Meu Querido Chefe escrita por Callie Adraude


Capítulo 5
Cinco


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii, gente. Sempre tenho a ideia de só postar nas sextas-feiras, mas não consigo. Fico muito ansiosa para saber o que vocês irão achar. Se gostaram ou não, se detestaram e querem me matar se ficou horrivel. Mas digo que este ficou razoavel e como sempre espero que vocês gostem.
Quero dar boas vindas a Brenda Maslin, Cris chan, Gabriela Oliveira e cami1801. Obrigada pelos favoritamentos, realmente, vocês me deixam super feliz.
Vamos ao capítulo, Boa Leitura.



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Pisquei algumas vezes para ter certeza. John estava ali, na minha frente, bem na casa do Demitri. Não podia ser. Esse homem praticamente estragou o meu dia, também queria estragar o resto da minha noite. Isto é inadmissível. Solto o garfo e a faca e junto às mãos no queixo. Desejo que ele não esteja aqui para algum trabalho urgente.

– John, o que faz aqui?

– Você esqueceu a sua bolsa no meu apartamento. Pensei que você estivesse desesperada procurando. – Disse erguendo uma bolsa preta nas mãos.

– John, aceita jantar? – Demitri perguntou todo alegre.

– Não, obrigada. – Respondeu educado – Só queria trazer a bolsa da Claire.

– Obrigada – Digo me levantando – Vamos, eu te levo até a porta.

John olha para Keenus e olha para minha roupa, volta a olhar Keenus e dá um sorrisinho sacana. John e sua mente poluída me assustam.

– Por que você está vestida com isso? – John perguntou rindo.

– É mesmo. – Eu já falei que o Demitri é intrometido? – Você não me respondeu por que está vestida assim. De quem é a camiseta? – Ele olhou para Keenus dando um sorrisinho safado.

– Por sua causa. – Apontei o dedo para ele.

– O que eu tenho haver com isto? – Demitri parecia incrédulo com a acusação.

– Por que você me deu aquela fantasia ridícula de galinha? – As risadas dos quatro homens foram bastante altas - Eu fiquei parecendo uma pata choca.

– Não era galinha? – Certamente Ryan queria estar na minha lista negra.

Fecho a cara para os seres humanos lindos e ridículos. Empurro John para fora da sala de jantar. Pego a minha bolsa de sua mão e a jogo no sofá da sala de estar.

– Quem era o loiro dos olhos claros? Seu novo namorado? – Perguntou sussurrando quando chegamos à porta.

– Ele é só um amigo. E isso não é da sua conta. – Resmunguei apertando o botão do elevador já no corredor.

– Tem que casar Claire. É feio uma mulher de vinte e cinco anos solteira. – John consegue ser irritante quando quer.

– O sujo falando do mal lavado. Você tem trinta e cinco e continua encalhado. Estamos no século vinte e um John. Acorda.

O elevador chega e eu abro a porta para ele entrar.

– Por favor, se ele te decepcionar não suma como da ultima vez. – Uau. Ele parecia sincero. - Você desapareceu por uma semana e eu tive que aturar o bocão do Demitri.

– Eu não sumi. Fazia um ano que estava preparando aquela viagem para Austrália. Tenho que visitar os meus pais de vez em quando.

– Ah, é. Esqueci que você é australiana.

– Que cabecinha – Manguei ainda segurando a porta do elevador – Foi você que resolveu o meu visto de permanência.

– Ah, foi. Você podia ter avisado que iria visitar seus pais. – Fez uma cara de desaprovo.

– Adeus, John. – O empurrei para dentro do elevador – Acorde cedo amanhã.

Não esperei sua resposta. Fechei a porta do elevador e voltei para o apartamento de Demitri. Só quero ter preocupações amanhã, quero aproveitar o jantar depois ir para cama. Os três homens conversavam alegremente e parece que eu era o motivo das risadas por que quando me viram as risadas aumentaram.

– Do que estão rindo? – Perguntei sentando no meu lugar. – Demitri já está fazendo a cabeça de vocês sobre minha pessoa?

– Ele está nos contando da viagem de vocês ao Japão.

– Oh, nem me lembre. – Pedi envergonhada – Demitri quase enlouqueceu quando fomos presos porque joguei um polvo na cara de um chinês.

– Japonês. – Demitri me corrige.

– Tanto faz. – Falei fazendo Ryan e Keenus rirem.

– Por que você jogou o polvo na cara do japonês? – Perguntou Keenus em meio às risadas.

– O polvo estava vivo. Quando vi os olhinhos piscando levei um susto.

