A Feiticeira escrita por rkaoril


Capítulo 31
Essa menina é um ESTOURO


Notas iniciais do capítulo

Hehe (eu te amo Samantha, você é um estouro)

Informação dos personagens:
Sabrina - http://the-wicked-of-mind.tumblr.com/post/70306309244/a-feiticeira-personagens-ii



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XXXI

SABRINA

SABRINA CONSEGUIU SE ACALMAR o suficiente para tirar um cochilo. Sonhou com sua mãe.

Estavam no que parecia um jato particular, pelo que Sabrina sabia. O lugar era pequeno e luxuoso – havia tapeçarias nas pequenas paredes, janelas onde tudo fora era cinza tempestade, champanhe com gelo e ela se sentia sentada em um sofá de couro. Atena estava sentada, com as pernas cruzadas, óculos de leitura (parecidos com os retangulares de Sabrina) e um pergaminho que parecia ter muitos anos na mão.
– Olá filha – ela disse, então deixou o pergaminho de lado e tirou os óculos – não tenho muito tempo, sonhos em cochilos são imprevisíveis. Seguindo em linha reta, para a direção na qual você dormiu apontada, vocês encontraram uma saída. Deixem seus pais lá e continuem no labirinto.
– Espere – ela disse – eles estão em péssimas condições! E o que garante que eles não irão ser pegos de novo?
– A sua inimiga – Atena respondeu cuidadosamente – estará focada em vocês, prioritariamente. Ela tem grandes planos para vocês, de certa forma. Ela espera corromper vocês e as trazer para o lado dela, e agora que estão em um domínio mágico, a especialidade dela, ela focará mais em vocês mesmo ainda adormecida. E além disso, eu não me envolvi com um idiota! Seu pai sabe muito bem cuidar dele mesmo! – Atena sorriu.
– Certo – disse Sabrina – eu vou tentar não me preocupar com isso. Mas o que você estava dizendo sobre a Feiticeira? – Atena pareceu sombria e pensativa por um momento.
– Você vai passar por um teste com ela. – ela disse – Ela vai te tentar, te seduzir. Depois disso, você encontrará seus amigos. Mas não se preocupe: entre suas amigas, você é a mais forte contra ela, por que é a mais inteligente.
– Como eu posso ser a mais forte contra ela desse jeito? – disse Sabrina, estupefata – Eu sou a mais fraca. Isso sim. Eu não tenho poderes legais de superforça, não invoco raios e não falo com mortos que podem me ajudar.
– Isso não quer dizer que você é fraca – disse Atena – a sua falta de poderes ‘sobrenaturais’ faz de você a mais forte. A sua mente é forte e preparada, embora você não pense nisso desse jeito. Você pode pensar que Suzana é mais forte que você por que ela tem força física, mas ela é a mais ingênua. Você pode pensar que Elizabeth é a mais preparada por causa do que ela tem passado e por que seus poderes são mais fortes, e acredite, ela tem sua cota, mas ela é a mais fraca contra a Feiticeira. A Feiticeira é sobre tudo uma grande e venenosa aranha que deixa seu veneno que destrói de dentro pra fora, e acredite Sabrina – Atena tocou seu ombro, de um modo muito maternal – você, por dentro, é a mais forte.

Sabrina acordou e de alguma forma, seguiu em frente com seu pai, Suzana e o pai dela. Chegaram a uma saída. Quando Suzana estava prestes a colocar seu pé pra fora, ela a empurrou para trás e puxou seu pai pra frente.
– Vocês primeiro.

Assim que ambos foram para fora, Sabrina chutou um botão vermelho na parede. Suzana deu um grito, grades irromperam do chão e taparam a passagem.
– Sabrina o que você está fazendo?! – gritou o pai dela. O pai de Suzana apenas cambaleou e desmaiou por falta de sangue.
– Me desculpe! – ela pegou Suzana pela gola (que estava pasma com o que tinha acontecido) e disparou em direção do corredor. Quando voltou a si Suzana a puxou de volta (quase deslocando o braço de Sabrina) a fazendo parar.
– O que você fez! Estamos trancadas aqui! – ela gritou, sacudindo Sabrina.
– Whoa calma! – ela disse – Minha mãe falou comigo, precisamos continuar no labirinto.
– Mas nossos pais...!
– Não seria seguro para eles. – ela disse, tentando se manter calma – Olha, nós vamos passar por algumas dificuldades agora, mas eu vou precisar da sua ajuda. Você não confia em mim? – Suzana bufou com uma brabeza falsa.
– É claro Sal. – ela sorriu. Sabrina sorriu de volta.
– Ótimo.

