corredor estava vazio. Bem, praticamente.

― Espera! ― chamei ― É assim, só isso?

― É ― ela andava na direção do armário dela. ― Só isso.

― Não vai falar com ela antes? ― perguntei, enquanto ela girava a senha de seu armário para abri-lo. ― Nem uma comentada?

― Pra que? Eu já converso muito com ela. E eu também não quero irrita-la antes da hora exata. Você sabe exatamente o que aconteceu da ultima vez.

― Ou talvez você queira dar um passeio comigo sexta feira.

Ela revirou os olhos.

― Olha Jackson, eu já disse. Já cansei de te dizer. Eu não... ― ela abriu o armário e uma peça cinza familiar caiu de lá de dentro. Abaixei-me pra pegar. Mas ela protestou. ― Nem ouse!

Parei no meio do caminho. Annabeth abaixou-se, pegou a camiseta e enrolou-a nas mãos.

― É a minha blusa? ― questionei.

― Não, não é ― Annabeth estava corada ― Se toca.

Ela enfiou a blusa no armário novamente e fechou a porta.

― Um de nós vai ter que matar a aula pra não chegarmos juntos atrasados. ― ela disse, sem olhar pra mim ― Pra não levantarmos suspeitas. E eu escolho você.

Assim que disse isso, ela deu meia volta e se direcionou para a sala. Fiquei olhando enquanto ela andava, com um sorriso totalmente idiota no rosto.

Pra que, Annabeth Chase, a cabeça dura ambulante, estaria carregando uma blusa de frio minha por aí? Sério, ela está escondendo cada vez menos.


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Notas finais do capítulo

Bem, se alguém achar um nome mais apropriado, me avisem porque, serio kkkk'
Viram? Thalia meio que deu um choque na Annie! Quando que ela vai largar de ser Cabeça dura, em? :) haha' O que acharam? Eu gostei desse capitulo!

Agora a minha confissão (spoiler, quem não quiser não leia!): GENTE, EU AMEI! Tipo, ele chegou dia 21, na terça, e até dia 28, eu tinha lido até o segundo do Nico, por falta de tempo. Quarta, eu emendei o resto todinho! Deuses, como eu chorei! Em todos os capítulos! Sem brinks! Tipo, eu queria muito POV Percabeth, mas eu achei justo com os outros! E, tipo, LEO, VOCÊ JÁ ERA MEU HERÓI, E DEPOIS DESSE LIVRO... NEM TENHO O QUE FALAR DE VOCÊ, SEU PERFEITO! *---*
Me digam o que acharam! Agora podem falar o que quiserem, Okay? kkkkk'

Bem, gente, acho que por hoje é só! Esse mês eu vou estudar horrores, mas vou tentar postar! Okay?
Comentem, favoritem e recomendem! RECOMENDEM! kkkkk' Beijos ♥