Pagando o Preço escrita por Ludroffer


Capítulo 4
Capítulo 3 - FORKS


Notas iniciais do capítulo

People, para aquelas que perguntaram quando Bella ia conhecer o Edward esse cap.é para vocês. (esse cap.era para ter ido ao ar ontem, mas tava dando erro e eu precisava correr para ir assistir Lua Nova, então desculpem a demora)



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Eu estava há algumas horas sentada naquele ônibus e já estava cansada de ficar na mesma posição, se eu tivesse vindo de avião seria muito mais rápido, mas seria mais fácil para eles me localizarem. Peguei meu livro pela milésima vez, li algumas linhas e o fechei novamente, não conseguia me concentrar, minha mente vagava pelo meu futuro, o que Forks reservava prá mim?

 

Por algum motivo que eu desconheço, os pressentimentos que eu tinha sobre essa cidade eram bons. Eu estava ansiosa para chegar logo, uma sensação de que alguma coisa iria acontecer, e que eu devia estar lá o quanto antes.

 

Me ajeitei no banco mais uma vez e me virei para apreciar a paisagem que se modificava ao meu redor, já estávamos chegando e uma fina garoa caia do lado de fora e a temperatura mais fria já podia ser sentida. De todos os problemas que eu poderia encontrar nessa cidade, o frio e a chuva eram os que mais me preocupavam, pois tenho sérios problemas com eles.

 

Jake me mandou uma mensagem dizendo que já tinha chegado e que de noite me ligava prá saber como tinham sido as coisas, como sempre super atencioso comigo.

 

Alguns minutos depois chegamos na cidade, eu estava com uma blusa de malha não muito grossa e já podia sentir minhas mãos congeladas.

 

A cidade era bem típica com o que imaginamos que seja uma cidade pequena do interior, poucas lojas e nenhuma de nomes conhecidos, delegacia, pronto socorro, padaria, açougue, farmácia, tudo um próximo do outro. Algumas pessoas andavam pelas ruas montadas em suas bicicletas e capas de chuva. As casas era um charme a parte, todas com cercas baixas, quintais impecáveis e eu podia afirmar que todos deviam se conhecer pelos nomes.

 

O ônibus chegou no final de seu trajeto, levantei para esticar as pernas e peguei minha pequena mala. Olhei prá fora imaginando o quando deveria estar frio, mas se tudo desse certo, logo eu estaria em um quarto quentinho. Caminhei para a saída e peguei o papel com o endereço que estava no bolso da minha calça.

 

- Com licença – disse ao motorista que tomava uma xícara de café – o senhor sabe me informar onde fica este endereço?

 

- Deixa me ver – disse pegando o pequeno pedaço de papel amassado de minhas mãos analisando o que estava escrito – claro que sim, é o endereço da pousada dos Webers, ótima família aquela, eles tem uma filha que deve ter a sua idade, deixa me ver...Ângela, acho que é esse o seu nome, e dois pestinhas que são gêmeos, mas não menos adoráveis. – disse começando a descrever cada um daquela família. Pela sua descrição eles deviam ser bem queridos e acabei ficando ainda mais animada – acho que já falei demais não é mesmo?

 

- Claro que não, é muito bom saber onde estarei me metendo – sorri dando lhe uma piscadinha, ele me explicou como chegar, ficava bem próximo e desci do ônibus rumo a pousada.

 

O vento estava cortante e a garoa gelada fazia com que meus pêlos se arrepiassem , corri um pouco para poder me abrigar logo, e quando virei a esquina já pude vislumbrar a pousada.

 

Ela era bem charmosa, e quando entrei fiquei ainda mais encantada, pelo o que dava prá ver pela recepção era tudo simples, mas de muito bom gosto, e seu interior estava bem aquecido, o que agradeci mentalmente. Me dirigi ao pequeno balcão e toquei o sino que ali se encontrava e logo fui atendida por uma jovem senhora com traços latinos.

