Mais uma vez, mais uma chance para amar escrita por Kbex


Capítulo 3
Capitulo dois


Notas iniciais do capítulo

bom gente, aqi esta mais um capitulo.
sei que ficou gigante, mas a maioria dos capitulos serão assim, se vocês preferirem, os proximos posso dividir ;)
estou amando os comentarios de vocês :)
então vamos a historia, la em baixo conversamos, tenho uma surpresa :D



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Aquela carinha de cachorrinho abandonado não me enganava, sabia que estava rindo horrores por dentro.

– Capitão, posso falar com o senhor, a sós – frisei a ultima palavra e o fuzilei com os olhos, ele apenas fez beicinho e saiu, ao passar por mim falou.

– Bom ver você de novo Detetive.

Eu bufei e esperei a porta bater.

– Senhor...

– Kate, sinto muito, mas ele é amigo do prefeito, não havia muito o que eu pudesse fazer, e não é tão ruim assim, com esse livro a 12ª será vista com outros olhos.

– Por quanto tempo? – perguntei fazendo careta, não poderia mudar isso.

– Quanto tempo o Senhor Castle precisar.

– Otimo – bufei.

– Kate, trate ele bem, você sabe...

– Sim Senhor, com licença.

– Sinto muito Kate – ouvi ele falar ao fundo, mas eu já havia fechado a porta.

Richard Castle só poderia estar brincando comigo. Como assim “seguir a próxima personagem de seu livro, sua nova musa”? Te-lo no meu pé por um caso, que foi extremamente fácil e pequeno, já fora difícil, imagine até ele juntar informações para fazer um livro, não isso não poderia estar acontecendo.

Okay, não tinha sido tão ruim assim da ultima vez, ele foi realmente útil, mas ele também sabia ser bastante irritante.

– Espero que não tenha ficado tão brava comigo Beckett.

Eu apenas lhe fuzilei com os olhos o que indicava que ele deveria se calar. E foi o que ele fez, sentou-se na cadeira ao lado da minha mesa e ficou em silencio, porem, por pouco tempo.

– O que fazemos agora? – ele disse animado.

– Bom, eu vou trabalhar, você eu já não sei.

– Ai – ele disse e se endireitou na cadeira.

Eu abri um pequeno sorriso vitoriosa e comecei a fazer o relatório do ultimo caso. O tempo passou e Castle parecia entediado, quem sabe assim ele voltava atrás da idéia de me seguir por ai. Ele brincava de rabiscar um bloquinho de notas e as vezes ficava me encarando.

Mas como minha alegria não duraria a vida toda o telefone tocou.

– Até que enfim – Castle disse soltando a caneta.

– Beckett. – atendi, mais um assassinato, claro – Estarei ai logo – desliguei o telefone e levantei da cadeira e Castle fez o mesmo.

– Okay, não toque em nada na cena do crime, use essas luvas. Não é muita coisa, mas tente não esquecer – disse irônica.

– Vou tentar.

Ele sempre tinha uma resposta pronta para dar, incrivel.

Fomos até a cena de crime em silencio, mas notei que ele escrevia em seu bloco de anotações enquanto me observava, isso era estranho, quero dizer, um homem sentado ao seu lado anotando todos os seus comportamentos.

– Lembra-se das regras não é?

– Claro que sim Beckett.

Descemos do carro e fomos em direção ao corpo.

A cena não era das melhores. Um homem, aparentemente 30 anos estava jogado no chão do Central Park, sua barriga estava aberta e algumas de suas vísceras intestinais para fora. Olhei para Castle e ele estava com uma cara feia.

– Tudo bem?

– Isso é nojento, mas tudo bem – ele recuperou a sua pose habitual e me seguiu até onde Lanie estava, do lado do corpo.

– Então...

– Olá garota. Sulivan Wonka, 31 anos, estava com esse ticket no bolso. Alguém estava com muita pressa ao jogá-lo aqui, o sangue – ela apontou para a possa de sangue ao lado do corpo – não corresponde com o ferimento, o que quer dizer que esse não é o local da morte. Não há sinais de luta.

– Quem é que abre a barriga de alguém e depois o joga no Central Park?

– Só vou poder dizer mais quando chegar ao necrotério. Oh – ela disse olhando para o Castle – ola escritor.

– Oi Lanie.

Lanie me lançou um olhar de quem queria saber da historia depois, eu assenti e fui então até Ryan.

– Ryan.

– Beckett – Ryan se virou para mim – isso é nojento – disse apontando para o corpo e fazendo uma careta – mas vamos lá. Testemunhas disseram que viram um carro preto passar aqui ontem a noite e jogar alguma coisa fora.

– Otimo, quem são as testemunhas?

