A Bet escrita por Nick Montanari


Capítulo 22
Perdão


Notas iniciais do capítulo

oláaa lindoonaas ^^
Viim antes do que eu previ estão vendo???
he'he
vou pro céu u.u kkkk
Prontas para o penúltimo capítulo da fic?
Espero que siim...
kkkk
Vamos ao cap..
Booa leituraa aiii meninaas :)



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Seus músculos estão rígidos. De um modo absurdo perdera todo o movimento do corpo, e não sente nenhum de seus membros.

O ar é escasso, e diante dos olhos apenas borrões.

Em sua mente as palavras do pai ecoam indo e vindo constantemente.

_Edward não participou da aposta!_

_ Edward não participou da aposta!_

_ Edward não participou da aposta!_

Charlie só pode estar mentindo! Tem que ser mais uma de suas mentiras, por que se não for ela quem passa a ser o monstro da história.

Respira fundo tremendo dos pés a cabeça. Pisca demoradamente, antes de gaguejar.

–Do que... Do que está falando?-

–Não se finja de surda Bella, em ouviu bem.- as palavras do velho Swan saem frias. –Edward não foi o apostador que me desafiou. Na realidade ele nem frequentava o cassino.-

–Meu deus!- exclama com mais lágrimas rolando dos olhos. –Me conte... Me conte o que houve.- pede com o timbre fraco.

Charlie se senta a frente da filha, as mãos arregaçam as mangas da camisa xadrez. Um longo silêncio doma a sala antes da voz do policial voltar a soar.

–Te contei que os clientes mais ricos do Montreal nunca gostaram de mim.- começa com pausas. –Hoje eu consigo perceber que aminha situação econômica é bem distinta da deles.- um riso irônico escapa pelos lábios de Bella. –Mas, quando eu estava lá, eu me sentia bem... A dor da perda da sua mãe diminuía quando eu apostava, eu me distraía.-

Nervosa a jovem aperta os dedos uns nos outros, ouvindo atentamente as palavras do pai.

–Na noite em que eu te apostei eu estava descontrolado, não conseguia me afastar das mesas de jogos e quando eu percebi já tinha perdido o dinheiro que você me deu pra pagar as contas.- respira fundo, interrompendo sua fala. –Eu não sabia o que fazer e a primeira coisa que eu achei em minha carteira eu apostei.- continua. –Quando eu vi que havia perdido a escritura, eu fiquei maluco...- as mãos já enrugadas se infiltram na cabeça puxando os cabelos grisalhos. –Eu tentei conversar, tentei pedir, mas ele não quis! Ele me odiava de mais, de todos, ele era o pior!-

–Ele quem?- indaga com a voz cortante.

–Alec Volturi.- mesmo sem conhecer o homem Bella sente temor. –Aquele homem é o diabo. Não existe ser humano pior que ele.-

–Foi ele que... Ele que me apostou com você?-

–Sim.- envergonhado, abaixa a cabeça ao confirmar. –Eu tentei de todas as formas convence-lo Bella, disse a ele que era uma casa no subúrbio, que era um bairro desvalorizado devido os constantes problemas, porém de nada adiantou. Ele só queria me humilhar, me deixar pior do que eu já estava.-

As palavras se processam na cabeça da Swan, que permanece indignada.

–Onde Edward entra nisso?- até se arrepia ao imaginar a resposta. No seu intimo já compreende que tudo fora um erro. Todas as acusações, todos os xingos, todos os maus tratos.

–Depois que eu apostei e perdi você, cai na real. Vi a besteira que tinha cometido.- ouve tudo em silêncio. –Alec é filho de um de Aro Volturi, um CEO, ninguém iria desafiá-lo mesmo se tratando de uma garota. Eu rodei aquele cassino de ponta a ponta, até que Edward apareceu.- cenas passam diante dos olhos do velho, que se recorda muito bem da situação.

–Continue!- a filha pede em tom alto, já se desesperando.

