Segredos do Coração 2 - Destino escrita por Pime chan


Capítulo 5
O segredo de um sonho


Notas iniciais do capítulo

Esse segredo era um segredo e tanto. Cardíacos: para o próximo capítulo preparem o coração. A onda de fofura vai ser intensa HOHOHOHOH *apanha*



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Capítulo 5 – O segredo de um sonho


 


_Ei Uchiha! Parece distraído hoje. Como capitão do time você deveria estar de olho nas jogadas, mas deixou no vácuo todas as tentativas de cestas. _Reclamou o treinador de basquete.


 


Koji olhou-o interrogativo. Na verdade sabia onde estava sua cabeça, mas não ousaria contar a ninguém por quais caminhos divagavam seus pensamentos.


 


Passados três dias as coisas pareciam ter voltado ao normal. Mas Koji sabia que se tornassem a afrontar à Hyuuga ele não pensaria duas vezes em defendê-la.


 


_O que aconteceu com a sua incrível mira, Koji? _Falou Shiro desdenhoso. Não perdia uma só oportunidade para provocar o Uchiha.


 


_Basta Tanako! Não queremos confusão no time. Logo teremos jogos marcados contra os times de outros colégios e vocês devem se concentrar no trabalho de equipe. Só nisso. _Corrigiu o treinador.


 


O garoto de cabelos marrons e olhos cor de mel calou-se perante a ordem do professor. Não queria receber advertências caso continuasse com as provocações, mas irritar Koji realmente não deixava de ser algo prazeroso.


 


O apito soou avisando que o treino havia acabado. Yumi, Miuki, Koji e o melhor amigo Ryu se reuniriam para fazer na quadra do colégio o trabalho de Literatura.


 


Koji decidiu parar para fazer um lanche já que ficaria direto na escola e acabara saindo com o amigo rumo à cantina. Miuki demoraria um pouco, pois ao ir para casa, a mãe pedira sua ajuda com a louça do almoço. Nenhum deles tinha se lembrado de avisar do atraso à amiga Yumi que havia chegado bem cedo à quadra.   


 


_Droga, acho que estou adiantada demais. _Reclamou ela consultando o relógio, porém certificara-se do atraso dos amigos. _E eles nem para me avisar! _Ralhou emburrada.


 


Colocou ao chão as cartolinas onde ilustrariam os personagens marcantes da Literatura japonesa e ao lado delas pincéis e tintas. Trazia também seu rádio portátil e alguns CDs de música clássica. Serviriam para melhor dinamizar o trabalho a ser apresentado.


 


Colocou um dos CDs para conferir as músicas e sentou-se ao chão enquanto esperava os colegas chegarem. Mais de vinte minutos e nada de alguém aparecer naquela quadra gigantesca.


 


Na faixa oito do CD havia uma música que definitivamente a Hyuuga gostava. Era um clássico do balé japonês que a fazia sonhar com um desejo estúpido que há muito cultivava em seu coração.


 


A melodia agradável a fizera levantar de seu canto e dar alguns passos cambaleantes em direção ao rádio. Era tão mágico ouvir aquela música, mesmo para alguém que um dia sonhava em ser uma bailarina sem nunca poder ser.


 


Desde pequena, Yumi se via hipnotizada por apresentações de balé e quando criança imaginava-se naquela roupa leve, rodopiando esplêndida como a bailarininha de porcelana de sua caixa de música. 


 


Queria estar no Teatro de Tóquio, num palco magnânimo de luzes e enfeites. Uma platéia a aplaudir-lhe em pé e sobre ela luzes coloridas a iluminar-lhe o talhe. Desejava dançar e rodopiar como as divas faziam. Cair na ponta dos pés e saber voar como as fadas dançarinas que habitavam a sua fantasia.


 


Mas que grande idiota era ela por sonhar coisas impossíveis. Não havia bailarinas mancas, pois na certa se tentassem rodopiar esborrachar-se-iam ao chão.


 


Era uma bailarina que não podia dançar, porque o coração sabia todas as músicas e ritmos e vez por outra saltava audacioso no peito todas as vezes em que a mente se esquecia das limitações. 


 


Aumentou o volume da música no rádio e fechou os olhos. Apoiou-se desequilibrada na mureta ao lado do vestiário feminino e tentou imaginar-se num palco lindo e repleto de espectadores.


 


Bailou desajeitada no ritmo da música balançando os braços tão graciosa como uma borboleta em vôo de primavera.


 


Ela queria ser mais leve.


 


Mais livre e independente.


 


Sem o peso daquele mundo sombrio de preconceitos em que vivia.


 


Alguém que chegava sorrateiro à quadra parou boquiaberto ao ver a recatada Hyuuga dançar graciosamente ao som da melodia.


 


Koji nem podia acreditar no que via. A garota só faltava flutuar de tão centrada que estava na dança voluptuosa. Nunca a tinha visto tão livre, tão liberta dos preconceitos que impunha a si mesma. 


