A Bet escrita por Nick Montanari


Capítulo 17
Feliz Natal!


Notas iniciais do capítulo

Oláa minhas lindaas..
Eu sei que nada que eu escrever aqui vai justificar a minha ausência por tanto tempo, mais resumindo, tive uns problemas familiares e isso me atrasou aqui.
Juuro que não vou deixar isso acontecer mais... Promessa.
Bom agora vamos ao capítulo. Espero que gostem lindas... Boa leitura :)



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As mãos fortes do grego afastam com delicadeza o corpo esguio da morena.

As pálpebras se abrem que exibem aqueles divinos orbes azulados, um tanto quanto confusos.

Meio receosa a morena o encara. Será que agiu rápido de mais?

Por longos segundos o casal fica em silêncio, os olhares conectados enquanto o som das ondas ferinas se mistura com o cantar dos pássaros.

–Você me surpreendeu melachriní̱ mou. (minha morena)- Edward fala deixando-a arrepiada com o tom aveludado de sua vós. Não esperava isso de você. - com o polegar o loiro contorna os lábios rosados de Isabella que sorri meio sem jeito.

–Eu sei que... Tenho um temperamento difícil e... Sou um tanto quanto teimosa mais... Toda essa história que envolve a gente me obrigou a agir assim. - os dentes cândidos mordiscam levemente a parte inferior da boca. Eu quis tanto odiar você... Não me apaixonar, mas... Foi inevitável. Apesar de todas as diferenças que há entre nós dois eu me apaixonei. - confessa por fim com um sussurro.

–Isabella... Você é a pessoa mais teimosa, geniosa, e implicante, que eu já conheci. responde a ela com um sorriso torto nos lábios finos. Mais é impossível não ficar encantado com você... Você é complicada diavoláki mou (minha diabinha), mais eu te quero do mesmo jeito.-

As palavras do Cullen aquecem a Swan por dentro que sorri, com os olhos brilhando.

–Você é um chato, seu grego imbecil. - murmura o timbre embargado.

–E você uma linda, sua britânica mal educada. - os dois riem juntos, os braços fortes de Edward escorrem até a cintura fina de Bella, como se levantasse uma pena, ele a tira do chão.

As pequenas mãos da jovem presas no rosto másculo. Presas, assim como os olhos que não se desconectam por nada.

E então sem esperar mais, os dois encerram com um beijo aquele lindo fim de tarde.

[...]

De mãos dadas o casal caminha pela areia. A cabeça da menina encostada no ombro forte enquanto o único som presente é do mar.

É incrível como se sente bem, feliz e realizada. Seu coração parece nem bater mais de tão rápido que se encontra.

Um gelo no estomago e as pernas bambas... É realmente a paixão domou-a por completo.

–Você quieta chega a dar medo, prinkípissa (princesa).- o timbre aveludado revolve os cabelos da nuca de Isabella, que o olha de soslaio.

–Você é muito irritante Edward..- finge uma impaciência arrancando leves risos do homem. Estava só... Pensando.-

–Hm, em que? Posso saber?- os dedos se desentrelaçam, e a mão grande se desloca até a curva da cintura da morena, pegando com leveza.

–Há, em tudo Edward... No meu pai, em mim, em você... Em nós principalmente.- completa com um sorriso os lábios.

O Cullen para de caminhar, e a põe de frente a ele.

–Bella, assim que voltarmos para Grécia, iremos conversar... Há coisas que, você não sabe e eu irei lhe contar.- os olhos brilhosos lhe fitam com certa angústia e apreensão, encabulando-a ainda mais.

–Do que esta falando?- questiona pondo ambas as mãos no rosto másculo. Me conte, Edward.- pede baixo.

–Bom, eu..- as primeiras palavras são interrompidas pela voz conhecida da prima Denali.

O casal volta a atenção para a loira que caminha de modo elegante pela areia.

O cabelo dourado se esvoaça com o vento junto do véu do vestido nude.

–Théos (Deus), finalmente encontrei vocês..- solta um risinho, que ao parecer da Swan, um tanto quanto falso. -Hoje é antevéspera de natal, é tradição familiar jantarmos juntos, não se recorda Edward?- a mão comprida de unhas bem feitas pousa no ombro do grego, que sorri a prima.

–É claro.- volta sua atenção a britânica e deixa um beijo no alto da testa lisa. Vamos agápi̱, precisamos nos arrumar.- um enorme sorriso preenche a boca rosada de Bella.