–Ele me disse que tinha visto tudo, visto o que eu fiz e que estava disposto a me ajudar.- pronuncia o Swan. –Disse que tinha uma irmã de sua faixa etária e que não era justo você pagar por um erro meu.- a morena cerra os olhos, eu coração se apertando em tamanha agonia. –Obviamente eu aceitei. Não tinha outra opção, ou acreditava num estranho ou...- se cala ao pensar no que poderia ter ocorrido. –Pouco tempo depois ele voltou. Me devolveu a escritura e disse que estava tudo certo.-

Os passos de Charlie martelam pela sala, a bota de borracha batendo contra o piso.

–Quando eu questionei sobre você ele disse que seria prudente que você saísse de circulação por um tempo, para que Alec não desconfiasse de nada.- respira fundo. –Foi ai que eu percebi que, eu precisava te mandar pra longe e... Pedi pra Edward te levar com ele.-

–O que?!- exclama ainda mais surpresa. –Foi você quem pediu para o Edward me tirar daqui e me levar pra outro país?-

–Sim.- assume.

–Por que fez isso?- se levanta também. –Por que Charlie?-

–Bella eu não tinha dinheiro nem pra te dar o que comer, quem dirá te fazer sumir por um tempo.- rebate aflito. –Ele é como o pai, não tem escrúpulos e só de imaginar o que ele poderia ter feito se tivesse você em mãos... Jesus!-

–Meu Deus!- cobre a boca com a mão. –Eu não posso acreditar que... Que eu...- soluça.

–Eu lamento muito por não ter te dito tudo antes mas eu...-

–Lamenta? Você lamenta?- indignada indaga. –Você transformou a minha vida num inferno a partir do momento em que passou a frequentar aquele maldito cassino... Depois me apostou como um abjeto, e ainda... Ainda me fez acreditar que... Que o homem que eu amo, era o vilão da história!- seus prantos ficam desesperados. –Ainda tem coragem de dizer que lamenta?-

–Entendo que está com raiva, e tem toda razão de estar!-

–PARE!- grita derramando mais lágrimas. –PARE DE FINGIR QUE SE IMPORTA QUANDO NÃO SE IMPORTA! EU JÁ CANSEI DE VOCÊ CHARLIE E TUDO O QUE VOCÊ ME FEZ...- esfrega as mãos no rosto. –VOCÊ ME FEZ PERDER O CARA QUE EU AMO...- sua mente se estala. O coração se comprime de dor. –Edward!- ofega. –Ho meu Deus! Edward...- sem fôlego tenta respirar o mais fundo que consegue. –Eu o perdi... Edward me odeia!-

Tudo o que dissera a ele minutos atrás lhe voltam aos ouvidos. Cada palavra.

Não! Deus, não! Precisa se desculpar. Implorar por perdão se preciso.

Mas não pode perdê-lo. Não pode.

As pernas mesmo ainda rígidas saem em passos rápido até a escada. Isso não pode ficar assim, não vai perder o homem de sua vida por causa de Charlie.

–Bella, o que está fazendo?- o pai pergunta após a moça adentrar no quarto.

Sem lhe dar resposta, caça uma mochila no armário embutido na parede.

–Bella.. Por favor.-

–Por favor, uma ova!- seu tom sai alto e quebradiço devido aos soluços. –Você não vai me impedir de ir atrás dele... Não vai..- passa a mão na bochecha limpando a face húmida.

–Você está de cabeça quente... Se acalme e pense direito.- põe a mão no ombro da filha, tentando em vão para-la.

–NÃO ENCOSTE EM MIM!- grita saindo de perto do Swan. –Me deixa em paz Charlie, eu não quero ver você nunca mais!- se estica achando por fim a bolsa.

Apressada a joga sobre a cama pegando de qualquer jeito peças de roupas. Num embolo as enfia dentro da mochila, deixando apenas uma calça jeans para fora.

Em segundos vai até o banheiro e a põe, deixando a de moletom abandonada no chão.

Não pode perder tempo! Pensa calçando o velho par de all star, o mesmo que levara consigo para Grécia. Não pode e não vai.

Levanta-se da cama num impulso, e meio tonta sai correndo do quarto. Desce as escadas correndo, já esticando a mão para abrir a porta.

Porém antes de alcançar a maçaneta, sente todos seus membros amolecerem. O coração dispara e de repente não sente mais as pernas.

