Meu Querido Chefe escrita por Callie Adraude


Capítulo 8
Oito


Notas iniciais do capítulo

Galera, aqui está um capitulo só para vocês. Passei a madrugada escrevendo e ficou pronto. Estou trabalhando no próximo e não sei quando irei postar.
Bem vinda Yasmin Santana, fico feliz que esteja gostando.
Sem mais demoras vamos ao capitulo.



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Olho para John desesperada, pulo também para a divisão dos andares com bastante dificuldade por que estava segurando a minha bota com uma das mãos. Me desiquilibro, quase caindo, mas John me segura. Apenas tentava me segurar com uma das mãos. John percebeu a minha dificuldade e puxou a bota dos meus braços a jogando andar a baixo. Abri a boca para gritar, porem ele a tapou a tempo com a sua mão. Fiz um sim com a cabeça afirmando que não iria gritar. Seus olhos verdes me analisaram, no entanto livrou a minha boca de sua mão um pouco relutante.

– Eram da Chanel – Sussurrei choramingando enquanto me curvava para ver a bota jogada no gramado.

– Eu te compro mais três dessa depois que sairmos desta confusão. – Ele respondeu com o tom raivoso.

– Tem que ser da Chanel. – Avisei.

– Está bem. Agora cala a boca.

Ouvimos o Sr. Forbes abrir a porta da biblioteca. Ele acende a luz e eu me encosto-me à parede mais ainda. Ele parece revirar os livros caídos e agora grita com o que parece ser um animal.

– Sai daí seu pulguento. – Diz gritando com o animal – Esses empregados hoje em dia não fecham nem as janelas – Fico torcendo para ele não fechar a janela e o que é em vão.

Ele a fecha apaga a luz da biblioteca e sai, voltando para o quarto.

– Estamos fudidos – sussurro para John.

Ele diz não e aponta para a própria cabeça. Até parece que eu sei o que se passa dentro dela. Coisa boa não deve ser. Estávamos em um mato sem cachorro e com certeza acabaríamos mortos, ou pior, na delegacia. Mas nessas horas precisamos manter a calma.

– O que era o barulho? – A mulher pergunta para o Sr. Forbes. Entretanto essa voz me era muito familiar. Meu Deus, eu devo estar com algum problema.

– Era o rabugento do cachorro do seu marido. – Responde com rispidez. – Onde nós paramos?

– Acho que você já tem uma ideia. – Disse a mulher maliciosa.

Eles começam de onde pararam. Acho que ela estava na seca há muito tempo, essa mulher só fazia gritar. John pega uma pequena câmera fotográfica de dentro do paletó. Andou mais um pouco para o lado com bastante cuidado e pulou na sacada do quarto com um baque surdo. John fica na varanda e afasta um pouco a cortina começando a tirar as fotos como provas. Ele era pratico e habilidoso, tenho que admitir. Porém queria saber como faríamos para ir embora daqui ilesos. Essa era a minha duvida.

Ando um pouco pela divisória dos andares, John ver que estou tentando entrar na varanda e vem me ajudar parando o que estava fazendo. Me pega pela cintura e me puxa fazendo com que eu entre na varanda sem nenhum barulho. Coloca-me no chão cuidadosamente. Nossos olhares se cruzam por um momento e eu assento balançando a cabeça para afirmar que está tudo ok. Ele me solta e volta a tirar as fotos. Fico esperando também escondida atrás da cortina vermelha. O casal parece que atingiram o orgasmo. Seus gemidos cessaram e agora respiravam com dificuldade.

– Que tal um banho? – Perguntou a mulher com a respiração falha.

– Vamos – O Sr. Forbes respondeu.

Ouço o barulho da cama denunciando que eles se levantavam. A porta do que seria o provável banheiro é fechada. John guarda a câmera com as provas dentro do paletó e virasse para mim.

– Vamos. – Disse – Essa é a única forma de sairmos sem sermos vistos.

Ele abre a cortina e entramos no quarto elegante. Era todo na moda vitoriana. O edredom vermelho da cama se encontrava bastante bagunçado e o cheiro de sexo empreguinava o lugar. Torço o nariz, esse tipo de cheiro só é bom quando é meu e não de outras pessoas. Os detalhes das paredes me chamam a atenção, são magníficos os desenhos. Feitos por desenhistas experientes. Isto parecia um quarto de um castelo.

– Eu conheço essa mulher. – John tira-me de meus devaneios.

Vou até ele que olha com atenção um retrato em cima de uma cômoda. Aproximo-me e pego o retrato. Uma mulher muito elegante em um vestido de cor marfim. Seu sorriso parecia encantador e carismático. Ela estava com uma tesoura na mão prestes a cortar uma fita para inauguração, acho eu, de alguma loja. É isso. É por isso que achava a casa tão familiar e a voz dessa mulher não me era estranha. Devia ter percebido isto logo de cara.

– John, essa é a primeira dama. – Digo pasma – Nós estamos na casa do prefeito.

– Por isso que nenhum alarme da casa está ligado e não tem nenhum segurança. Ela é muito publica e isso pode se tornar um escândalo. – Deduziu. – Vem logo precisamos sair daqui.

