Os três se aproximam da família reunida na mesa redonda de madeira escura.

Imediatamente todos os olhares se voltam a eles. Bella cora, e disfarça mexendo no cabelo.

Dá um sorriso amarelo a todos, e se instala rapidamente ao lado do grego.

–Alguns minutinhos, viraram vários minutinhos.- ele diz a ela com um sorriso calmo nos lábios.

–Alice.- explica ao Cullen que ri. A mão grande pega o copo de cima da mesa, os gelos tintilam ao meio da bebida âmbar. Meio que vidrada a morena o observa tomar um gole, do que ela acredita ser whisky.

–Quer um gole?- oferece a jovem, que morde os lábios tentada. Pondera por alguns segundos.

–Não obrigada.- responde sem convicção.

–Você não gosta de bebidas alcóolicas?-

–Gosto... Só que, não bebo.-

–E porque não?- indaga passando as mãos no cabelo loiro.

–Só faço besteiras quando bebo.- murmura o fazendo rir.

–Tem baixa tolerância ao álcool então?- concorda com a cabeça a inquirição de Edward. Pedirei um refrigerante a você então, ou prefere um suco?-

–Pode ser um suco.- sorri a ele, evitando o contato com os olhos.

–Ok, já volto.- se põe de pé e beija a cabeça da moça que sente todo seu corpo se aquecer com o gesto.

–Tudo bem.-

Puxa o ar com firmeza e observa Carmem ao seu lado, com o neto no colo.

Um sorriso brota na boca avermelhada de Isabella, ao ver o pequenino vestido com uma camisa xadrez vermelha, uma calça jeans clara e all star... Tão novinho e cheio de estilo.

Os olhões arregalados, mostrando que herdara os orbes claros presente em toda família materna.

–Ele é muito lindo.- fala sem conter as palavras.

A irmã de Esme a olha, e exibe um sorriso orgulhoso.

–Sim ele é... É garotão da família.- as duas riem ao ver Théo prestar atenção avidamente na avó.

–Irina não desceu?-

–Não, a coitadinha não dormiu nada durante a viajem, e está explodindo de dor de cabeça... Laurent ficou cuidando dela, e me pediu pra ficar com ele.- explica a Swan que mantem os olhos presos no bebe.

–E pra ele mamar?-

–Théo pega mamadeira.- sibila levantando o bebe. Que segurá-lo?-

–Quero.- responde sorrindo alegremente. Com cuidado Carmem o passa para a morena, que o ajeita nos braços. Que menino mais lindo.- ergue o bebe cheirando a pequena cabecinha com o cabelo negro. E cheiroso.- completa rindo.

–Bella tem jeito com crianças, Théo geralmente estranha colos desconhecidos.- Eliezer analisa, a bela levanta o olhar percebendo que novamente atraíra toda a atenção.

–Tem irmãos menores Bella?- seu sogro a indaga com a voz calma.

–Não, sou filha única.- responde se arrumando na cadeira.

–Gosta de crianças?- a vos de Tanya se sobressai.

–Adoro.- refuta a loira sem encará-la.

–Por que não arruma um bebe, Bella? Edward também é apaixonado por crianças, serão ótimos pais.- Carlisle volta a falar lhe deixando meio sem jeito.

Abre a boca, mais para ao pesar o que dizer.

Não engravido por que eu e seu filho não temos nada ou porque tudo isso é uma farsa e dentro alguns meses vocês nunca mais me verão?

A cadeira ao seu lado se arrasta, e fica aliviada ao ver Edward se sentar ali novamente.

–Não arrumamos um filho por que Bella é muito jovem para a maternidade patéras (pai).- o braço forte circula sua cintura com cuidado o suficiente para não atingir o bebe.

–Apesar de concordar com Edward, eu acho que não há idade certa para ser mãe. Uma mulher quando quer ser boa mãe, é bom com 15 ou com 30.- Esme se pronuncia, dizendo as palavras sabiamente.

–Concordo plenamente com você Esme.- Carmem se junta a irmã.

–Hoje em dia é normal ver meninas grávidas.- Emmet diz a voz grossa fervem nos ouvidos de Isabela.