Tudo gira novamente, e sente o corpo chocar-se contra o chão. Abre os olhos procurando pela luz, no entanto a única coisa que encontra é a escuridão.

[...]

Atordoada abre os olhos. A claridade mesmo fraca a obriga a fechar as pálpebras por alguns segundos antes de abri-las novamente.

Olha em volta, capitando a visão da sala de Charlie.

Suspira esfregando as mãos no rosto. Num flashback rápido, os últimos acontecimentos retornam a sua mente,

Senta-se assustada. O peito já contraído em dor e angustia.

–Edward.- o nome escapa em um sussurro, ao mesmo momento em que os olhos lacrimejam.

–Bella!- a voz de Sue chama sua atenção. –Você está bem?-

–Não.- pronuncia com a voz embargada.

–Está passando muito mal?- a preocupação é evidente no timbre da mulher. –Charlie, Bella acordou!- avisa num grito. –Vamos levar você pra um hospital.- anuncia.

–Não!- a voz sobe uma oitava. –Não vou a hospital nenhum..- se põe de pé. –Eu preciso de um táxi.- murmura calçando os tênis.

–Taxi para que Bella?- cerra os dentes ao ouvir a voz do pai.

–Você.- aponta para o velho Swan. –Não me dirija a palavra.- é firme. –E Sue, poderia fazer a gentileza de ligar para um taxi e pedir que ele venha me buscar aqui o mais breve possível?- morde o lábio, nervosa.

–Bella... Você desmaiou, precisa ir ao médico ver isso.- a madrasta diz sem muito êxito.

–Já falei que não vou ao hospital.- repete, batendo o pé. –Eu preciso de um taxi, caramba!- fala deixando as lágrimas rolarem.

–Ela vai ter um enfarte assim..- ouve o pai sussurrar.

–Querida se acalme.- a Clearwater, a abraça. –Pra que precisa de um taxi?-

–Pra ir ao aeroporto.- responde fungando feito uma criança pequena.

A madrasta e o pai trocam um rápido olhar.

–Aeroporto pra que?-

–Vou pra Grécia.- afirma, limpando as bochechas com a mão. –Preciso ver Edward, me desculpar, dizer a ele que eu o amo.-

–Você não pode ir pra Grécia assim!- Charlie a interrompe.

Irada ela o olha.

–Não posso? Agora eu não posso não é? Mais há um mês atrás eu pude ir sem problema nenhum.-

–Já lhe expliquei o motivo Bella.- responde baixo.

–Não interessa ok? Eu vou sim para Grécia e quero ver quem vai me impedir.- empina o peito desafiante.

–Charlie, deixa ela.- pede Sue. –Escute Bella, se quer ir para Grécia pedir desculpas para o amor da sua vida eu apoio.-

–O que?- Charlie indaga abismado. –Você está maluca!-

–Quieto!- manda. –Mas como você vai para lá?-

–De avião.- sibila bicuda.

–Isso eu sei, me referia se você tem dinheiro para pagar pelo voo.- as palavras da mulher fazem a jovem pensar.

Sue tem razão, não tem um centavo se quer no bolso.

–Não.- nega. –Mas isso não vai me impedir.- atesta ainda chorosa. –Nem que eu tenha que pedir moedinhas, ou implorar para que alguém me dê a passagem eu vou para Grécia.-

–Não seja ridícula Bella, acha que Edward vai querer te ver depois do que disse a ele?- reflete por segundos as palavras ditas pelo pai. Mesmo o odiando, sabe que ele tem razão.

–Não importa.- sussurra. –Eu vou implorar para que ele me perdoe.-

–Tem certeza Bella? Estou torcendo por você, mas ele pode nem querer te ver.- Sue profere pondo uma mexa do cabelo chocolate atrás da orelha alva.

–Eu corro o risco.- morde o lábio. –Sue, eu não posso perdê-lo assim, sem lutar. Eu errei feio com ele, mas preciso pedir perdão.- chora para a madrasta que se compadece.

–Ok, eu te darei a passagem para poder viajar.-

–Sério?- a britânica indaga sorrindo de leve.

–Sim, é serio.- confirma.

–Suuue!- Isabella Exclama pegando a mulher num abraço apertado. –Você é a melhor!- ri com o coração acelerado, só de pensar na hipótese de ver seu grego já sente as pernas bambas.

