Tell Me That You Love Me Anyway escrita por Lola Styles


Capítulo 45
Nunca precisou fazer sentido pra nós dois.




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LANA

—Ah, você é? -perguntei cerrando os olhos. Mas que raiva! Então por que ele não largava ela?

—Sou -seu sorriso vacilou.

—Ai, se o Nini é, eu sou também! -Lorany bateu palminhas do meu lado.

—Parece que só falta uma pessoa admitir que é -Grace me cutucou e eu olhei pro Nick.

—Não é importante -olhei pra minha amiga -Eu vou la dentro ajudar minha mãe com... as coisas -ela assentiu e eu fui.

NICK

Merda. Ela não entendia?

—Bom -Grace começou a falar depois que Lana tinha saído -Lorany, fofa, preciso da sua ajuda com um probleminha meu, acho que você pode me aconselhar.

—Claro, claro -ficou preocupada mas feliz por ser útil -Pode falar, eu te ajudo em qualquer coisa! Afinal, você é amiga do meu Nickzinho -ela se sentou do meu lado. Eu não aguentava mais.

—Então -ela me olhou e continuou -Tem um garoto, e bem, eu sou... digamos que eu seja apaixonada por ele -Lorany assentiu meio animada demais -E eu acho que ele também é por mim, mas essa é a parte que eu não entendo.

—Por que? O que houve?

—Porque ele está com uma outra garota -ela me olhou de novo. Eu ja tinha entendido.

—Que cafajeste! -Lorany gritou.

—Eu sei, não é? Por que será que ele está sendo tão estupido?

—Mas assim, você tem certeza que ele também está apaixonado por você?

—Tenho -Grace abriu um sorriso triunfante.

—Nossa, que vacilão... -a interrompi.

—Ei, mas talvez ele não teve escolha -a olhei.

—Não teve escolha?! -me fuzilou com o olhar.

—É, quer dizer... Você talvez tenha deixado claro na frente dessa outra garota, que vocês dois eram só amigos e isso deve ter mexido com ele porque ele pensava que vocês fossem mais que isso.

—Então por que ele não falou pra ela?

—Porque ele não teve chance, Grace. Você começou a dizer que vocês eram 'parentes' e ela acreditou que não passava disso.

—Espera, você conhece ele? -Lorany se virou pra me perguntar.

—Conhece -Grace foi mais rápido -Ele é meu primo, o Nick conhece -olhou pra mim -Isso não é desculpa, Nick. Por que ele não falou isso pra mim?

—Porque ele ficou triste por você ter feito isso. Não podia falar que vocês eram namorados em vez de só amigos? Ou ate parentes?

—Por que ele não falou pra ela?

—Porque não adiantaria ela saber e você não.

—E ele gosta dela?

—Não, ele é totalmente apaixonado por você -a olhei nos olhos e ela sorriu e entendeu a mensagem e se virou pra Lorany.

—Obrigada pela ajuda, fofa. Estou melhor. Tenho que falar com a Lana -se levantou.

—Claro! Fico feliz! -e a Grace foi.

LANA

—Vem ca! -me puxou pelo braço.

—Ei, ei, calma -a olhei -Estou ajudando minha mãe...

—Tia Amy... -Grace a chamou.

—Pode ir, meu bem -ela sorriu pra mim e continuei sendo puxada. Valeu hein, mãe!

—Não acredito mesmo que você tenha feito isso.

—Isso o que? Te puxado da cozinha ou...?

—Falado pro Nick -desviei o olhar.

—Ah, qual é -ela balançou meus ombros -Lana -continuei sem a olhar e ela me soltou -Ta bom, então acho que você não vai querer saber o que ele disse.

—O que ele disse? -olhei pra ela no mesmo instante. Droga! Eu devia ter esperado.

—Sabia -ela sorriu -Você gosta muito dele pra fingir que não se importa.

—Me diz o que ele falou -pedi puxando ela ate a sala de jantar. Não tinha ninguém la.

—Ele disse que... -ela parou um pouco e fez uma cara desconfiada -Quer mesmo saber o que ele disse?

—Cla-claro que eu quero -falei um pouco ansiosa e ela abriu um sorriso largo.

—Então vai perguntar pra ele, porque de mim você não vai ouvir nada.

—Grace! O que?

—Pode gritar comigo, e ate puxar o meu cabelo. Mas eu não sou pombo correio, e vocês não tem cinco anos. Aprendam a conversar como gente e resolverem seus problemas -fiquei boquiaberta.

—Como assim você faz todo esse suspense pra nada? Eu não vou falar com ele, Grace.

—Então, infelizmente você não vai saber o que ele me disse. Você não vai saber porque ele continua com ela, Lana.

—Não quer mesmo me contar? -tentei antes de sair da sala.

—Você tem que ouvir dele.

—Ele não vai querer falar comigo.

—Ah por favor, para de drama. Ele falou na frente da suposta namorada que era time Lanick.