 

- Boa tarde, posso ajudá-la? – disse com um sorriso amável nos lábios

 

- Sim, reservei um quarto ontem a noite, Isabella Swan – respondi

 

- Ah, claro! Seja bem vinda menina, seu quarto já está pronto, só preciso que você preencha uma ficha e logo te mostrarei as dependências – disse me entregando uma caneta e a ficha e que comecei rapidamente a preencher, estava louca para um banho

 

- A senhora pode me dizer onde posso encontrar uma loja de departamento? Preciso comprar algumas roupas mais quentes, não vim preparada para tanto frio – ela me olhou com uma cara um pouco desconfiada, provavelmente estranhando o fato de vir para um lugar e não estar preparada, mas nada disse a esse fato.

 

- Claro Isabella, tem... – a cortei

 

- Por favor, pode me chamar de Bella – disse sorrindo

 

- Claro, claro, Bella é bem apropriado a você – disse sorrindo e eu pude sentir meu rosto corar um pouco – temos a loja dos Newton, fica apenas dois quarteirões daqui, mas se quiser posso te emprestar algo de minha filha Ângela, assim você não morre congelada até lá.

 

- Obrigada pela gentileza, mas não precisa se incomodar

 

- Não será incomodo algum, ou você prefere adoecer? – neguei com a cabeça e sorri, ela era realmente como o motorista tinha descrito, atenciosa e muito amorosa – assim que você estiver devidamente instalada eu providencio algo para comer, você deve estar com fome não é mesmo?

 

- Na verdade não, comi algumas besteiras pelo caminho, só estou precisando mesmo é tomar um banho e depois gostaria de dar uma volta para conhecer a cidade.

 

- Faço questão que prove uma de minhas sopas, essa besteiras que vocês jovens gostam não enche a barriga e não é nem um pouco nutritivo, vou levá-la até o seu quarto e peço para Ângela levar lá para que você possa descansar um pouco também.

 

Não tive como discutir, ela me levou até o quarto depois de ter me mostrado todas as dependências, e posso dizer que me senti em casa, a senhora Rosário era muito afetiva e comunicativa e tinha um carinho e zelo muito grande com a sua pousada.

 

O quarto que eu ficaria era bem aconchegante, sua decoração era em amarelo vivo, que imaginei ser para não esquecermos a luminosidade do sol que raramente aparecia nesta cidade, a cama era grande, de casal, ao seu lado tinha uma escrivaninha e a frente um armário onde guardei meus poucos pertences. Eu estava em uma das poucas suítes, a pousada tinha apenas quatro, sendo que duas delas eram ocupadas pelos Weber, o casal e a filha.

 

Pelo que a senhora Rosário me disse, a maioria das pessoas que se hospedavam aqui eram montanhistas aventureiros e que tinha vários quartos coletivos para atender esse publico que na maioria das vezes passava apenas uma, no máximo duas noites, e a hospedagem para eles tinha que ser barata. Não que achasse cara, pelo contrário, na verdade achava barata de mais, mas ela me explicou que como o clima aqui era na sua maioria chuvoso, poucas pessoas se aventurava, então não poderia perder os poucos que tinham e que acabaram se tornando fiéis.

 

Tomei um banho e coloquei a roupa mais quente que tinha, fiquei olhando o tempo pela janela e pensei como as pessoas conseguiam morar aqui...definitivamente não é um lugar que eu escolheria, mas eu não estava em condições de escolher.

 

Alguém bateu na porta e fui atender, uma garota estava parada segurando uma bandeja com uma cumbuca contendo provavelmente a sopa e em seu braço um casaco estava pendurado. Provavelmente ela era a Ângela.

 

- Boa tarde, minha mãe pediu para que eu lhe trouxesse isso – ela disse estendendo a bandeja e em seguida me deu o casaco – se precisar de alguma ajuda pode me chamar. Ah meu nome é Ângela.

 

- Obrigada! O meu é Isabella, mas pode me chamar apenas de Bella.

