Meu Querido Chefe escrita por Callie Adraude


Capítulo 23
Vinte e três


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei, mas como disse a algumas, estava viajando e só postaria quando voltasse para casa. Bem, voltei para casa, só que fiquei sem internet. Entretanto já resolvi tudo e estou aqui.
Bem vindas poxaZyan, walkira jeronimo, stefthe ressa e Laura Junqueira, espero que continuem acompanhando o John e a Claire.
Obrigada pelas lindas recomendações Ani e blueberry, vocês me deixaram muito felizes. É por causa de vocês todas que esta fic existe, muito obrigada.
Este capitulo é pequeno, contudo o começo das confusões e investigações começam agora, como vocês devem gostar.
Boa Leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/434435/chapter/23

Esses caras não devem ter o que fazer, sinceramente. O passatempo preferido deles deve ser me azucrinar. Como isso era possível? Nem na minha casa eu tinha mais privacidade. Dou o meu melhor olhar mortal para os quatro.

– Mas que diabos vocês estão fazendo aqui? – cuspo.

Eles se entreolham procurando quem irá falar primeiro. Cruzo os braços esperando algum deles criarem coragem para dizer alguma coisa. Ouço um resmungo atrás deles. O que será que eles estavam escondendo?

Ando lentamente dando a volta no balcão. Minha boca se abre em um perfeito O ao ver John jogado no chão da cozinha. Ele vestia a mesma roupa que usava de manhã. Calça jeans, camisa polo preta e sapatos. O que tinha de diferente era a sua cara de bêbado.

– O que vocês fizeram com ele?

– Não fizemos nada. – Keenus se defendeu rápido.

Para se defenderem eles sabem falar como um flash.

– Ele fez isso consigo mesmo. – disse Ryan.

– Nós o encontramos na calçada com o Gregory. – explica Demitri.

– Mais é claro, o rei das confusões. – digo virando-me para Gregory esperando por respostas.

– Olha quem fala. Eu fui ao boteco aqui perto para beber um pouco e o encontrei no bar afogando as magoas. – ele dá um sorriso sínico. – Você sabe do que estou falando, não é?

Engulo seco depois desta frase.

– Não. Não sei o que você quer dizer.

– Não importa agora. – Keenus se intromete.

– Então – continuou Gregory -, o persuadir a voltar para casa. O que não foi fácil, já que ele dizia repetidas vezes que você não queria ele aqui. Mas consegui convencê-lo e ajudei-o a vir aqui. Foi difícil, por que o cara tropeçava nos próprios pés.

– Ele está bêbado. Você queria que ele tropeçasse em que? Nas mãos? – Demitri reclama sem paciência.

– Era bem capaz que isso acontecesse. – brinca Keenus.

– Ai como vocês são idiotas. – grito.

– CLAIRE!

Todos nós gritamos quando John se agarra as minhas pernas. Tento me soltar, porém ele as abraça como senão quisesse soltar nunca mais. Os garotos me socorrem segurando os braços de John fazendo-o soltar as minhas pernas.

– Gente – Demitri comenta -, acho que ele enlouqueceu.

– Ele precisa de um banho. – digo.

– Isso. – Ryan segura John pelas axilas e Gregory suas pernas. – Vamos coloca-lo debaixo do chuveiro.

– Concordo. – falamos em uníssono.

– NÃO. – John grita sacudindo o corpo.

– Segura ele.

Corremos para o meu quarto entrando no banheiro rapidamente. Ryan e Gregory o colocaram dentro do Box enquanto ele balbuciava coisas incoerentes. Deus me dê paciência para aturar um John bêbado e um bando de abestados tentando ajuda-lo.

– Tira a roupa dele. – Gregory manda.

– O que? – Keenus protestou. – E a Claire aqui?

– E daí, ela já viu o conteúdo mesmo. E até parece que ela não quer ver novamente. – Demitri explica.

– Olha aqui, mais respeito comigo tá legal. – cuspo. – Vamos terminar logo com...

Paro de falar quando John vomita dentro do Box. O cheiro me dá um embrulho no estomago. Não acredito que John sumiu o resto do dia para isto. Acabar caído em um banheiro com quatro retardados e uma pessoa normal para lhe ajudar. Estiquei-me e liguei o chuveiro. John despertou de súbito com a água gelada em sua cabeça.

– Porra! – xingou.

Sorri maleficamente enquanto os outros rapazes riam. Quem mandou encher a cara. Eu sei que isso é errado e um pouco ignorante da minha parte, entretanto ver John deste jeito sem sua pose de sempre é melhor que ganhar na loteria.