–É normal, mais não bonito. Cada idade tem sua responsabilidade, e vamos combinar uma criança cuidando de outra é sem lógica.- Tanya observa limpando os lábios com o guardanapo de linho.

–Ok gente... Assunto gravidez na adolescência encerrado.- Alice estala os dedos mandona. Quantos anos tem Bella?-

–17.- murmura simplesmente.

–Namorando uma novinha... Sexy!- Emmet como sempre solta a piada, que a deixa constrangida.

–Emmet..- o irmão diz entredentes.

–O que?- indaga se fingindo de inocente.

–Seus pais deixaram você viajar com Edward? Não é por nada mais você é novinha mesmo.-encara Tanya por de baixo dos cílios, respira fundo ainda não vai com a cara da priminha querida.

–Sim meu pai deixou de boa.- solta empinando o nariz. Ele confia no Edward.- impulsiva se inclina e beija o canto dos lábios do Cullen que sorri naturalmente.

–Tanya se eles estão noivos qual o mal de viajarem juntos?- Kate se pronuncia pela primeira vez em favor da morena.

–E a sua mãe querida, o que ela disse da única filha dela estar noiva tão cedo?- sua sogra lhe questiona com a voz carinhosa.

Um nó prende a garganta de Isabella ao se lembrar da mãe. Puxa o ar com firmeza antes de proferir.

–Minha mãe faleceu a uns anos.- assim que as palavras saem de sua boca, o silêncio se instala na mesa. O rosto alvo de Esme se cobre com uma leve coloração avermelhada, a mulher pigarreia visivelmente sem jeito.

–Me perdoe meu bem. Sinto muito por sua perda.- por cima da mesa a grega segura a mão da morena que tentando ser forte sorri.

–Tudo bem Esme, já faz tempo.- a tranquiliza. Obrigada.-

–Mora só com seu pai então?- Carlisle interpela quebrando o clima tenso.

–Hunrum, somos apenas nós dois agora.-

–E onde eu fico ómorfi̱ mou (minha linda)?- a pergunta de Edward faz os integrantes da família, rirem.

–É diferente Edward... Você sabe.- o casal troca um olhar significativo.

–É claro que eu sei princesa.- se abaixa e cela os lábios na bochecha de Bella. E você o que tanto olha pra ela...- o grego pergunta encarando o pequeno nos braços da Swan. Tira os olhos rapazinho, ela já é minha.- o bebe mantém a atenção em no loiro, até exibir um leve sorriso meigo.

–Own!!- morde o lábio se controlando para não apertar Théo. Realmente ele é muito fofo.

–Vem aqui com o Tio Ed...- com cautela as mãos fortes e grandes pegam o menino dos braços da Swan. Escuta aqui garotão, não vá querer disputar uma mulher comigo ouviu? Eu sou dez vezes maior que você..- os olhões azuis fixos em Edward, Théo solta alguns grunhidos típicos de bebes novinhos.

–Ele é mais bonito... Mais fofo..- a Swan diz encantada com a carinha do pequeno.

Pelo canto dos olhos sente Edward a encarando por um breve momento antes de voltar sua atenção a Théo.

Vira-se de frente aos dois vendo o grande contraste, um home grande e forte com um bebe pequeno e delicado nos braços.

Suspira e baixa o olhar. Edward realmente será um bom pai... Pai de um filho que infelizmente não será dela também.

[...]

Dentro no enorme closet Bella se encontra em pé olhando as tantas camisolas penduradas nos cabides.

São muitas, umas vinte mais ou menos. Porém não á uma que seja no mínimo decente.

Renda, cetim, véu... Ou eram curtas de mais, ou transparentes de mais.

Maldita Jéssica. Maldita.

Seus dedos bulam os cabides novamente até, retirar um com uma peça de cor berinjela pendurado.

O robe por cima toca sua pele, e a britânica sente a quão macia e delicada é a peça.

Deixa as roupas intimas sob o divã no centro do salão acarpetado.

A toalha macia que envolvera e secara seu corpo é deixada de lado para que a morena possa vestir a camisola.

É confortável sentir aquele tecido macio em sua pele. Suspira e solta os cabelos presos por uma piranha.

Ondulados pelo coque, as madeixas mognos caem pelas costas.

Pega o robe e o veste enquanto se olha no espelho.

