O Namorado da Minha Melhor Amiga escrita por Naty Valdez


Capítulo 22
Capitulo 22 - Decisão


Notas iniciais do capítulo

AI MEUS DEUSES, AINDA É SETEMBRO! SABEM O QUE ISSO SIGNIFICA? SABEM? EU CUMPRI A MINHA PROMESSA, LALALALALALALALALA'
Hahaha, ola meus leitores perfeitos ^^
Adivinha quem está de volta? Adivinha, adivinha? Tá bem, eu sei que vocês já sabem! Mais é que eu estou tão feliz, que tinha que falar! u.u Como prometido, respondi todos os reviews! Embora, no capitulo anterior, percebi que algumas leitoras, e leitores, sumiram! Não me digam que Gaia sequestrou vocês? Mesmo assim: MUITO OBRIGADA A QUEM FICOU E NÃO ME ABANDONOU u.u

Não vou falar mais agora! Lá embaixo eu conto as novidades! BOA LEITURA!



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Pov’s Annabeth

De volta ao quarto, após ter liberado Rachel de comer aquela gororoba que parecia gelatina, estávamos jogando o Pou, cada uma em seu celular, só para passar o tempo.

– Quanto tempo a mais vou ter que ficar aqui, em? – Rachel disse – Não aguento mais!

– Até você comer. Simples assim – disparei.

Ela gemeu e largou o celular em cima do criado mudo. Eu fiz o mesmo.

– Olha, Rachel, eu ainda não entendo por que você começou com isso – eu disse – Mas eu acho que se você não voltar ao normal, sempre vai acabar aqui.

– Eu não quero isso.

– Nem eu. Quero que você volte a ser a Rachel saudável de sempre. Prometa pra mim que vai se tratar, se cuidar, Rachel. Me prometa.

Ela hesitava. Claro que hesitada! Mesmo que tivesse vindo parar em um hospital por causa disso, ela nunca pararia. Ela precisava muito de alguma ajuda especial.

Antes de ela inventar alguma coisa pra me responder, a porta do quarto se abre. O médico de Rachel e uma mulher de meia idade entram.

– Boa tarde, senhoritas. – disse o médico – Como estão?

– Estamos bem, doutor – disse Rachel.

– Excelente! – disse o médico – Rachel, eu tenho um novidade pra você. Esta aqui é a senhorita Susane Sumer – ele disse, indicando a mulher que estava ao seu lado – Ela foi enviada por seus pais lá de Washington. A partir de hoje, você terá sessões de terapia com ela.

– O QUÊ? – Rachel gritou – Uma psicóloga? Meus pais estão achando que fiquei louca? É isso?

– Não é isso, Srta. Dare. – começou a psicóloga Susane – Eles tem todo o seu diagnostico lá em Washington. Seu médico comentou com eles por telefone que uma conversa com psicólogo seria bom para seu tratamento. E... – ela abriu sua bolsa de couro preto e tirou de lá um envelope branco – Eles te mandaram uma carta. – ela o pôs na mão de Rachel.

A mesma a pegou com hesitação. Quando viu o selo e avaliou a carta novamente. Abriu-a e leu, enquanto o resto de nós três a olhávamos.

– Eu não acredito! – ela disse irritada ao acabar de ler a carta. – Eles não tinham uma desculpa melhor do que essa pra inventar pra mim? Eu não vou ter sessões com uma psicóloga.

– Rachel, é melhor pra você – eu disse – Você precisa tratar. Isso não é normal!

– Agora você esta dizendo que eu estou louca?

– Não foi o que...

– Senhorita – disse a psicóloga, Srta. Sumer – deixe-me falar a sós com ela, por favor.

– Ah... Ok.

– Leve isso com você! – Rachel me entregou carta que sua família lhe mandou.

Sai do quarto com a cara em mãos. O médico saiu logo atrás de mim e seguiu seu caminho.

Segui ate a sala de espera. Não tendo muito o que fazer, resolvi ler a carta.

“Querida Rachel,

Ficamos sabendo o que esta acontecendo com você no mesmo dia que você chegou no hospital, há quase uma mesma semana atrás. Realmente não sabemos se estávamos preocupados ou decepcionados, provavelmente as duas coisas.

