Meu Querido Chefe escrita por Callie Adraude


Capítulo 7
Sete


Notas iniciais do capítulo

Pessoas do meu coração me desculpem pela demora. Estava estudando para o vestibular e tudo já terminou. Desejo que eu tenha passado.
Bem vindas Ayla thais, Gigi coledetti e Luna Miller. Espero que continuem comigo.
Tenho avisos nas notas finais,então não deixem de ler. Por favor.
Vamos ao capítulo. Boa leitura.



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Engatinhei em direção a saída. Era ele, Fred. O cara que me decepcionou dois anos atrás. Deliberadamente não queria que ele me visse. Terminamos depois dele praticamente me humilhar na frente de seus amigos. Aquilo me feriu como uma estaca no meu peito. Estávamos juntos há dois anos e ouvir aquilo me deixou de coração partido. Como já tinha planejado a viagem à casa dos meus pais, foi bom proveito para colocar a cabeça no lugar.

Vai, vai, vai. Conseguirei chegar à saída. Sinto passos atrás de mim. John deve estar me seguindo para ver o que irei fazer. Posso até imaginar o ar de riso nos seus lábios. Esse desgraçado não me dá trégua.

– Claire, o que você está fazendo? – Sussurrou. – Temos que ficar de olho no Sr. Forbes. Quer estragar tudo?

– Cala a boca. – Pronuncio de volta.

Bem, estava prestes a xinga-lo quando dou de cara com um belíssimo sapato social preto. Levanto a cabeça e olho para o par de olhos acinzentados por quem era apaixonada. Seus lábios bem delineados se abriram em um lindo sorriso quando me reconheceu. Oh, aqueles lábios. Aperto minhas pálpebras com força tentando afastar esta tentação. Fiz a primeira coisa que passou pela minha cabeça. Peguei um vaso com flores que estava na parte de baixo da estante mais perto.

– Achei John. – Disse me levantando com o vaso na mão. Entrego o vaso a John e ele me olha confuso.

– Achou o quê?

– As flores que você queria. – Estava suplicando com os olhos para que ele entrasse no jogo.

– Obrigada por nada. – Respondeu com a voz sarcástica.

– Claire? – Aquela voz continuava a mesma. Grossa e ao mesmo tempo decidida. Relutante, virei-me para olha-lo. Com um terno cinza que simplesmente o deixava mais sexy do que me lembrava. Infelizmente, ele tinha a mesma mania do John. Gostava de seus cabelos despenteados, como se os fios estivessem revoltados. Meus olhos negros encaram o acinzentado que parecia alegre. – Claire McAdams. Estou tão feliz em te ver. – Ele faz o que não esperava. Dá-me um abraço apertado. Apertado demais.

– Fred, você está me esmagando. – Ele me solta relutante, contudo continua segurando a minha mão.

– Como você está? O que anda fazendo? Por que está aqui?

– Uma pergunta de cada vez seria legal. – John diz colocando o vaso que lhe dei em algum lugar.

Fred franze a testa para John como se estivesse perguntando por que ele estava se intrometendo.

– Oh, me desculpe. – John dá um sorriso falso. – Eu sou John.

Fred larga a minha mão para aceitar o cumprimento.

– Sim – Fred parecia se lembrar de algo – O famoso John Smith. Ainda continua arrasando corações?

– E você despedaçando? – John revida soltando sua mão com raiva. – Adorei quando ela quebrou o seu carro depois daquilo. Uma mulher de atitude, não acha?

Fred diminui seu sorriso alegre para um sorriso de constrangimento.

– Aquilo é passado. Não é Claire? – Olha para mim esperando a resposta.

– É passado. – Digo dando de ombros e olhando para baixo.

– Então deixe viver o futuro. – John diz puxando o meu braço – Temos que ir. – Aponta com a cabeça para a saída. Vejo que o Sr. Forbes está saindo com um maravilhoso buque de rosas vermelhas.

– Adeus Fred. – Digo indo para a saída com John.

– Espero te ver novamente. – ouço Fred gritar, mas continuo meu caminho.

Jurei para eu mesma que jamais iria trocar uma palavra com esse idiota novamente. E tinha estragado tudo. Respiro fundo e vou com John até a BMW. Continuamos seguindo o Sr. Forbes. Não me admira o Sr. Forbes entrar em uma rua com mansões. O cara deve nadar no dinheiro e com certeza sua amante deve ser uma grã-fina. John não diz nada o que deduzo que deve estar refletindo sobre o assunto. O carro para em frente a uma mansão magnifica. Fico de boca aberta com o tamanho da casa. Paro um pouco distante para não ser vista. O Sr. Forbes avisa alguma coisa no interfone e em seguida os portões são abertos para a sua entrada.