 

- Se você quiser posso te acompanhar até os Newtons – disse gentilmente, pelo visto ela era parecida com a mãe.

 

- Claro que sim, só vou comer e já desço.

 

- Nós encontramos lá embaixo então – disse

 

Fechei a porta e coloquei a bandeja em cima do criado mudo, a fumaça que saia da sopa era tentadora. Sentei na cama, peguei a cumbuca e peguei uma colherada de sopa, a levando até a boca. Quando aquela pequena quantia de alimento entrou em contato com a minha língua um gemido de prazer saiu pelos meus lábios. O que era aquilo??? Estava simplesmente delicioso. Acabei por comer tudo e se tivesse mais, com certeza eu repetiria.

 

Não posso negar que sentia falta desse cuidado, meio que materno, comigo. Terminei minha refeição não apenas satisfeita com o sabor, mas também pelo carinho que senti ser dirigido a mim. Coloquei o casaco de Ângela, peguei a bandeja e andei até a porta. Abri com cuidado para não derrubar o que estava em minhas mãos, cuidadosamente apoiei no braço para fechá-la quando estava do lado de fora e me virei em direção a escada.

 

Tomei muito cuidado com cada movimento que eu tinha feito para que eu não derrubasse a bandeja de minhas mãos, mas foi tudo completamente em vão. Ao me virar feliz por ter conseguido, dei de cara com um rapaz que segurava vários livros nas mãos e que vinha com mais pressa que o necessário, resultado, seus livros caíram na bandeja, que por sua vez começou a cair prá frente e a tonta aqui tentou segurá-la e acabei caindo por cima dele com tudo espalhado a nossa volta e a cumbuca espatifada.

 

- Não olha por onde anda? – perguntou irritado o rapaz, que não conseguia ver o rosto pois um livro estava tampando o seu rosto. Não posso negar que ele tinha um corpo, digamos, interessante, mas era bem grosso pro meu gosto.

 

- Me desculpe! – disse saindo rapidamente de cima dele, eu estava me virando e não vi que você estava vindo – tentei me explicar e gesticulava para porta e o corredor completamente constrangida enquanto ele tirava o livro da cara e tentava levantar. Estendi minha mão para ajudá-lo e o mesmo recusou, juntando todos os seus pertences sem ao menos olhar em minha direção.

 

- Você devia tomar mais cuidado da próxima vez – disse ajoelhado juntando com pressa e pelo seus gestos irritado os livros espalhados pelo chão, fiz menção de ajudá-lo mas parei imediatamente quando ele disse – Você é um desastre ambulante.

 

Peraí? Porque mesmo eu estava me desculpando com esse idiota?

 

- Escuta aqui, seu grosso, você tem tanta culpa quanto eu nesse incidente – falei irritada e com um tom de voz mais alto do que o necessário – se o senhor perfeição estivesse andando calmamente e não tivesse carregando essa pilha de livros, com certeza prestaria atenção no caminho desviando assim da minha insignificante pessoa.

 

Ele parou de pegar os livros com uma expressão de surpresa, levantando em seguida para me encarar. Eu estava completamente irritada, quem ele pensava que era para me chamar de desastre? Eu tinha tomado todo cuidado, e foi por culpa exclusiva dele que não olhou pelo caminho que isto aconteceu, e eu como idiota que sou, ainda tentei me desculpar. Aff. Levantei meus olhos para poder encará-lo, ele era bem alto, e meu coração falhou ao encontrar aquelas orbes verdes me encarando.

 

Meus Deus, que homem é esse? Pensei. Foco Bella, foco.

 

- Desculpe, eu escutei bem ou você me chamou de grosso? – perguntou e eu apenas confirmei com a cabeça – você sabe com quem está falando garota?

 

- Não sei e nem quero saber – disse empurrando o idiota e sai andando, mas não cheguei a dar dois passos fui barrada por uma mão que me segurou forte e me puxou, virei bruscamente e fiquei cara a cara com ele, sua mão estava machucando meu braço – me larga, seu...seu...