De fato, estranhamos sua alimentação aqui mesmo, logo depois de sua festa de boas vindas que demos. Resolvemos não lhe questionar, pois queríamos que fossem trinta dias agradáveis. E, bem, não sabe como nos arrependemos.

Infelizmente, não podemos viajar pra te ver por causa dos meus negócios, filha. Esperamos que você entenda. Mas posso garantir que eu e sua mãe estamos a par de tudo o que está acontecendo com você. Não pense que estamos lhe deixando de lado.

De acordo com seu médico, sua anemia foi reduzida com soro, mas ele nos disse que você se recusa a comer? Tem ideia de como isso é perigoso, Rachel? Pensamos que tivesse pelo menos um pouco de juízo! Obviamente, você não herdou isso de mim.

Enfim, junto com essa carta, estamos lhe enviando uma psicóloga. Seu médico lhe disse que era essencial em seu tratamento. Pediram para lhe mandar uma de nossa pura confiança e que sabemos que saberá lidar com seu problema. Esperamos que faça todas as sessões sem pestanejar. Não nos decepcione!

Ah, e aproveitando, gostaria de te lembrar que no descartamos a oferta de, no ano seguinte, manda-la fazer seu terceiro ano na academia para moças de Clariton. Fizemos a proposta aqui e, como não mantemos mais contato, não houve como você dizer nada. Escreva-nos e mande sua resposta.

Enfim, já disse o que havia pra dizer. Esperamos que seja educada com sua psicóloga. Não quero que cause nenhuma má impressão da nossa família, entendido?

Melhoras!

Fiquei muito encabulada. Sempre soube que o senhor Dare era um homem bem sério e pouco emotivo, mas eu nunca pensei que ele pudesse ser tão frio.

Agora entendo porque a Rachel me mandou levar a carta de lá. Eu mesma não aguentaria olhar para o papel sem me sentir destruída. No único momento em que eles poderiam demonstrar um pouco de amor e compaixão pela filha, eles colocam o trabalho em primeiro lugar e esquecem-na. E, pra demonstrar que estão a par do assunto, mandam-na uma psicóloga (que, pelo jeito, não vai ajudarem nada) e uma carta (que, provavelmente, só servil pra deixa-la mais nervosa com eles).

E que carta! Não teve nada do tipo “Nós te amamos”, “Fique boa por nós” ou “Estamos muito mais que preocupados”, que normalmente existem em uma carta dessas ocasiões. Eles simplesmente deixaram claro que querem que ela melhore pra não ter mais um problema maior pra eles terem o trabalho de mandar alguém resolver. Claro, nada disso foi dito, mais não deixa de estar bem claro.

E que historia é essa de ir para uma tal de Academia Para Moças de Clariton? Que lugar é esse? Porque ela não comentou nada sobre o assunto comigo?

– Tudo bem com você?

Saindo repentinamente de meus pensamentos, dou-me conta de que estou encarando carta e roendo as unhas. Ao olhar para cima, deparo-me com Percy me olhando com uma sobrancelha arqueada.

– Claro – respondo, dobrando a carta ao meio – Porque não estaria?

– Sei lá – ele se sentou ao meu lado – Que papel é esse?

– Nenhum – respondi, mais grossa do que eu pretendia.

Percy ergueu as mãos em sinal de rendição. Eu deveria lhe mostrar essa carta, já que é a respeito de sua namorada. Mas imaginei que não seria uma boa ideia, porque ela me mandou sumir com isso e eu, toda curiosa, a li.

– Ok – ele falou – Vocês voltaram a se falar?

– Sim.

Eu deveria dizer mais que isso. Afinal, graças a ele que voltamos a nos falar. Mas as palavras não saiam. Estavam completamente travadas em minha garganta.

– Obrigada – foi tudo o que saiu.

Percy me olhou intrigado.

– Pelo que? – sua voz saiu em duvida.

– Por... – tapei meu rosto com as mãos – Você me ajudou com a Rachel, mesmo eu dizendo que não queria. Você me ajudou e... Ah, esquece o resto. Apenas te agradeço.