– E agora? Esperamos? – Perguntei olhando para o detetive do meu lado.

– Que esperar o quê – Resmunga abrindo a porta do carro e saindo – Assim não vou descobrir nada. – E fecha a porta.

Junto os braços no volante e abaixo a cabeça. Preciso de um descanso. A noite está tão bela e eu aqui sem nada para fazer. Levanto a cabeça e vejo John com os braços cruzados e olhando para o carro. Franzo a testa. O que ele estava esperando? Saio do carro e olho para ele.

– O que está esperando?

– Você. – Respondeu com rispidez.

– Eu não vou. – Neguei rapidamente – Todas as vezes que eu vou com você acabo me ferrando. Não quero repetir isso mais uma vez.

– Para de conversar merda e vem logo.

Fecho a cara junto com a porta do carro. Ando até ele e cruzo os braços batendo o pé no chão.

– E como vamos entrar aí espertinho? – Perguntei debochando, apesar de já ter uma ideia de como ele fará isto.

– Pularemos o muro, oras.

– Eu não vou... – Não consegui completar o resto.

John me arrastou pelo braço até mais próximo do muro. O muro era uns cinquenta centímetros acima dele. Soltou-me, juntou as mãos para que eu colocasse o pé. Fiz não com a cabeça, mas parece que o desgraçado nem viu. Abaixou-se agarrando as minhas pernas e levantou-me em seu ombro. Não sei se aquilo me deixava irritada ou constrangida. Sinceramente não esperava aquela atitude dele.

– John, me põe no chão. – Gritei quando ele deu uma tapa na minha bunda – Ei, isso é assedio sexual. Eu vou dizer a policia.

– Vai me ajudar ou vou ter que te jogar daqui mesmo?

– Está bem. – Falei me rendendo – Agora me solta.

Ele me põe no chão e junta as mãos novamente. Coloco um dos meus pés em suas mãos e ele dá o impulso me ajudando a subir. Seguro-me no muro com bastante dificuldade mas consigo ficar com uma perna de cada lado. Uma dentro e outra fora do terreno da mansão mantendo o equilíbrio. John sobe no muro com bastante destreza ficando de frente a mim. O ruim de subir em muros é a dificuldade para subir e a coragem para pular dele. E a segunda questão não estava comigo.

– Que estranho. – Falei olhando para a mansão.

– O que é estranho? – John pergunta sem entender.

– Eu reconheço essa mansão.

– Serio?

– Serio. – Confirmei – John, você não acha que para a proteção de uma mansão esse muro é muito inseguro.

– Por quê? – Franziu a testa.

– Não tem cerca elétrica e nem aqueles cacos de vidro que costumam colocar.

– Ah, isso é normal quando é protegido por cachorros. - Deu de ombros.

– CACHORROS? – Gritei fazendo-o arregalar os olhos pelo susto. – Não John. Se lasque você sozinho. – Disse tentando de alguma forma e sem sucesso de descer do muro. – Você é um idiota, seu palerma. Não dei meu rabo ainda e nem vou dar. Existem tantas profissões, você tinha que escolher logo essa. Tomei minha decisão, vou catar latinhas. Deve ser melhor que isso.

– Quer parar com o drama? – Pediu segurando os meus ombros com as mãos – E que historia é essa de rabo?

– De tanta coisa que eu disse você só ouviu essa parte? – Perguntei não acreditando.

– Foi a única coisa que me chocou. – Disse com cinismo na voz – Nós vamos dar um jeito. Nós sempre demos um jeito.

– Essa não é a melhor forma de amenizar a situação. – Sinceridade era o que eu sabia fazer de melhor.

– Você confia em mim?

– Oh, mas é claro. – Falei com falsidade. Desta vez eu não estava sendo sincera.

– Claro? – Franziu a testa.

– Claro que não. – Digo tentando novamente descer do muro. – Até parece que eu vou... Ahhhh...

Já falei que o John é um desgraçado? Creio que sim. Ele me abraçou com os braços em volta da minha cintura e jogou os dois de encontro ao chão. Quem se ferrou todo foi o John. Aleluia. Pelo menos uma vez na vida John não saiu ileso da situação. Ele amorteceu a queda fazendo com que eu caísse em cima do seu corpo. Minhas mãos espalmadas em seu peito conseguia sentir a definição do seu corpo. Olho para o seu rosto e ele faz uma careta de dor. Fico de pé rapidamente e começo a olhar para os lados desesperada.