 


E como era linda a sua amiga quando dançava tão verdadeira daquele jeito. Os verdes pararam no rosto contraído dela ainda de olhos fechados. Desceram com o balançar dos braços e subiram quando ela ameaçou saltitar faceira desfazendo as tranças desapertadas.


 


Um pouco cambaleante girou firme na ponta dos pés e parou segura curvando o corpo para frente.


 


Não respiravam, ambos magnetizados pela sublimidade do momento.


 


Koji queria que o tempo parasse e ali ficassem só ela e ele a admirá-la tão magnífica num momento único como aquele.


 


Quando a música parou ela abriu os olhos e fez reverência com o corpo. Assustou-se com o barulho das palmas que logo ali no canto ressoavam entusiasmadas.


 


_Brava! Brava!!! _Gritou Koji empolgado.


 


_K-Koji?! _Yumi balbuciou sentindo as pernas enfraqueceram. Ainda estava na posição de bailarina quando se desequilibrou e caiu ao chão torcendo o tornozelo.


 


Koji correra em sua direção para tentar ajudá-la, mas era tarde. A amiga já ia desmontada ao chão com uma dor aguda a incomodar-lhe.


 


_Você está bem? Desculpe, não era a minha intenção assustá-la. _Perguntou ele muito preocupado.


 


_Ei! Acaso estava me espionando? _Ela indagou extremamente corada. Aquele era o seu segredo e ninguém deveria saber.


 


_Não, mas é que adentrei a quadra e ouvi o barulho da música. Cheguei e a vi dançando de olhos fechados um tanto distraída. Não queria tê-la assustado, mas só bati palmas porque realmente não resisti. _Ele terminou com seu sorriso intimidador.


 


_Não resistiu em me ver fazer papel de palhaça não é? _Nada a faria engolir a vergonha.


 


_Quem disse isso? Você estava linda dançando daquele jeito, Yumi.


 


Como se não bastasse a dor no tornozelo, a voz havia sumido. Depois de quase cinco minutos é que sentiu as cordas vocais funcionarem novamente. Era incrível como Koji tinha aquela estranha influência sobre ela a ponto de deixá-la uma outra Hyuuga Yumi.


 


_Deve ter rido muito por ver uma manca idiota dançando balé, não é Koji? Mas enfim, esqueça tudo o que viu e, por favor, não conte a ninguém porque eu seria motivo de chacota para o resto dos anos escolares.


 


O Uchiha franzira o cenho levemente irritado.


 


_Falando assim você me ofende. Parece até que não confia nos anos de amizade que temos. Acha mesmo que eu seria capaz de fazer isso? _Ele perguntou fitando-a seriamente.


 


A Hyuuga só não corou mais por falta de espaço. Acabara de fazer papel de ridícula pela segunda vez. É claro que falando daquele modo ofendia o amigo de infância.


 


Mas ao mesmo tempo, todas as pessoas pereciam mudar muito aos olhos dela, a salvo sua grande amiga Miuki. O resto da turma só demonstrava desprezo e arrogância, muito diferente do que eram quando crianças. Para Yumi, não faltavam motivos para desconfiar das pessoas, ainda mais de Koji que tinha uma fama tão grande difícil de ser guardada.


 


Mas era injusto, pois ele nunca havia dado motivos para que descressem dele. 


 


_Desculpe-me. _Ela disse abaixando a cabeça.


 


_Está tudo bem. Mas sente alguma coisa?


 


_Meu tornozelo dói.


 


_Acho melhor que vá à enfermaria então. _Ele sugeriu apoiando-a para que se levantasse.


 


_Aaai! Acho que não consigo andar. A dor está horrível. _Yumi reclamou com as mãos sobre a perna.


 


_Então eu a levo até lá. Vamos. _Pegou a amiga nos braços e aconchegou-a ao peito. Viu quando os chocolates arregalaram-se assustados perdendo-se nas esmeraldas calmas dele.


 


_Não, está tudo bem. Vamos ficar aqui que logo passa e...


 


_E nada! Você vai ver isso na enfermaria agora mesmo. Vamos eu a levo, não é nada pesada, Yumi, nem se comesse dez bolos de chocolate. _Riu para descontrair o ambiente.


 


Por mais que aquilo fosse normal, o rubor em ambas as faces era difícil de ser escondido. Ter os rostos tão próximos como nunca tiveram era algo que realmente os incomodava.


 


CONTINUA...


 


Será que se eu torcer o tornozelo aqui o Koji-fofo-kun me carrega nos braços também? *_______* aaaaauuuunnnnnn.


 


Quem gostou não deixe de mandar reviews, recomendar a fic e dar pontos de popularidade a mim.


 


E pobre Yumi, seu sonho de se tornar bailarina é impossível [será?].


 


Quem concorda comigo que o capítulo foi fofo? ^^


 


NOTA: significado do nome RYU: dragão. Fonte: dicionário de nomes japoneses da internet.


 


Beijo a todos! Até o próximo.


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