Eu não queria olha-lo. De uns dias pra cá, eu vinha sentindo uma coisa cada vez mais estranha quando estou com Percy. Já disse que ele me afeta, isso é fato. Mas o porque é cada vez mais complicado. Ao mesmo tempo que eu sinto que posso contar todos os meus segredos, os mais profundos, a ele, também sinto um nervosismo de me fazer tremer quando estou do seu lado. Agora, de fato, não seria tão diferente. Mas ainda é pior, porque eu realmente tinha motivos para estar envergonhada.

Enquanto eu evitava encará-lo, senti sua mão puxar as minhas de meu rosto, mas continuei com o olhar abaixado. Então ele, com seu indicador, virou levemente o meu rosto.

– Disponha – disse.

Esbocei um leve sorriso, que o fez esboçar um também. Seus olhos verdes brilhavam e não pude evitar sentir um desejo clandestino de seus lábios. Ah, Annabeth, por favor, se controle!

Enfim, não o beijei (o que foi a vitória do meu dia), mas me atirei em seus braços pra abraça-lo. Ele retribuiu. Suas mãos acariciavam as minhas costas e meu cabelo e eu não queria estar e mais lugar nenhum, embora me sentisse culpa por isso logo em seguida.

Então escuto um pigarro. Eu e Percy nos irmos e nos soltamos ligeiramente, ao dar de cara com Thalia Grace.

Ah, cara.

E agora?

– Ah, oi – eu disse, esperando que minha voz no saísse culpada e constrangida por ser pega no flagra.

– Oi – Thalia disse, de maneira cuidadosa. Depois, virou-se para Percy – Oi Percy.

– Ei.

Seguiu-se um silencio constrangedor. Percy acabou por achar uma linha solta em sua calça jeans escura muito interessante. A ponta dupla que eu achei em meu cabelo também não era nada chata. Tudo isso pra não encara Thalia diretamente, que nos estudava com seus olhos azuis gélidos.

– Anh... – ela começou falar, quebrando o silencio – Eu vim ver a Rachel. Será que posso entrar?

– Acho que agora não, Thals – eu disse – Rachel está tendo uma conversa com sua nova... Am... Psicóloga.

– O QUE?! – Percy e Thalia perguntaram juntos.

– Como assim psicóloga, Annabeth? – Percy apertou o meu braço, um pouquinho forte demais.

Isso me fez perceber a sua preocupação com ela, o que significa que seus sentimentos são fortes. Mais uma vez me senti culpada. Ele estava confuso em relação ao que sentia por ela, eu tinha certeza. Eu estava atrapalhando, de fato.

O fiz soltar o meu braço.

– Os pais dela, a pedido do medico, contrataram uma psicóloga pra ela. Faz parte do tratamento anti-anorexia. Então ela está lá dentro conversando com a Rachel. Acho melhor não interromper.

Percy e Thalia se entreolharam. Percy baixou a cabeça, mão na testa.

– Ela levou isso numa boa? – questionou.

– Não sei – respondi – No principio, não.

Ele não disse mais nada.

Thalia sentou-se ao meu lado e ficamos esperando pelo o que parecia uma meia hora, sem dizer absolutamente nada.

Alguns minutos depois, a própria psicóloga sai do quarto da Rachel e vem ao nosso encontro. Eu, Percy e Thalia nos levantamos em sincronia.

– Como ela está? Levou numa boa? – questionei.

– Sim – a psicóloga sorriu levemente – Mas não posso dizer muita coisa. Além de hoje ter sido só uma apresentação básica dela e de como ela é, os relatórios são mandados apenas para os pais dela. São ordens, infelizmente pra vocês.

– E... Eu posso ir vê-la? – Percy perguntou.

– Percy, não é? – a psicóloga perguntou, e Percy assentiu – Rachel me falou muito de você, também. São namorados, né? Certo. Você é Annabeth – a psicóloga apontou pra mim, e depois apontou pra Thalia, dizendo – e você é a Thalia. Sim, Rachel descreveu vocês bem.

– Certo. Posso ir? – Percy parecia ansioso.

– Claro – disse a psicóloga.

Percy saiu quase correndo de perto da gente. O que me fez pensar que, mesmo estando apaixonado por mim, não deixa de lado sua preocupação com a Rachel.