–Isso é uma loucura Sue!- Charlie interrompe o momento de felicidade da filha. –Quem irá guiar Isabella pela Grécia? Como ela irá ter acesso a Edward?-

–Seu pai tem razão Bella.- Sue pondera, fitando Bella que fica pensativa.

Um sorriso maroto brota nos lábios da moça. E os olhos brilham novamente.

–Já sei quem pode me guiar e me levar até Edward!- dá pulinhos no lugar, alegre feito certa baixinha que conhecera.

–Então faça as malas Bella, você vai até o seu grego.-

[...]

Jéssica. Jéssica. Jéssica. Jéssica. Jéssica. Jéssica. Jéssica. Jéssica.

O nome martelara em sua mente durante todo o dia, noite e voo.

Após Sue concordar em bancar sua viajem para Grécia, a morena tentara se comunicar várias, e várias vezes com a grega. Porém ela não atendera o celular em nenhuma das vezes em que ligara.

Deixara milhões de recados na caixa postal e ainda pedira a Sue que continuasse a tentar se comunicar com a secretária do Cullen.

Agora parada no meio do aeroporto de Atenas, a morena morde o lábio, aflita.

E se ela não aparecer?

E se Edward a proibir de aparecer?

Como vai chegar até ele sem ela?

Ou pior... Onde vai ficar, se tem pouquíssimo dinheiro?

Bate o pé no chão de modo rítmico. As unhas já perdera a muito tempo, roendo-as convulsivamente.

Ajeita a mochila no ombro, tirando a franja dos olhos.

O desespero cada vez maior em seu interior.

Se ao menos falasse grego, poderia tentar se comunicar com alguém, pedir um taxi, ou ir a algum lugar.

Porém, a única coisa que aprendera fora elogios feitos por Edward.

Suspira dando alguns passos, a porta de saída sempre lotada de pessoas, atenta olha entre elas na esperança de achar Jéssica.

–Quem está procurando?- assustada dá um pulo. A mão cobre o peito, onde o coração dispara de modo frenético.

Vira-se então, vendo a moça grega para a sua frente. Aliviada sorri, e num impulso a abraça.

–Jess.. Ai meu Deus!- ri sem palavras, ainda apertando a mulher com seus braços finos.

–Bella... Está me deixando sem ar.- Jéssica brinca, fazendo a britânica rir.

As duas se afastam e se encaram sorridentes.

–Pensei que não viesse.- confessa a morena, exalando o ar.

–Perdão pela demora.- pede. -O transito aqui está um caos. Sabe como é início de ano, todo mundo apressado.-

–Tudo bem.- sorri de canto suspirando. –Você não me atendeu, ouviu meus recados?-

–Me desculpe por isso também, fiquei inacessível por uns dias, tive de viajar a trabalho.- explica. –Vamos indo.- a chama, conduzindo-a pelo braço. –E não, sua madrasta, Sue não é? Ela me ligou, foi só ai que vi seus recados.- sibila enquanto as duas atravessam o aeroporto.

–Sim, é Sue.- confirma. –Sorte a minha.-

–Pois é.- a grega ri. –Te juro, eu esperava de tudo, menos que você voltasse pra cá, ainda mais por vontade própria.-

–Eu também.- concorda com a cabeça baixa. –Aconteceram várias coisas no ultimo mês, e eu percebi como fui estúpida.-

–Entendo.- diz pensativa. –Descobriu a verdade não é? Seu pai quem lhe disse?-

Surpresa Isabella a encara.

–O que você...? Como sabe?-

–Ora Bella, Edward é meu melhor amigos. Acha mesmo que ele não ia me contar?- diante da afirmação a jovem se cala.

Edward... O nome repete com eco em sua cabeça. A saudade é tão grande.

–Ele está mal Bella.- Jéssica murmura, adentrando no elevador ao seu lado. –Desde que voltou embora, ele só está piorando.-

–Eu o amo.- atesta com os olhos cheios de lágrimas. –Muito.-

–Ele também te ama.- Jess sorri, a abraçando pelos ombros.

–Ele deve estar me odiando... Eu disse coisas terríveis a ele.- funga pesarosamente.

