Dramione - O amor do Bruxo e da Sangue-Ruim escrita por Charlotte


Capítulo 28
O Duelo


Notas iniciais do capítulo

Hello sweeties! Eu teria postado antes, só que a internet ficou com uns problemas aqui. Então, tive que adiar um pouquinho, mas enfim, antes tarde do que nunca. Um beijo para DudaDudix, Tamiresdr e Sweet Madness pelos comentários! Espero que gostem, boa leitura :)



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Draco caminhou sem fazer barulho pelos corredores, esperando uma Pansy mil vezes mais histérica esperando por ele em algum canto, pronta para uma sessão de gritos sem fim, ou coisa pior. Já se preparava psicologicamente para o provável ataque de ciúmes que ela daria enquanto virava aleatoriamente para a direita ou esquerda nos corredores. Mas ao contrário, nenhuma Pansy era vista, e sim um Harry Potter caminhando animadamente demais para seu gosto no sentido oposto. Ambos pararam instantaneamente, e se encararam, com ódio.

–- Que é que você está fazendo aqui, Potter? Não sabe ver horas? Já passou do horário do toque de recolher há muito tempo.

Harry avançou em Draco, derrubando-o no chão, espumando de raiva.

–- O que você fez com a Hermione? – ele perguntou pausadamente, e o ódio transbordando de cada sílaba.

Draco franziu o cenho e tentou disfarçar sua surpresa com sua melhor cara de escárnio.

–- Ah, apelando para meios de violência primitivos e trouxas, tsc tsc... – bufou. – O que eu fiz com a Granger... não sei. O que eu fiz com a Granger?

Harry apertou o pescoço dele, e Draco começou a se sentir sufocado.

–- Não se faça de idiota, ainda que você seja o rei deles. Vamos! Diga! Nós vimos vocês.

Draco arqueou as sobrancelhas. Sabia que não devia provoca-lo estando em desvantagem, mas era mais forte do que ele. Achava que enrolando e se fazendo de desentendido, ganharia tempo para um elemento-surpresa, e conseguiria sair dali.

–- “Nós” quem?

–- Eu e Pansy.

Draco riu pelo nariz.

–- E desde quando você a chama pelo nome?

–- Não te interessa, não mude de assunto.

–- Óbvio que interessa, é por isso que eu estou perguntando. Aliás, você pode fazer o favor de sair de cima de mim? Isso já está ficando estranho...

Harry rosnou, relutante, mas o soltou. Draco se levantou, desamassou as vestes, e fitou o moreno com desprezo.

–- Responda o que eu te perguntei.

–- E se eu não quiser? – desafiou Draco.

–- Aposto como vai se arrepender disso.

–- Sem mais apostas para mim. Não tenho medo de você.

–- Não? Deveria ter. – Harry apontou a varinha para o loiro. – Vai demorar mais para responder.

–- Merlin, que insistência! O que eu fiz? Eu a deixei apaixonada, foi isso. Não posso fazer nada se sou irresistível...

Harry riu. Não foi apenas uma risada, ele estava gargalhando. Abaixou a varinha, e teve que se apoiar na parede. Pôs a mão na barriga, e limpou uma lágrima que escorrera de seu olho. Draco não compreendia o motivo daquela reação. Ele é mais retardado do que eu pensava.

–- Qual é a graça, Potter?

Harry demorou alguns segundos até recuperar-se. Respirou fundo, e alisou os cabelos emaranhados.

–- Ela? Se apaixonar por alguém como você? Ha! Nunca! Sem chances. Tem o mais profundo e sincero ódio por você. E então, aparece te beijando assim, de uma hora para outra. Com toda a certeza você fez alguma coisa com ela e eu exijo saber o que foi. – ele disse, recuperando parte de sua postura inicial.

–- Ela me beijou por livre e espontânea vontade. Por quê? Não pode?

–- Não, porque isso é impossível. Ela te odeia.

–- É? Não foi isso o que ela disse enquanto me agarrava. – Draco disse, sorrindo sarcasticamente.

Harry pegou-o pelo colarinho de sua camisa, e o empurrou com força contra a parede. Nenhum vestígio do humor anterior podia ser visto agora.