Ele pega o porta retrato das minhas mãos e o coloca de volta na cômoda. Pega meu pulso e saímos dali com ele me puxando pela casa. Tropeçamos em alguns moveis por causa da escuridão. Saímos pela cozinha e chegamos ao gramado. Consigo ver a minha bota de longe e me solto da mão de John para ir busca-la.

– O que você vai fazer? – John consegue pegar meu braço fazendo-me vira-lo para ele.

– Pegar a minha bota. – Disse como se não fosse obvio.

Livro-me de seu aperto no meu braço. Estava prestes a correr em busca da minha bota quando sinto um braço em volta da minha cintura me levantando do chão.

– John, aquela bota custou 1.500 dólares. Por favor – Supliquei.

Ele finge que não escuta e me carrega pela cintura em direção aos muros da mansão. Bato em seu braço tentando inutilmente fazer com que ele me liberte. O desgraçado é muito forte. Minha altura não recompensa em nada e me deixa em desvantagem. Meu cabelo estava entrando na minha boca de tanto me chacoalhar. Ele não dá a mínima para o meu esforço de tentar me soltar. Paro abruptamente quando ouço latidos. John para de andar e olha para trás. Levanto a cabeça para olha-lo e vejo seus olhos verdes tomados pelo pânico. Olho para a direção onde ele está olhando e arregalo os olhos.

Acho que nas minhas contas tinha uns vinte cachorros ou mais correndo em nossa direção. John me põe no chão, pega meu pulso novamente e saímos correndo. Tínhamos que chegar ao muro o mais rápido possível. Corremos alucinados. Meus pés já reclamavam. Meus batimentos cardíacos estavam descompassados. Não quero morrer agora e nem hoje. Vi minha vida passar como um flash na minha mente. Mas depois disso meu cérebro se concentrou em mandar comandos a minhas pernas para correr mais rápido. John olhava para trás de vez em quando e sempre dizia “Mais rápido, estão chegando mais perto de nós”. Todas as vezes que ele dizia isso meu desespero aumentava.

Graças aos céus chegamos ao muro. John juntou as mãos novamente e me deu impulso para poder subir mais rápido no muro. Fiquei com uma perna de cada lado e o ajudei puxando-o pelo terno. Os cachorros chegaram até o muro e ainda conseguiram puxar o pé de John. Porem só arrancou o sapato do pé direito. John senta-se no muro e eu levanto a perna. Os cachorros pulavam feito loucos tentando nos pegar.

– Estou me sentindo naqueles filmes de Resident Evil. Com aqueles cachorros zumbis tentando nos comer. – Digo exasperada.

– Diferente do filme aqui são apenas cachorros. – John diz com a respiração acelerada.

– Mesmo assim continua sendo ruim.

John torce a boca como se quisesse rir do meu comentário e desce do muro habilmente.

– Vem. Eu te pego. – Diz esticando os braços para cima.

– Tem certeza? – Duvido.

– Claire, você tem duas opções. Ou se joga para este lado ou para o lado dos cachorros.

Viro a cabeça olhando para os cachorros que continuavam pulando para pegar o meu pé. Não tendo outra opção fecho os olhos e me jogo para John que me pega pela cintura. Abro os olhos e ele está rindo para mim. Respiro aliviada e me solto de seus braços.

– Não foi tão ruim assim. – John comentou enquanto caminhávamos até a BMW.

– É John, se joga para os cachorros, assim você descobre o que não é tão ruim assim. – Ironizei.

– Não ligo para o que você diz por que está com raiva. – Diz abrindo a porta do carro para sentar no banco carona. – Já me acostumei.

– Se acostumou com o quê? – Pergunto dando a partida no carro.

– Toda vez que terminamos uma investigação você fica com raiva de mim. – Falou como se tivesse resolvido uma logica.

– Se todas as vezes que fizéssemos uma investigação não caíssemos em uma enrascada, aí sim, eu não ficaria com raiva de você.

– Eu quero muito um banho. – Exclama tentando mudar de assunto.

Não respondo nada, continuo dirigindo. Ficamos em silencio durante todo o trajeto. John acabou dormindo e agora se encontrava ressonando. Entro no estacionamento do shopping mais famoso de Los Angeles. Paro o carro em uma vaga qualquer e me preparo para acordar o dorminhoco.

– John acorda. Ele abre o olho preguiçosamente e olha para o lado de fora do carro. Franze a testa. Vira o rosto olhando para mim sem entender nada.

– Esse não é o estacionamento do edifício onde moro. – Murmura com a voz ainda sonolenta.

– Vem. Tenho que comprar uma coisa. – Digo com um sorriso alegre no rosto – Umas não, três. – Corrijo-me.

– Por favor, tem que ser rápido. – Fala com a voz sonolenta saindo do carro.

Dou de ombros e saiu do carro também. Entramos no shopping e todos nos olham curiosos. Eu continuava apenas com a meia e John se encontrava com um sapato no pé esquerdo. As crianças até riam de nós. Não dou à mínima e continuo andando com John em meu encalço. Estava tão feliz com o que estava prestes a fazer que os outros que se lasquem. Paro na frente da loja que queria e começo a dar pulinhos de alegria.

– Não, não, não, não. – John nega parando atrás de mim e olhando para o enorme nome da Chanel – Eu não vou comprar nada.


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Notas finais do capítulo

Comentários me deixa muito feliz e por favor fantasminhas apareçam.
Comentem, Favoritem e será que eu mereço uma recomendaçãozinha?



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