Ryam hesitou em apontar para três homens que estavam sentados um pouco mis para frente, sendo interrogados por Esposito.

– Ah – eu analisei as três testemunhas, que estavam mais do que drogadas, e suspirei, fácil demais. – Ok, va com Esposito tentar tirar algo das testemunhas, e eu Castle vamos ver se encontramos onde a vitima morava ou trabalhava.

Ryan assentiu e eu e Castle fomos para o carro.

– O que você acha?

– Não sei ainda Castle, temos que ter mais algumas pistas.

– Acho que é algum estudante de medicina contrabandeando órgãos, ou ele era um cara da máfia que tinha drogas dentro de si e não queria entregar, então seus parceiros cuidaram disso.

– Serio?

Ele ergueu as sobrancelhas animado e assentia com a cabeça, não pude deixar de rir, meu celular tocou.

– Beckett – atendi ao celular. – Sim, muito obrigada. – desliguei e falei com Castle – não acho que nosso homem seja da máfia, ele tinha um bom emprego num hotel, então acho que a segunda opção está fora de cogitação.

– Merda, quem sabe na próxima.

Revirei os olhos e continuei a dirigir. O hotel era bem perto de onde estávamos, então em menos de 5 minutos chegamos. Perguntamos a algumas pessoas se conheciam o Robert, e quando foi a ultima vez que o viram. Todos colaboraram muito bem com as nossas perguntas, sim nossas, porque Castle de vez em quando se metia e fazia perguntas, devo confessar que ele sabia o que perguntar. Voltamos para a delegacia e começamos a montar o quadro. Ainda haviam poucas pistas sobre o assassinato, mas ainda estávamos no começo.

Depois de algumas horas o cansaço começou a bater em todos e nos despedimos para irmos embora, porem quando cheguei no estacionamento fui abordada.

– Pode me contando o que esta acontecendo, garota.

– Lanie, você me assustou.

– Kate, não enrole, vamos diga, você esta com o escritor?

– Lanie! – eu exclamei – claro que não, da onde tirou isso?

– Ah, qual é – ela revirou os olhos – qual é o motivo de um escritor rico, famoso, bonito e charmoso estar numa delegacia de policia?

– Ele está fazendo uma pesquisa para o novo livro, não é nada do que esta pensando.

– E o novo livro terá uma detetive bonita e sensual que será baseada em você. – ela arqueou uma sobrancelha – está bem, se vocês ainda não transaram, vão transar – ela deu de ombros. – Boa noite Kate, até amanha.

– La... – eu comecei a falar, mas ela já havia me dado as costas.

Lanie deveria estar maluca. Ta, Richard Castle é realmente muito bonito e charmoso, mas por favor, ele é um galinha também, então não, obrigada.

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– Bom dia Beckett – eu ouço Castle falar no momento em que um copo de café aparece em meu campo de visão. Eu o olho surpresa, Caslte tinha um imenso sorriso no rosto.

– Bom dia Castle – eu sorri também – e obrigada – falei apontando para o café. Eu tomei um gole e antes que ele pudesse falar algo eu interrompo – como, como você acertou o café Castle?

– Não sou detetive, mas para ser escritor também tem que ficar atento a detalhes – ele disse simplesmente e sorriu – alguma novidade?

– Bom nada por...

– Não diga isso Beckett – Esposito apareceu – Bom dia, Kate, Castle

– Bom dia Esposito – Castle e eu respondemos juntos.

– Olha, já estamos entrando em sincronia, parceira – Castle piscou.

Eu o encarei confusa, calma, agora ele era meu parceiro? Esposito olhou para nós confuso, mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele continuou.

– Apesar de as testemunhas não serem as mais confiáveis, nós encontramos o carro que eles disseram, um deles sabia o inicio da placa, e o achamos num beco.

– Espo, eles estavam drogados, poderiam ter visto qualquer coisa e...

– O carro estava cheio de sangue, e bateu com o sangue da nossa vitima.

– Ah, okay, isso muda as coisas.

Espo assentiu e colocou a foto do carro no nosso quadro, que começava a ganhar corpo.

– Precisamos verificar de quem é o carro.

– Não será tão fácil Kate – Ryan chegou com uns papeis a mão – esse carro era um carro de aluguel, e o ultimo que o alugou é Robert Johnson, um importante contador, que estava aqui a negócios.

– Ótimo, vamos interrogá-lo.

– Robert deu queixa do roubo do carro minutos após o assassinato, e na hora deste, ele estava em uma reunião, ele tem um álibi.

– Tudo bem, mas mesmo assim vamos verificar se o senhor Robert e nossa vitima tem algo em comum.