–Edward não quis entrar em detalhe sobre isso.- a amiga murmura. –Mas pela cara dele, e pela sua... Aposto que não foram coisas nada amigáveis.-

–Sim não foram.- concorda envergonhada. –Acha que ele me perdoará?-

As portas do elevador se abrem revelando o estacionamento.

Lembranças da primeira vez que estivera ali retornam até a Swan que sorri saudosa.

–Vocês tem muito o que conversar Bella. Muito mesmo.-

–Eu sei...- suspira em meio as palavras.

Em silêncio chegam até o carro de Jéssica, que o destrava apertando um aparelhinho preto.

–Entre.- sorri para ela, abrindo a porta do motorista e se instalando no banco de couro. Rapidamente Isabella da a volta no veículo, logo se pondo ao lado de Jess.

–Jéssica?- a chama.

–Hm?- a grega a olha rapidamente, retirando o carro da vaga apertada.

–Obrigada por aparecer.- agradece sorrindo.

–Certo grego me mataria se soubesse que eu te deixei esperando.- brinca a fazendo rir. –Ele está aqui em Atenas, na casa dos pais.-

–Você... Vai me levar até lá agora?- questiona nervosa.

–Melhor esperarmos até de noite.- reponde, atenta a direção. –É aniversário de casamento de Carlisle e Esme, e eles reuniram alguns amigos e familiares para uma festa intima.-

–Há!- brada compreendendo. –Jess você foi convidada não é?-

–Fui sim.- concorda com um aceno de cabeça.

–Se você quiser ir... Eu, ai meu Deus... Estou atrapalhando você.- coça a nuca envergonhada.

–Apó to Theó ! (Por Deus!)- vocifera. –Você não está me atrapalhando coisa alguma.-

–Tem certeza?- indaga ainda sem jeito.

–Claro que tenho.- sorri para ela. –Não vou para a mansão dos Cullens a essa hora do dia.- os olhos azuis focam no relógio digital do painel no carro. –Olhe ainda são treze horas.- aponta. –Faremos assim, você vai comigo para o meu apartamento, toma um banho, come, descansa... Mais a noitinha você se arruma e nós vamos, ok?-

–Ok.- confirma ansiosa. –Você tem apartamento aqui?-

–Tenho um pequeno.- murmura. –Esse lance de vir quase todo fim de semana para cá cansa, e ficar em hotel não sai barato.- explica.

–Entendo.- diz pensativa. –Como eles estão?- pergunta, após um período quieta.

–Eles quem?-

–Os Cullens. Como estão todos eles? Carlisle, Esme... Emmet, Alice.- lubrifica os lábios com a ponta da língua.

–Bom.- a grega suspira. –Carlisle e Esme estão se adaptando as mudanças que Alice e Emmet trouxeram a eles.-

–Os dois estão juntos? Tipo, juntos... Juntos?- Jéssica ri.

–Sim, estão namorando.- fala para a morena. –Estão muito felizes.- Isabella sorri contente pelo casal.

–Achei que eles não fossem aceitar... Deve ser difícil pra eles, tipo... Criaram os dois como irmãos e agora...-

–Também acreditei que não aceitariam, mas como Edward me disse, eles não querem perder os filhos.- conta.

A britânica então fecha os olhos. Apenas ao ouvir o nome dele já se arrepia. Não vê a hora de vê-lo. De tocá-lo, e amá-lo.

Morde o lábio, torcendo mentalmente para que ele permita isso.

[...]

–Você disse que era uma festa intima.- olha de modo acusador para Jéssica que ri. Encantada a Swan olha em volta, o requinte do salão feito no interior da mansão ,com o braço enroscado no de Jéssica.

–Achei que já conhecesse sua sogra.- a mulher brinca saltando do carro. –Vem.- a chama.

O aquecedor do ambiente esquenta seus braços nus, fazendo relaxar um pouco.

–Aiin e se ele não quiser me ver? E se me mandar embora?-

–Que isso... Cadê aquela garota confiante de mais cedo?-

–Sumiu.- responde num sussurro.

–Sumiu nada. Vocês se amam, tenho certeza de que irão se entender.- sorri lhe passando confiança.