Sabrina ficou surpresa com quão rápido encontraram a Feiticeira. No exato próximo cômodo – uma espécie de lugar escuro, mal iluminado por tochas de fogo azul e feito com pedras negras – havia uma poltrona de couro negro no centro com uma mulher sentada nele de forma elegante e despreocupada.

A mulher era absolutamente deslumbrante. Mesmo no escuro, Sabrina podia ver suas feições delicadas porém, fortes. Ela tinha um longo e escorrido cabelo preto, com uma mexa branca que lembrava Sabrina um pouco da noiva do Frankstein. Seu rosto era muito branco, como o de um vampiro, com maçãs do rosto altas e olhos grandes de um azul muito escuro, que brilhava com as bruxuleantes tochas de fogo azul. Ela usava um vestido negro com uma fenda lateral na esquerda, ele era tão sedoso que parecia líquido. O vestido também contornava o formato do corpo da mulher, e Sabrina tinha que admitir que essa mulher colocaria divas aclamadas por beleza e saúde corporal como Beyoncé no chinelo. Tinha luvas negras também, na altura da metade dos antebraços.

A mulher sorriu para Sabrina, de um modo falso que não a enganou de forma alguma.
– Olá, meninas. – ela disse – Eu estava esperando por vocês. Por favor, sentem-se – ela estendeu o braço e então poltronas de couro negro apareceram do nada na frente delas – eu só quero uma conversa.
– Sabrina – sussurrou Suzana entredentes – você tem um plano?
– Por enquanto não. – disse – Vamos ver o que ela tem para dizer. Se nos quisesse mortas, já estaríamos.

Embora Sabrina soubesse que era verdade, isso a animou e a Suzana no mesmo nível: zero.
– Não é muito educado cochichar. – disse a Feiticeira, parecendo impaciente. As meninas então se sentaram nas poltronas, ainda muito desconfiadas.

Sabrina olhou discretamente ao redor, procurando alguma coisa que pudesse a ajudar a escapar. Ficou decepcionada – era apenas um cômodo antigo de pedra, que lembrava um porão ou um bar feito em um porão. A Feiticeira sorriu para elas de novo.
– O que você quer nos dizer? – disse Suzana.
– Eu apenas quero tentar mudar a ideia de vocês – disse a Feiticeira, ela se apoiou no cotovelo esquerdo em um dos braços da poltrona. O gesto deveria ser simples, mas fez Sabrina se arrepiar.

Havia algo de errado com essa mulher, algo que apavorava Sabrina.
– A sua luta está perdida. – disse a Feiticeira – Vocês previram bem: eu planejo despertar no solstício. Mas estão erradas, eu conseguirei.
– Como você pode estar tão certa? – perguntou Sabrina. A Feiticeira estreitou os olhos de um modo que fez Sabrina querer afundar na poltrona.
– A sua Grande Profecia previu que eu acordaria, não previu? – ela disse.
– Não, exatamente. – a Feiticeira revirou os olhos.
– Caos, as profecias nunca preveem nada exatamente. Mas não foi por isso que eu vim falar com vocês, é sobre seu acampamento. – a Feiticeira sorriu maldosamente – Quase deserto por essa hora, com apenas criancinhas destreinadas. Tenho certeza que vocês têm muita chance sem uma barreira. – Sabrina apertou os punhos.

Sim, ela tinha ouvido falar sobre a barreira. Pouco antes dos ataques começarem, o Velocino de Ouro, relíquia que reforçava as barreiras do acampamento, fora roubado, deixando apenas uma leve camada como um véu que não afastava nem mosquitos.
– Foi você que roubou o velocino, não foi? – disse Sabrina. A Feiticeira sorriu.
– Quem mais seria? É claro que fui eu. E fui eu também que plantei ferro estígio na caverna entrada do acampamento Romano. – Sabrina arregalou os olhos para Suzana que parecia tão apavorada quanto ela – Então, vocês acham que tem chance? Eu proponho um trato: salvem o acampamento, venham para o meu lado.