 

Não consegui pensar em nada quando olhei aquelas duas esmeraldas me fitando fixamente e quando ele deu um sorriso torto, minha coerência foi para o espaço. Ele se aproximou do meu rosto e sentir seu hálito bater em meu rosto não ajudou em nada. Ele tinha um cheiro de menta, misturado com cigarro que era muito, muito, mais muito sexy. Sua boca estava a centímetros da minha e apenas um movimento bobo eu conseguiria sentir aqueles lábios tocando os meus. Meu coração batia descompassado e eu esqueci como se respirava. Minhas pernas já estavam cedendo quando ele disse.

 

- Respira garota! – no mesmo instante cai na real e vi o mico que estava pagando, senti meu rosto corar no mesmo instante e seu sorriso foi de orelha a orelha, puxei meu braço tentando me desvencilhar de sua mão, mas ele estava segurando forte.

 

- Me solta seu idiota! – disse distribuindo tapas em seu peito, mas pelo visto era a mesma coisa que nada, pois ele nem se moveu, pelo contrário, seu sorriso conseguia me irritar ainda mais.

 

- Sabia que você é muito petulante garota? – eu me preparei para responder a altura, mas o que aconteceu a seguir me deixou perplexa. Ele selou seus lábios nos meus com força, eu podia dizer até com raiva. Estava até me machucando com a força excessiva que usava e eu ia reclamar quando senti sua língua tentando entrar em minha boca. Uma corrente elétrica passou pelo meu corpo, eu estava quase cedendo quando um estalo me fez voltar a realidade e eu o empurrei com força.

 

- Quem você pensa que é prá me agarrar dessa forma, seu idiota, seu cretino – eu lhe dava tapas e socos no peito - seu canalha, seu aproveitador, seu...seu...

 

- Gostoso? – disse arqueando a sobrancelha me fazendo perder novamente a razão. Mas não, isso não iria acontecer novamente. Dei as costas prá ele e sai andando, mas ainda escutei ele gritar – e prá não esquecer é Edward Cullen.

 

Edward Cullen. Grande coisa. Pensando bem foi até bom ele dizer seu nome pois eu iria agora mesmo fazer uma queixa para a ário. Desci as escadas com passos firmes e ao chegar na recepção não encontrei ninguém. Fui até a sala de jantar, vazia. Fui até a sala de TV e nada. Mas que droga! Onde estavam todos? Dei uma passada na cozinha e chamei, mas ninguém respondeu. Voltei para a recepção na esperança de alguém ter aparecido, mas nada. Me sentei no sofá derrotada.

 

Que cara mais arrogante! Quem ele pensava que era? – acabei por repassar tudo o que havia acontecido em minha mente e pensando bem ele era bem bonitinho,sorri, como seria beijar aquela boca, ele era tão cheiroso... - ISABELLA SWAN, o que está acontecendo com você? – gritei em pensamento.

 

Levantei, passando as mãos pelos cabelos irritada comigo mesma e resolvi ir sozinha até a loja dos Newtons. Estava na porta quando Rosário me chamou.

 

- Bella, querida, estava me procurando? - perguntou gentilmente. Dei um sorriso maléfico,o que me fez pensar prontamente naquelas bruxas de conto de fadas. Agora ele ia ver com quem estava mexendo. Me virei para despejar o que tinha acontecido e um pouco mais para Rosário, e qual não foi minha surpresa ao encontrar abraçando-a o dono do mais belo par de olhos esmeraldas que eu já tinha visto. Ele me encarava com um sorriso torto perfeito nos lábios – Edward me contou o pequeno incidente que aconteceu, mas não se preocupe, já pedi para Ang arrumar tudo lá em cima.

 

- Ele contou? – perguntei desconfiada – Exatamente o quê?