–Vamos sim.- concorda se sentindo ainda confusa.

–Continuamos a conversar mais tarde.- o sussurro rouco na orelha da moça a estremece por completo, e um arrepio gelado corre pela espinha.

–Ok.- responde bobamente, afetada por aquela voz extremamente sexy.

[...]

Sentada de frente ao espelho a morena se encara. Os olhos brilham, e de certa forma se vê incrivelmente mais bonita. Os lábios bem rosados, iguais às bochechas, os olhos profundos contornados por uma bela sobra esfumaçada.

Suspira. Há dias que não se sente tão bem e feliz.

E claro todo esse estado de espirito se deve a uma pessoa. Edward, aquele grego chato e implicante que a dominara por completo.

Apesar de toda confusão que os rodeia, já pode afirmar com certeza de que é com ele que quer ficar. Morar na Grécia, fazer parte daquela louca e linda família, e formar com ele uma família.

Suspira e se põe de pé colocando os cabelos longos nas costas.

O vestido longo cai até o chão em uma cascata de renda vermelha.

Se equilibrando nos saltos agulha das sandálias se observa novamente no espelho. A peça elegante de um ombro só a deixara com o colo mais bonito, e os seios visivelmente mais fartos.

As madeixas mognos presos dos lados por duas presilhas de ouro branco, o qual se recorda de a cunhada ter pagado quase que uma fortuna de euros para consegui-las.

A porta de madeira branca se abre, e o coração jovem da moça fica disparado ao ver o belo loiro atravessa-la.

Os olhos azuis a encarando, mostrando a ela o quão orgulhoso e impressionado o homem se encontra.

–Vejo que esta pronta, mikró mou (minha pequena).- o sotaque arrastado a arrepia. Sorridente concorda com uma aceno de cabeça.

–Estou sim, Edward.- a voz sai tremula, abalada pela presença máscula de seu noivo.

–E como sempre linda.- a elogia parado a poucos centímetros dela. As mãos grandes se firmam na cintura, bem demarcada pelo vestido.

Os olhos escuros correm pelo corpo do grego, coberto por um elegante terno preto.

–Obrigada.- agradece acariciando o maxilar quadrado com os dedos. E você também está lindo.- os dois sorriem, e ambos se encaram.

Olhos nos olhos. E como se fosse a primeira vez, o arrepio percorre o corpo da morena, que sente cocegas na boca do estomago.

Toma fôlego ainda perdida naquela imensidão azulada.

–Vamos? Estão todos nos esperando.- ainda afetada, consente com a cabeça.

As mãos se entrelaçam e juntos caminham pra fora do closet.

–Sua família é diferente.- solta ao sair do transe. O loiro ri a olhando de soslaio.

–Diferente, porque?-

–Comemorar a antevéspera do Natal é novo pra mim.- responde ajeitando a mão na dele.

–Tradição familiar, prinkípissa.- cela um beijo no alo da cabeça de Isabella que suspira se aconchegando nos braços fortes rodeados em seu corpo. Os pais de Esme, chegaram.-

–Seu avós.- supõe o olhando.

–Sim amor, meus avós.- ri, sem saber o quanto a deixara boba com a palavra amor.

–Kate não me disse boas coisas deles.- comenta sentindo o perfume inebriante do Cullen.

–De fato meus avós são bem... Difíceis. Mais não precisa se preocupar, aposto que irão adorar você.-

–Será?-

–Bella, se acalme os dois só são um pouco fechados, mas eu tenho certeza de que irá conquistar eles, como fez com toda minha família.- a britânica solta um suspiro, deixando evidente seu nervosismo.

A suave campainha do elevador preenche os ouvidos do casal, que, com passos lentos se instala na caixa espelhada.

–Vamos apenas jantar né?-

–Sim, até a meia noite depois estamos liberados.- responde lhe lançando uma piscadela. A risada da moça é como sinos.

–Por que até a meia noite?- volta a indagar, beliscando o lábio com os dentes cândidos.

–Coisa de família Bella...- as portas de ferro de abrem, exibindo a frente um gigantesco salão, onde enfeites natalinos se contrastava com o ambiente clean.

–Ual..- exclama ao ver as pessoas pelo local. Realmente aquilo não é só um jantar.

–Venha, já encontrei meus pais..- a guiando com a mão apoiada nas costas, o grego caminha calmamente.