– Annabeth? – olhei pra psicóloga – Eu tenho uma coisa pra você. Mas eu preciso que você me prometa que só vai ler quando estiver completamente sozinha.

– Ah... Tudo bem.

A psicóloga abriu sua bolsa de couro preto e tirou de lá outra carta em um envelope brando. Em seguida, me entregou.

– Apenas quando estiver completamente sozinha. – ela repetiu. – Agora, vou andando. Tenho alguns outros assuntos pra tratar. Até logo.

E, assim, sem dizer absolutamente nada, a psicóloga saiu andando pelo corredor do hospital, até sumir de vista. Olhei para aquela carta com uma vontade enorme de abri-la e lê-la ali mesmo, mas me contive.

– Uau – disse Thalia ao meu lado – Isso foi sinistro.

Eu não ri. Sentei-me novamente com as mãos no rosto, me torturando com a culpa e mais um monte de sentimentos que me corroíam por dentro. Cheguei até a suspirar, o que chamou a atenção de Thalia, que se sentou ao meu lado.

– O que foi? Você está bem? – ela perguntou.

– Estou ótima. – respondi.

Thalia bufou.

– É, estou vendo. Não sabia que você ficava com essa cara de velório quando estava bem. Acho que perdi essa parte da sua vida.

– É serio, Thalia, eu estou bem – tirei o rosto das mãos – só estou um pouco cansada.

Thalia riu como se não acreditasse. Nem eu estava acreditando em mim. Tudo o que eu dizia soava tão vago quanto um grito no vazio.

– Até parece. – Thalia disse – Olha, eu sei que não sou a Rachel, Annie, mas se você estiver com algum problema e quiser conversar, pode falar comigo. Você pode não confiar em mim, mas eu confio muito em você. E, mesmo que não pareça, você é minha melhor amiga, mesmo eu não sendo a sua.

Quase chorei. O que eu tinha feito da minha vida? Desde que eu conheci a Rachel, minha vida tinha se resumido a ela e a mim. Com o passar do tempo, eu meio que me afastei das outras garotas. Não me abro mais com elas, não compartilhos mais os meus segredos, nada. Tudo o que sei sobre elas é superficial. E acho que é a mesma coisa comigo.

Mas o fato momentâneo é que eu fiquei muito, mas muito envergonhada. Thalia estava dizendo pra eu confiar nela, o que me leva a crer que por todo esse tempo eu tenho demonstrado que não confio mais. E, mesmo durante esse tempo todo, ela ainda me considera a sua melhor amiga. Eu deveria estar muito mais que grata.

E estou.

– Desculpe – falei depois de um tempo.

– Tudo bem – ela respondeu imediatamente, com uma voz sem emoção. – Pelo que? – perguntou em seguida, com um sorriso no rosto.

– Eu acho que... Que eu acabei me afastando de você, da Silena, de todo mundo... Depois da Rachel.

Thalia me olhou curiosa.

– Como assim?

– Nós não conversamos mais como antes. Não nos conhecemos mais. Eu nem sei como está a sua relação com o Luke, não sei mais se você gosta das mesmas coisas. Você também deve estar assim em relação a mim. E olha que somos amigas desde os sete anos. Acho que quando Rachel chegou, eu passei a confiar tanto nela, que acabamos nos separando um pouco.

Thalia oilhou pro chão. Ela assentia de leve e eu percebi que, de fato, ela pensava a mesma coisa.

– Eu acho que... Bem, loira, foi exatamente isso o que aconteceu. Você me abandonou geral.

– Obrigada por me fazer sentir ainda mais culpada.

Thalia riu.

– É serio. Lembro-me que quando a Rachel chegou, no começo da oitava série, quando ela entrou na nossa turma, você foi a boa samaritana. O tempo foi passando, as duas foram se soltando, até que não se desgrudavam mais. Eu admito que fiquei com ciúmes no inicio, mas então veio o Luke e tudo estava certo.

Ela parou e riu antes de continuar.

– Bom, talvez fosse pra ser. Talvez se eu não tivesse me desgrudado de você, eu não estaria namorando o Luke. Mas, se você está preocupada com o fato de não nos conhecermos mais, podemos nos apresentar novamente. Oi, meu nome é Thalia. – ela me estendeu a mão.