 

- Claro que sim querida, ele me disse que você estava distraída saindo do quarto rápida demais com a bandeja na mão e nem prestou atenção que ele vinha na direção oposta. Ainda bem que vocês não se machucaram. Ele me disse que você ficou envergonhada e saiu correndo provavelmente para procurar alguém para ajudá-la com a bagunça. Mas pode ficar despreocupada que isso acontece. – finalizou com um sorriso tentando me reconfortar. Que cara cínico.

 

Olhei para cara dele incrédula, que piscou, me deixando ainda mais perplexa.

 

- Falando nisso, deixa eu te apresentar, esse doce rapaz é Edward Cullen – ele estendeu a mão para me cumprimentar - ele vai passar uns dias aqui na pousada pois foi expulso de casa pela sua irmã pelo resto do mês – completou rindo, como se lembrasse de alguma piada anterior – e Edward, essa bela jovem é a Srta. Isabella Swan.

 

Pensei em ignorar a sua mão estendida, mas talvez não fosse causar uma boa impressão a Rosário. Estendi a mão e nos cumprimentamos, mas no exato momento que sua mão tocou a minha uma corrente elétrica passou por nossas mãos espalhando em seguida por todo o restante do corpo. Soltei rapidamente o que fez Rosário me olhar com uma cara interrogativa.

 

- Eu...eu...já estava de saída. – disse me virando para sair. Não esperei para ver se diriam alguma coisa, eu precisava sair dali o quanto antes, meu rosto com certeza já estava em chamas.

 

Assim que cheguei do lado de fora o vento gelado cortou meu rosto jogando meus fios de cabelos irem em todas as direções. Coloquei a touca do casaco e segui em direção a loja. O frio estava intenso, mas pelo menos não estava mais chovendo. Lembrei que tinha combinado com Ângela de irmos juntas, eu estava precisando me socializar com alguém da minha idade e do mesmo sexo, mas por nada nesse mundo que eu voltaria prá lá. Ficaria para uma próxima vez.

 

A loja ficava próxima e aproveitei para conhecer a cidade. Enquanto caminhava ia prestando atenção em tudo, até fui cumprimentada por algumas pessoas que cruzavam o meu caminho.

 

Alguns minutos depois cheguei na Newtons. A loja não era grande, mas era bem charmosa. Empurrei a porta e fui recebida por uma senhora sorridente, ela era loira de olhos bem azuis, estava bem maquiada, unhas grandes vermelhas, uma verdadeira perua.

 

- Em que posso ajudá-la? – perguntou

 

- Estou procurando casacos, luvas, gorros – disse enfiando as mãos dentro do bolso tentando esquentá-las.

 

- Então você veio no lugar certo, querida! – respondeu me mostrando o caminho com as mãos. Eu a segui e ela começou a me mostrar os modelos que tinha. Fui selecionando algumas peças que eu tinha gostado para provar e ela começou a me fazer um interrogatório. Qual era meu nome, de onde eu tinha vindo, quanto tempo eu ficaria na cidade, o que eu fazia, se eu tinha namorado. Respondi apenas as que me foram convenientes e as restantes apenas como, não sei, você não conhece...

 

Ela não ficou satisfeita, mas ao perceber que eu não estava disposta a cooperar me deixou em paz. Provei as que eu tinha selecionado e mais uma montanha que ela foi me trazendo sem eu pedir, e só parou quando eu fui categórica em dizer que não queria experimentar mais nada. Escolhi algumas peças entre as que eu tinha separado e fui até o caixa para pagar.

 

- O valor total é de US$ 175,28. Irá pagar como querida? Cheque, cartão ou dinheiro? – perguntou com um sorriso no rosto provavelmente satisfeita pelo valor da venda efetuada.

 

- Dinheiro – respondi lhe entregando a quantia de duzentos dólares – não esqueça de dar o desconto para pagamento à vista.

 

- Claro querida! – ela concedeu o desconto de 5% e me entregou o troco, conferi, peguei o pacote e me preparei para sair, mas quando cheguei na porta uma chuva forte caia nos céus de Forks.