—Suposta namorada -repeti -Ta tudo tão errado. Começando com ela.

—Ele pode ate tá com ela, mas ele é totalmente apaixonado por você -seu sorriso aumentou.

—É isso que eu não aguento -olhei pra baixo. Eu não iria chorar.

—Ei, calma amiga...

—Cansei de brigar, cansei de esperar e principalmente cansei de não ter ele. Mas infelizmente brigar e esperar são as coisas que me levam ate ele.

—Isso não faz sentido.

—Não precisa fazer -deu um sorriso fraco -Nunca precisou fazer sentido pra nós dois.

—Eu conheço vocês dois -ela segurou minhas mãos -Se não quiserem brigar, vocês não vão brigar. Se não quiserem esperar, não vão esperar. Mas não fiquem um sem o outro.

—Obrigada, Grace -olhei pra ela e ela apertou minhas mãos me encorajando.

—Vai la falar com ele -esperei um pouco enquanto pensava, antes de responder. Olhei para as mãos dela segurando as minhas, e pra esperança nos olhos dela.

—So me ajuda a tirar a Lorany de perto dele.

—Vai ser um prazer -ela me abraçou rápido e depois me puxou pra fora da sala de jantar.

Fomos andando ate os dois, que estavam sentados lado a lado. Ja quero mudar de ideia.

—Lorany -Grace teve sua atenção -Preciso que voce me ajude.

—Claro, claro que eu ajudo. O que foi? -ela se levantou animada.

—Bom, é que algumas pessoas aqui -apontou pra mim -Não são tão boas em ajudar os outros, e o que eu mais preciso agora é de uma amiga que saiba me ajudar.

—Eu faço qualquer coisa -ela se sentiu importante -Quer ajuda com roupas? Com garotos? Com... -a interrompeu.

—Não quero que eles saibam, vem comigo -saiu andado com uma Lorany orgulhosa atras.

Quando elas se afastaram mais um pouco, olhei pra Nick, e ela estava sorrindo.

—Ótima atriz você contratou -ele chegou pro lado pra que eu me sentasse.

—Ótima amiga você me apresentou.

—É, o meu charme as vezes me ajuda.

—Bobo -empurrei seu ombro.

—Então, vai me dizer o que a Grace falou pra você ou vou ter que adivinhar? -ele apoiou os cotovelos sobre os joelhos.

—Na verdade acho que você não adivinharia.

—Vale a pena tentar? -suspirei fundo e olhei pra ele.

—Bom, ela me disse que não era pombo correio, que nos dois não tínhamos cinco anos e que se eu quisesse saber de alguma coisa eu teria que vim falar com você.

—Ah, claro. Minha doce amiga Grace -ele riu -E você veio. Então, o que quer saber?

—Eu vim pra... -pensei bem, não era só sobre o que eu queria saber -Desculpa.

—Oi? -ele olhou pra mim, por essa não esperava.

—Desculpa, eu fui grossa com você. Acho que eu fiquei brava, quer dizer, você disse que era time Lanick -soltei uma risada fraca antes de continuar -Mas continua com ela.

—Lana... -o cortei.

—Tudo bem, Nick -desviei meu olhar do dele -Agora eu entendi. Eu que fingi um namoro com o Ryan, eu que menti pra você, eu que fui pra California... eu que não disse que estava apaixonada de volta -ele segurou na minha mão e eu o olhei -Eu entendi, me desculpa. Tem todo o direito de ficar com ela.

—Isso não é uma vingança. Não é para ficarmos quites.

—Eu sei que não -sorri -Nem da pra ficarmos quites com o tanto de besteira que eu ja fiz.

—Não... -ele riu e segurou meu rosto -Não, amor, você não entendeu.

—O que eu não entendi?

—Aquele dia... O dia do nosso passeio, quando ela encontrou a gente, lembra?

—Lembro -anui.

—Quando você se apresentou... Bom, eu não achei que seria como minha amiga, muito menos como irmã.

—Eu também não achei. Mas não sabia o que você queria.

—Eu queria você -seu sorriso se tornou uma linha fina -Eu só quero você.

—Então por que...?

—Porque depois dessa eu é que não sabia o que você queria.

—Eu quero... -meu olhar se decidia entre seus olhos e sua boca -Eu quero... ah, como se você não soubesse -ele sorriu.

—Vai dizer que não pode me beijar de novo?

—Vai me dizer que ainda está namorando?

—Eu terminei com ela -me afastei pra olhar direito pra ele.

—O que?

—Ela pode parecer mas não é burra. Ela entendeu o que Lanick significava.

—Quando foi isso? Quando você terminou com ela?

—Há uns dez minutos.

—Ah, e quando você pretendia me contar? -ri e o empurrei, mas ele me puxou pra mais perto.

—Ah, vem cá -e finalmente, depois de vários acasos, ele me beijou. Me beijou pra valer.

—Não vai embora de novo, por favor -beijou a ponta do meu nariz.

—Não vou a lugar nenhum -sorri.


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