Soltei uma gargalhada, coisa que eu não fazia a dias, e aceitei a mão.

– Annabeth – eu disse.

– Oi, Annabeth. É muito bom te conhecer novamente. Podemos marcar um dia pra assistirmos um filme e comer brigadeiro sem se preocupar em engordar ou com as espinhas que vão aparecer, só pra botar o papo em dia dos últimos dois anos?

– Vai ser um filme de comédia e o brigadeiro vai estar meio queimado?

– Com toda a certeza.

– Então sim. Foi muito bom te re-conhecer.

– É claro que foi. É sempre bom me conhecer. – ela olhou pro relógio em seu pulso e se levantou. – Agora eu tenho que ir, loira. Eu me atrasei por sua culpa.

– Já está brigando comigo? – levantei-me também.

– Só pra você saber o que vai ter que enfrentar. Fale com a Rachel que eu vim aqui e que desejei um feliz natal pra ela.

– Thalia, o natal é daqui três semanas.

– E dai? Tenho muitas pessoas pra desejar feliz natal e acho que não vou ter tempo! Em todo caso, feliz natal pra você também. Tchau.

E, assim, Thalia Grace saiu andando pelo corredor, com suas joias de prata balançando pelo braço. Tinha me esquecido como são as conversar com a Thalia. Você cai na gargalhada com cinco minutos de conversa. Sinto falta disso, e acho que dei o primeiro passo pra recuperar.

– Sabe, isso foi bonito. Espero que o recomeço de vocês de certo.

Virei-me e Percy estava muito próximo a mim, mãos nos bolsos da calça, expressão serena, um pequeno sorriso nos lábios.

– Eu também – dei de ombros.

Dei a volta por ele e sentei-me na cadeira de espera.

– Como ela está? – perguntei.

– Melhor do que eu imaginava que estaria – ele se sentou ao meu lado – Foi bom ouvir da boca dela que vocês tinham realmente voltado a se falar.

Remexi-me desconfortavelmente na cadeira.

Eu precisava dizer a ele a proposta do meu pai. Não entendo o motivo, mas é mais difícil dizer a ele do que a ela. E também é justo. Então é melhor fazer isso agora, já que, milagrosamente, a coragem me achou.

– Percy – eu comecei – Agora que eu e a Rachel voltamos a ser quem éramos antes, de jeito nenhum podemos levantar algum tipo de suspeita.

Ele apoiou o cotovelo no joelho e apoiou a cabeça no punho cerrado. Depois, disse:

– Prossiga.

– Eu queria te dizer que não estava brincando quando disse que me afastaria de você se precisasse. Percy, você está confuso. Nem você se entende direito. Eu sei disso. Você acha que gosta de mim, mas na verdade você gosta da Rachel.

Percy deu um sorriso indignado e levantou a cabeça.

– Annabeth você não pode escolher por mim de quem eu gosto ou não! Eu tenho certeza do que eu sinto. E eu gosto de você. Você não pode mudar isso! Nem eu posso. Mas eu ainda não entendi aonde você quer chegar com tudo isso.

Você não pode mudar isso! Nem eu posso, era um o que se passava pela minha mente. Se ele disse que nem ele consegue mudar esse sentimento, então quer dizer que ele já tentou. Deuses, de onde saiu essa decepção?

– Eu quis dizer, Percy, que... – eu comecei, mas a voz não saia. Suspirei. – Hoje o meu pai me ligou.

– Ele não estava na Grécia?

– Não, ele estava em Washington.

– Tá, eu entendi. Mas o que isso tem a ver?

– Ele me ligou dizendo que chegaria aqui em Manhattan hoje à noite. E... Ele me pediu pra passar um tempo com ele e minha mãe depois de tanto tempo.

– Vocês vão... Viajar? – ele começou a ficar nervoso.

– Talvez – nem tinha pensado nessa possibilidade, na verdade – Ele só está esperando minha resposta e vai vir me buscar.

– E... – ele coçava atrás da cabeça – Você vai?

– Chegamos a um ponto importante.