 

Voltei prá trás disposta a esperar a chuva amenizar um pouco, mas quando vi a cara feliz da Sra. Newton mudei rapidamente de idéia. Se eu ficasse ali ela me encheria de mais perguntas e eu não teria como fugir do interrogatório.

 

- Tempo inconstante o daqui não? – coloquei o pacote no balcão e vesti o capuz do casaco, me preparando para sair.

 

- Você não quer esperar o tempo melhorar? Vai acabar pegando um resfriado. – ela até tentou ser gentil, mas eu não estava afim de agüentá-la por mais tempo. Meus Deus! Ela não parava de falar.

 

- Não se preocupe, vou correndo, chego lá em dois minutinhos. Só preciso fechar melhor esse pacote para não molhar o que está dentro.

 

- Eu posso pedir para o meu filho levá-lo mais tarde se preferir, ele deve estar chegando daqui a pouco. Ele foi para Port Angeles buscar algumas encomendas. Acho que vocês podiam ser amigos, ele deve ter a mesma idade que você e ... – nem deixei ela terminar de falar, meu Deus, essa mulher era uma matraca.

 

- Pode deixar que eu mesma levo. Tchau! – e sai correndo pela rua. Se ela era assim, imagina só como não deve ser o seu filho. Tô fora!!!

 

Cheguei na pousada poucos minutos depois e estava encharcada. Ainda bem que esses casacos era feito especialmente para o clima dessa cidade, ele tinha uma camada protetora que não deixava molhar a parte de dentro.

 

- Bella, você vai adoecer desse jeito – veio rapidamente a Sra. Rosário me ajudando a tirar o casaco – deixa eu pendurar aqui, você devia ter esperado mais um pouco. Mas aposto que a Sra. Newton te afugentou de lá, não é mesmo?

 

- Ela fala um pouquinho... – falei desembrulhando o pacote

 

- Você realmente é muito gentil, querida. Aquela mulher fala mais que a boca. Aposto que te fez um interrogatório. – finalizou divertida.

 

- É...realmente ela fez. Deixa eu tirar essa roupa, se não realmente ficarei doente – e fui em direção a escada.

 

- Desça daqui uma hora que o jantar estará servido – parei para responder.

 

- Ok, obrigada! – subi as escadas pensando se eu iria me encontrar novamente com aquele arrogante, mas por sorte ele não apareceu.

 

Tomei um banho, separei as roupas que eu tinha comprado e liguei para Jacob. Precisava saber como ele estava e contar como era a cidade.

 

Ele me fez várias perguntas, e como sempre não perdeu a mania de ser super protetor. Disse à ele que estava pensando em ir para Port Angeles amanhã para ver se conseguiria alguma coisa melhor por lá, e fui bastante incentivada. Ele disse que assim que possível viria me ver e que estava com saudades. Jake era mesmo muito fofo, e eu sentia muito a sua ausência.

 

Acabei por ficar meia hora com ele no telefone e quando desliguei desci para jantar, estava com fome.

 

Estava na expectativa se encontraria o tal Cullen, mas ele não apareceu. Pelo menos consegui ter uma refeição em paz, mas onde será que ele estava? Será que tinha ido embora?

 

Ângela e Rosário me acompanharam, os gêmeos estavam na casa dos tios e só voltariam no domingo. Ângela era uma garota simpática, um pouco tímida, mas dava para perceber que era uma pessoa íntegra.

 

Conversamos alegremente e depois do jantar me ofereci para ajudá-las com a louça.

 

- Não precisa Bella, você está pagando. Pode deixar que Ângela e eu cuidamos disso – me respondeu negando veemente a ajuda.

 

- Não vai quebrar minha mão ajudá-las e não será nada demais – disse pegando o pano de prato para enxugar a louça.