Sabrina não precisou se lembrar de seu pai preso para responder.
– Não. – ela disse – Você só está tentando nos assustar por que está com medo de conseguirmos. – a Feiticeira levantou uma sobrancelha.
– Medo? Não, eu não tenho medo de conseguirem chegar em Éolo, que afinal está os esperando com um exercito de anemoi thuellai. Eu também não tenho medo de retornarem o velocino, já que deixei com ele. – a Feiticeira então sorriu mais largamente e maldosamente – Ops.

O ops foi tão falso que Sabrina engoliu em seco – estava em uma encruzilhada, depois de tudo. Precisava chegar ao senhor dos ventos, precisava retornar o velocino, mas a Feiticeira estava contando com isso.
– Venha para o meu lado criança – ela disse – deixe seus amigos em paz no acampamento, não precisamos envolve-los nisso. Eu tenho um exército de monstros que virão famintos do tártaro, imbatíveis e muito melhores do que os que você viu em seu acampamento. Eu tenho aliados fortíssimos, deuses tão fortes que fariam Zeus tremer em seu trono. Você poder escolher, mas escolha com Sabedoria.

Sabrina olhou para Suzana, que parecia tentar se manter calma. Havia algo sobre a mulher quer era muito errado e fazia com que Suzana parecesse a ponto de ter um colapso. Sabrina apertou os olhos, olhou ao redor. Então apertou de novo e olhou para a Feiticeira.
– Não. – se levantou e pegou Suzana pela mão.
– Você acha que vai sair desse jeito criança? – disse a Feiticeira – Eu ainda tenho truques na manga.
– Você não está aqui, seu poder sobre a névoa está fraco. Eu imagino que devem ser as barreiras do Submundo, se fortificando por que está de noite. Você está fraca e não pode usar muito de magia, ou sua presença vai se esvair. Não adianta, eu não tenho medo de você.
– Ah, você têm. – disse a Feiticeira – E muito. Você acha que Suzana vai estar do seu lado para sempre Sabrina? Não, ela não vai. Vai te abandonar na primeira oportunidade.

Sabrina tentou a ignorar, mas as palavras queimaram em sua cabeça.
– Me deixe em paz. – tentou caminhar em direção a porta, mas era difícil com Suzana tropeçando em seus próprios pés. Deuses, o que estava acontecendo com sua amiga?
– Não se preocupe, é apenas efeito momentâneo do meu poder, terror. É um dom dos filhos de Nix, um oposto muito útil ao poder dos filhos de Afrodite, o charme. – Sabrina olhou ao redor, onde estava a porta na qual saíram? – Não, eu não quero te matar agora, seria muito fácil. O que você irá fazer, Sabrina? Tem alguma ideia? Não pode usar a névoa não é? Não tem força, nem poder no subterrâneo. O que você pensa que está fazendo?
– Cale essa boca! – gritou Sabrina. Quanto mais a Feiticeira falava, mas dor de cabeça ela tinha. A Feiticeira riu.
– Oh, eu me lembro da última vez que gritaram comigo assim. Muito valente da sua parte, mas você sabe, o garoto que gritou comigo está morto. – Sabrina arregalou os olhos e olhou para a Feiticeira.
– Sim, o meu irmãozinho. Ele ficou um bom tempo trabalhando para mim, até que do nada decidiu que eu era do mal e me traiu, fazendo com que eu voltasse para a minha prisão. Ah, eu tive minha vingança e o matei assim que se voltou contra mim. Felizmente, ele não era tão forte quanto a nossa mãe e sua prisão apenas me prendeu por algumas décadas.

Certo, Sabrina precisava sair dali agora. Ela olhou ao redor, as paredes pareciam sólidas. Não havia nada que ela pudesse usar, a não ser que de repente poltronas tivessem se tornado materiais de fuga.

Um plano subitamente apareceu em sua cabeça. Ela então empurrou Suzana contra uma parede, abriu a bolça e encontrou as granadas especiais.
– O que você vai fazer?
– Explodir com tudo. – disse, então torceu a granada que fez um click, e arremessou contra a parede oposta. A Feiticeira arregalou os olhos e soltou um berro.

Sabrina puxou o rosto de Suzana contra seu peito fazendo com que seus olhos se tapassem, então apertou os olhos e se jogou no chão com ela enquanto tudo ficava branco.


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Notas finais do capítulo

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