–Assim espero.-

–A cada dia eu percebo com mais exatidão como a vida que os Cullens leva é humilde.- diz observando a decoração luxuosa.

–Eles estão a cada dia mais pobres.- a amiga sussurra para a fazendo rir.

–Como vamos achar Edward aqui? Há muitas pessoas.-

–Deixe comigo.- exibe um sorriso lhe lançando uma piscadela.

As duas circulam no meio dos convidados refinados.

Todos muito bem vestidos, numa elegância invejada.

–Bella?- uma voz conhecida soa em seus ouvidos lhe chamando atenção. Se vira fazendo Jéssica parar de andar. -Oh Theé mou! (Oh meu Deus!)- o grandão exclama antes de ir ao encontro da Swan.

Bella sorri e o abraça. Como sentira saudade de Emmet. Saudade até das piadas sem constrangedoras.

–Belinha! Belinha! Belinha!- o Cullen exclama a apertando ainda mais entre o abraço.

–Oi Emmet.- fala bobamente, encarando o irmão de Edward, como sempre bem elegante.

–Não acredito que está aqui!- vocifera. –Com quem veio?- indaga curioso.

–Jéssica.- responde, puxando a secretária pelo braço.

–Oi Emmet.- Jess o cumprimenta com leves beijos na bochecha.

–Oii Jéss.- sorri exibindo as charmosas covinhas. –Cara, meus pais não vão acreditar que está aqui.- ele diz olhando em volta do salão. –Alice então, irá surtar.- os três riem juntos.

–Ér... Na verdade eu queria falar com Edward primeiro.- morde o lábio o encarando.

–Hmmmmmm, quer matar a saudade do meu maninho primeiro não é? Safadinha.- é praticamente impossível não corar com o comentário.

–Emmet, coitada.- Jéssica lhe acerta com a bolsa. –Onde Edward está?-

–Ela sabe que é brincadeira.- pica para a britânica que sorri assentindo. –Eu o vi a um minuto na parte externa.- informa, fazendo o coração da jovem saltar no peito.

–Vou levar Bella até ele então.-

–Ok.- concorda sorridente. –Irei avisar ao resto da família que minha cunhadinha está de volta!- brinca fazendo a Swan sorrir. –Nos vemos hein, não vai desaparecer de novo.- pede a deixando sem jeito. O grandão lhe deposita um rápido beijo na bochecha antes de sair andando entre as pessoas.

–Emmet não toma jeito.- Jéssica sibila voltando a andar.

–Eu gosto dele, gosto até das piadas infames que ele solta.-

–Sim eu também aprecio o senso de humor de Emmet, mesmo que às vezes tenha um lado negro nele.- as duas riem em concordância.

Sobem alguns degraus, até chegarem a um portão de madeira e vidro, ambos claros.

–Edward está ali.- a secretária aponta para fora.

–Não vai comigo?- morde o lábio, aflita.

–Não Bella... Isso é entre você e ele... Eu só vou atrapalhar.- suspirando a Swan consente.

–Ok..- toma fôlego.

–Boa sorte.- a amiga deseja. –Vai dar tudo certo.-

–Vai.- confirma, tentando soar confiante.

Com as pernas tremulas caminha atravessando a porta. Muitas pessoas reunidas atrapalham sua busca.

Caminha pela direita, passando entre as mesas redondas clareadas por velas elegantes.

Para por um momento olhando em volta. Observa atentamente cada pessoa.

Então o avista um pouco a frente, de costas para ela.

Suspende a respiração, sentindo como se tudo parasse.

A vontade de correr até ele aumenta em seu peito, e enquanto caminha a passos não muito firmes, repete as palavras de Jéssica, como um mantra.

_ Vai dar tudo certo._

_ Vai dar tudo certo._

_ Vai dar tudo certo._

Morde a boca, quando a distancia entre eles não passa de um metro. As mãos se apertam uma na outra e vacilante consegue proferir:

–Edward!- o nome sai baixo, em sua opinião baixo até de mais.

Mas ele ouvira seu grego lhe escutara, pois no segundo seguinte já vira o corpo em direção ao dá morena.