Ele olhou pra mim descrente. Seus olhos estavam duvidosos. Até que, do nada mesmo, ele esboçou aquele seu típico sorriso sarcástico.

– Está me pedindo permissão, Annabeth?

– O que?! – perguntei indignada – Claro que não! Percy, eu quero te explicar porque eu vou, não te pedir permissão. Caramba!

Seu sorriso sumiu.

– E por quê?

– Por você – disparei – Eu não quero que você fique com os seus olhares e coisas do tipo o tempo todo. Se você fizer isso, eu vou brigar com você. E, acredite ou não, eu não quero isso. Por isso, decidir ir. Assim você pode conviver com ela em paz. Não era isso o que você queria desde o começo?

Ele ficou em silencio por um tempo. Depois, virou-se pra mim – coisa que ainda não havia feito – e disse:

– Eu não quero que você vá.

– Percy...

– Annabeth, é serio. Eu não quero. Vai ser difícil suportar sem você. Por favor, se você se importa comigo, não vá.

– Já tomei a minha decisão.

– Então fique pelo menos até a Rachel sair do hospital. Eu faço o que você quiser. Por favor. Só até a Rachel sair.

Seus olhos eram suplicantes e sua voz, desesperada. Senti um aperto no coração tão forte que quase desisti de tudo.

– Eu...

– Por favor. – ele segurou minhas mãos.

Não trema, Annabeth, não trema!, eu disse a mim mesma, mas não adiantou.

– Tud...

– Ah, com licença?

Percy não soltou minhas mãos, mesmo com a voz desconhecida. Mas eu o fiz. Olhei para cima e era o medico de Rachel. Levantei-me:

– O que aconteceu, doutor? – perguntei.

– É... – ele parecia perdido, mas tinha um ar de satisfação – É que sua amiga recebeu uma ligação do pai agora pouco.

– E?

– E que ele lhe deu permissão pra terminar o seu tratamento rigoroso em casa. Então, logo ela terá alta!

– E quando seria? – Percy perguntou após se levantar.

– Amanha, na hora do almoço.

Eu e Percy nos entreolhamos.

– Já podem comemorar e ir falar com ela – disse o medico, om um sorriso no rosto.

Era o que eu queria. Era o que eu devia fazer. Gritar, pular, cantar de alegria. Mas eu não conseguia. Percy olhou pra mim assustado. Ele sabia o que isso significava. Se Rachel voltaria amanha pra casa, eu teria que sair antes. Eu tinha que sair. E eu ia.

De preferencia, amanha bem cedo.


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Notas finais do capítulo

Ei, não me matem, Okay? Já estava decidido há um tempão! E, cá entre nós, isso era necessário pro Percy... Bem. Pro Percy kkkkk'

Agora, as novidades: gente, eu li antos livros nesse tempo que fiquei fora!
> Série Fallen: Alguém, aí já leu? Eu li os três primeiros e necessito ler Êxtase! Confesso que é bem diferente do que eu estou acostumada a ler!
> Cidades de Papel: esse eu comprei! John Green no surpreendendo, como sempre!
> Quem é você, Alasca?: Gente, porque? Porque? Porque? Porque? Quer dizer que o Jão Verde chegou no mundo dos escritores botando pra quebrar? Sacanagem! Enfim, eu amei!
> A Menina Que Roubava Livros: gente, que livro surpreendente é aquele? O final então...
Teve mais alguns, a qual estou com total preguiça de escrever, e agora estou tentando acabar "Dezesseis Luas"! Mas o que eu quero ler mesmo é a série Maze Runner *--* Alguém já ouviu falar? Já viram o filme? Cara, eu estou completamente ansiosa pra ler e ver ^^' A propósito, eu assisti A Culpa é das Estrelas e, tipo, bem... ~le Naty começa a chorar~
Gente, acho que não dá pra continuar agora... Fiquei meio emocionada!

Bem, a tia Naty tem o próximo pronto u.u Só ele kkk' Mas já estou escrevendo o próximo do próximo! Então, quanto mais rápido review, mais rápido capitulo u.u Tipo assim, lá pra terça ou quarta eu posto! Mais vocês que sumiram tem que aparecer, Okay? Beijos ♥