Dramione - O amor do Bruxo e da Sangue-Ruim escrita por Charlotte


Capítulo 27
Tirando um peso das costas


Notas iniciais do capítulo

GUESS WHO'S BACK!!!! Eu realmente espero que vocês não queiram me matar pela demora, mas juntando o bloqueio no qual eu fiquei por um bom tempo, além da dificuldade de conciliar com provas, trabalhos e etc, foi realmente impossível obter alguma coisa decente para essa história (acreditem, eu tentei). Enfim, aqui estou novamente, e prometo não "abandonar" mais a fic desse jeito.
Um beijo para lavignepotter pelo comentário. Boa leitura :)



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Mas o que foi isso?!

Harry continuava completamente atônito. Os dois chegaram a tempo de ver os dois se beijando como se fossem um casal completamente normal, e... Não. Não era possível. Era Draco Malfoy e Hermione Granger. Tipo água e óleo. Sem chances.

Pansy estava pior do que nunca.

–- Eu te disse. Eu te disse! – Pansy disse, desgrenhando os cabelos. – Olha isso! Ah não, não pode ser!

Harry chacoalhou levemente os ombros da garota.

–- Hey, calma. Eles vão pegar a gente assim!

–- E você acha que eu tô ligando? Olha bem pra essa cena! Como você espera que eu fique calma?

Pansy enxugou as lágrimas e arrastou Harry para longe.

–- A gente precisa separar esses dois. Isso é sério.

–- É óbvio que precisamos! A Hermione corre perigo!

–- “A Hermione corre perigo”? O Draco que corre! Eu sei o que se esconde por trás daquela fachada de boa moça que a Granger faz!

–- Ela não se esconde atrás de fachada coisa nenhuma! Não diga o que não sabe!

–- Então você não a conhece tão bem assim...

–- Claro que conheço. Você quem não conhece o Malfoy! Ele é um Comensal!

O rosto de Pansy se contraiu em uma expressão indignada.

–- Mas é claro que não!

–- Se ainda não é, vai ser. Tenho certeza.

–- Pelo amor de Merlin, pare com isso! Eu vivo com aquele cara há seis anos. Saberia se ele tivesse alguma coisa a ver com as atividades de Comensais!

–- Pelo visto quem não conhece muito bem seus amigos é você.

–- Tem razão. Eu não te conheço, Potter! – Pansy disse, irritada.

–- Voltamos aos sobrenomes, então?

–- Talvez! – ela replicou, mas calou-se logo em seguida, engolindo em seco. Um silêncio constrangedor tomou conta do lugar.

–- Não tem nada a ver! – Harry disse, desgrenhando os cabelos. – Nós nos tornamos amigos há pouco menos de uns quarenta minutos. É completamente diferente.

–- De qualquer forma, eu conheço o Draco. E nunca vi nada suspeito.

–- Fala isso porque você nunca procurou realmente algo suspeito. E mesmo se descobrisse algo, não ia nem ligar, porque o seu “amor pelo Draco supera todos os seus defeitos”. Se bobear, até faria a sua marca negra também, pra combinar com a dele. – Harry disse, gesticulando.

–- Como você tem coragem de dizer uma coisa dessas? Acha que eu ia ser conivente com tudo aquilo só por estar apaixonada?

–- Eu não duvidaria.

Os olhos de Pansy se encheram de água. Ela assentiu com a cabeça, enxugando as lágrimas antes que elas escorressem.

–- Muito obrigada. Eu não sabia que você tinha essa impressão de mim.

Harry fitou a garota, culpado. Não deveria ter dito tantas coisas horríveis para ela, que já estava péssima por causa da cena que haviam visto.

–- Eu n-não...

–- Não, tudo bem. Eu deveria saber... Você não me conhece. É claro que ia pensar isso.

–- Não é bem assim, Pansy...

–- Acredito que não queira qualquer tipo de relação com alguém que possivelmente acobertaria um Comensal. – Pansy continuou, sarcasticamente.

–- Claro que não, mas você não...

–- Então acho que daqui para frente a gente não tem mais nada para conversar, Potter. – Pansy deu ênfase ao sobrenome de Harry, ressentida. – Passar bem.

A garota foi andando decidida para longe de Harry, apesar de seus protestos.

–- Pansy, não! Espera! Eu não quis dizer...

–- Não quis dizer, mas disse! – Pansy gritou, se virando.

Os dois ouviram o eco da voz dela, e se entreolharam. Harry correu para longe, segurando Pansy pela mão. Quando já estavam ofegantes e bem afastados de onde estavam anteriormente, Harry retomou o assunto.