– Você o molhou com roupa e tudo. – Keenus reclama.

– Melhor que ficar melado de vômito.

Todos fazem uma cara de nojo olhando para John que nos olhava emburrado. Não tenho culpa se a inhaca que vinha dele era insuportável. Para John se embebedar deste jeito ele deve estar com muita raiva de mim. Não era isso que imaginei que ele faria. John está complicando a minha cabeça.

– Claire, você cuida dele. Sua casa, seu hospede, seu problema. – Demitri fala puxando Ryan para fora do banheiro.

– Ei, não me deixem sozinha. – peço vendo que Keenus e Gregory seguiam o exemplo de Demitri. – Traidores.

Eles apenas riem enquanto percebem o quanto vou sofrer. Torço a boca vendo John brincando com a água do chuveiro feito uma criança que se diverte tomando banho. Tenho que admitir, ele estava bonitinho desta forma. Sem preocupação com o dia de amanhã.

– Por que você me dá tanto trabalho, John?

– Desculpe.

Fala por falar por que continua brincando a água caindo do chuveiro. Tiro suas roupas deixando-o apenas de cueca. Deixo-o tomando banho sozinho. Ver John novamente como ontem será muito perigoso. Saio do banheiro e pego em sua bolsa algumas roupas que trouxe da casa de seus pais.

Ele não podia ter feito isso. Se embebedar deste jeito. Estou com vontade de mata-lo por isso. John não raciocina sobre o crime que é a sua vida, apenas o que lhe pagam para raciocinar. Escuto o chuveiro sendo desligado. Há apenas o silêncio agora. Por um momento fico preocupada com o que poderá ter acontecido com ele.

John entra no quarto como veio ao mundo. Levanto-me rapidamente com o choque de estar vendo-o daquele jeito mais uma vez. Para a minha total surpresa ele apenas me deseja boa noite e cai na cama em um sono profundo.

Solto um suspiro pelo alivio. Não tinha jeito, John era o homem mais complicado da face da terra. Ajeito o cobertor cobrindo seu corpo. John estava sereno, tão lindo quanto um Ian S, mas com os olhos verdes.

Vou para a cozinha, preciso imediatamente de uma xicara de café. Paro na sala vendo Gregory dormindo no sofá. No meu sofá. Essa é sacanagem, não disse que perdi a moral até na minha própria casa.

Tomo uma xicara de café aquecendo e acalmando o corpo. Tomo um banho calmamente e vou para o quarto de hospedes. Acordo cedo. Precisava ir ao escritório ver como andava as coisas.

Oh meu Deus. Só de imaginar que terei que ficar horas a fio com John em uma mesma sala. Isso não deve ser pior. Ele está morando aqui temporariamente. Como disse anteriormente, cedo ou tarde terei que encara-lo e ele a mim.

Levanto devagar tendo cuidado para não acordar os hóspedes indesejados. Já são dez da manhã de uma segunda feira. Estou plenamente atrasada. Preciso ver como estão às coisas no escritório e organizar a bagunça que propriamente está naquele lugar.

Chego à sala de estar. Gregory não está dormindo no sofá. O idiota acordou e saiu para aprontar alguma coisa. Penso em ir para a cozinha quando meus olhos passam de relance por cacos de uma celular no chão.

Corro até os cacos e me ajoelho. Não acredito. Isto é o meu o celular. Está praticamente destroçado. Quem poderia ter feito isso? John? Gregory? O que eles ganhariam fazendo isto, me estressar? Não faço ideia de que tipo de brincadeira é essa, entretanto vou matar a pessoa que fez essa palhaçada.

Tentava tanto desvendar o que tinha acontecido com o meu celular que nem havia me tocado que a campainha tocava aos berros. Levanto-me e abro a porta vendo o porteiro angustiado.

– Sr. Bennet?

– Srta. McAdams, é que o Sr. John saiu com alguns homens. E devo admitir que eles não tinham umas caras muito amigáveis.

– Espera aí, eles usavam ternos, parecendo mafiosos? – pergunto temendo a resposta.

– Sim. Desculpe senhorita, apenas queria que soubesse.

– Obrigada.

Empurro o porteiro para o lado sem perder tempo. Precisava de ajuda imediatamente. Desço as escadas tão rápido quanto uma bala que é disparada de um revolver. Abro a porta sem tocar a campainha. Não queria esperar nenhum segundo sequer. Aproveito que estão os dois na sala para revelar a questão.

– Gente, o John sumiu. Acho que foi sequestrado.

– Não acredito. – Gregory reclama. - Ô homem para gostar de ser sequestrado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que vocês acharam?
Comentários? Favoritamentos? Recomendações?