Ryan e Esposito foram para suas mesas pesquisar sobre o Robert, eu voltei para a minha, com Castle logo atrás de mim.

A manha passou sem mais nenhuma pista. Robert não tinha qualquer ligação com a vitima, e nada parecia fazer sentido. A tarde o gerente do hotel que Sulivan trabalhava ligou, dizendo que um dos funcionários que estava de folga ontem, queria conversar com a policia. Como eu ainda tinha um relatório para completar, Ryan e Esposito foram até o hotel.

– Beckett?

– Sim? – eu respondi a Castle sem tirar os olhos do computador.

– Bom, eu gostaria de saber o que a motivou a se tornar policial. Quero dizer, uma mulher bonita como você..., é... só não é comum... – ele parecia não conseguir completar a frase, dei um pequeno sorriso.

– Não era mesmo minha primeira opção. Mas no decorrer da faculdade de direito, minha mãe morreu, ela era advogada e foi assassinada num beco, ninguém nunca encontrou o assassino. – eu tentei parecer forte, mas engoli em seco assim que terminei de falar.

– Sinto muito, eu não queria te deixar mal – Castle parecia realmente arrependido de ter perguntado – podemos mudar de assunto.

Eu assenti agradecida, não queria falar disso agora, e não me sentia tão a vontade assim para conversar com Caslte, não sobre isso. O silencio que se seguiu não foi desconfortável, eu voltei ao relatório e Castle ao seu bloco de anotações.

Os garotos chegaram com novidades. O funcionário não queria falar com a policia, mas o gerente achou que era relevante para o caso, e realmente era. Ao que parece Sulivan teve uma discussão com uma pessoa, mas ele não sabia dizer quem, pois não viu o homem, só ouviu as vozes exaltadas que vinham dos fundos do hotel, lá Ryan e Espo descobriram a cena do crime, e a equipe dos peritos já estava no local.

Já era tarde e a pericia não ficaria pronta hoje, então fomos os quatro para casa, amanha as lacunas no quadro estariam preenchidas, assim eu esperava.

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Eu estava certa, assim que cheguei a delegacia havia em cima da minha mesa muitas pistas novas sobre o caso, tinha até uma foto de um suspeito. Eu comecei a arrumar todos os fatos na quadro, e quando terminei percebi que Castle estava parado me observando, eu arqueei uma sobrancelha.

– Só observando seu jeito de agir, preciso de legitimidade na minha personagem. Bom dia Beckett. – ele havia trazido novamente um copo de café.

– Bom dia, obrigada – falei tomando um gole.

– Estou vendo que fizeram um progresso sobre o caso. Suspeito? – Castle falou apontando para o homem, eu assenti.

– Edgar Clark, trabalha no mesmo hotel que o Sulivan, falamos com ele a dois dias atrás, mas acho que ele omitiu algumas coisas. Nos vídeos que foram analisados, ele é visto seguindo Sulivan para os fundos do hotel, depois Sulivan foi encontrado morto.

– Se desentenderam e Edgar matou Sulivan? Por qual motivo?

– Ele esta vindo para acabar com nossas duvidas.

Como que para confirmar o que eu havia dito, a porta do elevador abre e Ryan e Esposito entram com um homem levando-o para a sala de interrogatório. Eu os segui e entrei na sala, Castle entrou junto.

– Então, senhor Edgar...

– Por que estou aqui? – ele me cortou.

– Você omitiu algumas coisas para nós quando fomos falar com você a uns dias atrás. Onde realmente estava as 20 horas de quarta, e como era seu relacionamento com Sulivan.

– Já falei, Sulivan era meu melhor amigo, e eu estava em casa, os vizinhos...

– Não confirmaram isso Edgar, por favor, fale a verdade, há videos mostrando você seguindo Sulivan para os fundos do hotel. – eu joguei as fotos dele tiradas da câmera de segurança.

Ele ficou em silencio, abaixou a cabeça e passava os dedos nervosos pela algema. O silencio durou alguns minutos até que perdi a paciência.

– Seu amigo morreu, pode nos ajudar a encontrar o assassino, ou então o manteremos aqui por 24 horas e encontraremos mais provas de que você estava lá, e omitiu um assassinato.

Edgar levantou o rosto, retorcido em raiva e culpa, seu rosto estava vermelho e ele tremia.

– Ele nem a conhecia, eu tentei advertir ele de que não era confiável pedir uma prostituta em casamento, mas quem disse que ele me ouviu. Ela iria acabar com o pouco que ela havia conseguido, Sulivan era como um irmão para mim, não podia ver ele jogando a vida fora por conta de uma vadia.

Eu esperei ele continuar, quando ele não o fez, Castle resolveu ajudar.

– Então...