–- Desculpe. É ridículo. Cada um escolhe as suas amizades, e não vamos estragar a nossa por culpa de outras pessoas. Nossos ressentimentos são com o Malfoy e com a Hermione, respectivamente. Não precisamos brigar por causa disso. Eu não quero perder o que conquistamos agora. Por favor, desculpe.

Pansy suspirou.

–- Você me ofendeu profundamente. Acha que é fácil assim? Você fala merda, pede desculpa, e tudo volta a ser como era antes? Não sou como os outros, Potter. Não cedo tão facilmente às vontades d’O Eleito.

Harry riu pelo nariz.

–- Eu não estou esperando que você se curve às minhas vontades, até porque eu não ia querer isso. Gosto de você do jeito insuportável que você é.

Pansy deu um sorrisinho irônico.

–- Olha só quem fala...

–- Então voltamos aos nomes?

–- Vou pensar no seu caso, Potter. – Pansy disse, sorrindo sarcasticamente.

–- Tem o tempo que precisar então, Parkinson.

Pansy riu, mas ainda parecia triste.

–- Bom, se me dá licença, eu tenho que ir para o meu dormitório. Foi informação demais para uma noite, e eu preciso de um tempo pra digerir tudo isso.

–- Boa ideia. Posso te acompanhar?

–- Não, obrigada. Não sei se seria bom ter um grifinório perambulando pelas masmorras comigo. Ainda mais você.

Harry deu de ombros.

–- Estou disposto a correr esse risco.

–- Mas eu não. – Pansy sorriu. – E eu ainda não te perdoei completamente.

–- Certo então. Nos vemos amanhã?

–- Talvez, Harry. Talvez.

–- Isso é bom. Pelo menos voltamos à intimidade, certo? – Harry disse, rindo.

Pansy percebeu seu erro anterior, e não conseguiu ficar séria.

–- Você é um idiota! – ela disse, rindo, e Harry a fitou. Adorava o sorriso dela. Não aquele que ela costumava lançar, sarcástico e maldoso, durante as piadas maldosas que Malfoy fazia. Seu sorriso verdadeiro, quando estava longe de todos, e podia ser ela mesma. – Não fique tão certo disso, tudo pode mudar. Boa noite, Potter.

Harry riu e deu um aceno com a cabeça.

–- Boa noite, Pansy. Boa noite.

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Draco estava nas nuvens. Depois que tinha assumido seus sentimentos, o peso em suas costas parecia ter aliviado quase totalmente. Os dois tinham ido para a Sala Precisa, para não serem vistos, e Hermione estava abraçada a ele, enquanto eles observavam o céu estrelado.

–- Eu não acredito que disse tudo isso. – Hermione disse, enquanto acariciava seus cabelos. – Quando que eu poderia imaginar que me declararia para meu inimigo?

–- E eu... Nunca poderia imaginar que sentiria alguma outra coisa por você. Fazer o que...

Hermione deu um sorrisinho, e revirou os olhos. No entanto, no instante seguinte, sua expressão ficou séria.

–- E agora, como ficamos? – perguntou.

Não sabia. Talvez não estivesse preparado para assumir para todo mundo assim. Já fora difícil o bastante dizer para Hermione, que dirá para seus amigos, família (principalmente)... Podia ser perigoso, não só para si mesmo, como também para ela.

–- Eu... não sei.

Hermione apoiou-se nos cotovelos, e o fitou.

–- Eu não sei se é o momento certo para assumir. Acho que primeiro temos que ter certeza da nossa decisão.

–- Na verdade, a questão nem é essa para mim. É a minha família. Eu realmente não quero que pense que sou covarde, eu só não quero estragar tudo tão rápido.

A garota acariciou o rosto de Draco, sorrindo.

–- Eu nunca pensaria uma coisa dessas. Você tem razão.

Draco sorriu coma compreensão dela. Pelo menos com isso ele não precisaria se preocupar inteiramente.

Subitamente, um eco de um grito pôde ser ouvido. A voz era incrivelmente familiar, e Draco desejava com todas as suas forças que não fosse quem estava pensando. Pelo visto Hermione compartilhava de seu mesmo pensamento.

–- Acho melhor irmos. – ela disse. – Faltam cinco minutos para o término da patrulha.

–- Pois é. Vá para sua Sala Comunal, eu cuido do grito, seja lá quem o tenha emitido.

Hermione concordou com a cabeça e o deu um longo beijo antes de se esgueirar para fora da Sala Precisa. Draco sorriu, e ficou um bom tempo parado, atônito, com um sorriso bobo no rosto. De repente, pareceu se lembrar do grito, e saiu do transe, empunhando a varinha, e fechando a porta da Sala atrás de si.


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Notas finais do capítulo

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