É incrível como se sente bem. A pele macia e branca exalando o magnífico cheiro do sabonete líquido, a camisola a deixa ainda mais alva, porém as bochechas tomam uma coloração avermelhada assim como os lábios os quais vive mordendo.

Nos olhos um brilho, um tanto intenso. A expectativa de dividir a cama com Edward novamente a deixara assim.

Com um gelo no estômago, as mãos tremendo mais mesmo assim sente-se tão a vontade e confiante, como se eles estivessem mesmo noivos.

Agita a cabeça de um lado para o outro excluindo os pensamentos de sua mente.

Calça os chinelos e estende a toalha antes de sair do closet.

Passa pela sala de estar, que como disse a sogra é clean e ampla. Olha no quarto, a grande king size chama sua atenção.

Ela é gigante, no entanto pequena de mais para ela e Edward. Prende o ar quando o grego sai da sacada e adentra o cômodo.

Lança um sorriso a jovem e com os orbes azuis analisa o belo corpo coberto pelo robe e a camisola.

Empina o nariz e vai até a cama, puxa o edredom bege junto com os vários travesseiros decorativos.

Com as almofadas traça uma linha de duas camadas dividindo a cama ao meio.

–O que está fazendo Bella?- confuso se aproxima dela. Olha brevemente a ele, vendo o físico bem moldado de seu tórax desnudo.

–A-arrumando a cama.- gagueja ao responder.

–Por que essas almofadas estão ai no meio?- volta a indagar a ela que sem encará-lo tira o robe, e o deixa no divã aos pés do móvel.

–Pra dividir ué.- diz como se fosse óbvio.

–O que?-

–Aff, Edward é como uma barreira... Você deve ter estudado sobre o muro de Berlim não é... Ele dividiu a Alemanha em duas partes... Essas almofadas é o como o muro, divide a cama em duas partes, eu fico de cá e você dai.- explica se deitando no colchão macio e confortável.

–Bella não precisa por isso na cama... Eu não vou te agarrar nem nada do tipo.- murmura com a mão passando nos cabelos loiros. A não ser que você peça.- completa com um sorriso safado nos lábios.

Os olhos negros da britânica brilham com raiva. Certamente o Cullen deve amar provoca-la.

–Deixe de ser imbecil Edward... Nunca que iria pedir pra você fazer isso.- emburrada se cobre com o lençol. Agora, se não for pedir muito poderia apagar a luz? Estou cansada quero dormir.-

–Você é mais rabugenta que minha avó... E olha que ela tem quase oitenta anos.- ouve as palavras do loiro, e com raiva lhe lança uma almofada que imprecisa passa longe do maldito.

–Ótima mira ómorfi̱ mou (minha linda).- é cínico ao elogiá-la. No quarto escuro ela bufa enquanto do outro lado da cama seu noivo se ajeita.

Fecha os olhos, e tenta relaxar. Pede mentalmente que o sono não demore a chegar...

Porém no fundo seu inconsciente grita que essa será uma longa noite.

[...]

Com sono Isabella meche a colher no cafezinho. A cabeça apoiada na mão faz com que os cochilos sejam inevitáveis.

Também praticamente não dormira a noite. O fuso horário a fez ficar acordada a madrugada inteira.

Outra causa não menos importante, era o fato de saber que Edward estivera ali, tão perto.

A paixão que sente por ele, pereceu aumentar ainda mais... Por pouco não retirara todas aquelas malditas almofadas do centro da cama e se colara a ele.

Suspira ao pensar em como seria a sensação de poder dormir envolta por aqueles braços fortes.

Com certeza a melhor.

É incrível que mesmo quisesse odiá-lo com toda sua alma, ela o ame.

Justo ele, o homem que a tirara de casa de modo tão grotesco.

As vezes não consegue acreditar que aquele Edward, carinhoso, respeitador, e gentil com a família tenha sido capaz de ganhá-la em uma mesa de jogos.

Por que a verdade algumas vezes parece uma mentira?

Por que é tão duro aceitar realidade?

Por que dói tanto assim, não poder se entregar ao loiro do jeito que tanto deseja?

–Bom dia Bella.- a vós da sogra lhe desperta e assustada dá um pulo na cadeira.