Ryan e Keenus riram mais ainda com Demitri se juntando a eles. O jantar foi maravilhoso. Jantamos em meio a risadas e provocações minha e de Demitri. Não falamos de trabalho. Não queria lembrar-se do que não merecia ser lembrado. Terminamos o jantar e Keenus e eu despedimo-nos dos enamorados. Pego minha bolsa e saímos corredor a fora. Keenus resmungou, rindo ao mesmo tempo quando o fiz subir de escada comigo. Tenho um trauma terrível de elevadores, por isso não o uso.

– Tchau, até amanhã. – Pegando a chave do meu apartamento dentro da bolsa e abrindo a porta. – Ah, Keenus. Obrigada pela camisa, amanhã eu devolvo.

– Sem pressa. – Disse com um sorriso lindo - Tchau. Até amanhã.

Ele entra em seu apartamento enquanto continuo no corredor. Será que Keenus é um bom partido para investir? Como John disse, estou encalhada faz um ano depois de meu ultimo namorado terminar comigo de uma forma nada legal. Apesar de que nenhuma forma de terminar o namoro é legal, mas a forma como aquele cara terminou comigo em uma festa na frente de todos seus amigos, me machuca até hoje. Depois disso, viajei para a casa dos meus pais. Não estava fugindo, planejava a viagem há um ano. Não avisei a John por que se não ele me arrumaria jeito de levar trabalho para mim. Não avisei a Demitri por que com certeza ele diria ao John. E recapitulando a minha vida, darei uma chance ao amor. Quem sabe não desencalho.

Noto que ainda estou no corredor e entro na minha belíssima residência. Não faço questão de acender as lâmpadas. Vou direto para o meu quarto e jogo-me na cama caindo no sono logo em seguida.

Suspiro. Acordo com o sol batendo em meu rosto. Estava tão cansada ontem que me esqueci, completamente de fechar as cortinas. Olho para o relógio e são 07h em ponto. Levanto da cama com uma preguiça bastante conhecida por mim. Tomo um banho e faço minha higiene matinal. Vou para o closet. Visto uma calça jeans preta colada, uma blusa azul escuro e um casaco de um terno preto qualquer. Calço as minhas botas pretas com salto alto preferidas. Seco os cabelos e deixo os fios negros soltos sobre os ombros. Faço uma maquiagem simples, apenas pó e lápis de olho.

Vou para a cozinha, pego uma maçã da geladeira e pego a minha bolsa na sala de estar. Saio do apartamento para começar mais uma semana agitada. Não encontro Keenus no corredor, o que é um milagre. Pensei que tinha se tornado rotina nos vermos no mesmo local. Chego à garagem e vou direto para o meu carro.

As ruas de Los Angeles estão agitadas. Todos começando seu dia. O transito está razoável, mas consegui chegar a tempo na agencia. Um prédio de nove andares ladeado com a vidraça azul. Teria uma reunião com John e seu novo cliente ás nove da manhã então tinha que preparar tudo. São 8h John deve chegar a qualquer momento. Corro até a entrada encontrando Stephanie na recepção. Stephanie era uma loira muito bonita e morre de encantos pelo John. Só que o idiota nunca reparou isso.

– Oi, Stephanie. – Cumprimentei – John já chegou?

– Oi, Claire. Ele não chegou. – Respondeu sorrindo.

– Obrigada – Vou até a porta das escadas – Tenha um bom dia.

– Pra você também. – Acenou.

Subo até o ultimo andar e vou para a sala de John organizar as papeladas. Cumprimento Kyle um dos detetives da agência. Abro a porta e vou em direção à mesa de madeira que se encontrava bagunçada. Arrumo tudo, a mesa e inclusive o escritório. John não permitia que os faxineiros entrassem por que dizia que eles não saberiam arrumar. Em compensação o lugar fica um lixo. Olho para o relógio de parede atrás da mesa.

– Não acredito. – Digo para mim mesma.

São 8h50min e John não estava aqui. O que aconteceu? Eu avisei a ele, como uma pessoa pode ser tão demente a esse ponto. Pego minha bolsa e saio correndo. Todos da agência olham para mim com uma cara confusa. Não tinha tempo para explicações. Desço as escadas indo para a garagem. Entro no carro e vou com tudo para a casa de John. Ele deve estar com alguma mulher, só pode.

Avanço o sinal para ser ligeira. Em tempo recorde chego ao edifício onde é a residência do salafrario. Kleber, o porteiro, me reconhece e abre o portão da garagem. Subo depressa para o apartamento 201. Procuro na bolsa a chave que John me deu para alguma emergência. Abro a porta e corro para o seu quarto.

Se todas as vezes que eu acertasse o que John estava fazendo ganhasse uma moeda estaria rica. Lá estava ele enrolado nos lenções com uma mulher loura. É impressionante o poder de John de estragar o meu dia. No entanto, vim aqui para leva-lo para a agência e o fato de encontra-lo pelado com uma loura oxigenada não vai mudar os meus planos.


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Notas finais do capítulo

Encontro vocês nos comentários.



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