–- Olha, Malfoy, você está começando a me tirar do sério. Hermione não é uma das biscates que você tá acostumado, e eu não vou admitir que você fale dela como se fosse. Vai responder o que deu a ela, ou eu vou ter que arrancar de você? – Harry disse lentamente, puxando a varinha novamente, e apontando para Draco. – RESPONDA!

Draco suspirou, irritado, e massageou as costas.

–- Aiaiai, como é foda tentar se comunicar com grifinórios... Teimosos do jeito que são, o símbolo da Grifinória devia ser uma mula, não um leão! Já falei que não fiz nada com a Granger, que saco!

–- Estupefaça! – Harry gritou, mas Malfoy protegeu. O feitiço ricocheteou contra Harry, que deu um pulo pro lado, quase sendo acertado no peito.

–- Você vai se arrepender, Potter! Mobilicorpus!

O corpo de Harry ficou suspenso no ar, e à medida em que Draco movia sua varinha, ele era jogado para um lado ou para o outro, batendo nas paredes.

–- Finite Incantatem! – Harry gritou, e instantaneamente caiu no chão de uma altura considerável. Ele nem tinha levantado, e Draco começou a lançar vários feitiços, um atrás do outro, que ele estava tendo dificuldades para proteger (muito embora nunca fosse admitir isso).

–- Mas o que é que os senhores estão fazendo aqui? – a professora McGonagall perguntou, parada no corredor, com a expressão impassível.

–- P-professora, eu...

–- Ele estava incomodando meu turno na patrulha, professora.

–- Seu turno já acabou faz um bom tempo, Sr. Malfoy. Acredito que saiba que é proibido ficar perambulando por ai depois do horário permitido, independente se o senhor é ou não monitor-chefe. O que não é o seu caso, Sr. Potter. – ela disse, seca. – Além do fato de os dois estarem duelando no meio do corredor a essa hora.

–- Ele começou! – Draco tentou se manifestar, mas a professora o calou com um olhar duro e frio.

–- Não interessa quem começou. Menos cinquenta pontos de cada casa, e detenção para os dois todos os dias depois da aula.

–- Mas professora, eu preciso... hã... preciso treinar com o novo time para o campeonato das casas que já vai começar.– Harry disse, desesperado. Na verdade, se pegasse detenção depois das aulas, ficaria difícil obter algum resultado em sua investigação. Pelo menos Malfoy também ia se ferrar.

Minerva suspirou pesadamente.

–- Pensasse nisso antes. Agora já para o dormitório vocês dois, se não quiserem consequências piores. Passar bem.

Draco bufou. Maldita velha estúpida, sempre metendo esse nariz enrugado onde não deve, pensou.

–- Ah, olha o que você fez!

–- Eu fiz? Quem foi que saiu lançando feitiços só porque estava nervosinho?

Harry o fitou, com ódio.

–- Escuta aqui, eu ainda vou descobrir o que você fez, e quando isso acontecer, o que não vai demorar muito, você vai rezar pra nunca ter nascido. Me aguarde, Malfoy. – o moreno disse, apontando para Draco.

–- Estou morrendo de medo...

Draco dissera aquilo para irritá-lo, mas nunca admitiria que por dentro, realmente estava com medo. Muito medo. Não sobre Hermione, obviamente. Mas sim, se Potter por acaso desconfiasse do que ele seria obrigado a fazer. Aí seria o seu fim.

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Hermione chegou na Sala Comunal pensativa. Depois que saiu da Sala Precisa, ficou imaginando o que teria acontecido. Se fosse Pansy Parkinson, realmente, Hermione esperava que os ouvidos dele estivessem bem após o provável escândalo que ela daria.

No entanto, ao mesmo tempo, estava radiante. Sentia como se tivesse tirado um enorme peso das costas assumindo seus sentimentos de uma vez, e a melhor parte era saber que era recíproco. Draco Malfoy, de sangue ‘puro’, arrogante, irritante, metido e sonserino... apaixonado pela simples nascida-trouxa ‘sabe-tudo’ grifinória. Aquilo sim era de se espantar.

Antes que pudesse passar para o dormitório, a figura de uma Gina muitíssimo aborrecida barrou sua passagem. De sobrancelhas arqueadas, braços cruzados, e a ponta do pé tocando o chão impacientemente, ela parecia esperar alguma explicação.