– Então ele veio para cima de mim, eu fui me proteger e o empurrei para longe, porem não medi minha força e Sulivan caiu no lixo, onde tinha um espelho quebrado, que enfiou na barriga dele. Quando eu percebi o que fiz tentei reanima-lo mas ele não tinha mais pulso, fiquei desesperado, achei um carro estacionado do outro lado da rua, não pensei duas vezes e o coloquei lá. Teria que leva-lo para algum lugar, então tirei o vidro de sua barriga e o joguei no central Park, depois me desfiz do carro. – ele suspirou – Tudo culpa daquela vadia.

– Edgar Clark – disse e fechei a pasta a minha frente – você esta preso pelo assassinato de Sulivan Wonka.

Ele começou a chorar e colocou a mão na cabeça. O advogado já estava ali fora esperando, Ryan e Esposito iriam colocar a par de tudo.

Castle e eu fomos até o quadro e começamos a tirar as coisas dele.

– Sem roubo de órgão ou máfia envolvidos, está desapontado Castle?

– Um pouco – ele sorriu – mas teremos outros por vir.

– Sim, teremos.

Assim que eu falei Castle abriu ainda mais o sorriso e foi comigo até a minha mesa.

– Relatório agora certo? Acho que vou ver o que os garotos estão fazendo. – falou apontando para onde ele via Ryan e Espo, mas antes de ir ficou me encarando, eu ri.

– Vá logo Castle, aqui não tem muita emoção para você.

– Melhor parceira de todas – falou e foi atrás dos meninos.

“E você não é tão ruim assim” pensei. Afinal, ele tinha sido bem discreto nesse caso, não se meteu em encrenca e, apesar da teoria doida sobre a máfia, também não atrapalhou o caso, pelo contrario, até ajudou.

O resto do dia passou rapido e tranquilamente, terminei o relatório, Castle ficou com os garotos enquanto conhecia algumas coisas da delegacia e nenhum caso novo apareceu, estávamos os quatro na sala de descanso sentados a mesa, no final do expediente, tomando cerveja, quando o celular de Castle toca.

– Quem é a mulher da vez? – Espo perguntou tomando um gole de sua cerveja.

– Huuum, - Castle pegou o celular e olhou – minha filha, com licença. – Castle foi até a porta.

– Tão íntimos já, Espo?

– O cara é legal Kate, apresar de ter uma imaginação um pouco louca, e falou que vai achar um bom personagem para me representar.

– Ah – eu ri.

Mais um celular tocou, eu e Espo olhamos para Ryan, que pegou o celular e corou um pouco.

– Acho que não é a mãe dele – Espo tirou sarro.

– Não, outras pessoas me ligam, a não ser minha mãe, diferente de você.

Espo abriu a boca para falar, mas seu queixo caiu quando Ryan atendeu o celular se levantando.

– Oi, querida.

– Não acredito – Espo falou ainda de boca aberta.

Enquanto Ryan saia Castle apareceu.

– Que cara é essa Esposito?

– O melhor amigo começou a namorar, ai ele se sentiu sozinho.

Esposito me encarou e eu dei de ombros bebendo um gole da minha cerveja.

– Ah, isso explica a cara que ele estava ao falar no telefone – Castle pegou o celular, colocou no ouvido, sorriu abobalhado e piscava os olhos.

Isso arrancou risada de nós três, e quando Ryan chegou ele nos lançou um olhar de censura. Tentei segurar o riso, mas Castle continuava a fazer palhaçada atrás de Ryan.

– Caslte. – Ryan virou-se para trás e Castle ergueu as mãos como quem se rende.

Ficamos conversando por mais um tempo. Ryan, apesar dos esforços de Castle, não contou muito da garota, melhor, não contou nada sobre ela, ficava apenas enrolando, então Espo perguntou da garota do Castle, que contou sobre a sua filha, é uma menina adorável, pelo o que Castle falava, na realidade ele me pareceu um pai bem babão.

– Gente, vou indo, já está tarde. Boa noite. – me levantei e peguei meu casaco.

– Boa noite Kate – Esposito falou.

– Boa noite, até amanha – Ryan me respondeu.

– Boa noite Beckett, até amanha. – Castle falou.

Eu acenei para os garotos e fui em direção ao elevador.


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Notas finais do capítulo

então gente, por favor comentem, sei que tem leitores fantasmas por ai, comentem nem que seja um "gostei" ou "pode melhorar" vai me fazer muito bem.
seguinte, quando a fic chegar a 8 comentários eu vou postar um bonus, então, quanto mais gente comentar, mais rapido virá o proximo cap (que posso adiantar, ta bem fofo, a relação deles melhora mais.
então é isso, beijos