John se levanta gemendo de dor. Estava prestes a ter um colapso nervoso por estar em um local de risco. Cachorros não era a minha praia. E saber que me encontrava em uma área, vamos dizer assim “de alto risco” o medo toma conta de seu corpo. John fica de pé completamente e ajeita as costas que deve estar doloridas por conta da queda. Seus olhos verdes analisam o lugar e depois são direcionados mim.

– Vamos? – Perguntou estendendo a mão.

– Já estou aqui mesmo. – Dou de ombros pegando sua mão.

John me guia até a piscina. Ficamos olhando de um lado para o outro. Contudo não víamos ninguém. Nem sequer um segurança. Deduzi logo, se o Sr. Forbes tem outra quer manter tudo as escondidas mesmo. Não quer nem que os seguranças desta casa os vejam. Entretanto ainda não saiu da minha mente que esta mansão me é familiar. O único problema é que não me lembro de onde a vi. Ou será que já estive aqui e não lembro? Balanço a cabeça para me livrar desses pensamentos e me concentrar no agora.

– Vem – John diz puxando a minha mão para me guiar novamente – Vamos ter que entrar pelos fundos.

Demoramos um século para chegar aos fundos daquela mansão. Sinceramente, não gosto de casa grande. Demoramos um ano para chegar aos lugares, imagine para achar alguma coisa perdida. John solta a minha mão para tentar abrir a porta. Ele tira um clip de dentro do bolso abre a porta com a maior naturalidade do mundo como se fosse um ladrão experiente. Bota o dedo nos lábios em sinal de silencio e entra na casa. Entro no que parece ser a cozinha e sigo-o. Quando começo a andar os saltos da minha bota começam a fazer barulho quando betam no assoalho. John virasse para mim e olha para os meus pés. Depois me lança um olhar recriminador.

Entendendo o seu recado me abaixo abro o zíper da bota a tirando dos meus pés ficando apenas de meia. Seguro as botas nas mãos e continuo seguindo o detetive. A mansão era elegantíssima, pena que não dava para ver detalhes por causa da escuridão. Deixando a casa em um total breu. Por incrível que pareça achamos as escadas e subimos. O pior de tudo era decidir em qual corredor entrar. Perdemos muito tempo e seguir pelo corredor errado já seria tarde.

John escolhe o da direita e eu o sigo novamente. Chegamos perto de uma porta e pude ouvir o que pareciam gemidos. E bem altos. Vemos que é a porta á esquerda de onde vem o barulho. Fico apreensiva, o que ele vai fazer agora? Entrar no quarto e dizer “eu sabia”? Apesar de que tirar fotos seria melhor. Colocamos os ouvidos na porta ao mesmo tempo. O Sr. Forbes gemia enquanto a mulher agora passou a gritar. Saio de perto da porta não querendo escutar mais nada.

John se afasta da porta abrindo a porta vizinha e puxando-me para entrar. Estava muito escuro, mas consegui distinguir que se tratava de uma biblioteca. Fiquei maravilhada com aquilo. Meu sonho era ter uma biblioteca em minha casa também repleta de livros. Passo o dedo por alguns me admirando com apenas o toque.

– O que você está fazendo? – John pergunta sussurrando enquanto abria a janela.

– O que você está fazendo? – Me aproximo não entendo o porquê dele está abrindo a janela.

– Tentando pegar provas querida Claire. – Responde subindo na janela e descendo para o escoro que marcava a divisão dos andares. – Vem, preciso de auxilio.

– Faça você sozinho. – Retruquei.

– Claire, agora. – Diz em um tom bastante serio.

Subo na janela contrariada, mas paro ao ouvir o barulho de vários livros caindo de alguma estante da biblioteca. John me lança um olhar zangado ao mesmo tempo de reprovação. Faço um não com a cabeça para ele entender que não foi culpa minha. Fico paralisada ao ouvir o que se diz no quarto ao lado. O casal para com o rale e rola deles.

– Forbes, você ouviu isso? – A mulher perguntou. Pude perceber que ela estava assustada.

– Ouvi. – Respondeu.

– Veio da biblioteca. – Que mulher ordinária.

– Vou dar uma olhada. – Já não ia com a cara do Sr. Forbes, agora ele estava na minha lista negra.


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Notas finais do capítulo

Gente, não sei quando irei postar novamente, pois passarei as festas de fim de ano na casa do meu pai para conhecer a nova madrasta. TENSO. ESTOU SUPER NERVOSA. Mas não vou abandonar a fic. Fiquem tranquilas. Antes do fim do ano dou um jeito de postar mais um para vocês.

FELIZ NATAL PARA TODAS VOCÊS E QUE O PROXIMO ANO SEJA DE INTENSAS REALIZAÇÕES PARA TODAS. BEIJÃO.



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