Os orbes curiosos de Isabella girando em todas as direções e percebendo que mais uma vez, ela e Edward são o centro das atenções.

–Edward, isso não parece um simples jantar em família.- sussurra no ouvido do homem que ri.

–Minha família adora surpreender.- sibila a fazendo rolar os olhos.

Um pouco a frente já avista Esme, Carlisle e Emmet, os três de costas. Mesmo estando virada no sentindo oposto ao dela, a Swan não deixa de reparar no belo vestido da sogra.

De corte impecável, o tecido negro se forma em uma leve ombreira dando volume aos ombros, os braços cobertos. Com precisão o modelo define muito bem o corpo, esbelto e bem moldado de Esme, sendo mais junto na cintura com um leve cintinho, e descendo mais largo até os pés, emoldurados por lindos scarpins.

O marido ao lado, com um terno preto liso. Simples e elegante. Emmet já mais descontraído optou por vestimenta um vinho, que apesar de diferente, é de fato lindo.

–Kali̱nýchta (Boa Noite).- ofega arrepiada ao ouvir de modo tão sexy Edward falar em grego. Mentalmente se questiona, como pode se sentir tão afetada apenas por uma voz?

Os pais, juntos do irmão se viram a eles liberando o casal de idosos até então escondidos.

O estomago da jovem gela, ao perceber o olhar fixo da senhora alta e gorda a sua frente. A avó, claro.

Kate havia lhe contado muito sobre o casal, porém em especial sobre a avó. Uma mulher de setenta e poucos anos, nascida e criada na França. Passara a maior parte de sua infância em um colégio onde se criam verdadeiras damas.

_Insuportável._ Palavra usada pala própria neta ao descrever a senhora.

Os cinco respondem em coro a Edward, que sorri se encaminhando até os avós.

O olhar duro da mulher sob Bella, é desviado até Edward de forma doce. Um sorriso se abre no rosto redondo.

–Edward.- entende com perfeição quando ela diz o nome de seu noivo. Em dois passos os dois se encontram, e um leve sorriso preenche a face da morena ao ver o modo carinhoso em que os dois se cumprimentam.

–Giagiá (vovó), está a cada dia mais linda.- a elogia de modo galanteador. Bella suspira... Como não se apaixonar por alguém tão... Apaixonante como seu Cullen?

–Ora, meu querido, muito obrigada.- a voz rouca da avó a faz sair de seu transe. Nem preciso dizer o mesmo de você não é? Tenho certeza que sabe o quão lindo está.-

O grego deposita um gentil beijo na testa alva da mulher.

–Obrigada giagiá (vovó).- os dois se afastam e o Cullen se junta ao avô em um abraço.
Reparando bem nos traços, Esme lembra muito o pai. Os lábios, os olhos verdes e o cabelo ruivo.

–Como vai, filho?-

–Muito bem, e o senhor?- o velho sorri, abraçando a esposa.

–Igualmente.-

–O bampás mamá (mamãe, papai), essa linda jovem é Isabella, noiva de Edward.- Esme a apresenta carinhosamente. E Bella, estes são meus pais, Adele e Hector.-

–É um prazer.- nervosa a Swan tenta sorrir o mais simpática possível.

–O prazer é nosso, Isabella.- Adele responde, afagando a mão em seu braço.

–Quem diria Edward noivo. Achei que fosse primeiro Emmet.- Hector brinca descontraído.

–Não, não pappoús (vovô), quero curtir mas um pouco.- murmura, tomando a bebida na taça.

–Eu já esperava que Edward noivasse primeiro... E quando Esme me disse, a primeira coisa que passou em minha cabeça, foi: Edward e Tanya estão noivos.- Adele comenta rindo. Me surpreendi, quando vi essa encantadora morena junto de você cher.-

Os olhos de Isabella cerram-se e por segundos cresce uma antipatia pela mãe de Esme.

–Edward surpreendeu a todos Adele, realmente não esperávamos.- Carlisle se pronuncia, quebrando a tensão do momento.

–De qualquer modo estamos feliz, por você Edward.- Hector sorri ao neto.

–Obrigado, pappoús (vovô).- agradece enlaçando a cintura de Bella.

–É estamos sim, muito felizes.- Adele passa o olhar gélido pela morena que se encolhe nos braços de Edward.

É definitivamente não agradara a avó.

[...]