–Ual que susto!- coloca a mão sob o peito, sentindo os batimentos disparados.

–Perdão meu bem... Não quis te assustar.- Esme se desculpa, meio sem jeito.

Com um sorriso leve a morena assente com a cabeça.

–Tudo bem Esme, não foi nada.- a sogra se senta a sua frente arrumando a alça do bore estampado.

–Faz tempo que está aqui?- indaga cobrindo o colo com o guardanapo de linho.

–Quase uma hora.- responde voltando a mexer a colher no café.

–Acordou cedo então... São dez pras sete ainda.- analisa olhando no celular.

–Sim... Na verdade o fuso horário me deixou sem sono, acabei não dormindo nada durante a noite.- tira a franja dos olhos, e cobre a boca ao soltar um bocejo longo.

–Também dormi mal, fora o fuso horário o calor também prejudicou muito meu sono.- com total elegância a ruiva pega uma fatia de pão da bandeja e espalha geleia sob a torrada. Edward ainda está dormindo?-

–Sim, ele também foi dormir tarde.- sibila baixo, enquanto se endireita no assento.

–Sabe Bella, eu fiquei muito surpresa quando Edward me ligou dizendo que estava noivo.- a britânica sente sua espinha gelar ao perceber o assunto da sogra. Realmente não esperava.- completa saboreando a torrada.

–Por quê?-

–Dos meus três filhos Edward é o mais independente. Ele também nunca foi uma pessoa muito emotiva... Acho que pelo fato dele ser assim, nunca pensei que ele fosse se envolver assim.- a mulher respira fundo, e toma um gole do suco de kiwi.

–Ele me demonstra ser bem carinhoso.- solta as palavras sem ao menos sentir.

–Por isso que eu falo... Com você ele é diferente- as duas se encaram. Ele te olha de um jeito terno, carinhoso, apaixonado a cima de tudo.-

–Apaixonado?- sussurra meio sonsa, Edward lhe olha de modo apaixonado?

–Sim..- a Cullen ri. Escute meu bem, sei que há algo por trás disso tudo, não faço ideia do que seja, mas uma coisa eu te garanto... Meu filho gosta de você.-

–Ér... Esme..- fica sem saber o que responder, devido as afirmações da senhora.

–Não, não precisa me dizer nada.- a mão de dedos curtos e unhas bem feitas pega na da Swan sob a mesa. Só lhe digo meu anjo, se você quer ser feliz, mande embora seu "severo juiz", ouça seu coração. Valorize o que sente e seja uma pessoa verdadeira. Assuma seus sentimentos.-

Os olhos castanhos se baixam, e sem jeito a morena pigarra.

As palavras marcantes de Esme ricocheteiam em sua mente. Morde os lábios e respira fundo.

Será que... Ela tem razão?

[...]

Seu primeiro dia no Caribe, e a morena quase não aproveitara. Após a conversa com Esme os outros integrantes da grande família se uniram a elas para tomarem café.

Logo Alice a arrastara para a praia, onde ficara até o horário do almoço e em seguida a refeição se instalara no quarto onde dormira boa parte da tarde.

Por um lado o dia tedioso fora bom, quase não se encontrara com Edward.

Passara a evita-lo desde a conversa com Esme.

Um suspiro escapa dos lábios rosados, enquanto os orbes chocolates olham o magnífico por do sol.

Outra onda vem e molha seus pés... Já tem tempo que a morena caminha beira mar, sentindo a água fresca banhar seus calcanhares.

O vestido e os cabelos se esvoaçam com o vento enquanto têm nas mãos as sandálias beges.

Nunca em toda sua vida se sentira tão confusa... Tão perdida.

É como caminhar no escuro, no desconhecido... Um passo em falso e tudo acaba mal.

Há, seria tudo tão mais simples se não tivesse se apaixonado! Maldito coração...

Maldito grego... Maldito sentimento...

Respira fundo e prende o ar por alguns segundos. Às vezes tudo que mais deseja é dormir e acordar esquecida de tudo, desde seu nome até o pais que está.

Olha a frente uma ponte em formato de L, com luminárias amarelas e a frente um pequeno coreto de madeira com o teto pontiagudo, no meio do mar.