A vista de Isabella fica turva por conta do choro que ameaça cair. Olhando ele tão de perto, se segura para não agarrá-lo ali mesmo.

–Bella?- a voz. Deus que voz. O já conhecido arrepio percorre toda sua coluna parando exatamente em sua nuca.

Então aquelas imensidões azul e chocolate se encontram, e como se fosse a primeira vez... Não existe nada nem ninguém além dos dois.

–O que... Theós... Você.. Como veio? O que está fazendo aqui?- o grego murmura após gaguejar. Sua voz tem o mesmo tom rouco, porém uma frieza desconhecida a cerca.

–Nós precisamos conversar.- diz tentando não se abater.

–Não precisamos não.- cerra o maxilar. –Foi Jéssica não foi? Ela quem te trouxe... Aquela traidora.-

–Edward, por favor.- pede pondo a mão no braço forte. É impossível não se arrepiar com calor que aquele corpo forte emana. –Me dê cinco minutos. Por favor.- clama se aproximando dele.

Mais de perto pode observar que ele está mais pálido, e olheiras roxas contornam os grandes olhos azuis.

–Oque quer hein? Achei que já tivesse tido tudo por telefone aquele dia.- a voz rouca sai um pouco mais alta do que o normal, chamando atenção de alguns convidados.

–Aqui não é lugar pra discutir. Sei que está bravo e tem todo direito, mas... Vamos conversar em um lugar mais privado.-

O loiro então olha a sua volta. O maxilar fica rígido.

–Tudo bem, venha.- sem espera-la ele caminha apressado para a lateral da área. A britânica apressa os passos, vendo-o descer uns degraus até o jardim, iluminado, porém vazio. –Diga agora, o que quer aqui.- de costas ele pronuncia. A frieza em suas palavras é como uma faca no coração de Bella.

–Vim-te...- a voz falha. –Te pedir... Perdão.- sussurra.

Surpreso o grego se vira. O lábio inferior preso entre os dentes.

Deus! Este é homem é malditamente sexy! Pensa, tentando se conter.

–Desculpe, acho que eu não entendi.- cerrando os olhos Bella o olha, está estranho, parece ofegante.

–Você está bem?- indaga tentando se aproximar.

–Sim estou.- evitando o contato ele se afasta, apoitando o corpo na luminária. –Então, o que quer dizer?- o modo de perguntar é levemente grosseiro.

–Vim te pedir perdão.- repete. –Eu estava errada sobre tudo. Sobre você. Sobre Charlie. Sobre mim.-

Os olhos azuis a encaram, porém evitam seus olhos.

–Edward, meu pai... Ele me contou toda a verdade.- a surpresa passa pelas safiras brilhantes. –Me contou que não foi você que me apostou, que...- morde o lábio, segurando o choro. –Que você só me salvou de um cara nojento.-

Percebendo o silencio do Cullen, ela dá dois passos em sua direção.

–Eu não queria ter te dito aquelas coisas pelo celular. Mas a verdade é que eu... Eu fiquei com ciúmes quando meu pai citou Tanya na conversa, e eu ainda não sabia de nada.- as mãos pequenas seguram no rosto quadrado e forte. –Eu te amo Edward. Eu te amo desde o dia em que eu te vi em casa. Eu amo o jeito como você me irrita. Amo jeito como você me provoca.- o grego a olha, puxando o ar com firmeza. –Eu só peço que me perdoe e me dê uma chance de te provar o que eu sinto.-

Se estica toda para dar um selinho no homem.

–Bella eu...- ele gagueja. A respiração cada vez mais forte. –Eu..- e inspirando de modo exagerado pela ultima vez, a morena vê o grego desfalecer a sua frente ficando estirado na grama curta.


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Notas finais do capítulo

Finzim micho '-' kkkkkk
Boom my girls, começem a dar tchau tchau para o nosso grego, porque ele já está indo embora :(
kkkkk
Espero que tenham gostado do capítulo...
Nos vemos domingooo ^^
Beijiiinhooooos, se cuideeem..
Nikki :D
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A BET SENDO FINALIZADA EM 3......
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PS.: Fiqueem ligados pq logo logo, euzita estarei postando minha mais nova fic -----DESAFIOS
kkkk Me aguardeeem :D