Sentada à mesa redonda, a jovem morena ouve há horas a conversa chata de Adele. Seus assuntos se resumem á dinheiro e elegância.

Já não suporta mais o tédio, aquele maldito sotaque francês e o pior de tudo, os elogios referidos a querida neta Tanya.

Enquanto a tediosa avó de Edward narra mais uma de suas deslumbrosas história, Isabella pensa em um modo de se distrair, ou se desligar daquele papo chato.

Olha pelo salão avistando seu noivo conversando com alguns conhecidos, sorri. Como um homem pode ser tão lindo? Suspira se ajeitando na cadeira.

–Babando no meu maninho Bella.- Alice pronuncia se instalando ao seu lado. Repara bem na aparência da cunhada. Os cabelos, antes presos em um rabo de cavalo bem feito, agora um pouco desgrenhado, assim como os lábios que são contornados por algumas marcas avermelhadas de batom.

–Alice..- a puxa pelo pulso se inclinando até alcançar a orelha da jovem. Seus cabelos estão desarrumados e sua boca manchada de batom.- a avisa rindo.

–Sério?- as duas se afastam, a Swan concorda com um aceno de cabeça rindo baixinho. A Cullen pigarra e se põe de pé. Vou ao toalete, se me dão licença.- o vestido amarelo cai em camadas até o chão, onde Alice pisa com firmeza e agilidade em direção ao banheiro.

–Soube que é inglesa Isabella.- se vira dando atenção a Adele que a encara de modo analítico.

–Sim, vim de Londres.- responde meio sem jeito.

–Londres, uma cidade incrível.- o som do R misturando naquele sotaque terrível a deixa impaciente. O Palácio de Buckingham uma maravilha... Aliás a família real, todos muito bem educados e gentis.- abaixa a cabeça rolando os olhos.

–Os conhece, giagiá?(vovó)- Tanya a indaga.

–Claro cherry.- Bella bufa baixinho entediada. é de um requinte a decoração, os lustres, a tapeçaria...- leva a taça de champanhe aos lábios de um modo um tanto quanto fresco. As porcelanas.. Hmm, te levarei lá um dia cherry.-

Tamborila os dedos sob a mesa. Precisa de uma distração. Mais o que?

–Aceita um drink senhorita?- o garçom baixa a bandeja até ela onde várias taças estão distribuídas com coquetéis.

Belisca o lábio inferior com os dentes. Um drink? Álcool não lhe faz muito bem... Mas precisa de uma distração, ou vai enlouquecer perto dessa velha chata.

Só um. Chega a conclusão convicta.

A mão segura a taça, e com um sorriso agradece o garçom.

–Pensei que não tomasse bebidas alcóolicas Bella.- Tanya comenta destilando o veneno. Cobra. Pensa mentalmente.

–Pensou errado.- diz com acidez tomando a bebida de uma só vez. O liquido escorre por sua garganta queimando, até seu estômago. Aos poucos uma sensação de leveza a domina. Sorri e acena para o servente.

Só mais um não irá fazer mal.

[...]

Ainda sentada Isabella perdera as contas de quantos drinks tomara. Sorri já embriagada.

A bebida realmente fora uma solução instantânea para seus problemas. Já não presta atenção nas palavras chatas e irritantes trocadas por Adele e aquela cobra loira.

–Já não acha que bebeu demais, prinkípissa?- a voz aveludada sussurrada no pé de seu ouvido lhe causa arrepios.

Olha por sob o ombro Edward, sorrindo torto, com aquelas maravilhosas orbes azuis brilhantes.

–Edward..- sibila baixo encantada com a beleza de seu grego.

–Bella, reparei que está bebendo. Tem consciência de que contem álcool nos drinks não é?- rindo ela assente. Quantas taças tomou?-

–Perdi a conta no nono.- responde rindo. Mais acho que foram mais de dezesseis.-

–Não posso te deixar sozinha nem um instante não é?- o loiro se abaixa pegando na mão delicada. Por que esta bebendo hein? Disse-me que não gosta de álcool.- o polegar acaricia o rosto maquiado da Swan que murcha o sorriso.

–Sua avó.- responde baixo, como uma criança revelando um segredo.

–O que tem ela, prinkípissa?-

–É muito chata.- cruza os braços fazendo um leve biquinho. E aquela cobra loira... Argh, elas me irritaram Edward.- diz lamuriosa.

–Pedi para Alice ficar com você... Onde ela está?- a morena ri alto chamando atenção de algumas pessoas.