Sem pensar duas vezes, caminha até ele os pés descalços batendo contra a madeira cor de mel.

Um leve temor percorre suas veias ao ver as ondas de baixo da passagem, que não há corrimões.

Chega à pequena casinha de madeira, onde em belos trabalhos foram esculpidos ramos de flores.

Seu formato em pentágono o deixa ainda mais charmoso. Coloca o par de sandálias num canto e encosta-se ao moirão que sustenta o teto.

Fecha os olhos sento a brisa marítima bater contra sua face.

_Se você quer ser feliz, mande embora seu "severo juiz", ouça seu coração. Valorize o que sente e seja uma pessoa verdadeira. Assuma seus sentimentos._

Assuma seus sentimentos...

Assuma seus sentimentos...

Assuma seus sentimentos...

Abre os olhos ofegante, aquelas palavras não saem de sua cabeça, é como se tivesse alguém sussurrando aquilo em seu ouvido milhares e milhares de vezes.

Tentada a seguir os conselhos de Esme Isabella morde a unha, e uma ansiedade a toma por dentro.

Imagina-se poder abraçar, beijar e amar Edward como tanta deseja, sem restrições. Não se fazer de difícil e demonstrar o quanto está apaixonada. Poder ser ela mesma. A verdadeira Isabella Swan.

Mais e as consequências? E a aposta? Sua mente grita batendo de frente com seu coração..

Consequências, apostas... Foda-se elas! Sorri bobamente, sentindo borboletas voarem em seu estômago.

_Ouça seu coração._

A vos doce de Esme volta a falar em sua consciência.

Então decidida gira nos calcanhares, e sem se preocupar com as sandálias corre pela ponte. O cabelo e o véu do vestido voam junto com a brisa.

A areia da praia oferece mais resistência, contra os pés da morena que passa a correr mais lentamente, para seu tormento.

O hotel parece tão distante.

Para por alguns segundos tomando fôlego até que, alguns metros de distância vê seu grego caminhando pela areia.

As mãos nos bolsos da calça branca, uma camisa verde colada, e óculos de sol preto no rosto. Os cabelos brilham intensamente, parecendo fios de ouro.

Deus, como ele é lindo! Gloriosamente lindo.

Com passos apressados segue na direção dele, as mãos tentam a todo instante tirar os fios de cabelo que voam contra seu rosto.

–Edward!- o chama com a vós falhante. Edward..- dessa vez o grito sai mais forte, e chama atenção do loiro que a encara.

Ela ri diante a confusão estampada no rosto másculo, a mão grande puxa os óculos escuros, deixando a bela face livre a ela.

–Bella, por onde andou? Estava te procurando a horas.- fala a ela, lubrificando os lábios com a língua.

A britânica para de frente a ele, e tenta normalizar sua respiração. Os dedos nervosos e gélidos retiram as madeixas escuras do rosto.

–Edward...- sussurra e se aproxima mais um passo, a mão direita se apoita no peito musculoso e sente de leve os batimentos do Cullen.

–O que? Você está bem, lovely mou?(minha linda).- as palavras em grego tocam seu coração e mentalmente se pergunta.. É possível se apaixonar ainda mais por ele?

–Não Edward.- responde com a voz ainda ofegante. Não estou nada bem.-

Os olhos azuis deixam a preocupação transparecer, o corpo da jovem se arrepia por completo quando o Cullen toma o delicado rosto entre as mãos.

–O que você tem, ágape?- a voz aveludada soa apreensiva.
Bella sorri, emociona com os olhos brilhando.

–Me desculpe Edward... Eu fui dura de mais... Eu estava tão confusa e com medo.- começa a sibilar o deixando ainda mais confuso.

–O que houve Bella? Diga-me... O que aconteceu com você prinkípissa?- volta a indagar cada vez mais aflito.

A Swan morde os lábios, respira fundo e toma coragem.

_Ouça seu coração... Assuma seus sentimentos._

–Eu me...- pigarra e cola seu corpo ao de Edward, os braços delicados envolvem o pescoço do grego. Então tomada por coragem assume de uma vez. Eu me apaixonei Edward. Me apaixonei por você.-

Sem esperar resposta a jovem acaba com a distancia entre eles e o toma em um beijo, expondo a ele todo seu sentimento.