–- Hum... alô, Gina. Algum problema?

–- “Algum problema”? Sim, Hermione. – ela disse, parecendo medir as palavras para não partir logo para a violência. – Você vai sentar aqui agora e me explicar o que diabos aconteceu.

Hermione deu um sorriso envergonhado.

–- Aquela hora em que saí correndo, acabei trombando feio com a Tonks, que saia da sala do Dumbledore. Nós ficamos conversando, e ela me deu vários conselhos, que me ajudaram a tomar minha decisão. Então, eu vim pra cá, me arrumei correndo, peguei minhas coisas, e encontrei você. Só que eu não tinha muito tempo para dar explicações, ou eu ia me atrasar.

–- A Tonks? – Gina arqueou as sobrancelhas. – Hum. Certo. Mas que decisão? Você disse que tinha alguma coisa a ver com o Malfoy.

–- Sim. Nós estamos juntos. – Hermione disse, sorrindo. – Ela me incentivou a dizer tudo para ele, abrir meus sentimentos. E deu certo. Ele sente o mesmo. Mas nós decidimos manter isso em segredo por enquanto. Você é a única, e pelo menos por enquanto, a última pessoa a saber disso.

–- Mas você enlouqueceu? Escuta, eu vi o que você viu para sair correndo daquele jeito. Você sabe muito bem quem era lá, e fazendo o que. E subitamente, depois de conversar com a Tonks, você decide se abrir para ele, e tchans – ela gesticulou com as mãos. – ele sente o mesmo, e final feliz? Fala sério, Hermione! Sério que você caiu nessa?

–- Ele não estava fazendo aquilo porque queria. Estava sob o efeito de uma poção do amor.

–- De quem? Da Parkinson?

–- Também suspeitei, mas a garota era Astoria Greengrass. Irmã da Daphne, sabe?

–- Humpf. Outra vadia.

Hermione deu de ombros.

–- De qualquer forma, eu preparei um antídoto para ele, e aos poucos foi voltando ao normal. Foi então que ele começou a agir estranho, e desembestou a falar tudo o que sentia por mim. Eu só disse o mesmo. Para evitar sermos pegos, fomos para a Sala Precisa, e ficamos lá até ouvir um grito, que me parecia ser da Parkinson. Ele disse que cuidava daquilo, e disse para eu vir para cá. E cá estou.

Gina assobiou.

–- Você já pensou na possibilidade de ele estar te enganando? Se nunca, devia ter pensado. Desculpe, mas é muito estranho uma pessoa que te odiava do nada passar a te amar incondicionalmente. Aí tem.

–- Óbvio que eu já pensei. Mas aquelas palavras, e... tudo. Não era o Malfoy que eu conhecia que estava na minha frente. Ele mudou, Gina, eu percebi isso. Até o olhar dele está diferente.

–- Hermione, você sabe muito bem que o Malfoy tem lábia. Você é a pessoa mais inteligente de Hogwarts. Não pode simplesmente cair tão fácil nesse teatrinho. Até eu quase caí, pensando que talvez ele realmente tivesse mudado, mas depois de hoje, eu não acredito mais em nada.

–- Já te disse que não é teatrinho nenhum! Foi a poção do amor da Greengrass!

Gina deu de ombros.

–- Você é quem tá dizendo. Mas eu vou te dar um conselho: fica esperta. Só por via das dúvidas. Promete que vai se cuidar?

Hermione sorriu genuinamente.

–- Pode deixar, mãe.

–- Muito engraçadinha... – Gina revirou os olhos, mas sorriu, e abraçou a amiga. – Se isso tudo é mesmo verdade, eu fico feliz por você.

–- Obrigada. – Hermione sorriu mais uma vez, e se desvencilhou de Gina. – Bem, agora eu vou dormir, senão não acordo amanhã. Você vem?

Gina se jogou na poltrona.

–- Agora não. Daqui a pouco eu vou.

–- Certo. Só não durma muito tarde.

–- Relaxa, Mione. Vai descansar. Boa noite.

–- Boa noite. – Hermione respondeu, e fechou a porta do dormitório.

O sorriso de Gina desapareceu. Tinha certeza de que tinha alguma coisa muito errada com tudo aquilo, e iria descobrir o que era, ah se ia.


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Notas finais do capítulo

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