 

A muito custo ela aceitou minha proposta e a noite passou agradável na presença das duas. Elas eram muito agradáveis, conversamos bastante e eu me senti em uma família como a muito tempo eu não sentia. Não sei como ou porque, mas acabei por contar um pouco da minha história prá elas. Achei que eu iria me arrepender depois, mas assim que terminei foi um alivio tê-lo feito. Elas foram bem solidarias e se propuseram a ajudar no que fosse necessário, acreditaram em mim, o que era mais importante.

 

Rosário ficou inconformada com a posição de Charlie e Renée, mas não quis falar deles. Prometi a mim mesma que não ficaria mais remoendo o meu passado.

 

Contei que eu precisava arrumar um emprego e que iria amanhã para Por Angeles para ver se iria conseguir alguma coisa. Elas me incentivaram muito e acabei ficando ainda mais animada.

 

Eu soube que daquele dia em diante eu tinha ganhado outra família. Subi para o quarto feliz.

 

A chuva ainda era intensa do lado de fora, dei uma olhada pela janela desejando que amanhã fosse diferente e fui me preparar para dormir.

 

Deitei na cama e fiquei escutando o barulho da chuva batendo na janela e me peguei pensando nele. Ele era tão arrogante. Sem contar que mentiu na cara dura, e Rosário ainda o chamou de encantador...aff...ele devia ser o pegador de Forks, todas as garotas caindo ao seus pés e devia achar que eu seria igual. Mas ele estava muito enganado, eu nunca daria bola prá ele. Mas não posso negar que ele era bem charmoso, tinha olhos encantadores e uma boca...tentadora...

 

“Isabella, você está proibida de ficar pensando nesse cara.” - gritei em pensamentos. Mudei o foco dos meus pensamentos para o dia de amanhã e quando menos esperava peguei no sono.

 

Acordei com o dia amanhecendo e acabou que não consegui mais dormir. A chuva tinha cessado, o que me alegrou. Resolvi levantar e tomar um banho.

 

Coloquei uma roupa mais leve pois o tempo em Por Angeles era bem diferente de Forks e desci para tomar meu café. Queria chegar lá o quanto antes...

 

Rosário me recebeu alegremente e me serviu um banquete, disse que eu precisava estar bem alimentada. Olhei em volta, mas nem sinal do Cullen, pensei em perguntar, mas o que me interessava? NADA!!!

 

Ângela chegou logo em seguida e conversamos animadas. Ela me deu algumas sugestões de onde ir, e alguns endereços que anotou em um papel e me entregou. Quando terminei me despedi das duas que me desejaram boa sorte. Estava me preparando para sair quando ouvi Rosário dizer.

 

- Edward, bom dia! Você pode dar uma carona para Bella até Port Angeles?


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Notas finais do capítulo

N/A. Em primeiro lugar preciso dizer o quanto estou ansiosa para Lua Nova, meia noite que não chega... ahhhhhhh
(Vcs não tem idéia a loucura que estava, cheguei antes das 10h e as filas para as 4 salas que estava exibindo o filme eram gigantescas, liberaram a entradas as 11h e as 110 começaram a rodar o filme...gente...é MARAVILHOSO!!! Valeu a espera, TUDO!!!)

Então o que acharam desse cap.??? Não esqueçam de deixar um comentário...se tiver um bom resultado posto o próximo ainda esse fim de semana...estarei viajando amanhã para casa da mamãe (já estou aqui!!! rsrs) e ficarei o tempo todo na net, quem quiser pode me add no MSN = luanainterneed@hotmail.com

Preciso de um incentivo, se não, não saí nada!!! Não vai doer nada e ainda me fazer um bem tremendo.

Quero mais uma vez agradecer a vocês que dedicam um pouquinho do seu tempo com essa maluquice que estou criando, e saiba que é gratificante saber que um trabalho que é feito com muito carinho está agradando.

Quem quiser me conhecer pode dar uma passadinha no meu perfil do Orkut : http://www .orkut. /Main#Profile?uid= 17270916073290589809&rl=t ou no twitter : www. Twitter .com/ Ludrozina e tô também no Facebook, vou adorar vê-las por lá.

Bjks