–Alice... Alice está se agarrando com o...- morde a língua ao perceber que já falara de mais.

–Alice está se agarrando? Com quem?- as sobrancelhas grossas se arqueiam na testa lisa.

–Ninguém, não... Ninguém.- suspira e o abraça. Ain Edward eu estou com fome... Aqui não da comida não?-

O homem ri, percebendo que a britânica já se encontra bêbada.

–Não amor, mais vamos subir do quarto eu peço algo pra você comer.- se levanta e a puxa.

–Depois de amanha é nataaaal.. Eu adoro o natal Edward.- o Cullen ri do jeito animado e ébrio da morena. Happy Birthday to You... Happy Birthday to You...- começa a cantar batendo palminhas.

–Bella porque está cantando..?-

–Shiii, Edie, shii... Não estrague minha canção natalina.- fala cobrindo a boca do homem com o dedo.

–Mas Bella, esta não é uma canção natalina.- ri sem se incomodar com os olhares curiosos sob eles.

–É sim.- bate o pé teimosa, a espera do elevador. É aniversário de Jesus, então é uma canção natalina sim.- Edward ri alto com o raciocínio da jovem.

O elevador chega e o casal se instala dentro dele.

–Sabe, essa data me faz lembrar a minha mãe. - murmura entristecida. De quando ela enfeitava lá em casa... A árvore de natal, as meias...- um soluço escapa da garganta de Isabella. Eu sinto, tanta falta dela.- e então se rompe em lágrimas.

Com carinho o grego a abraça, sentindo um aperto no peito por ver sua morena sofrer.

–Se acalme o ángelós mou (meu anjo)...- beija o alto da cabeça da moça a embalando nos braços.

–Eu a queria de volta Edward... Eu queria minha mãe comigo.- encosta a cabeça no peito do noivo, agarrando as mãos na camisa.

–Eu sei amor, eu sei...- o elevador se abre no andar deles, e sem se importar Edward a pega no colo, uma ligeira palpitação em coração lhe deixa ofegante. Porém não se importa, Bella precisa de cuidados.

[...]

Véspera de natal. Suspira com o estomago gelado. É impossível não se recordar de sua infância nessa época.

Lembrar-se de quando a mãe fazia o peru, junto de uma deliciosa ceia. Quando o pai se embaralhava com as luzes piscas.

Suspira. Charlie, mesmo querendo detestá-lo não deixa de sentir falta dele. No fundo o queria ali também, naquele imenso hotel, cercado de luxos e privilégios.

E o mais importante... Longe daqueles malditos cassinos.

Chacoalha a cabeça, esquecendo o assunto. Não quer lembrar-se disso hoje. Não quando está tão bem com Edward.

–Sozinha aqui Bella.- Irina sorrindo se senta ao seu lado.

–Pois é...- dá de ombros encarando o bebe. É impressão minha ou Théo está maior?- a loira ri ajeitando o bebe no colo.

–Está não é? Bebes crescem rápido... Logo ele estará correndo por ai, me dando trabalho na escola, namorando, indo embora... Ain, meu coração dói só em pensar.-

A morena ri se sentando na espreguiçadeira.

–Irina, ele ainda é um bebe aposto que levará uns anos para ir embora de casa, e outra pode ter mais filhos. Duvido que ficará só em um.- a loira ri concordando com a cabeça.

–É quero pelo menos mais um.- sibila. Você ainda é novinha, mais pensa em ter filhos?-

–Claro. Sempre quis ser mãe.- respira fundo. Só que não agora.-

–Sei... Tem sorte, Edward será um pai excelente. Ele ama crianças. sorri para a Denali.

–Percebi mesmo o jeito dele com o Théo. Achei tão fofo.- as duas riem baixo.

–Ele tem mais jeito que Laurent... Theós, Laurent é um horror trocando frauda.- a loira lamenta com os dedos cobrindo a têmpora.

–Pensei que tivesse uma babysitter.-

–Eu tenho. Três na realidade, mais nessa época do ano é difícil trazê-las todas querem estar junto da família, e eu e meu marido precisamos aprender a sermos bons pais.- responde com a voz calma.

–Há mais seu bebe é muito lindo... Deixa eu pegar ele um pouquinho?- pede mordendo os lábios.

–Claro.- Irina se estica e com cuidado passa o menino para Bella que o ajeita nos braços.

–Que coisinha mais fofa meu Deus!- murmura encarando Théo que mantém os olhos arregalados.

–Fica com ele pra eu tomar um banho?- a mãe da criança a pede se levantando da espreguiçadeira.

–Fico sim.- responde sorridente.

–Obrigada Bella, prometo não demorar.- diz calçando as sandálias e saindo do terraço.

–Vai ficar com a Titia Bella um pouquinho..- faz uma voz fina deitando o bebe nas pernas, as mãos segurando a cabecinha coberta por fios negros.

–Érrh..- balbucia Théo a deixando encantada.

–É sim bebe... Você gosta da Titia Bella é? Gosta?- um sorriso faz covinhas aparecerem nas bochechas gordinhas dele. Own, meu Deus... Quero um bebe pra mim.- comenta o levantando, pegando-o em um abraço.

Sua mente então dá voltas e por segundos imagina um bebe seu e de Edward. Seria um menino ou uma menina? Loiro ou moreno? Também poderia ser ruivo como Esme... Os olhos claros... Suspira, mordendo o lábio. É com certeza seria lindo.

[...]

O dia fora um tédio para Isabella. Novamente perdera horas no SPA. Massagens, banhos especiais, tratamentos na pele, no cabelo... Uma verdadeira chatice.

Alice lhe fizera companhia durante o dia, Kate, Irina e Tanya também.

Quando se olhara no espelho, mais uma vez foi pega de surpresa ao ver o quão linda ficara.

Um vestido dourado de pedrarias, com uma fenda na perna esquerda. Uma sandália preta modelo gladiadora.

A maquiagem realçando os olhos enquanto os lábios se concentravam um tom mais nude. E os cabelos presos em um rabo de cavalo com topete na frente.

Realmente nunca em sua vida poderia se imaginar assim, bem cuidada.

Agora se vê perdida pelo salão, assim que o relógio batera as doze badaladas ficara dó em meio a tantos abraços e desejos de um feliz Natal.

No peito a saudade dos pais, fazem os olhos lacrimejarem. Porém as controla fortemente, vendo Alice pular em sua direção.

A cunhada a pega em um abraço apertado, o qual a Swan se sente muito confortável.

–Feliz Natal, cunhadinhaaaaa!- ri da empolgação da Cullen.

–Para você também Alice.- as duas se separam sorridentes.

Esme se aproxima e de um modo fraternal a envolve em seus braços.

–Feliz Natal querida.- diz baixo a ela.

–Igualmente Esme.- as duas se olham por longos segundos antes de se separarem. O próximo é Emmet, que abraça sua cintura a rodopiando pelo salão.

–Belinha, feliz Natal.- a deseja.

–Feliz Natal Emmet.- se apoia nos dois pés novamente, retirando uma mexa de cabelo dos olhos.

–Bella feliz Natal.- o sogro abraça seu ombros lhe beijando a testa. Sorri.

–Obrigada Carlisle. Feliz Natal também.- lhe lança uma piscadela ao ver o filho se aproximar.

Bella o encara. Lindo como sempre Edward caminha entre os conhecidos, no mais elegante terno cinza, com uma taça de champanhe nas mãos.

Os olhos conectados causam sensações em ambos.

–Melachriní̱ mou..- sussurra a abraçando pela cintura. -Kalá Christoúgenna (Feliz Natal).- a moça respira fundo sentindo um arrepio lhe percorrer as espinhas.

Leva as mãos pequenas ao rosto bem moldado, sem deixar a conexão dos olhares de quebrar.

–Feliz Natal, amor.- murmura de um jeito doce. Um sorriso aparece nos lábios finos de Edward que a abraça apertado.

Então se aproximando ainda mais, colam os lábios se beijando intensamente. E é como se num passe de mágica tudo sumisse, a musica clássica, os convidados... Existem apenas os dois ali, demonstrando num beijo o amor que há em ambos os corações.


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Notas finais do capítulo

Gente é o seguinte, eu avia dito que a Fic não seria longa, na verdade seria uma Short Fic. Pois então, vou avisar a vocês que ESTAMOS NA RETA FINAL :(
É muito triste mais... Preciso encerrar A Bet pra poder postar outra /
Vi que tenho algumas leitoras novas há elas... SEJAM BEM VINDAS ^^
Bom próximo capitulo promete... :3
kkk
Nos vemos gatinhaaas...
Beijinhoos atée mais ;)